3/29/2020

Retratos do nosso futebol


Floriano e Tiradentes 1975

Na década de 70, logo após a inauguração do Albertão, o Tiradentes de Teresina-PI, do técnico era Castilho, goleiro do Fluminense e Seleção Brasileira, Campeão do Mundo 1958, veio jogar em Floriano-PI.   A Seleção de Floriano, com os craques: Antonio Luiz Bolo Doce, Gonzaga, Pedão, Mineiro, Jeremias, Zequinha Futuca, Almeida (magrinho como Vilmar Oliveira,  batia um bolão, tinha visão de jogo diferenciado), o goleiro reserva Careca que após sua entrada defendeu até pensamento de doido. Já o famoso Tiradentes do Coronel Tupi Caldas, com craques a nível nacional: Murilo, Tinteiro (ex-Flamengo do Rio), Ivan Limeira, ex- Nautico-PE, Mimi ex-Botafogo-RIO, goleiro Toinho, e um tal de BALULA (cabeleleira espalhafatosa), que assombrava os goleiros adversários, inclusive o nosso goleiro aguentou pouco tempo e pediu para sair... Detalhe do jogo: Seleção de Floriano perdeu para o Tiradentes, placar apertado, mas o nosso artilheiro Antonio Luiz deixou um gol. As 14Hs o estádio Mário Bezerra lotado e a fila estava ainda próximo o atual Armazém Paraíba! Foi uma loucura, conforme lembra nosso amigo Milton Sá, um dos líderes do nosso futebol. Sensacional! Ouça o áudio de Milton Sá e saiba quem o Técnico Castilho mais gostou de ver jogar, ficou encantado...

REPPRTAGEM: Cesar de António Sobrinho

Comentarios:

Amigo César  Augusto!

Acredito  que  o primeiro  time que o nosso  amigo  Casimiro  Júnior  formou,  chamava- se Nacional, me corrija  se estiver errado.
O Nacional jogava contra o CRB do Almeida.
Lembro  também  que na mesma  época  tinha o time de Kangati.

A formação  do Nacional tinha, ka-Júnior,  claro,  o dono do time; Zé Buraco; eu (Gilberto), Nêgo Val; Luisão  Boca de Piau; Midim, dentre outros, cujos nomes esqueço,  traído  pela memória. 
Acredito  que Lulu  também  fazia parte da primeira  formação  do Nacional. 

Penso que o cartola Ka-Júnior,  ainda  possa se lembrar da respectiva  formação  completa.

Oh que saudades daqueles bons tempos.
...
O primeiro time era: Evandro, Klinger, Benilton, Mindin e Osmundo; Kjunior, Jurandir Brandão e Mocó; Barzinho, Élio Ferreira e Marcelo (maranhense).
Os donos do time, inicialmente, eram Lulu, Klinger, Benilton e Mindin. No primeiro treino, o Lulu convidou o Galdino para treinador e deu a escalação do time titular para começar. Kjunior, Jurandir e Mocó ficaram no time reserva e Lulu se escalou junto com outros amigos, porém, com alguns minutos de treino os reservas davam um show e o Galdino parou o treino para fazer uma mudança. Trocou todo o meio campo, passando o Lulu para a reserva. Ato contínuo, Lulu chamou Galdino de lado e bem alto anunciou: "seu Galdino o senhor não serve para treinador e está demitido".

3/21/2020

Retratos do nosso futebol



Reno de José Amâncio

Outra foto Histórica!
Em pé: Zé Amâncio, "Nego Hélio", Pastor Freitas (Manoel Antônio Freitas), Pedrinho, Sabará e Siqueira (irmão da Professora Maria Helena Siqueira);
Agachados: Gonzaga,Tião, Pedro Taboqueiro (pai do nosso amigo Fofão), ____ e Lucimar.
Timaço do Reno
Local: Campo do Ferroviário (hoje Hospital Tibério Nunes)
Final da década de 60!
Pesquisa: César Augusto de Antônio Sobrinho

3/20/2020

Retratos da Cidade

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

O Transporte Aéreo em Floriano

Por - Nelson Oliveira e Silva

Esse tipo de transporte, em nossa cidade, teve início por olta dos anos 30, tendo como pioneira uma empresa de origem alemã, que tinha como título o nome de "CONDOR", que fazia uso de hidroavião monomotor, que pousva no rio Parnaiba, cujo pouso se iniciava próximo à curva do rio, do lado norte, deslizando sobre as águas até um pouco acima onde se encontra o Restaurante Flutuante.

