7/31/2012

Todos os celulares do Brasil terão 9 dígitos até 2016, informa Telebrasil

A partir de 29 de julho, os números de celular da capital paulista e de mais 63 cidades em seu entorno ganharão um 9 à esquerda. No post anterior do Radar Tecnológico, um leitor perguntou: “Por que não o 9 para o Brasil todo?”.

São Paulo e sua região metropolitana serão as primeiras áreas a adotarem o nono dígito porque a demanda por novos chips está quase equivalente a capacidade de oferta de linhas. São 42 milhões de chips em uso ou prontos para a venda na área 11 hoje. E o limite – até onde as combinações de números com oito dígitos são possíveis – é de 44 milhões de chips.

Acrescentar o 9, portanto, é uma medida que pretende resolver o problema enfrentado na Grande São Paulo. Mas ela não será adotada apenas no Estado de São Paulo. “Até 2016, todos (no Brasil) vão ganhar um novo dígito”, diz Eduardo Levy, conselheiro da Telebrasil, associação que reúne empresas de telecomunicação.

Ele explica que a decisão de adicionar o 9 aos números locais leva em conta as necessidades futuras também dos outros Estados do Brasil. Dessa forma, para ele, criar a área tarifária 10 para as cidades vizinhas a São Paulo (medida defendida pela Associação de Engenheiros de Telecomunicação) seria não enxergar o País. Não só o 10, como o 20, o 30 e os outros códigos próximos aos DDDs da capitais teriam de estar disponíveis. O 10 poderia trazer menos problemas para São Paulo, mas não resolveria o problema do País, diz Levy.

Qualidade. Acrescentar o nono dígito provocará o aumento da oferta de linhas justamente no momento em que as operadoras enfrentam a punição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O órgão suspendeu as vendas de chips pelas operadoras em razão das reclamações de consumidores sobre os serviços prestados.

Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o problema não é aprovar o nono dígito. O que tem de ser verificado, segundo a advogada Veridiana Alimonti, do Idec, é se a medida está sendo adotada juntamente com ações que tenham em vista a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Além da interrupção ou falhas nas chamadas de voz, o atendimento inadequado ao número crescente de usuários continua a ser um problema permanente, lembra ela. “E não é por que a empresa tem muito cliente que é justificável a prestação de um serviço ruim”. Cobrança indevida e omissão de informações, como o término de promoções no momento da contratação, estão entre as principais queixas, segundo o Idec.

Para Veridiana, as operadoras têm também de calcular se elas conseguem atender todos aqueles consumidores que elas estão atraindo com promoções que, inclusive, nem sempre são tão boas como anunciadas. Neste momento, a Anatel exige das operadoras planos de investimentos para os próximos dois anos. “É preciso verificar se os planos que elas vão apresentar são coerentes com todos os problemas enfrentados”, diz a advogada.

A Anatel informou na quinta-feira que os planos de investimentos das operadoras serão colocados na internet para que a população possa acompanhar se o cronograma traçado está sendo cumprido.

Fonte: Estadão

7/27/2012

Floriano e mais 4 cidades tem pior geração de empregos no mês de junho no Piauí

Floriano, Pedro II, Piripiri, Barras e Esperantina, completam a lista dos municípios com mais de 30 mil habitantes no Piauí, que obtiveram saldo negativo na evolução de empregos formais no Estado. A constatação é segundo o Cadastro Geral do Emprego (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego do Governo Federal.

União, levou o 1º lugar em geração de empregos com 983 empregos formais. Segundo os dados, a cidade de Campo Maior, é a quinta do Piauí em saldo de empregos formais do Estado no mês de junho. Picos obteve apenas 12 empregados de saldo e José de Freitas ficou apenas com 10.

O 2º lugar fica com Teresina, que saldou 278 vagas. Ficando em 3º lugar ficou Oeiras com 37 pessoas empregadas formalmente e a cidade de Altos ficou na 4ª posição somando 31 empregos de carteira assinada. Campo Maior teve um saldo de 16 vagas de empregos firmadas no mês de junho.

Campo Maior cresceu uma posição com relação aos outros relatórios de evolução de empregos formais no Piauí, passando de 6º para 5º lugar e a tendência que o município melhore o desempenho ainda mais, uma vez que há uma exepectativa de que o saldo de empregos formais tenha uma evolução ainda mais positiva com a contratação de trabalhadores de carteira assinada nas obras do IFPI e também na drenagem do Rio Surubim.

Rayldo Pereiracom informações da APPM

7/26/2012

REFORMA DO AEROPORTO CANGAPARA



O aeroporto Cangapara, no município de Floriano, a 244 quilômetros da capital, já possui data para começar a operar em pleno vapor. Segundo o secretário estadual dos Transportes, Avelino Neiva, a inauguração do aeródromo deve acontecer no dia 7 de setembro, às 20h, com o pouso de um avião de grande porte. A obra encontra-se em estágio final, restando apenas a pavimentação da pista de pouso, bem como alguns acabamentos.
Reforma Aeroporto Cangapara




“O aeroporto de Floriano será a maior alternativa de pouso e decolagem do Extremo Sul do Piauí, pois sua pista será maior que a do aeroporto de São Raimundo Nonato”, ressalta Avelino Neiva, ao comentar que a execução da obra se deve ao esforço do governador Wilson Martins, que durante os últimos meses tomou as medidas necessárias para viabilizar a entrega do aeroporto.

A obra no aeroporto Cangapara contempla a reforma da pista de pouso e decolagem, construção de uma pista para taxiamento das aeronaves, pátio para estacionamento de aeronaves com capacidade para comportar três aviões de grande porte, cerca de proteção e balizamento noturno, possibilitando que os aviões realizem pousos em qualquer horário do dia. O aeroporto de Floriano possui uma extensão de 1800 x 30 m². A reforma e ampliação da área custaram aos cofres estaduais um investimento de aproximadamente R$ 7,8 milhões.


Além das obras no aeroporto, a Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans) também está viabilizando a pavimentação asfáltica da rodovia que liga o trecho da BR-343 e a PI-140, com extensão de aproximadamente 4,2 quilômetros. A estrada será pavimentada em concreto betuminoso usinado a quente e custará ao Governo do Estado um investimento de aproximadamente R$ 5 milhões. É válido ressaltar que a pavimentação da via será uma forma de facilitar o acesso ao aeroporto Cangapara.

Fonte: meionorte.com

Governador assegura R$15 milhões para Porto Seco em Floriano


Reunião de Empresários em
Floriano

O governador Wilson Martins assegurou R$15 milhões para a construção do Porto Seco de Floriano. A informação foi divulgada pelo secretário estadual dos Transportes, Avelino Neiva, durante encontro realizado com empresários piauienses, na noite desta segunda-feira (23), no município de Floriano. Na oportunidade, o gestor explicava aos investidores sobre o funcionamento e os benefícios que a obra trará para a cidade. Além de Floriano, Teresina e Picos também serão contempladas com a construção de portos secos.

