Posse na Albeartes |
Essa é a história de um menino
Que nasceu lá no sertão
Ouvindo o berro do bezerro
O aboio do vaqueiro
E o canto do azulão
Brincava no terreiro
De peteca e pião
Tirava ninho de passarinho
De arapuca pegava cancão
Tomava banho no rio
Pulando do rebanção
Fazia cavalo de talo
Pra brincar de vaquejada
Com os filhos do patrão
Sua caneta, era a enxada
Diploma, os calos da mão
Pois tinha que trabalhar
Pra ajudar seu pai criar
Os seus 18 irmãos
Bebia água na cacimba
Que a onça também bebia
Na sombra do juazeiro
Esperar o gado
Com os vaqueiros ele ia
Hoje vive na cidade
Num apartamento engaiolado
Está velho e cansado
E também aposentado
Mais quando chove
E da janela ouve o trovão
Ele não agüenta e chora
De saudade do sertão
Velho amigo sertanejo
Que ama o seu torrão
Eu até sinto no peito
Sua dor e solidão
E se um sertanejo e chora
É de saudade do sertão
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