6/06/2006

ESCOTISMO



Bela imagem, raríssima, dos tempos românticos do escotismo em Floriano. O Chefe Haroldo, condecorando um aprendiz.

Era um tempo em que as famílias exaltavam felicidade e observavam seus filhos aprendendo coisas boas na formação de sua personalidade.

Precisamos resgatar essas atividades, reintegrar os jovens na condução de seu roteiro intelectual, espiritual e físico.

Precisamos combater o consumo atual da propaganda enganosa, do visual e voltarmos a preservar os valores morais. Pode ser difícil a essa altura do campeonato, mas ainda há tempo. Alguém tem que anunciar esse novo tempo

Temos que fazer a diferença!

JOHN JÚNIOR


DEVAGAR SE VAI AO LONGE
Foto extraída durante um show na cidade de Picos, quando o cantor florianense John Júnior arrebentava no auge da Jovem Guarda em 1968.
Estávamos vivendo ainda uma época romântica. Floriano era uma cidade representativa, participativa e criativa. John Júnior fazia parte desse contexto.
Infelizmente, faltaram mais incentivadores; de qualquer forma, podemos considerar que estávamos vivendo um bom momento do cotidiano da Princesa do Sul.
Hoje, há uma enorme falta de harmonia, de conceitos e de criação. Atualmente, os jovens estudam para conseguir um emprego, para conseguir passar num concurso; não estuda-se mais para vencer na vida mas para se "virar nos trinta".
Onde já se viu, isso?

6/05/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


CHEQUINIM - E O VENTO LEVOU...
Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.
Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou Num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o cori, um time guerreiro. partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.
Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.
CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.
Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.
A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo
- CHEKI, você é ROCHEDO!
Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:
- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...
E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.
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Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim.

6/02/2006

ARROCHA UM APERTA OUTRO


ESCOLA DE SAMBA “ARROCHA UM APERTA OUTRO
Um encontro despretensioso de jovens em 1982, na beira rio, mais precisamente no antigo Sindicato dos Canoeiros, depois “Bar Luar”, que pertencia a Paulo Henrique de seu Pequeno.
Surgiu a idéia e a coisa foi amadurecendo, até ser criado o embrião, um bloco “Arrocha”. Os seus fundadores foram Fefê de Bruno, sua irmã Vera, Sandra Kalume, Toinho Brandão e outras feras.
O bloco fora campeão em 1987, passando a ser ESCOLA DE SAMBA “ ARROCHA UM APERTA OUTRO”, a partir de 1988, com o samba - "Judia Amor", composta pelo carnavalesco, chefe da bateria, uma espécie de curinga, faz tudo: Fefê.
O enredo foi um sucesso, acrescentando em muito para a conquista do primeiro título de campeão do 1º grupo. A escola conquistou os títulos de 1991, 1992 1993, 1997 e, por último, 1999.
Em 2006 a Escola participou com 184 integrantes. Perguntamos, a propósito, ao presidente Fefê, se ele lembrava de algum episódio diferente; de bate pronto, respondeu:
- Sim, há vários, mas o que marcou mesmo foi num desfile sensacional, o samba era em homenagem a São Pedro e uma coincidência impressionante: quando chegamos próximo ao palanque das autoridades, mais precisamente em frente ao prédio das antigas Lojas Pernambucanas, hoje Casa da Moda, caiu um pé d`água violento, torrencial mesmo, São Pedro liberou geral e o interessante é que a chuva só foi no pequeno espaço até chegar ao palanque. Ufa! Tivemos sorte, os tambores de percussão eram de naylon, senão tínhamos nos dado mal!
Coisas que acontecem em nossos carnavais, mas que vale a pena relembrar.
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Pesquisa: César / Contribuição: Fefê

TIBERÃO DE AÇO

O ex-prefeito de Floriano, José Bruno dos Santos do MDB, segundo ele, tinha por norma não assistir comícios de seus adversários, para não escutar a baixaria contra suas idéias, de forma que, certa vez, fazendo uma visita à Ibiapaba, estava acontecendo uma concentração da antiga ARENA e o doutor Tibério Barbosa Nunes, o famoso Tiberão de Aço, se fazia presente.
Zé Bruno, então, percebera que o prefeito Tibério estava desferindo-lhe algumas farpas, que ouvia através de um sistema de som, dentre as quais, Tibério Nunes desferia suas críticas duríssimas contra a oposição:
"anda por aí um sujeito fantasiado de negro. Tenham cuidado com ele. Que negro é esse, meus senhores, que calça sapatos de veludo, usa gravata italiana, camisa poliéster, terno branco de linho S-120 e desliza no salões do famoso Comércio Esporte Clube, o clube mais grã-fino da região? Isso não é negro: é um verdadeiro enrolão. Negro é o nosso Sadica (in memorian), um dos jogadores mais importantes do Ferroviário Atlético Clube, que com os seus dribles sensacionais marca os seus gols e levanta a nossa torcida. Daí a minha recomendação: vamos eleger Nazareno Araújo, deputado estadual, advogado brilhante, filho da terra, homem da sociedade."
No entanto, o velho Bruno surpreendera a todos, com o seu carisma, ganhando as eleições daquele período romântico da política florianense.
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Fonte: Crônicas para a história / José Bruno dos Santos

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


CANGATI
RIFIRI – É DURO APANHAR, JAMÉ!
CANGATI é um fenômeno, vem ano, passa ano e ele continua a mesma coisa: nem diminui nem cresce, mas deixou de beber. Detalhe: agora, ele anda numa bicicleta proporcional a sua altura, parece um menino, mas deixa pra lá, pois não somos da pastoral da criança para estarmos medindo as pessoas.
Cangati no futebol já foi de tudo, dono de time, treinador, roupeiro, bandeirinha e, por último, rifiri que por sinal dos bons.
Uma passagem interessante desse famoso piolho na epopéia do estádio Mário Bezerra, quando Cangati era escalado para apitar, alguns jogadores mais desaforados, por serem maiores que ele, aproveitavam algumas deixas e o agrediam com pontapés (pensando que era um saco de lutador de boxe).
Alguns torcedores, porém, invocados com aquele procedimento inadequado por parte de alguns atletas, decidiram fazer uma vaquinha e compraram um peixeirinha de 2 polegadas (só servia para tirar escama de peixe), e deram para o nosso herói, orientando-o:
- Se partirem para lhe agredir, seja homi, puxe a bicha e enfrente que dá certo, tu vai ver!
- Vixe! Será que dá certo, véi?
- Dáááá, sim! Num se preocupe! Qualquer coisa, estamos lá enriba da arquibancada.
- Rapaz, daqui que vocês desçam pra me ajudar já muito tempo tô lascado!
Abre-se as cortinas e começa o espetáculo, bola vai, bola vem, de repente, num lance, Cangati marca falta, um dos famosos agressores, partira para cima. Cangati, num pulo de gato, quase que mortal, meteu a mão no cós do calção e puxara de uma bainha novinha feito especial para a peixeirinha, dizendo:
- Vem, cabra da peste, se tu é homi (O cabra saiu em disparada no rumo do matadouro, espantando até os urubus ali existentes, forçando os mesmos alçarem vôo de emergência!).
Moral da história: nunca mais agrediram o nosso querido e atuante rifiri.
Cangati, obrigado pela sua importante participação no futebol florianense!
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Pesquisa: César / Colaboração: Lauro Cronemberger

6/01/2006

BRAULINO DUQUE DE FRANÇA





PROFº BRAULINO DUQUE DE FRANÇA - EDUCAÇÃO, ENTUSIASMO E DISCIPLINA
“DISCIPLINA - INDISPENSÁVEL À EDUCAÇÃO ”
BRAULINO Duque de França nasceu em Floriano em 1932, Filho de José Duque de França e Maria Rodrigues de Miranda. Mais tarde, Maria Duque de França iniciou seus estudos com a tradicional Professora Neném Preá, disciplina era seu lema, utilizando muito o método da palmatória para despertar seus alunos, passando ainda pelas escolas, como Agrônomo Parentes e Ginásio Santa Teresinha.
Seus pais incentivaram sua ida para Fortaleza - CE aos dezoito anos e fez uma jogada de mestre: servir o Exército e, ainda, passando no vestibular para Direito. Na proporção que ia fazendo seu curso universitário, permanecia como militar e, ao se formar, já era Sargento do Exército, o qual pediu baixa para exercer a tão sonhada profissão de Advogado.
Para retribuir o que a universidade lhe proporcionara, tinha uma grande satisfação em atender a classe pobre, sem cobrar seus honorários e, em contrapartida, a classe operária tinha um respeito incomum com o novo líder que surgia na cidade.
Luis Pinto, Presidente da União Artística Operária Florianense o convidara, então, para fundar o Ginásio 1º de Maio, após um período conturbado na União Artística. O ilustre Advogado foi demitido, causando uma revolta sem precedente da classe operária.
Casou-se com Maria do Carmo Gazze Duque de França e tiveram os filhos Braulino Duque de França Filho e João Alberto Duque de França, ambos Advogados. Mas o marco “BRAULINO” foi como diretor do Colégio Estadual, período áureo para educação florianense, colégios e diretores de primeira linha, jamais visto. Floriano era um referencial, disputada palmo a palmo com cidades de grande porte.
Profº Braulino, como gostava de ser chamado, tinha várias características interessantes: exigente (carregava a pecha de autoritário), disciplinado, entusiasmado, participativo, de atitudes, na Semanada Pátria era aguardado com ansiedade pela comunidade, pois era sabido que os ensaios que antecedia o desfile de 7 de Setembro ele acompanhava de perto, seu entusiasmo era transmitido a todos envolvidos, alunos, professores, funcionários, familiares, pois o sonho era tornar realidade, encantar a platéia, com um desfile estrategicamente preparado para tudo dar certo, os alunos (as) nos pelotões pareciam príncipes e princesas com suas vestes (becas) e bandeiras impecáveis; a bateria era a menina dos olhos, o recrutamento dos craques da banda era cuidadosamente planejado, pois os membros tinham consciência da sua importante função e o compromisso de treinar, treinar e treinar diariamente para depois comemorar e ter algumas regalias junto ao líder.
Outra façanha que era admirado por todos, seus passos firmes acompanhando e orientando toda a Escola, eram mágicos e inolvidávio. Peculiaridade: sua avô Inês Luzia da Natividade o ajudara a carregar tijolos para a construção da Igreja Matriz São Pedro de Alcântara, conta orgulhoso, Raimundo Duque de França, irmão de Braulino e colaborador desta matéria. Ele era educador e, sobretudo, humano!!
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Pesquisa: César Sobrinho

Entrevista com Gonzaga

  GONZAGA PRETO – O ETERNO ARTILHEIRO! Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho Atualmente treinando os garotos da Escolinha Brasiliense, o pique ai...