“A cada obra estrutural, a exemplo das pontes, dos portos ou mesmo das estradas, o governador está buscando desenvolver a infraestrutura necessária para que o Piauí se desenvolva, viabilizando o comércio, em especial as importações e exportações”, ressalta Avelino Neiva. A cidade de Floriano foi escolhida para receber o primeiro porto seco do Piauí devido às suas condições favoráveis de localização, a qual é cortada por várias BRs, além de ficar relativamente próxima de quase todas as capitais do Nordeste, assim como das principais rotas comerciais do mundo.

O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 empresários, os quais ouviram atentamente as explanações da equipe da Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans) a respeito da construção do porto seco. Este é um empreendimento que tem como objetivo nacionalizar produtos importados e internacionalizar produtos locais, devendo estes serem escoados por via ferroviária ou rodoviária ao seu destino final. Com a construção do porto, além da redução dos encargos envolvendo os produtos, as mercadorias também devem chegar com até 90 dias de antecedência, pois deixará de enfrentar as filas e a burocracia de outros portos.

Para Conegundes Gonçalves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Floriano, a chegada do porto seco em Floriano fará com que o município se transforme em um grande centro distribuidor de mercadorias, atraindo cada vez mais investidores para a região. “Será uma forma de expandir os negócios existentes na cidade, fortalecendo não só a economia da região, como de todo o Estado”, afirma.

Atuando em vários ramos da economia, o empresário florianense Everton Gonçalves também acredita que a chegada do porto seco trará inúmeras vantagens para a população daquela região. “Floriano vai virar um ponto de referência para as demais cidades, assim como para outros estados. Obras como esta se fazem extremamente necessárias, pois o Piauí possui muitas opções de negócios e a hora de investir é agora”, defende.

Fonte: CCOM/Foto: florianonews

7/25/2012

Chora Sertanejo


Posse na Albeartes
 José Paraguassú Martins Cronemberger Reis

Essa é a história de um menino
Que nasceu lá no sertão
Ouvindo o berro do bezerro
O aboio do vaqueiro
E o canto do azulão

Brincava no terreiro
De peteca e pião
Tirava ninho de passarinho
De arapuca pegava cancão

Tomava banho no rio
Pulando do rebanção
Fazia cavalo de talo
Pra brincar de vaquejada
Com os filhos do patrão

Sua caneta, era a enxada
Diploma, os calos da mão
Pois tinha que trabalhar
Pra ajudar seu pai criar
Os seus 18 irmãos

Bebia água na cacimba
Que a onça também bebia
Na sombra do juazeiro
Esperar o gado
Com os vaqueiros ele ia

Hoje vive na cidade
Num apartamento engaiolado
Está velho e cansado
E também aposentado
Mais quando chove
E da janela ouve o trovão
Ele não agüenta e chora
De saudade do sertão

Velho amigo sertanejo
Que ama o seu torrão
Eu até sinto no peito
Sua dor e solidão
E se um sertanejo e chora
É de saudade do sertão

7/24/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

CORREIOS E TELÉGRAFOS

Por - Nelson Oliveira e Silva

Vinculado ao Ministério de Viação e Obras Públicas, o Departamento dos Correios e Telégrafos ( DCT ), salvo engano, por volta dos anos de 1930, resolveu instalar em nossa cidade uma agência dos correios e telégrafos, órgão responsável pela distribuição de cartas ( correspondências ) - função dos correios - e transmissão de telegramas - função do telégrafo.

As cartas, a princípio, eram distribuídas, para todo o Brasil, pelo Correio Aéreo Nacional ( CAN ), que realizou o primeiro vôo para a nossa cidade, em 1934, tendo pequeno avião pousado num campinho que havia ali para os lados da Taboca e esse acontecimento se constituíu numa grande festa promovida pelo poder público, contando com a imprescindível presença do povo e que por isso mesmo o comércio fechou às 13 horas. Sobre o assunto daremos detalhes noutrolocal nas memórias do professor Djalma Silva.

Depois dessa rápida complementação, voltemos ao assunto dotítulo aqui constante. Pois bem, as transmissões do telégrafo eram feitas pelo morse e teletipo,instrumentos que transmitiam as mensagens entre uma e outra cidade, atraés de sinais que eram passados e recebidos por funcionários de uma e de outra agência. Os serviços, logicamente, não tinham a rapidez da internete de hoje, mas para aquela época já era um grande serviço.

Floriano, pela sua estrutura, já possuía um pequeno campo de avião - o já citado acima, foi escolhida pelo DCT, como uma cidade polo onde o avião do CAN ( Correio Aéreo Nacional ) deixava as correspondências destinadas à uma vasta região do sul do Estado e a agência daqui encarregava-se de fazer a devida separação, por cada cidade e, em seguinda, entregue a funcionários seus que faziam o transporte com as cartas acondicionadas em sacos de lona, fechadas com cadeados e transportados em lombo de burros para várias cidades da região, como Jerumenha, Aparecida ( hoje, Bertolínia ), Piripiri ( hoje, Itaueira ), Canto do Buriti, Amarante, dentre outras. Dos funcíonários que faziam esse serviço, só nos lembramos do nome de um: senhor Isaias Rocha, que residia na rua São João de cujo serviço foi pioneiro.

Como foi dito no início, foi por volta dos anos de 1930 a ssua chegada na nossa cidade, tendo se instalado no prédio existente até hoje, na rua Bento Leão, esquina com a rua Alfredo Estrela, aolado da Tipografia Attem, onde, naquele tempo existia a Pensão Estrela de propriedade da dona Cotinha Estrela, mãe do senhor Alfredo Estrela. Ali foram instalados os dois departamentos: correios e telégrafos. Passaram-se oa anos, muitos, aliás, quando registrou-se a mudança para a casa da avenida Getúlio Vargas, esquina com a Silva Jardim,onde funcionou até pouco tempo, o departamento de atacado do Armazém Triunfo, ali permancendo, também, o que ocorreu, no início dos anos de 1950, já tendo de lá para cá sofrido in´pumeras reformas, para se adaptar ao ser verdadeiro desenvolvimento em nossa cidade.