A chegada do referido aparelho à cidade, era motivo de euforia do nosso povo, que corria à margem do velho monge para apreciar aquele instrumento, que poucos conheciam. Naquele tempo, o rio ainda não sofria o atual assoriamento e tinha suas ribanceiras altas, de onde o povo permanecia, até a saída do avião, que, salvo engano, no início, a rota era feita uma vez por mês.

O primeiro agente da CONDOR em nossa cidade foi o senhor João Viana de Carvalho, conhecido como Juca Carvalho, figura importante na sociedade florianense e piauiense nos tempos de Teodoro Ferreira Sobral, Osvaldo da Costa e Silva, além dos importantes cargos que também desempenhou na Loja Maçônica Igualdade Florianense, como um membro influente em todas as esferas sociais.

 
Chegada avião Condor em
Floriano - 1938
Casado com dona Dorinha Carvalho, pai da professora de educação física da Escola Normal, Dolores Carvalho, João Viana ( o Joca ), o primeiro distribuidor de gás liquefeito em nossa região, Raimundo e Francisco, funcionários do Banco do Brasil, tinha um filho, cuja agência se instalou aqui, graças a influência do seu pai. Também tinha um filho, cujo nome não me lembro que, como político militante, participou de memoráveis campanhas políticas em nossa cidade, salvo engano, como candidato do PTB de Getúlio Vargas.

Na medida que o tempo passava, o hidroavião deu lugar a outras aeronaves mais modernas, como os DOUGLAS DC-3, que passaram a operar em nossa cidade, embora o nosso aeroporto fosse de piçarra, salvo engano, por três vezes por semana. Era localizado no hoje bairro bem povoado, chamado de Aeroporto Velho.

Naquela época, nos anos 40, quando eclodiu a segunda guerra mundial, que tinha como principal participante a Alemanha de Hitler e de onde se originou a CONDOR, o governo resolveu nasionalizar o transporte aéreo em nosso País, surgiu a CRUZEIRO DO SUL, agenciada pela firma Morais S/A, tendo como responsáveis pelo atendimento, José Ribamar Lopes ( o Zé Bação ), Clovis Ramos e Juraci Borges.

Passado alguns anos, surgiu uma nova empresa, que usou vários nomes: AEROVIAS, REAL AEROVIAS, agenciada pelo doutor Amílcar Ferreira Sobral, que tinha como despachante, o competente Milton da Costa Sá, atualmente como próspero empresário na cidade de Guadalupe, influente membro da Loja Maçõnica daquele oriente.

Após aquele período de grande atraso no sistema de transporte aéreo na região, por volta dos anos 70, surgiu o aeroporto CANGAPARA, distante cerca de 12 quilômetoros do centro da nossa cidade, com pista asfaltada e uma casa de passageiro, que para a época, era moderna. Já nesse tempo, a Cruzeiro já estava em decadência e logo sucumbiu, ficando a VARIG como dona exclusiva do pedaço, tendo lançado nas rotas para Recife e Brasília, diariamente, um moderno avião turbohélice de nome AVRO de efêmera passagem por nossa cidade. Como Floriano possui o título de cidade do já teve, certamente que tal situação não nos trouxe nenhuma novidade a não ser muita decepção.

Infelizmente, desde aquela época, quem deseja viajar para outras plagas, vai para Teresina e de lá em aernonave moderníssimas de várias companhias, fura o mundo de um lado a outro. Hoje, o velho CANGAPARA, com a sua pista sendo corroída pelas intempéries, serve apenas para poucos aviões, principalmente de políticos, que só aparecem por aqui na época das eleições. E ainda o nosso abestado povo nos comícios, ficam a aplaudir esses "tiriricas" da vida, ao invés de exigirem melhorias não só para o nosso aeroporto, mas para toda a nossa região.

