12/14/2011

Ministério habilita hidrelétrica na região de Floriano

A Comissão Especial de Licitação da Agência  Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que os aproveitamentos hidrelétricos São Manoel, Sinop, Ribeiro Gonçalves e Cachoeira Caldeirão não tiveram licenças prévias expedidas pelos órgãos ambientais e, portanto, não estão habilitados a participar do leilão A-5, marcado para o próximo dia 20.
 
Dessa forma, serão licitadas apenas as usinas que formam o Complexo Baixo Parnaíba (Estreito, Cachoeira (região de Floriano) e Castelhano), localizado na divisa entre o Maranhão e o Piauí, e a usina São Roque, em Santa Catarina. Juntos, esses projetos somam apenas 318 MW de capacidade instalada. Inicialmente, foram cadastrados para participar do leilão dez usinas, que somavam 2.160 MW de potência.

O Ministério de Minas e Energia chegou a postergar o prazo limite para a entrega de documentos relacionados aos projetos cadastrados para o leilão A-5, inclusive o licenciamento ambiental – encerrado na última sexta-feira -, na tentativa de ganhar tempo para que os órgãos ambientais concedessem ainda documentos para alguma das usinas inscritas e que não possuíam a licença, mas a estratégia não surtiu efeito.

Além dos novos projetos hidrelétricos, a usina Santo Antônio do Jari, pertencente à EDP – Energias do Brasil, também poderá comercializar energia no leilão, que contratará eletricidade para fornecimento a partir de 2016. O restante dos contratos a serem negociados deve comercializar energia proveniente de usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a bagaço de cana.

Fonte:G1

12/13/2011

DADÁ COELHO VOLTA AO PROGRAMA DO JÔ SOARES

Depois de dois anos de sua primeira apresentação como humorista, a florianense Dadá Coelho voltou nesta semana a ser entrevistada no “Programa do Jô”.

Segundo ela mesma, o Jô Soares foi um divisor de águas em sua carreira. “A minha vida mudou muito e vir aqui é um presente divino” disse ela.

Mas na primeira vez em que esteve no programa, Dadá Coelho chegou a levantar uma grande polêmica diante de suas tiradas que gerou irritação aos piauienses.

Nesta segunda vez, Dadá fala muito de seus familiares e chega a citar o nome de Floriano na entrevista. Confira no youtube.

Fonte: noticias de floriano

12/11/2011

Florianenses: somos o que queremos ser


Penso que a população de Floriano, notadamente setores da sociedade civil organizada, encontra-se inerte, em disparada rumo à apatia – o pior dentre todos os males que permeiam a humanidade.

 Quando alguma reclamação emerge, em geral pelos meios de comunicação social, percebem-se de imediato a dissonância dos fatos reais e o elevado grau de interesse umbilical, aqueles mesmos interesses ligados aos privilégios tradicionais da burguesia. Daí, fico a me perguntar, até quando meu Deus? Até quando grande parte da população continuará dormindo em berço esplendido enquanto uma minoria vira a cidade pelo avesso?

Floriano já viveu momentos áureos na sua história, mas hoje “geme em dores de parto” pela ausência de políticas públicas adequadas ao desenvolvimento sustentável ou ainda pela ineficácia de “gestores” que se revezaram no poder, sem rumo, ao longo de décadas a fio.

Esses aspectos somados aos paradigmas gerados pelas elites tupiniquins, a mediocridade dos que se dizem “gestores” desta terra e a falta de visão de futuro nas organizações comunitárias e demais setores organizados da sociedade civil, simplesmente impedem qualquer atrativo que permita a inclusão de Floriano num cenário positivo nacional.

 Aqui quero fazer algumas considerações que, a meu ver, poderiam estar contribuindo com o fortalecimento da economia local enquanto geração de empregos, saúde preventiva, lazer e entretenimento, turismo etc., mas em vez disto, atitudes irresponsáveis de governantes paralisam obras sem quaisquer justificativas à população – que apenas paga a conta.

 Ainda por cima empresas que demonstram interesse em se instalar em Floriano são impedidas pela “justiça” de praticar preços mais baixos o que iria beneficiar enormemente as famílias de baixa renda. E aqui vai uma pergunta que não quer calar: por que será que a Farmácia Popular ainda não está funcionando em Floriano? Quem souber responda. Mas, vamos aos destaques os quais me referi acima.