Dentre os seus funcionários que contribuiram para tal crescimento, lembramo-nos, entre outros, Antonio Florentino, Ivan do Barão, Morais, José Rosado Damasceno e seu sobrinho, Antonio Moreira Rosado Filho, que depois se tornou funcionário do Banco do Brasil; João Sabino Rodrigues, assassinado por um seu colega, na sua sala de trabalho, que depois teve sua vida ceifada por um desconhecido, próximo a casa do senhor Florindo, onde hoje reside o senhor Guilherme Ramalho; ainda nos lembramos do senhor Zacarias, que a exemplo dos já citados, já faleceram; dos mais modernos que conhecemos, temos na mente Antonio Neiva de Souza Neto, Leopoldo Sérvio, com mais de 50 anos de serviços, que lhe valeu uma placa de prata em comemoração ao feito; Cid Martins, Pedro de Alcântara Neiva, Robson Neiva, Carmélia Leal, Euvaldo José da Costa e Silva, com alguns já aposentados e outros em plena atividade.

Por um dever de justiça, não podemos deixar de incluir no primeiro escalão, dos mais antigos, que somente depois nos lembramos, os nomes das seguintes pessoas, pela importância das mesmas no desenvolvimento da empresa: dona Maria Izaura Silva, irmã do senhor Pedro Carvalho; Benedito Damasceno, pai de José Rosado; Davino José do Carmo, Antonio Luiz Ferreira da Silva, que na qualidade de Maçom da Loja Igualdade Florianense, deu-lhe de presente, nos anos 50, a caixa postal nº 4 e sua esposa dona Copnsuelo; também dona Adelina Borborema, mãe da dona Socorro e Loudinha Lopes.

Claro que um grande número de pessoas outras, além das citadas, cujos nomes não foram lembrados e mais os atuais, contribuíram e continuam contribuindo para o crescimento da empresa, que hoje se denomina EBCT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, possuindo agências em todo o Estado, razão das constantes reformas levadas a efeito na agência da nossa cidade e que vem confirmando seu desenvolvimento.

7/23/2012

REENCONTROS


Reencontro de Junho
O nosso reencontro mensal, programado para o dia 28 de julho próximo, devido às férias, vai ficar transferido para o mês de agosto vindouro, dia 25, no Eldorado Cantry Clube no bairro São João a partir de 11 horas.

Aqueles que já estão com com a sua frequência em dias, se programem e, aqueles florianenses que desejam participar, não há problemas, estaremos recebendo a todos com grande alegria.

Bar do Roberto
O importante é participar desses momentos, para que possamos reviver o passado com um bom bate papo, como nas fotos, em reencontros memoráveis que fizemos ao longo de muitos carnavais em floriano e outros momentos em Teresina.

Tivemos reencontros em vários lugares, como no bar Marrom Glacê do nosso amigo Ozires, na casa da Aninha, no bar do Roberto, com a participação de várias figuras ilústres da velha guarda de Floriano.


Churrasco na casa da Aninha
 Puluca, Ubaldo, Kanguri, Chicolé, Iran, Cristóvão, Genisson, Nonatinho, Astrobaldo, Valdecy, Pauloínho, Silva, Bené, Dedé, José Uilson, Joaquim, Julimar, Chiquinho, Gerardim, Bal, Hélio, Jairo, Luiz Carvalho, José Afonso e muitos outros que sempre estão no contexto.

Precisamos estar sempre ligados, revitalizar esses momentos, para que aqueles bons momentos sejam preservados através de fatos e episódios vividos por todos nós.
O futebol, o carnaval, as tetúlias, as festas da Mustang, do Floriano Clube, do Comércio, a Beira do Rio, o cais do porto, a Taboca, o Meladão, a Vereda Grande, a AABB, a praça, o cinema e muitos outros lugares que estão sempre nas nossas lembranças.

Quem não se lembra, por exemplo, das grandes jornadas esportivas, vividas no Campo dos Artistas, times consagrados como o Botafogo de Gusto, o São Paulo de Carlos Sá, o Fluminense de Fabrício, o América de Bezerra.

Dos banhos no Meladão, as descidas do Parnaiba em bananeiras e câmaras de ar, as coroas do rio, as pescarias e as festas da jovem guarda no Salão Paroquial.
Residência de Pauloínho

Lembramos, aqui, da história narrada pelo nosso amigo Kanguri, quando de um amistoso em Jerumenha, onde a presença de Chicolé, ponteiro esquerdo do futebol amador de Floriano, era de suma importância.
O detalhe é que naquele tempo, os nossos pais eram rígidos e Chicolé tinha que viajar escondido, para dar tempo d´ele jogar e voltar para Floriano sem o seu pai percebesse. O famoso Deoclecinho, que gostava de velocidade, acelerou a sua pick up e foi buscar o craque para o jogo.
Após a competição, depois do olé de Chicolé, Deoclecinho foi levar o craque de volta a Floriano; deixa que havia uma mulher grávida para levar às pressas para a maternidade em Floriano e, também, o seu Zé Leonias, aproveitando a deixa, pedira uma carona.
Quando Deoclecinho acelerou, voou, tanto que as árvores do acostamento se curvavam com o vento provocado pela velocidade do carro de Deoclécio. Seu Zé Leonias, de repente, apavorado, no meio da estrada, pede pra parar, gritando que o seu chapéu tinha voado:
- Vocês podem ir na frente, que eu vou esperar, mesmo,  o expresso!
Para ele não ficar sozinho no meio da carroçal, Chicolé decidira ficar com ele para esperar o expresso.
- Não se preocupe, seu Zé, vamos pegar o seu chapéu e esperar o ônibus! – disse Chicolé.
Seu Leonias, arretado, aliviado, respondera:
- Que nada, meu rapaz, eu fiz isso de propósito, pois o diabo é quem viaja mais com aquele doido do Deoclecim...






7/21/2012

RETRATOS

João Vicente
A praça estava deserta, tinha terminado a missa, quando fazíamos uma campana sentimental, saudosa na vontade de reviver a velha Floriano.

Aquele silêncio e a leve brisa nos proporcionava um bem estar, que valia se fazer presente naquele momento de reflexões a cerca dos dissabores e das alegrias que a vida nos prega.

No entanto, eis que nos aparece o João Vicente, da Pedreira, amigo de infância e que nos cumprimentamos, para levar um papo agradável diante daquela manhã de domingo silenciosa.

Começamos a lembrar dos carnavais e das matinês do Floriano Clube, dos filmes, da velha Sertã, do futebol de salão, que era bastante prestigiado no passado; dos cais do porto, das antigas tertúlias e das mulheres, das nossas paixões.

Coisas que nos deixam brotar um sorriso de conforto, quando percebemos que o tempo passou de repente e que agora temos que saber acompanhar essas mudanças, essas transformações do momento em que o mundo atravessa.