Antes dessa história contada acima, no ano de 1934, apareceu por aqui um pequeno avião, que pousou num pequeno campo no bairro Taboca ( próximo ao riacho da Vereda Grande ) e se constituiu, naquela época, uma verddeira revolução, visto que até o comércio fechou suas portas e o povo deixou suas casas para recepcionar os tripulantes daquele avião, que vieram a nossa cidade inaugurar uma rota doCAN - Correio Aéreo Nacional, que se estendeu por várias regiões do País, principalmente pelo Norte/Nordeste, transportando as correspondências que eram enviadas de um para outro Estado. naquele ano e dia, foi uma festa espetacular.

3/19/2020

Encenação da "Paixão de Cristo" em Floriano é adiada

Paixão em Floriano
A tradicional encenação da “Paixão de Cristo” em Floriano, foi adiada para uma nova data que será posteriormente divulgada.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (18) por conta da pandemia do novo coronavírus.

Seguindo as orientações do Governo do Estado do Piauí e da Prefeitura do Município de Floriano, o Grupo Escalet de Teatro resolveu adiar o espetáculo que seria realizado nos dias 10 e 11 de Abril.

fonte: florianonews.com

3/18/2020

Retratos de Floriano

ESTALEIRO “RAIMUNDO AGOSTINHO”
Fazendo minha tradicional caminhada pelas ruas e avenidas de Floriano-PI, olha que legal, no antigo “Buraco da Malária”, hoje bairro São Cristovão, cujo visual é simplesmente deslumbrante, principalmente após a construção da ORLA do Rio Parnaíba, encontrei o Estaleiro “Raimundo Agostinho” (In memorian). Agostinho era  muito habilidoso com diversos tipos madeiras, com elas construiu artesanalmente vários tipos de embarcações: Pontões, Flutuantes, Lanchas que sobem e descem no Rio Parnaíba, canoas...
Agostinho exerceu a profissão por mais de 40 anos e deixou um legado importante o seu filho Francisco de Agostinho, conhecido por “Chico das Canoas”, o tempo se encarregou de fazer mudanças interessantes, atualmente os serviços ficaram limitados a construção de canoas de madeira que variam de 5 a 7 metros, manutenção e recuperação de canoas.
Floriano(PI), 18 de março de 2020
Pesquisa: Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho


Retratos de Floriano

Cine Natal

Fotografia do fundo do baú (acervo de seu Zé Pequeno) da cabine de projeção do antigo Cine Natal por volta do ano de 1971.

Época de ouro do Cine Natal, quando as exibições lotavam praticamente todas as sessões, da matinê de 15 e 30 minutos; das 18;30 minutos; e das 20:30 minutos.

Diversos gêneros alimentavam a alegria de todos, desde os faroestes, épicos ás comédias italianas e os filmes americanos, considerados mais sérios.

A diversão era total, se respirava cinema, os meninos colecionavam gibís, cartazes, fitas, posteres e os famosos álbuns de figurinhas para o intercâmbio necessário. A banca de revista de seu Camilo era lotada. O Nonato e o Sebastião no atendimento.

Na foto acima, observamos o seu Zé Pequeno e o aprendiz Waldemir Barbosa ( hoje fotógrafo na cidade), mostrando os equipamentos de projeção.

Tempos de galhardia, que os anos não trazem mais.

3/16/2020

Retratos de Floriano

Escritório da Varig em Floriano
Varig em Floriano

Até ainda nos anos de 1970, a Varig mantinha um Escritório de Viagens em Floriano, administrado pelo Doutor Amilcar Sobral, onde prestou relevantes serviços à comunidade de Floriano e região.

Na foto, se observa o doutor Amilcar (pai de Teodorinho), foto esta de divulgação social. Ainda se vê alguns auxiliares, onde podemos reconhecer a nossa prima Sonha Noleto, Secretária dos serviços da agência..

