A CHEGADA DO RÁDIO RECEPTOR NA CIDADE
Rádio Receptor |
Por - Nelson Oliveira e Silva
Foi por volta de 1937/1938 que por aqui apareceram os primeiros aparelhos de rádio receptor e de maneira muito restrita, por dois motivos: primeiro, pela falta de estrutura para instalação do aparelho e, segundo, porque o poder aquisitivo do povo era muito pequeno e pala desconfiança do sucesso do referido aparelho e que terminou se constituindo naquele que apesar do desenvolvimento tecnológico da área das comunicações, é o único aparelho com o uso de pilhas, funciona e chega onde nenhum outro consegue chegar.
Sabe-se que o primeiro aparelho de rádio que chegou a nossa cidade, foi em 1938, adquirido pelo senhor João Pires Ferreira (1), exatamente no ano que eclodiu a segunda grande guerra mundial e para onde acorria os seus amigos, ávidos pelas notícias 92) do grande conflito, que se espalhou por toda a Europa.
A partir daí, alguns abastados adquiriram também os seus aparelhos, dentre os quais se destacou o senhor Bento Leão, que com grande tino comercial, também adquiriu um e instalou no bar de sua propriedade na avenida Getúlio Vargas, onde se fazia presente uma grande platéia, formada pelos que não possuiam o aparelho.
O movimento era muito grande e daquilo vinha o resultado comercial, porque de alguma forma, muita gente adquiriam produtos ali expostos, como cerveja, cigarro, cafezinho e muitos outros produtos. Embora o senhor Bento não dependesse da energia elétrica pública, porque ele possuía motor próprio, o movimento começava por volta das 7 horas da noite e varava pela madrugada, com todos ali presentes, interessados nas notícias, mesmo porque, somente das 11 horas era que a transmissão era captada com clareza. Sinais dos tempos.
A segunda grande guerra mundial, foi sem dúvida, instituída por um lunático chamado Adolf Hitler, nascido na Áustria e criou aquele conflito, como presidente da Alemanha, onde seres humanos foram sacrificados de maneira estúpida e covarde, buscando a superioridade da raça alemã sobre as demais raças, intenção que foi rebatida pelas forças aliadas, das quais o Brasil era parte integrante.
E o rádio foi o instrumento que levou para todos os cantos do mundo aqueles fatídicos acontecimentos, que enlutou a humanidde. E a Rádio Nacional, através do seu Reporter Esso, que foi levado ao ar por mais de tr~es décadas, foi a portadora da maioria das notícias daquela malfadada porfia internacional. Por isso tem a sua história e continua com o seu prestígio em alta.
Depois daquele conflito em que o rádio cumpriu o seu papel, como o meio de comunicação, nas lojas da cidade começaram, embora de forma acanhada, a vender o produto, a maioria importados, que funcionavam com energia elétrica, bateria de carros e posteriormente, com pilhas para lanternas, aí, sim, a coisa se desenvolveu de tal maneira, porque a maioria do povo teve acesso e adquiriu o instrumento, principalmente, quando a energia elétrica pública se estabilizou nas décadas de 70.
Hoje, a história é muito diferente em todo o Brasil, n aárea das comunicações, possuindo cerca de 130 milhões de celulares, quase um aparelho para cada habitante.
Apesar do estupendo desenvolvimento tecnológico dos nossos meios de comunicação, o aparelho de rádio que hoje existe nos mais variados tipos e modelos, continua levando a sua mensagem aos mil longíquos rincões da nossa Pátria, sempre chegando onde os outros não chegam.
NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES
1) Jornalista, maçom do quadro da Loja Maçônica Igualdade Florianense da qual foi o seu Venerável Mestre em 1922;
2) Onde se reuniam pessoas das maisvariadas classes sociais da nossa cidade.
A partir daí, alguns abastados adquiriram também os seus aparelhos, dentre os quais se destacou o senhor Bento Leão, que com grande tino comercial, também adquiriu um e instalou no bar de sua propriedade na avenida Getúlio Vargas, onde se fazia presente uma grande platéia, formada pelos que não possuiam o aparelho.
O movimento era muito grande e daquilo vinha o resultado comercial, porque de alguma forma, muita gente adquiriam produtos ali expostos, como cerveja, cigarro, cafezinho e muitos outros produtos. Embora o senhor Bento não dependesse da energia elétrica pública, porque ele possuía motor próprio, o movimento começava por volta das 7 horas da noite e varava pela madrugada, com todos ali presentes, interessados nas notícias, mesmo porque, somente das 11 horas era que a transmissão era captada com clareza. Sinais dos tempos.
A segunda grande guerra mundial, foi sem dúvida, instituída por um lunático chamado Adolf Hitler, nascido na Áustria e criou aquele conflito, como presidente da Alemanha, onde seres humanos foram sacrificados de maneira estúpida e covarde, buscando a superioridade da raça alemã sobre as demais raças, intenção que foi rebatida pelas forças aliadas, das quais o Brasil era parte integrante.
E o rádio foi o instrumento que levou para todos os cantos do mundo aqueles fatídicos acontecimentos, que enlutou a humanidde. E a Rádio Nacional, através do seu Reporter Esso, que foi levado ao ar por mais de tr~es décadas, foi a portadora da maioria das notícias daquela malfadada porfia internacional. Por isso tem a sua história e continua com o seu prestígio em alta.
Depois daquele conflito em que o rádio cumpriu o seu papel, como o meio de comunicação, nas lojas da cidade começaram, embora de forma acanhada, a vender o produto, a maioria importados, que funcionavam com energia elétrica, bateria de carros e posteriormente, com pilhas para lanternas, aí, sim, a coisa se desenvolveu de tal maneira, porque a maioria do povo teve acesso e adquiriu o instrumento, principalmente, quando a energia elétrica pública se estabilizou nas décadas de 70.
Hoje, a história é muito diferente em todo o Brasil, n aárea das comunicações, possuindo cerca de 130 milhões de celulares, quase um aparelho para cada habitante.
Apesar do estupendo desenvolvimento tecnológico dos nossos meios de comunicação, o aparelho de rádio que hoje existe nos mais variados tipos e modelos, continua levando a sua mensagem aos mil longíquos rincões da nossa Pátria, sempre chegando onde os outros não chegam.
NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES
1) Jornalista, maçom do quadro da Loja Maçônica Igualdade Florianense da qual foi o seu Venerável Mestre em 1922;
2) Onde se reuniam pessoas das maisvariadas classes sociais da nossa cidade.
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