Sindicato do Comércio Varejista realizará seminário em Floriano

O Sindicato do Comércio Varejista de Floriano está organizando um grande evento para os dias 10 e 11 de agosto, um seminário que será realizado com a previsão de 500 empresários, inclusive empresários do sul do estado do Piauí.
O evento será ministrado por palestrantes do Paraná, Ceará e Piauí com objetivo de trazer serviços, informações e conhecimentos aos empresários de Floriano e região.
De acordo com o empresário e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Floriano, Conegundes Gonçalves de Oliveira, o seminário vai contribuir para o encontro de discussão de ideias contribuindo para o desenvolvimento da economia do município.
Fonte: 180 graus

7/20/2012

Título do Campeonato Florianense fica com o América

 
América - Campeão 2012
Um gol nos minutos finais, assinalado pelo volante Maycon, garantiu ao América, o título de campeão do Campeonato Florianense de 2012. O jogo final da competição, disputado no Estádio Tibério Nunes, em Floriano, diante do Clube Atletas do Futuro, terminou com a vitória americana pela contagem mínima. 

Atletas do Futuro - Vice Campeão
O primeiro tempo foi de supremacia do Clube Atletas do Futuro, que criou as melhores oportunidades, mas parava nas mãos do goleiro Fernando. O América só ofereceu perigo quando, em jogada originiada de bola parada, Júnior Cazega cabeceou fraco e Elcinho fez uma bela defesa. Mas a medida em que o tempo se passava era notorio que as duas equipes tinha uma certa cautela e por esse motivo o primeiro tempo terminou 0 x 0.
No segundo tempo, mudança no comportamento do América, que melhorou a marcação e passou a pressionar o adversario. A melhor chance de gol da fase complementar, porém, foi do Atletas do Futuro, nos pés de Elton Piôr, que recebeu livre de marcação na entrada da grande area, mas chutou fraco e Fernando defendeu.

Quando tudo parecia crer que a decisão iria para os pênaltis, Maycom rouba uma bola no meio campo e, depois de conduzi-la até a intermediaria, fez a tabelinha com Niltinho, recebeu de volta e chutou da entrada da pequena area, sem chances para Elcinho. América 1 a 0, América campeão.

FICHA TÉCNICA

AMÉRICA 1x0 CLUBE ATLETAS DO FUTURO (Campeonato Florianense 2012 - Final); Data: 14/07/2012 (sábado à noite); Local: Estádio Tibério Barbosa Nunes (em Floriano); Arbitragem: Ronaldo Rodrigues, auxiliado por Epitácio Leite Sobrinho e Hilton José Barros.

Renda: R$ 1.340,00 com 268 pagantes.

Gol: Maycom 42 do 2º tempo.

Cartões Amarelo: Douglas, Bitonho, Alan (CAF), Rafael, Maycom, Niltinho (Ame)

América - Fernando; Rasquinha (Francisco), Jader, Camilton e Rafael; Tiago, Maycom, Junior Cazega e Helder Roberto (Wesley); Cristian (Sérgio Ricardo) e Pititi (Niltinho). Treinador: Carlos Cazega.

Clube Atletas do Futuro - Elcinho; Jeferson, Pica-Pau, Alisson e Douglas (Juninho); Patchuca, Bibio, Bitonho (Edimar) e Alan (Merson); Elton Piôr (Tiago Rodrigues) e Wanderson. Treinador: Lucimar Feitosa.
 
Fonte: site do Buim / Informações e fotos - Agostinho Cavalcante - Sport News

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

A COLUNA PRESTES NO PIAUÍ ( texto de 2008 )

A Coluna Prestes foi o resultado de um levante militar que eclodiu no sul do País contra o arbítrio do governo e se irradiou por todo o Brasil.
Coluna Prestes no Piauí
1925

Depois de percorrer todos os Estados, a Coluna chegou ao Maranhão, procedente de Goiás, ocupando as cidades de Carolina, Picos ( Colinas ), Mirador, Passagem Franca, Pastos Bons e Benedito Leite. Depois do confronto de Uruçuí, cuja vitória coube aos revolucionários, estes chegaram ao entardecer do dia 18 de dezembro de 1925 à Vila Fronteira de Barão de Grajaú, transpondo na mesma noite o rio Parnaiba e ocupando Floriano.

Como a cidade estava deserta, ocuparam no dia seguinte, algumas casas abandonadas na fuga dos seus moradores. No palacete do senhor Heitor Leão (1) instalaram o Quartel General ( QG ), sob o comando supremo do General Miguel Costa, depois que deram início ao saque da cidade. Começaram pela Mesa de Rendas (2), uma espécie de alfândega por onde transitavam as mercadorias destinadas á cidade, localizada estrategicamente à beira do rio Parnaiba. Arrimbaram o portão principal e retiraram todos os artigos de que necessitavam, distribuindo o resto com a população pobre. Em seguida, visitaram os estabelecimentos comerciais. A Paulista (3), Cristino Castro & Irmãos (4), O. Ribeiro & Cia (5), Casa Silva, Almir Nóbrega Passarinho, Raimundo Neves Ataíde (5), Farmácia Sobral (6) de onde retiraram farta quantidade de mercadorias. À noite, houve um comício com pequena assistência em virtude da fuga dos florianenses. Falaram na ocasião o padre Manoel Macedo, Pinheiro Machado e o deputado baiano Benedito Santos, evadido das hostes de Totó Caiado.

No dia 24, véspera de Natal, o General Miguel Costa enviou um telegrama ao Presidente da República, Artur Bernardes, comunicando-lhe ter orndenado a suspensão das hostilidades à 25 para que neste dia não se derramasse sangue no território nacional.

No dia 25 foi impresso o jornal " O Libertador !, edição de nº 9, cujos redfarores foram Pinheiro machado, Lourenço Moreira Lima e o Padre Manoel Macedo.

No dia 26 abandonaram Floriano, rumando para Teresina, onde ali Juarez Távora foi preso pelo General do Exército Costa Araújo, pai do doutor Lineu Araújo (7).

A Coluna Prestes era formada por militares, cujos nomes, por sua conduta intocável, serão sempre lembrdos e enaltecidos pelos brasileiros: General Miguel Costa, Osvaldo Cordeiro de Farias (8), Luioz Carlos Prestes (9), Juarez Távora (10), Siqueira Campos, Djalma Soares Dutra, Ary Freire, Adalberto Granja e muitos outros.

NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES

1) O referido palacete era localizado onde hoje está situada a agência do Bradesco na avenida João Luiz Ferreira;

2) Onde hoje está instalado o Terminal Turístico, o primeiro prédio construído na cidade por Agrônomo Parentes;

3) A Paulista, que depois se transformaria nas Lojas Pernambucanas, localizada na praça Sebastião Martins, esquina com a avenida Getúlio Vargas;

4) De propriedade do ciddão com omesmo nome, irmão do senhor Mundico Castro,Luiz, Agripino, Ciro etc;

5) Membro da Loja Maçônica Igualdade Florianense, comerciante influente;

6) Tradicional estabelecimento farmacêutico, que ficava onde está funcionando uma lotérica onde, anteriormente, funciounou a agência da Caixa Econômica Federal. A referida farmácia era de propriedade do doutor Teodoro Ferreira Sobral, ex-Prefeito da cidade nas décadas de 1920/1930 e que empresta o seu nome ao Laboratório Industrial de propriedade de Teodoro Ferreira Sobral neoto de quem era avô;

7) Grande médico piauiense que, salvoengano, desempenhou, também, o cargo de reitor da Universidade Federal do Piauí;

8) Herói da FEB - Força Expedicionária Brasileira, integrante da base aliada que combateu o nazismo nos campos da Itália na segunda grande guerra mundial;

9) O grande líder comunista dos anos de 1930 e que, por muitos anos, viveu na clandestinidade por ser o chefe, no nosso País, do Partido Comunista;

10) Militar, como Osvaldo Cordeiro de Farias e que nos anos de 1950 disputou uma eleição para a Presidência da República sem sucesso.

EXPLICAÇÕES SOBRE AS PESSOAS E LOCAIS CONSTANTES DESSE FATO DE AUTORIA DA DOUTORA JOSEFINA DEMES DE SAUDOSA MEMÓRIA

1) PALACETE DO SENHOR HEITOR LEÃO - Era ali onde está edificada a Agência do Bradesco;

2) A MESA DE RENDAS - Funcionava onde hoje está instalado o Terminal Turístico;

3) A PAULISTA - Loja que posteriormente foi transformada nas Lojas Pernambucanas e que por muitas décadas funciounou na esquina da praça doutor Sebastião Martins com a avenida Álvaro mendes, hoje Getúlio Vargas;

4) CRISTINO CASTRO & IRMÃOS - Casa comercial que pertencia ao cidadão que lhe emprestou o nome, irmão do senhor Mundico Castro de quem, certamente, era irmão. Cristino Castro, slavo enganoum dos fundadores ou integrantes da Associação Comercial do Sul do Piauí, foi um desbravador da região Sul do Estado do Piauí, instalando em Nova Lapa ( hoje Cristino Castro em sua homenagem ), instalando ali uma grande usina de beneficiamento de algoão que para o transporte do produto construiu estradas e pontes no trecho Floriano / Nova Lapa, para uso da sua frota de veículos.

5) RAIMUNDO NEVES ATAIDE - Influente comerciante da cidade, tendo participado de várias diretorias da Loja Maçônica Igualdade Florianense de quem era membro efetivo;

6) FARMÁCIA SOBRAL - De propriedade do senhor Teodoro Ferreira Sobral, pai do doutor Amílcar Ferreira sobral e avô do Industrial Teodoro Ferreira sobral neto, que como ele mantém em nossa cidde um complexo no fabrico de medicamentos;

7) LINEU ARAÚJO - dedicado médico piauiense que deu o seu nome a uma árera de saúde em Teresina;

8) GENERAL OSVALDO CORDEIRO DE FARIAS - Um herói da FEB - Força Expedicionária Brasileira, que integrou as forças aliadas na segunda grande guerra mundial no combate as forças militares da Alemanha nos campos de batalha na Itália nos anos quarenta;

9) LUIZ CARLOS PRESTES - Um dos grandes líderes comunistas do Brasil e que pela sua obstinação de amor pelo Brasil faz parte da nosssa história.

FAMCC realizou sorteio de apartamentos do Condomínio Catumbi


Condomínio Catumbí

Foi realizado nesta quarta-feira (18), mais uma reunião para o sorteio e entrega dos 56 apartamentos do Condomínio Catumbi, em Floriano.

De acordo com a presidente da Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários (FAMCC), Neide Carvalho, foi apenas a primeira etapa de localização, pois é necessário o endereço para realização do contrato com o Governo Federal através da Caixa Econômica.
“Fizemos o sorteio e cada beneficiado já sabe o seu endereço, inclusive foram no empreendimento para fazer a fiscalização e verificar se existe alguma irregularidade, porque o que não tiver ok a construtora terá que melhorar.

Essa também é a diferença que a gente queria, que Floriano compreendesse da diferença de um programa que é via entidade de um programa que é administrado pelo governo, ou seja, pelo município ou construtora”, disse Neide Carvalho.

Fonte: florianonet

7/19/2012

Católicos iniciam festejos de Senhora Sant'Ana em Floriano

Teve início nesta terça-feira (17), os festejos de Senhora Sant’Ana, no bairro Campo Velho, em Floriano. A abertura aconteceu com uma alvorada festiva e um café da manhã.
À noite aconteceu a celebração eucarística com os noitantes de todas as comunidades que são abrangidas pela Paróquia de Sant’Ana e Associação de moradores do bairro Campo Velho.
Durante os festejos, acontecerão Missas a partir das 19 horas, batizados, coroação das princesas, leilões, rifas e barracas com comidas típicas.Todas as noites os fiéis lotam a igreja participando ativamente da Missa, que a cada dia é organizada por grupos e pastorais diferentes.
O encerramento dos festejos acontece no dia 26 de julho, com uma procissão e missa festiva.
Fonte: 180 graus

7/17/2012

FLAGRANTES

No flagrante, a importante sede da Augusta Loja Maçônica Igualdade Florianense. Esse templo foi construído por volta dos anos 1921. Antes, construção simples, foi modificado pelo Grão-Mestre José Dutra, que foi um dos baluartes da Maçonaria em Floriano. Retirou-se a beira-e-bica e foram feitas platibandas.

A construção se apresenta com três frontões no formato triangular, já envolvendo toda uma simbologia. No vértice dos triângulos encontramos vários símbolos: o Grande Olho, sinal de sapiência, além da meia-lua que deve significar Evolução, bem como a Estrela Flamejante, que irradia luz.

Existem inscrições outras e, abaixo dos triângulos, nas fachadas laterais e alientes, há símbolos esculpidos na parede e que representam artefatos próprios da arte de construir ou arte de pedreiro. A entrada do templo fica em recuo, e mais alta, por conter, além da porta principal, janelas laterais baixas. As esquadrias e as venezianas, são feitas de madeira. As bandeiras são decoradas com pequenos ornatos simbólicos. Acima das esquadrias foram feitos ornamentos triangulares em massa.

Na foto vê-se detalhes de um pequeno jardim protegido com grades de madeira que, atualmente, foram substituídos por muro, por medida de proteção. No flagrante, vemos um ajuntamento de pessoas, na maioria crianças, em frente à Loja. Talvez seja alguma comemoração cívica ou uma festa beneficente. Aparecem bandeiras e estandartes. Vale lembrar, de passagem que a casa que tem janelas abertas, do lado direito, é a residência do doutor Djalma Nunes.

Estima-se que essa tomada fotográfica seja da década de 1940. Atualmente, esta construção está preservada e com pinura nova. Continua a sediar essa nobre confraria que tem sua história atrelada à própria histíoria da humanidade. Falando-se de Floriano, a Maçonaria teve e tem umsignificado todo especial e sua existência está inteiramente ligada à história de Floriano.