Floriano, hoje, uma cidade totalmente diferente daqueles tempos, porque o consumo chegou, o futuro e o progresso corre sem parar, de forma que temos que saber avaliar novos serviços que são prestados à população florianense e região.

Retratos de Floriano

(Crônica dos Anos de 1990)

Quem é esse homem? De onde veio? Qual é o seu nome? Ele vive ao léo, entre o Banco do Nordeste e o Café do Senhorzinho.

Sempre falando só, num monólogo sem fim, passa os dias e as noites recolhendo lixo e acondicionando tudo em caixas que vai formando grandes montes, cuidadosamente empilhadas, como vemos no flagrante (foto abaixo).

Geralmente, atende pelo nome de "Tenente", pois em anos passados vestia uma velha roupa militar com boné e tudo.
Nos aproximamos dele e tentamos conversar e, então, descobrimos que ele ainda guarda um pouco de sanidade, mesmo dentro da sua perturbação mental.

Como ainda não tem como quem falar, sua voz é um fio de voz; porém, ele sabe os dias da semana.

Nos pediu uma calça nova, sapatos e camisa, dizendo que pretendia viajar para Fortaleza, Ceará.

Vive da caridade de um prato de comida e dos pastéis que lhe são dados pelo Senhorzinho.

Depois de algum tempo, ele já nos reconhecia, cumprimentava com um aperto de mão ou um sinal de "OK" e abria, na boca desdentada, um sorriso.

Encontramos nele uma lição de Deus e ainda os traços e valores da pessoa humana. Passamos a amá-lo, pois, descobrimos que ele é igual a nós, mesmo no seu infortúnio e na sua solidão.

É, "Tenente": o mundo não lhe abraça, mas nós o respeitamos, pois você também é a imagem e semelhança de DEUS.

Você é nosso IRMÃO!

Extraído do livro: Flagrantes de uma Cidade (Luís Paulo de Oliveira Lopes.

3/13/2020

Retratos de Floriano

CASA LÚ
Casa Lú na década de 1910

Mais uma vez, o professor Luís Paulo vem nos expor uma de suas crônicas de seus flagrantes, onde explica sentimentalmente "o que foi uma das maiores casas comerciais da cidade de Floriano nos anos de 1910, a famosa Casa Lu de Luiz Fernandes Ribeiro Gonçalves, figura da tradicional família Ribeiro Gonçalves.

Esta casa comercial, segundo fala o professor, era localizada onde funcionou por muitos anos as Casas Pernambucanas e atualmente é a loja Lar Paraty.

A movimentação dessa empresa comercial era muito grande, especialmente por vender produtos importados da Alemanha, França e Inglaterra. Nas vendas em geral sua especialidade era tecidos estrangeiros, estivas, ferragens, louças e mercadorias de bazar. Além disso mantinha um departamento de exportação de gêneros para a Europa, principalmente.

Com a morte de Lú Ribeiro, como era mais conhecido, esse grande estabelecimento comercial não fechou as portas.. A viúva dona Josefa Ribeiro Gonçalves ficou à frente dos negócios por muitos e muitos anos, desempenhando com grande conhecimento essa casa comercial que marcou época em Floriano. Como curiosidade, o tão conhecido senhor Conrado Andrade Sobrinho, mais conhecido como o seu Andrade, foi balconista dessa loja quando ainda era muito jovem.

E, finalizando, o professor diz que o edifício, hoje, passou por modificações, contudo ainda guarda alguns traços do passado. A famíçlia Ribeiro Gonçalves ainda é proprietária do imóvel na pessoa da nossa estimada Lourdes Ribeiro Gonçalves, filha de Lú Ribeiro e Josefa Ribeiro Gonçalves".

Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo

3/12/2020

Retratos de Floriano

BAIça do Catumbi

BAIRRO CATUMBI

O digníssimo e saudoso professor Luís Paulo, em seus flagrantes de 1997, exalta muito bem, quando fala da praça do Catumbi e fala que "há vinte e cinco anos atrás essa área da cidade era totalmente desurbanizada, não havia calçamento, não havia construções - era uma casa aqui e outra colá -, e o aspecto era de um sítio ou fazenda.