São várias obras paralisadas em Floriano: o terminal rodoviário, o aeroporto, o esgotamento sanitário, a praça de eventos e a cidade. A indústria de Biodiesel também parou, parou por quê? Nem Sigmund Freud explica. Tudo isso acontecendo e os movimentos populares sem rumo e sem destino, “na praça dando milho aos pombos”. Isso talvez justifique o porquê de Floriano nem mesmo ser citada quando se fala em capital do futuro Estado do Gurguéia, pois a população local é pacata demais para entender a importância da participação social num processo de transformação onde o povo é protagonista dessa história.

 Para tanto, faz-se necessário um mutirão pela cidadania envolvendo a educação formal, não-formal e informal que seja capaz de ajudar as pessoas a pensarem e refletir criticamente a cidade que temos e a cidade que queremos para nós, mas também para as gerações futuras.

João Raimundo dos Santos é Educador Popular, diretor de ONG’ s como: Cáritas Diocesana de Floriano, Centro Educacional São Francisco – Cefas e ÁRIDAS NORDESTE

12/09/2011

RETRATOS

Voltando ao tempo, lembramos da época em que a praia do Pateta ( subindo o rio Parnaiba ) era muito badalada nos anos sessenta: pequeniques, banhos, passeios e churrascos  eram formados para viver aquele momento lírico em Floriano. Essa tuma aí da foto ( extraída do museu de Teodoro Sobral ), é a turma do Regatas, posando para as lentes de Leuter Epaminondas, que fazia a cobertura dos principais eventos da cidade àquela época.
Se você clicar na foto, verá a escalação dessa rapaziada, que não perdia tempo para curtir os finais de semana rio arriba, mas podemos lembrar os conhecidos: em pé observamos Defala Attem, João Alfredo Gaze, Cícero Damas ( de Nenem Grande ), Gabriel Kalume, Fernando Almeida, João Adala, Iglésias, Iram Frejat, Carlos Barreto e Adail;

Agachados, temos o Duzito, Abdala Zarur, Benedito Burguês, Waldemar Pinga, Pedro Attem, Gaze Mazuad, Hélio Castro, Jofran Frejat, Gilvan Sobral, Haroldo Castro e Airton Coelho.

Quem conseguir lembrar diferente, pode interferir!

12/05/2011

GOL REPLAY

Um dos pontos mais fortes de Luiz Orlando, in memorian, ( é o ponta de lança da foto ao lado do time do Cruzeiro de 1971 no Mário Bezerra ), grande craque de bola do passado do futebol amador florianense, era a catimba e, inclusive, ele destaca um lance engraçado, que ele conta com saudades:

“tratava-se de uma partida disputadíssima, acirrada no Campo dos Artistas, por volta de sessenta e sete. Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival, o Flamengo de Tiberinho (perder pra eles era um trauma terrível), até hoje esse lance é conhecido como o GOL REPLAY, sem televisão, pode?

Mas você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.

Bola rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito, mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus: pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram à loucura!

Empatamos o jogo e, no final, todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA, que tinha moral e categoria. ( Reportagem: Cesar Sobrinho
)

12/04/2011

Um cenário para a próxima eleição


Com a decisão do PTB e dos grupos aliados em anunciar um pré-candidato para a  sucessão do prefeito Joel Rodrigues já é possível imaginar um futuro cenário político na campanha de 2012. A indicação do professor e vice-prefeito, Oscar Procópio (PTB), para disputar o Poder Executivo sugere que a base aliada da atual gestão assina  embaixo. Assim, um campo de força está definido para a disputa da Prefeitura Municipal de Floriano.

Identificados como oposição ao atual mandato, o PSB, PMDB e PSDB já sinalizaram que vão para a disputa. No PSB está consolidada a candidatura do advogado Gilberto Júnior, que será abençoado pelo Palácio de Karnak. O PMDB entregou para o jornalista Silas Freire a missão de buscar apoios para, também, entrar no páreo. O PSDB aposta na juventude do bioquímico, Eneas Maia. Assim, podemos imaginar que estes senhores serão alguns ou todos os candidatos com densidade para o próximo pleito.

A cena política ainda aguarda o desfecho do “canto de carroceria”, que o vereador Salomão Holanda levou com a indicação de Oscar. Obediente ao prefeito, o vereador apareceu em primeiro lugar numa pesquisa do Instituto Captavox, mas isso não foi suficiente para emplacar prestigio com a base aliada. Depois do fato, em várias entrevista, o vereador manifestou que ainda aguarda uma chance de cair nas graças do grupo liderado por Joel Rodrigues. Se Salomão Holanda abrir dissidência e apresentar a sua candidatura, amplia para cinco os pretendentes a Prefeitura de Floriano.
Essa minha analise se baseia na conjuntura política local. Os campos de força partem dos grupos ligados ao Governo do Estado e da gestão municipal. Outros partidos servirão para compor como aliados dos poderosos do momento. Sem futurologia, mas os partidos PTB, sigla do prefeito Joel Rodrigues e o PSB, sigla do governador Wilson Martins, possuem imensa possibilidade de polarizar a disputa na próxima eleição. São fatos concretos que apontam para isso. Qualquer fato novo será um fato novo.

Agora tem uma variável neste cenário: os candidatos precisam combinar com o eleitor e conquistar os votos necessários para a vitória. Mesmo somando todas as forças, a decisão popular pesa muito no resultado final. Na democracia o eleitor tem a liberdade de votar em quem desejar mesmo supostamente devendo favor ao clientelismo político, que ainda existe.

Com a disputa dos candidatos, deve entrar na campanha, também, a discussão sobre o avanço da qualidade na prestação de serviços em saúde, educação, moradia, empregos, cuidados com o meio ambiente e segurança pública. Todos os candidatos são produtos do nosso cotidiano político. Agora devemos avaliar as proposta e escolher com a consciência livre e soberana. Estamos encerrando um ciclo de administração e será muito importante uma avaliação sobre o que foi feito e o que foi esquecido.

Por: Jalinson Rodrigues

12/01/2011

RETRATOS

Que saudades que eu tenho daqueles belos arvoredos, dos bambuais, da fonte luminosa e dos velhos carnavais do bar Sertã, do bar Carnauba e do bar São pedro que havia.

O tempo passou e, hoje, estamos cavalgando sorrateiramente diante de uma transição que não sabemos que rumo se dará, mas que podemos fazer as coisas acontecerem para vivermos momentos mais amenos.

A Princesa do Sul respira novos ares, mas é preciso manter sua base, sua cultura e suas aspirações. Quem voltou, pode proprocionar ou fazer a diferença. Precisamos de novas atitudes, mas que tenham um direção certa: manter viva a nossa memória de tempos d´antes, antes que o tempo se apague.

11/30/2011

FUTEBOL FEMININO DE FLORIANO

A tarde deste domingo foi abrilhantada por mais uma atuação de gala da Seleção Feminina de Futebol florianense. A partida foi contra a seleção de Paulistana e terminou 3 a 0 para Floriano.

O jogo valia pelas semifinais da Copa das Campeãs e as nossas meninas já estão classificadas para a grande final que será realizada no dia 03 de Dezembro. As atacantes Inaura e Fernanda marcaram os gols pelo time local.

Fonte: Renato Costa

11/26/2011

Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões

Até domingo (27), a cidade de Floriano recebe exibições de filmes e cineastas de todo país na sexta edição do Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões. Mobilizando toda região, o evento cresce a cada ano, tornando o Estado um verdadeiro celeiro cultural com oficinas, apresentações musicais e dezenas de exibições.
 
Segundo Rodrigo Mattos, diretor de “Trampolim do Forte”, longa que será exibido no encerramento do Encontro Nacional, em todo o Brasil existem centenas de festivais, alguns mais mercadológicos, outros mais políticos, outros em busca de linguagens inovadores. “Já o Encontro de Cinema e Video dos Sertões centra os seus objetivos na formação de platéias e na difusão da nossa cinematografia longe dos eixos sul-sudeste”, afirmou. “Creio que a importância maior de um encontro deste gênero esteja no seu teor de formação de platéias”, concluiu Rodrigo.

 Além de exibir “Trampolim do Forte”, o cineasta foi responsável por uma das oficinas realizadas durante o evento. Abordando “O processo criativo em um longa metragem de ficção de baixo-orçamento”, Rodrigo faz  um link direto com o filme que exibe no Encontro.

Também participando do evento, a produtora cultural paulista Ingrid Gonçalves, responsável por “Cinema de Guerrilha” (documentário que já participou de diversos festivais), destaca a importância de participar do Encontro e trazer ao Piauí a formação de novos olhares, ensinar e disponibilizar a arte para as pessoas. “É importante provocar reflexões em regiões distantes dos grandes centros, reunir público da região para assistir, discutir, mesclar e aprender sobre temas culturais atuais e relevantes”, afirma Ingrid.

O Encontro foi dividido em duas categorias: Mostra Competitiva, onde serão exibidos os longas-metragens e os curtas-metragens, e uma mostra não competitiva. Os filmes que irão competir serão exibidos no Cine Teatro Maria Bonita, sempre às 19h, já os não competitivos estão sendo rodados no Teatro Cidade Cenográfica, CAFS e IFPI, durante todo o dia.

Com patrocínio da Petrobras, o Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões foi selecionado pelo Programa Petrobras de Cultura, do Ministério da Cultura, através da Secretaria da Cidadania Cultural e Premio Areté, tendo como realizadores a Escalet Produções Cinematográficas e o Pontão de Cultura “Cultura Viva ao Alcance de Todos”.

Fonte: Cidade Verde

11/21/2011

ESCOLA NORMAL

 


ESCOLA NORMAL

Por: Seu Nelson Oliveira

1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, foi fundado o Liceu Municipal Florianense, e, anexo a ele, a Escola Normal Municipal de Floriano. Estabelecimentos que a cidade deve a uma plêiade (grupo) de homens de escol (nata, fina flor) entre os quais Dr. Osvaldo da Costa e Silva, Dr. Theodoro Ferreira Sobral, Dr. José Messias Cavalcante, com o apoio do deputado estadual, Dr. José Pires de Lima Rebelo.

A época caracterizava-se por um extremo elitismo na educação que se traduzia principalmente no excesso de cautelas e exigências com que as autoridades procuravam cercar a instalação de escolas. E o LICEU não pôde ter vida longa. Em 1932, após frustração e desastres, como bem expressa o Dr. Osvaldo da Costa e Silva, em uma entrevista concedida a revista “ZODÍACO” dos alunos do Ginásio Demóstenes Avelino de Teresina, encerrou suas atividades.

O pretexto para o fechamento compulsório foi à deficiência do gabinete de física e química. Esse gabinete deficiente para os técnicos do Ministério da Educação e Saúde eu conheci.

Ocupava toda uma sala. E comparando-se com os laboratórios dos estabelecimentos de hoje, que os possuem, era sem dúvida riquíssimo.
Mas fechado o LICEU, a Escola Normal continuou. E foi por muitos anos o único estabelecimento de ensino pós primário com que puderam contar os jovens florianenses que desejavam continuar seus estudos e não tinham recursos para estudar fora.
ESCOLA NORMAL DE FLORIANO – 1937

1ª Fila sentados (Esquerda para a Direita): João Francisco Dantas (Professor), Alzira Coelho Marques (Professora), Fernando Marques (Professor), Não recordo o nome, Antonio Veras De Holanda (Fiscal do Governo), Hercilia Barros Camargo (Diretora), João Rodrigues Vieira (Professor), Ricardina (Professora), Albino Leão da Fonseca (Professor),Emid Vieira da Rocha (Secretária);

2ª Fila: Ana Magalhães Gomes (Inspetora de Alunos), Américo de Castro Matos, José Vilarinho Messias, Djalma Silva (como aluno), Não recordo o nome, Ida Frejat, Maria do Carmo Alves, Adaíla Carnib, Zuleica Santana, Aldenora da Silva Correia, Horácio Vieira Rocha, Antonio Alves da Rocha, Jose de Araujo Costa, Nely Paiva (Inspetora de Alunos);

3ª Fila: Maria Adélia Waquim, Clarice Fonseca, Iete Freitas, Não recordo o nome, Hilda Carvalho, Maria Amelia Martins, Lenir de Araujo Costa, Zizi Neiva, Maria do Carmo Castelo, Assibe Bucar, Dayse Sobral, Francisca, Lucinda Vilarinho Messias;

4ª Fila: Não recordo o nome, Maria da Penha Sá, Não recordo o nome, Maria Constancia de Freitas, Não recordo o nome, Não recordo o nome, Maria Henriqueta Franco, Judith Martins, Maria do Carmo Ramos,, Maria Miranda, Zélia Martins de Araujo Costa, Maria Lilita Vieira, Nilza Araújo, Antonieta Martins, Ecléia Frejat. - Acervo do Profº Djalma Silva).

Escola voltada para a formação de professores primários, isolada, sem qualquer vínculo com o curso superior ou mesmo com o curso secundário. Quem a cursasse e no decorrer do curso pretendesse passar para uma escola secundária a única que dava acesso ao curso superior, tinha de fazer exame de admissão e entrar na primeira série.

Alem disso, escola incompleta. Dos 5 anos que constituiu o curso normal propriamente dito, ministrava as 3 primeiras séries, devendo aqueles que quisessem diplomar-se, ir para Teresina.

Cursei a Escola Normal Municipal de Floriano de 1934 a 1937, e a ela sumamente grato por me ter possibilitado continuar meus estudos há dois anos interrompidos por falta de recursos para ir estudar em outras praças, e por ter me proporcionado o encontro com uma profissão que tem sido a razão de ser da minha vida.

Primeiro fazia-se um curso propedêutico (preliminar) de dois anos, anexos a escola – o Curso de Adaptação. Este curso eu a fiz de 1934 para 1935, minha classe era mais menos numerosa. A maioria mulheres. Entre colegas recordo-me: Maria da Costa Ramos (1), Judith Martins, Zuleide Santana, Hildinê Silva, Helena Reis, Assibe Bucar (2), Amália Nunes (3), Maria Lilita Vieira, Maria da Penha Sá, Olavo Freitas, Heli Rodrigues, Horácio Vieira da Rocha, Américo de Castro Matos, Milton Chaves (4), Raimundo Noleto e Joaquim Lustosa (5).

Na vigilância estava Dona Carmosina Batista, muito dedicada mas fiel cumpridora das ordens emanadas da direção da Escola. Nos intervalos das aulas os alunos tendiam conversar descontraidamente. Dona Carmosina Batista, bradava: - Silêncio! E se alguém se excedia nas atitudes ela ameaçava!

- vou dar parte ao diretor!

E dava mesmo. E o denunciado podia, conforme a falta, pegar uma simples repreensão ou logo uma suspensão.

Eu, não obstante pacato, fui denunciado duas vezes. Na primeira o diretor me repreendeu e advertiu:

- Não faça outra.

Mas acabei fazendo. Em acordo com Olavo Melo e Milton Chaves. Não me lembro o que fizemos.

Sei que não foi coisa grave. Porém como éramos reincidentes ou já tínhamos sido repreendidos, pegamos 3 dias úteis de suspensão.
Dos professores que recordo: Dr. Manoel Sobral Neto (6) também diretor, que lecionava francês; Dr. Rodrigues Vieira, que lecionava Geografia; Alceu do Amarante Brandão, que lecionava português; Dalva Nascimento que lecionava aritmética e parece-me que ciência.

O curso de Adaptação era previsto para dois anos. No fim do primeiro foi nos facultado aproveitar o período de férias para fazer as disciplinas do segundo ano. De sorte que em 1935 os aprovados puderam matricular-se no 1º ano do curso normal.

NOTAS IMPORTANTES:

1. Filha do Sr. Ramos da Farmácia Sobral;
2. Irmã do Sr. Arudá Bucar;
3. Funcionária dos Correios parenta do Senador Helvídio Nunes, de Picos;
4. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, irmão da Dona Nazinha, esposa do Sr. José Cronemberger dos Reis e consequentemente tio de Antonio Reis Neto, Airton Arrais Cronemberger, Antonio José e Paulo;
5. Deputado Federal pelo Piauí, esposo em segunda núpcias, da Doutora Afonsina Nogueira;
6. Fundador do Instituto Santa Teresinha que depois passou denominar-se Ginásio Santa Teresinha, e também seu diretor por mais de 40 anos.

Transcrito do Jornal de Floriano Edição nº 324 de 1985

Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

Fotos: A rquivos Prof. Djalma Silva - 1929

Sábado do Riverside

  Normalmente, aos sábados, no Riverside Shopping, a turma da velha guarda se reúne para relaxar e relembrar os bons tempos com resenhas e a...