As finalidades da Maçonaria são as mais nobres e sublimes. Seu maior condão será ode fazer de cada um de seus membros um exemplo e uma pedra angular na construção de uma sociedade igualitária, justa e fraterna, plena de todas as virtudes.

A propósito, vamos transcrever o pensamento do Padre José S. Nascimento Farias a respeito da Maçonaria: "A Maçonaria tem o poder de fundar a mais sã filosofia, fazendo-a germinar as doutrinas de São Vicente de Paula, São Tomaz de Aquino e mais tarde de Bossuet Fenelon, Chateaubriand, que inundam de pura luz o mundo inteiro"

Diante disso, não precisamos dizer mais nada.

Fonte: livro: Flagrantes de uma cidade ( 1997 )
 Luiz Paulo de Oliveira Lopes


7/16/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

Floriano - dos anos quarenta aos dias atuais

O Transporte Fluvial no Parnaiba ( Texto de 2008 )

Por - Nelson Oliveira e Silva

Talvez tenha sido nos anos 1920/1930 que se instalou nas águas do rio Parnaiba um dos principais meios de transporte da região, responsável pelo desenvolvimento do Estado e todo o sul do Piauí.

Naquele tempo, as rodovias, além de precárias, eram em número baixíssimo nas distâncias entre as cidades. Por isso, quando o cidadão Francisco Faustino de Lima ( o Chicão ), resolveu estabelecer uma linha deônibus ( gaiola ) entre Teresina e Floriano diante da quase inexistência de estrada, foi obrigado a abrir trechos e mais trechos no espaço, para que o veículo transitasse com limitada segurança. Diante do trabalho desenvolvido em busca do seu objetivo, o senhor Francisco Faustino Lima ( o Chicão ), tornou-se pioneiro no ramo de transporte coletivo entre a Capital e a nossa cidade e que permanece até hoje, através das empresaas Princesa do Sul, Transpiauí e Expresso Floriano, com duas com títulos distintivos em homenagem a Floriano, hoje dirigidas por nete e bisnetos do senhor Chicão, complementando, assim, um trabalho iniciado quase ao mesmo tempo do transporte fluvial,cujos segmentos foram responsáveis diretos pelo desenvolvimento da nossa cidade e, consequentemente, de toda região sul do Estado.

Nos anos já citados, firmas importantes como a Casa Inglesa, Roland Jacob, Moraes, Machado Trindade, todas com matriz em Parnaiba, resolveram instalar filiais em nossa cidade que, junto aos árabes, que já eram estabelecidos aqui, ajudaram no crescimento comercial da cidade, de maneira expressiva. Diante das enormes dificuldades inerentes à questão do transporte, referidas firmas que enviavam mercadorias para suas filiais, faziam uso do transporte fluvial, que consistia de rebocadores ( vapores ou lanchas ), rebocando enormes barcaças, construídas em madeira, cobertas e com paredes de palhas, com grande capacidade de cargas e que no seu interior eram transportadas as mercadorias com destaque o sal, que era distribuído ao longo do trecho Parnaiba-Alto Parnaiba - hoje Alto Parnaiba, em todas as demais cidades ribeirinhas, tendo Floriano como a mais importante, transformando-se num verdadeiro entreposto que recebia também as mercadorias destinadas aos comerciantes de outras cidades do sul do estado, distante da margem do rio e que eram transportados em lombo de burros cargueiros.

Os rebocadores que puxavam as barcaças, rio acima e rio abaixo, possuíam na sua parte superior espaço onde eram alojados os passageiros de cidade a cidade em dias previamente determinados. Dentre os rebocadores que navegavam por aqui, ainda está na nossa mente, os que possuíam os seguintes títulos: Joaquim Cruz, XV de Novembro, Chile, Piauí, Parnaiba, Afonso Nogueira, este fabricado aqui nos anos de 1930 e que adotou o nome do seu criador.

Naqueles tempos, o velho rio, hoje clamando por socorro, diante da agressão do ser humano que o asfixia com a enorme quantidade de lixo e todo tipo de detrito que jogam no seu leito,tornando-o num simples riacho, poossuía altas ribanceiras e que dificultava, de alguma forma, o desembarque das mercadorias que aqui chegavam e que era feito por homens fortes e possuidores de força física suficiente para realizar o trabalho e que eram chamados de "estivadores".

Não existia o Cais. Decorrido um certo tempo, construíram uma rampa, de frente para a avenida João Luiz Ferreira, em pedra lavrada, próximo à Mesa de Rendas - hoje o Terminal Turístico - por onde passaram a ser descarregadas as cargas transportadas, o que exigia um esforço menor dos trabalhadores. Às margens do "Velho Monge", na cidade, eram repletas de frondosas tamarineiras, em cujos troncos as embarcações eram atracadas, espaço que se estendia de onde hoje está o restaurante com o mesmo título, até à altura do prédio onde funcionou a Usina São Francisco.

Para a época, era um movimento intenso, porque, como já foi dito, Floriano tornou-se um entreposto para restribuir as mercadoras para a região sul,muito moroso, contribuiu significativamente, com o desenvolvimento comercial da nossa cidade.

Entretanto, na época, havia outro tipo de embarcação que movimentava ao sabor da água dorio, chamada "balsa". Uma embarcação construída com talos de buriti juntos, amarrados, formando o piso da referida embarcação, coberta de palhas de babaçu, com um fogão de barro para cozinhar os alimentos dos seus tripulantes e os seus passageiros, que porsinal, eram muitos. A balsa era construída já dentro da água, tinha quatro ou cinco metros de comprimento por três de largura e em seguida carregada de todo tipo de produtos: boi, bode, porco, cereais, frutas de todos os tipos e aí era soltada rio abaixo, sob o comando de um mestre e um contra-mestre, que manuseavam os remos colocados na parte dianteira e trazeira da embarcação, que percorria o trecho de Alto Parnaiba ( Maranhão ) a Floriano e Teresina, onde as mercadorias eram vendidas. Como a embarcação não podia retornar, os seus tripulantes retornavam de pé por algum tempo, ou emcarcados nos rebocadores. Chegavam ao seu ponto de origem de pois delongos dias e logo preparavam outra embarcação, para percorrer o trajeto anterior em busca de novos negócios. Era, segundo o que diziam aqueles que faziam parte desse contexto, era uma viagem muito tranquila.

O combustível dos rebocadores e lanchas que rebocavam as grndes barcaças, era na base dalenha, que abastecia as suas caldeiras e impulsionavam as referidas embarcações. O mencionado combustível tinha os seus postos de abastecimento à margem do rio em local previamente combinado, entre fornecedores e os donos dos já mencionados rebocadores.

Esse imenso movimento fluvial no rio Parnaiba, que contribuiu para o desenvolvimento da região, durou, talvez, por 40/50 anos, nos anos 70, com a conclusão da barragem de Boa Esperança que deveria ter concluído a excljusa, que permitiria a manutenção domovimento até os dias de hoje, com absoluto sucesso.

Entretanto, alguns comerciantes do ramo tentaram maner o serviçio, partindo de Guadalupe e que depois de estudos feitos tornou-se inviável por falta de estrutura.

Mas mesmo assim o senhor Alberto Silva, num dos períodos de seu governo teimou, mandando construir duas embarcaç~loes a preço de ouro, entituyladas "Barcas do Sal", que transportariam sal de Parnaiba até Vitória do Alto Parnaiba, ponto final dotrajeto. Rasultado: uma barca do sal, que chegou até Guadaljupe para início da grande trajetória, ao que parece, foi corroída pela ferrugem num ponto qualquer domunicípio, onde está a Usina de Boa Esperança eaí se confirmou a visão sempre desttuída do velho Governador.

7/15/2012

FLORIANA NOSSO AMOR

A região onde nasci no Maranhão é uma projeção da antiga freguesia de Nossa Senhora da Vitória da Vila da Mocha, depois Oeiras do Piauí. Passados dois séculos, erguida Floriano à barranca direita do Parnaíba, mais próxima, assumiria esta o papel de referência citadina maior sobre aqueles sertões dos “pastos bons”, dadivosos, repartidos em várias municipalidades muito distantes da capital, São Luís.


Do ponto de vista de sua formação, nada é diferente entre a vida sertaneja de um e do outro lado nesse Médio Parnaíba. E desde fins do século XIX, Amarante, e Floriano ainda mais, sob os impulsos da navegação a vapor, tornaram-se centros de comércio e civilidade, atraindo em sua dinâmica, sobretudo, todo o leste-sul maranhense e o sul piauiense.

Quando eu nasci e “me entendi”, Floriano era essa referência luminosa em nossas vidas. Mais: minha família – lado dos Fonseca, chegada à região por volta de 1822 – está entroncada na Passagem da Manga, nucleada nos hoje municípios de São Francisco do Maranhão e Barão de Grajaú, sendo a parte piauiense dela ramificada a partir do município histórico de Jerumenha. Muitos desses Fonseca, sobretudo os aquinhoados de terra, estão presentes na ação fundadora dos próprios municípios da Manga/Floriano (1864/1890), São Francisco (1870) e Barão (1904/11). Minha mãe nasceu a cinco léguas de Floriano, nos limites de São Francisco e Barão e conheceu Amarante e Floriano ainda na juventude.

Aos doze anos conheci Floriano, nos anos 60. Tinha um tio em Barão que me trazia de Passagem Franca para breves temporadas de férias. Era uma sensação andar pela “cidade-luz” da memória de minha mãe e de onde chegavam à Passagem os caminhões carregados disso e daquilo, os viajantes, médicos, ônibus (do Pedro Caetano) e o misto (do Cícero), livros e revistas. Onde iam estudar os filhos da aristocracia municipal passagense. No dia mesmo em que nasci, um médico florianense muito querido esteve em minha cidade “pegando” a filha do vice-prefeito que naquele dia, com muito sofrer, também viria ao mundo.

Em Floriano entrei pela primeira vez numa sala de cinema, Cine Natal: antessala com espelhos e porteiro impecavelmente vestido, bombons (tinha curiosidade de saber o que eram os “drops”), tela imensa, “cinemascope”. Na calçada do Cine, banquetas com livrinhos de bolso, “os fbis”, novos, e muitos deles usados e disponíveis para as troca, locação,etc. Ao lado uma sorveteria e picolés nos palitos. Numa outra esquina uma “farmácia” com todo tipo de garrafas, garrafões e tubos retorcidos com produtos coloridos. Vi ali pela vez primeira uma freira, em hábitos (mesmo traje das imagens de Santa Teresinha de Jesus existentes nas igrejas de São Pedro de Alcântara e de Santo Antonio –no Barão). Vi os “automóveis”, isto é, os “carros de passeio” que chamavam de “baratinha”, “rabo-de-peixe” e “cadilac”. Tinha curiosidade de saber como que era um “Banco”, Bomba de Gasolina e as casas que chamavam de “bangalô”: em Floriano vi tudo isso. E mais várias coisas de cidade grande.

No universo mental e das falas da minha “nesga de sertão”, sobretudo do povo do campo, a maioria, invocava-se a importante cidade piauiense (nossa metrópole) com a declinação feminina de “Floriana”: vou para...; comprei isso ou aquilo, em...; foi estudar... É um jeito ou traquejo de falar, assim como nas formas pretéritas, no sobrenome das mulheres não se escrevia, por exemplo, Veloso, mas sim, Velosa, Cardoso e sim Cardosa, Franca, Coelha, Brandoa, Granjeira.

Também o namoro na praça de Floriana dizia-se que era devasso; poucos pais se atreviam deixar as filhas por lá p. estudar. Até saiu um “romance” de cordel, proscrito, e de muito sucesso, chamado exatamente assim: “O namoro na praça de Floriano”. Mas disso falaremos noutras ocasiões. Agora, interessa parabenizar a “Cidade-Floriano”, razão da paráfrase do título. Afinal, minha menção de amor é à princesa e não ao marechal.

Fonseca Neto, professor da Ufpi
Fonte: acessepiaui.com.br

7/14/2012

NANICO


Nanico e sua arte
José Edilberto da Silva, conhecido como "Nanico", nasceu em 1º de novembro de 1960, tendo como pais adotivos o senhor José Monteiro de Carvalho e a senhora Maria da Conceição Lopes, vivendo toda a sua vida em Floriano.

            Estudou o Ensino Fundamental na U.E. “Fauzer Bucar” e no Ginásio “Santa Teresinha”. Cursou o Ensino Médio na Escola Normal “Osvaldo da Costa e Silva”. Recebeu o apelido de Nanico, devido a sua baixa estatura. E com este, foi consagrado como artista.

               Teve seus primeiros contatos com a marcenaria ainda no período colegial, iniciando sés trabalhos com a idade de 16 anos. Seu mestre foi o Sr. João Borges, porém Nanico, aprimorou-se na arte de talha em madeira. Além da talha, Nanico também trabalhava com pirogravura, esculturas em gesso, marcenaria em geral, e também desenhava caricaturas.
Acervo Particular

            Casado com Nereida de Freitas Martins Silva teve dois filhos, Karolynne e Gabriel.

            Participou de várias exposições de arte, sendo ganhador do 1º lugar no Salão de Arte Santeira, em Teresina, e terceiras colocações nos anos posteriores.