Tirando a grande casa que pertencia à família outor Sebastião Martins e onde morou por muios anos a senhora Aiá Botelho, o Catumbí era uma zona isolada do centro da cidade.

Hoje, tudo mudou. Ali encontramos uma praça , foi edificado um colégio e muitas construções erguidas, algumas com aspecto moderno. Até a ligação com o bairro é feita através de uma ponte de concreto. Do lado esquerdo de quem chega na praça existem dois grandes galpões que outrora foram uma usina de beneficiamento de algodão da firma Calixto Lobo.

Adiante, do mesmo lado, ainda podemos ver um grande e frondoso tamarineiro que, felizmente, a mão do homem não conseguiu destruir.

O bairro Catumbi, conclui o professor, tem a sua história própria, seu passado e seu jeito de ser um logradouro simpatico, pacato e habitado por famílias que fazem daquele local um lugar agradável e interessante de Floriano".

Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo

Dispersão Poética


Essas tuas águas, poeta, são bentas; pasto sagrado de tuas margaridas; palco lírico de tua infância querida; que o vento sopra sempre em tua vida.

3/11/2020

Lançada em Teresina a Paixão de Cristo de Floriano

Paixao em Floriano
Uma solenidade no auditório da secretaria de Estado da Cultura, em Teresina, marcou o lançamento do espetáculo da Paixão de Cristo 2020, que será apresentado nos dias 10 e 11 de abril, na Cidade Cenográfica de Floriano, o segundo maior teatro a céu aberto do Brasil.

Estiveram presentes, além da imprensa, artistas, autoridades e parceiros, entre eles a Prefeitura de Floriano, representada pelo vice-prefeito e presidente da COEF-Comissão de Eventos de Floriano, Antônio Reis Neto e outros integrantes da comissão: Jaqueline Monteiro, secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico; Elineuza Ramos, secretária de Cultura, Esporte e Lazer e Nilson Ferreira, secretário de Comunicação.

Quem recepcionou a comitiva foi o idealizador do espetáculo da Paixão e diretor do grupo Escalet, César Crispim.
O diretor do espetáculo e ator, Alisson Rocha, falou da amplitude da apresentação, que completa 25 anos, 19 deles na Cidade Cenográfica.

Na plateia também estavam parte do elenco do espetáculo e o ator de renome nacional, Kadu Moliterno, que interpretará Pilatos e falou da alegria e gratidão pelo convite, no ano em que completa 50 anos de ator. Além dele, outros artistas famosos também farão parte do elenco principal: Miguel Rômulo, Raphael Viana e Ana Cecilia Costa.

Durante a solenidade foram apresentados dois vídeos, um com o resumo de imagens da Paixão de Cristo e outro apresentando os potenciais turísticos de Floriano, anunciando a Semana Santa, como uma das mais movimentadas do Piauí, que inclui a programação da igreja católica e da Paixão de Cristo.

O vice-prefeito, Antônio Reis, se pronunciou, parabenizou ao grupo e aos atores, diretores e parceiros e convidou a todos para passarem a Semana Santa em Floriano. (SECOM).

3/10/2020

Prefeito Nonato de Abílio, de Nazaré do Piauí, consegue reiniciar obra parada há anos

Revitalização de Lagoa
Após ter feito um trabalho de revitalização da Lagoa de Nazaré, em Nazaré do Piauí, a gestão municipal está iniciando a retomada de uma obra que esteve parada há anos.
O prefeito Nonato de Abílio com apoio de lideranças a nível de Estado e federal está retomando a obra do Balneário que, de acordo com a placa de informações da obra, teria um investimento de cerca de R$ 500.000,00.
A obra foi iniciada numa gestão anterior a do prefeito Nonato de Abílio e passou anos parada.
O reinício foi neste mês de março e, em cerca de 60 dias a mesma deve ser concluida, de acordo com o prefeito que foi convidado pela reportagem para nos acompanhar numa visita a obra que estava parada.
A reportagem do Piauí Notícias esteve na Lagoa de Nazaré e ouviu, inclusive, pescadores  que hoje celebram, pois a mesma tem atualmente várias espécies de peixes que ajudam, como alimentação, no dia a dia dos dezenas de pescadores que moram na cidade e região.
Fonte: piauinoticias.com

Retratos de Floriano

Praça


Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo

Praça

Dentro do contexto das divagações do cronista e professor Luís Paulo, nesse flagrante especial ele exalta  uma tomada telúrica, e diz com realce "um interessante flagrante da nossa cidade, num tomada que mostra um trecho da praça doutor Sebastião Martins."

Mais a frente, expressa o professor, "vemos antigos casarões e sobrados de épocas passadas. O primeiro, à direita, pertence à damília Atem - Adala Atem. Adiante, na esquina, com letreiros, o prédio onde funcionou o antigo Cine Teatro Itapoã."

Seguindo nessa mesma emoção, o nosso saudoso Luís Paulo, diz que "nesse local morou, há mais de cem anos atrás, o primeiro imigrante sírio aqui chegado, que foi Antun Zarur. Mais adiante, o imenso sobrado de Salomão Mazuad, hoje restaurado, e que é um dos belos exemplares da arquitetura antiga da cidade. À esquerda, o prédio onde, por décadas e décadas, funcionava a loja Salomão Mazuad, um dos grandes comerciantes de Floriano já falecido".

Finalizando, o poeta florianense diz que "vale realçar que os edifícios estão preservados, mostra que há um interesse em mantermos as imagens do passado e dizermos ao futuro o que foi esta cidade, antigamente." 

Floriano: margens do Rio Parnaíba recebem 50 mudas de plantas

Sustentabilidade e responsabilidade ambiental marcaram o fim da tarde desta sexta-feira (6) às margens do Rio Parnaíba em Floriano. 

Com intuito de diminuir a degradação do principal patrimônio ambiental do município, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais realizou o plantio de 50 mudas de plantas na Avenida Frei Antônio Cúrcio, também conhecida como Avenida Beira Rio. 

As mudas foram disponibilizadas numa importante parceria com o IFPI-Campus Floriano, através do Projeto Adote Uma Árvore, que esteve na ação. Além da instituição, também estiveram presentes o vice-prefeito, Antônio Reis; a secretária de Meio Ambiente, Manuela Simplício; e representantes do Conselho Ambiental, Rotary Club, OAB, Floriano Verde, EcoCats e membros da comunidade em geral. 

Novas mudas
As equipes colocaram a mão na massa e, segundo Manuela Simplício, o poder público espera contar com esta integração também na conservação das mudas. "Nós estamos fazendo a nossa parte. Essa ação é importante principalmente depois do grande episódio de queimadas recentes que ocorreram. Sabemos da importância que estas árvores tem para a conservação da mata ciliar e do rio Parnaíba e por isso contamos com a população para que continuemos na missão de cuidar dos recursos naturais da nossa Princesa", disse. (SECOM).

3/08/2020

Retratos de Floriano

Entrevista com Jeremias

JOSÉ NEVES DA COSTA (Jeremias) – Década de 50 trabalhou com Zé Caboré na Usina Elétrica Maria Bonita 
“Jeremias Lateral do Grêmio de Galdino”

“Jeremias” (assim era chamado por causa do nome do seu inesquecível pai), nasceu em Floriano-PI, 28.10.1937, 82 anos, dono de memória privilegiada lembra com detalhes seu tempo de criança e adolescente na beira do Rio Parnaíba, onde morava e trabalhava.
Seu pai Jeremias era embarcado no Vapor que fazia travessia – Uruçuí-PI (levava: óleos de coco, tucuns, couros, mandiçoba) para Parnaíba-PI (trazia: sal, querosene, tecidos, calçados, miudezas). 
Em 1950 “Jeremias”  trabalhava na Usina Elétrica Maria Bonita, cujo chefe era Sr. