7/16/2021

Retratos de Floriano

 Rádio Difusora de Floriano

Esta foto foi feita na residência de Zé Antão, tornando se um cartão natalino. Editada pelo radialista Nilson Feitosa, esse raríssimo registro nos remonta aos anos de 1980.

Podemos reconhecer nessa preciosidade (foto acima), o Diretor José Antão, Luciano Solon, Graça Costa e Silva, Engravido Neto, Vicente Ferreira (Vicente Mocó), João Pinto, Nilson Feitosa, Josimar de Deus, Jocy Astor, Socorro Ferreira, Teresinha Viana, Gleidivan Sousa e Carlos Augusto. 

Hoje a emissora passou por reformas e numa nova plataforma, está nos proporcionando com tecnologia de última geração, na frequência FM. 

No entanto, a emissora poderia editar programas relembrando os velhos programas como LABIRINTO DA NOITE; A HORA DO BEM QUERER (um programa de quem quer bem para quem quer bem) e outras crônicas da época.

Retratos de Floriano

 O passeio frente ao CINE NATAL


Colaboração – Nelson Oliveira

O título dessa página foi uma prática adotada durante muitas décadas, sempre aos domingos, a partir das sete horas da noite.

O Cine Natal ( foto dos anos de 1940 ) exibia diariamente, em duas sessões, uma às 18 horas e a outra às 20 horas; e aos domingos às 19 horas, costumeiramente, era iniciado o referido passeio protagonizado pelas senhoritas da época, da elite, e consistia de inúmeras pessoas de braços dados, percorriam o espaço compreendido entre a esquina com a rua Fernando Marques, até onde esteve funcionando, por muitas décadas, o Supermercado Triunfo e atualmente está estabelecido o AVISTÃO, especialista na comercialização de calçados, num movimento constante, na mais perfeita ordem, onde, durante o dito movimento, elas conversavam entre si, abordando diversos assuntos relativos a cada qual.

Às 20 horas e 30 minutos, momento da segunda sessão do cinema, o movimento enfraquecia e, às 21 horas, já tinha se extinguido o referido movimento naquele palco que era constituído de uma ampla calçada de mais ou menos cinco metros de largura delicadamente mozaicada pelo proprietário do cinema, o senhor Bento Leão.

Enquanto as belas senhoritas daquele tempo desfilavam, os pretensos e os namorados, os primeiros, através de flertes ( o olhar ) com os já namorados, permaneciam à beira da calçada, esperando as conquistas do momento e das já conquistadas.

Alguns, na hora da segunda sessão do cinema, ingressavam no local para se deleitarem dos bons filmes da época e os demais, que já tinham conquistados alguém, saíam em busca da casa da nova conquista.

Aquele local foi sem dúvida nenhuma responsável por muitos romances que resultaram em felizes casamentos, que apesar da tão falada modernidade pregada por alguns, ainda persistem em nossa sociedade, com netos e filhos e até bisnetos, numa demonstração de que o amor, em todos os tempos, é o mesmo com a diferença de que existiu o respeito recíproco entre o homem e a mulher, atributos aqueles que atingiam quem vinham depois; infelizmente, hoje, isso não ocorrem nossa sociedade, onde se constata inversão de valores com a roda grande querendo passar por dentro da pequena e se isso acontecer, certamente, veremos Sodoma e Gomorra renascer.

Felemos também da outra classe social, que se reunia na calçada defronte. Ali onde é a sede da 5ª Região Fiscal, também havia ajuntamento por volta dos anos de 1950, de pessoas da classe operária, sem contudo o clássico passeio.

No prédio citado, existia a Confeitaria São Jorge de propriedade do senhor Abdias Pereira, que naquele tempo desempenhava o papel das hoje lanchonetes, servindo todo tipo de merenda e alguns tipos de bebidas. Aos domingos com excelente frequência até às nove horas da noite, logo após o início da sessão de cinema com todos retornando às suas casas ou se dirigindo para outro local de diversão.

Se não me falha a memória, na gestão do prefeito Francisco Antão Reis, na década de 1960 houve melhoramento na praça doutor Sebastião Martins, visando a transferência para aquele logradouro, daquele movimento em frente ao Cine Natal, que na verdade se iniciou, entretanto, daquele movimento nunca com entusiasmo que havia no primeiro e que por isso teve efêmera duração, apesar da modernidade da praça, onde existia até uma fonte luminosa e de maior espaço.

Mas é assim, o povo é que é o dono da verdade.

7/15/2021

Retratos de Floriano

 Antiga CASA INGLESA

Por Nelson Oliveira

Casa Inglesa

O prédio ( foto - prédio branco ) onde está instalada a farmácia Santa Adelaide e outras lojas, era de propriedade dos Estabelecimentos James Frederick Clark S.A., fundada em Parnaíba, salvo engano, em 1949 e aqui mantinha uma filial com o título de fantasia de - CASA INGLESA -, em homenagem aos seus fundadores oriundos da terra da rainha Elizabeth.

Mantinha filiais também em Teresina, Campo maior, Piripiri, São Luis, Belém, além a daqui. Como a Roland Jacob, era as duas maiores empresas do nosso Estado, onde sempre foram destaque.

A Casa Inglesa explorava um diversidade enorme de produtos, como tecidos, motores, conjunto de geradores, atendendo a todo o sul do Piauí, Maranhão e o Norte de Goiás, pela filial daqui.

Era representante exclusiva dos produtos Caterpilar, fabricante de tratores, motoniveladoras, escavadeira e outros produtos destinados a construção de estradas. Era também revendedora exclusiva da willys, Overland do Brasil, fabricante do Jeep, rural e Pick-Up, veículos muito em voga na nossa região pela sua robustez no enfrentamento das precárias estadas daquele tempo.

Foi o único revendedor da Fábrica Nacional de Motores, fabricante dos caminhões F.N.M, o alfa Romeo. Dentre os muitos funcionários daquela empresa, lembramo-nos, dentre outros, que graças a Deus estão vivos e gozando de saúde, os prezados amigos Raimundo Marreiros da Costa e Silva, Sátiro de Castro Ferraz, Adelmar Rosado, Nelson Oliveira e Silva (o criador deste importante documentário), Edison Lobão (o Senador pelo Maranhão), José Ambrósio Rodrigues, Juracy de Souza, Manoel Raimundo Feitosa, Antonio de Melo Sobrinho e Antonio Alves de Brito.

A Casa Inglesa era, com a Roland Jacob, os grandes exportadores da nossa cera de carnaúba do nosso Estado.

7/13/2021

Avenida Getúlio Vargas

 

Antiga avenida Álvaro Mendes

Carreata que partiu da antiga rua Álvaro Mendes ( atual avenida Getúlio Vargas ), para a inauguração do campo agrícola doutor Sampaio no rumo da rodovia Floriano/Oeiras.

Dos sete automóveis, identificamos os proprietários de cinco deles: Juca Carvalho, José Guimarães, Leônidas Carneiro Leão, Afonso Nogueira e José Fonseca.
 
A bela imagem retrata os anos trinta, quando havia uma simpática presença de público, o belo arvoredo e a poesia, que nos deixam com saudades da velha Floriano.

Foto: Floriano de ontem e de hoje / Teodoro Sobral

7/09/2021

Câmara Municipal homenageia personalidades com título de cidadão florianense

 Fonte SECOM

Câmara Municipal homenageia personalidades com título de cidadão florianense

 
Em sessão solene na Câmara Municipal de Vereadores, o prefeito Joel Rodrigues participou da concessão de título de Cidadão Florianense a doze personalidades que prestam ou prestaram relevantes serviços ao desenvolvimento de Floriano. Receberam o título de Cidadão Florianense as seguintes personalidades: Allan Christoph de Sousa Ribeiro, Pe. Aristides Ferreira de Miranda, Cinara Araújo Lima, Davyd Teles Basílio, João José Pereira Filho, José da Costa Veloso, Júlio César da Silva Ferreira, Lívio de Castro Amorim, Lucas Xavier Vieira Lopes, Manoel Pereira de Sousa Neto, Nayana da Paz Portela Veloso, e Valdemir de Sousa Ribeiro.

João José Pereira (Janjão)

  Além do prefeito Joel Rodrigues, participaram da sessão solene na mesa de honra: o governador do Piauí, Wellington Dias, as deputadas federais Rejane Dias e Margarete Coelho, o deputado estadual, Francisco Costa, além do anfitrião da casa, vereadores e presidente da Câmara Municipal, Joab Curvina.

Janjão e Amigos

 A honraria reconhece os filhos de coração, que ajudam a engrandecer a nossa Princesa do Sul, nas áreas de segurança pública, de saúde, empresariado, religiosa, entre outras. As proposituras para a concessão da honraria são dos vereadores: Carlos Eduardo, Daguia do Edgar, David Oka, Dessim Almeida, Enéas Maia, João Neto Gomes, Marcony Alisson, Miguel Vieira, Salomão Holanda e ex-vereador Maurício Bezerra.

Medalha Agrônomo Parentes

Além da outorga a cidadãos florianenses, a sessão solene foi palco para a entrega da Comenda Agrônomo Parentes, mais alta honraria florianense, a médica Marina Bucar. Ela que é filha de Floriano e hoje vive na Espanha e se tornou uma das principais cientistas a estudar e tratar o novo coronavírus salvando milhares de vidas por todo o mundo.

FLORIANO, A CIDADE QUE EU AMO

FLORIANO nos seus 124 anos

08 de Julho de 2021

Colaboração: José Osório Filho

Hoje você comemora a sua idade, diante da aurora e da saudade, o teu dia já vem embaçado pelas nuvens cinzas que cobrem o azul do teu céu. Os pássaros migram em silêncio em homenagem a ti, o sol cai sobre o sabor da brisa e, embora sejas uma personalidade jurídica, eu sempre a considerarei e a amarei, como se você fosse uma pessoa física.

Floriano está dentro de mim, assim como eu estou entranhado nela e no seu espaço geográfico. Eu admiro o seu relaxar, o seu sono noturno e o seu luar. Diante disso, eu fico a observar o seu suspirar ofegante, com as ruas e avenidas entrelaçadas, espero o tempo passar, só existe um amor na minha vida e você é a cidade que eu sempre irei adorar.

Você, num passado remoto, foi meu berço esplêndido de acolhimento e carinho, quando deixei a zona rural de Amarante e aqui vim estudar. Fui recebido e tive um abrigo para morar, tudo isso faz-me te reverenciar. O amor e o apego que tenho contigo, é transparente, até no meu gesto de olhar.

As tuas ruas encaracoladas são inesquecíveis, a minha infância e o meu corpo foram molhados pelas águas do Rio Parnaíba. Lembro quando caminhava no areal até a Escola Ribeiro Gonçalves para estudar, esses fatos passaram-se na minha adolescência. Por essas e outras razões, você é um amor que eu sempre irei venerar, é a grande paixão que  nunca deixarei de  amar.

Ando só, a pé, por tuas ruas e avenidas calorosas, somente para observar, mantenho um diálogo com a infinitude do teu olhar. Na extremidade de uma superfície do Rio Parnaíba, tudo podemos visualizar, inclusive a cidade e a sua beleza. Quem te conhece, a cada dia passa a gostar. Quem não a conhece, quando te visita, se apaixona e não quer de ti se separar.

O Rio Parnaíba foi o símbolo da tua origem e a Igreja São Pedro de Alcântara é parte do teu encanto. Quanto olho para ti, meus olhos se enchem em um só pranto, não sei qual seria o sentido da vida se você não existisse. Tu és o fundamento sublime em cada ser, eu até poderia gostar de outra cidade e lá viver, mas nunca deixaria de intensamente amar você.

7/08/2021

Retratos de Floriano

 

Palmeiras de Bucar 1969

AMOR À VIDA
(Colaboração Chico Kangury)
É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"! 

CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola, o ponteiro esquerdo da foto quando jogou no Palmeiras de Bucar ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar ChicoKangury de Jerumenha. 

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento. 

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.

A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano. 
Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”. 
Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada. 
Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente. 
Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses. 
Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha. 

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier. 

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.

7/07/2021

Retratos de Floriano

 

1o. de Maio em Desfile

DESFILE CÍVICO

Dentro do contexto de nossas comemorações cívicas, Floriano sempre nos proporcionou uma vasta programação para homenagear diversos seguimentos da comunidade. A cidade em peso comparecia nas ruas e avenidas da cidade para prestar a sua cidadania.

Normalmente, datas festivas e comemorativas era prerrogativa para toda a comunidade participar de forma cívica d maneira ímpar e plural. 

Na década de 1970, por exemplo, encontramos essa foto acima raríssima, garimpada pelo nosso reporter Cesar de Antonio Sobrinho. Acontecia o desfile do Dia do Trabalhador na década de 1970, quando o Ginásio Primeiro de Maio era a principal atração e onde podia fazer sol ou chuva, todos se congratulavam. O garoto do tambor é o nosso amigo João de Deus filho de seu Vicente Roque.

Atualmente, acontecem ainda esses desfiles, mas aquela época ficou registrada como uma das melhores fazes românticas de Floriano. Esperamos que toda essa atividade retorne com toda aquela galhardia que existia.

Sábado do Riverside

  Normalmente, aos sábados, no Riverside Shopping, a turma da velha guarda se reúne para relaxar e relembrar os bons tempos com resenhas e a...