            Suas obras retratam o homem nordestino, o cotidiano do piauiense e também a arte sacra.

Em Floriano, existem várias obras suas espalhadas, por várias igrejas e residências.

 São seus os entalhes do Mosteiro e do Noviciado, no bairro de Nossa Senhora da Guia. Há também obras suas na Alemanha e na Itália, e, apesar de ser reconhecido regionalmente, não recebeu devidamente, em vida, o justo reconhecimento por seu indiscutível talento.

Faleceu muito jovem, no dia 12 de março de 2004, quando tinha apenas 43 anos, vitimado por complicações do diabetes.
A sua arte o imortalizou, mas não o enriqueceu. São suas palavras: “Tudo o que faço é o que gosto. Passo o que vejo e sinto para a madeira, para que os outros também vejam; é só isso”.

Algumas informações me foram passadas pelo próprio artista ainda em vida, outras foram complementadas por Dona Mariquinha, irmã do artista.

Fonte: Umbelarte

7/13/2012

FLAGRANTES

Salão Paroquial
SALÃO PAROQUIAL

O flagrante mostra o nosso tradicional Salão Paroquial. Ele foi construído nos anos de 1950. Seu idealizador, o Padre Pedro de Oliveira, adquiriu o terreno às suas custas do senhor Alexandre Almeida e, com muito esforço, iniciou a construção do prédio.

A finalidade do Salão Paroquial era de servir para a realização de reuniões, encontros e, também, para a prática de atividades artísticas sadias.

Foi no Salão Paroquial que a Catequese de Floriano sempre se reunia sob a orientação da professora Emília Martins. Foi também que o Teatro Experimental Florianense fez grandes apresentações nas pessoas de Pedro de Alcântara Ramos, Paulo Noleto, Edilberto Noleto, Iara Noleto, Raquel Bonasser, Filó Coelho e outros nomes que no momento fogem à memória.

No Salão Paroquial, Padre Djalma Rodrigues de Andrade reunia a juventude de Floriano para encontros, debates e pregações que culminavam com as inesquecíveis peregrinações. Foi nesse local que Frei Conrado iniciou o movimento dos Moços Católicos. O palco alto do Salão Paroquial serviu, por muito tempo, para programas de calouros, promovidos pela Rádio Difusora.

Nos últimos anos de seu funcionamento ainda abrigou as tão conhecidas "Semana Cultural de Floriano", shows do Conjunto Viazul e o Festival de música FMPBFLOPI, além de outros eventos significativos. Era um local movimentado e de grande serventia comunitária.

Hoje, porém, está desativado, um tanto depredado, sem nenhum serviço a prestar. Os florianenses, entretanto, ainda fazem boas referências do Salão Paroquial e o que ele representou para a cidade. Não haveria possibilidade de o mesmo ser revivido, reativado e voltar a servir ao povo desta cidade? O Salão Paroquial é um patrimônio da cidade e também um patrimônio da Diocese.

Fonte: Flagrantes de uma cidade / Luiz Paulo de Oliveira Lopes

PARA O RESTATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

A CHEGADA DO RÁDIO RECEPTOR NA CIDADE


Rádio Receptor

Por - Nelson Oliveira e Silva

Foi por volta de 1937/1938 que por aqui apareceram os primeiros aparelhos de rádio receptor e de maneira muito restrita, por dois motivos: primeiro, pela falta de estrutura para instalação do aparelho e, segundo, porque o poder aquisitivo do povo era muito pequeno e pala desconfiança do sucesso do referido aparelho e que terminou se constituindo naquele que apesar do desenvolvimento tecnológico da área das comunicações, é o único aparelho com o uso de pilhas, funciona e chega onde nenhum outro consegue chegar.

Sabe-se que o primeiro aparelho de rádio que chegou a nossa cidade, foi em 1938, adquirido pelo senhor João Pires Ferreira (1), exatamente no ano que eclodiu a segunda grande guerra mundial e para onde acorria os seus amigos, ávidos pelas notícias 92) do grande conflito, que se espalhou por toda a Europa.

A partir daí, alguns abastados adquiriram também os seus aparelhos, dentre os quais se destacou o senhor Bento Leão, que com grande tino comercial, também adquiriu um e instalou no bar de sua propriedade na avenida Getúlio Vargas, onde se fazia presente uma grande platéia, formada pelos que não possuiam o aparelho.

O movimento era muito grande e daquilo vinha o resultado comercial, porque de alguma forma, muita gente adquiriam produtos ali expostos, como cerveja, cigarro, cafezinho e muitos outros produtos. Embora o senhor Bento não dependesse da energia elétrica pública, porque ele possuía motor próprio, o movimento começava por volta das 7 horas da noite e varava pela madrugada, com todos ali presentes, interessados nas notícias, mesmo porque, somente das 11 horas era que a transmissão era captada com clareza. Sinais dos tempos.

A segunda grande guerra mundial, foi sem dúvida, instituída por um lunático chamado Adolf Hitler, nascido na Áustria e criou aquele conflito, como presidente da Alemanha, onde seres humanos foram sacrificados de maneira estúpida e covarde, buscando a superioridade da raça alemã sobre as demais raças, intenção que foi rebatida pelas forças aliadas, das quais o Brasil era parte integrante.

E o rádio foi o instrumento que levou para todos os cantos do mundo aqueles fatídicos acontecimentos, que enlutou a humanidde. E a Rádio Nacional, através do seu Reporter Esso, que foi levado ao ar por mais de tr~es décadas, foi a portadora da maioria das notícias daquela malfadada porfia internacional. Por isso tem a sua história e continua com o seu prestígio em alta.

Depois daquele conflito em que o rádio cumpriu o seu papel, como o meio de comunicação, nas lojas da cidade começaram, embora de forma acanhada, a vender o produto, a maioria importados, que funcionavam com energia elétrica, bateria de carros e posteriormente, com pilhas para lanternas, aí, sim, a coisa se desenvolveu de tal maneira, porque a maioria do povo teve acesso e adquiriu o instrumento, principalmente, quando a energia elétrica pública se estabilizou nas décadas de 70.

Hoje, a história é muito diferente em todo o Brasil, n aárea das comunicações, possuindo cerca de 130 milhões de celulares, quase um aparelho para cada habitante.

Apesar do estupendo desenvolvimento tecnológico dos nossos meios de comunicação, o aparelho de rádio que hoje existe nos mais variados tipos e modelos, continua levando a sua mensagem aos mil longíquos rincões da nossa Pátria, sempre chegando onde os outros não chegam.

NOTAS EXPLICATIVAS COMPLEMENTARES

1) Jornalista, maçom do quadro da Loja Maçônica Igualdade Florianense da qual foi o seu Venerável Mestre em 1922;

2) Onde se reuniam pessoas das maisvariadas classes sociais da nossa cidade.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...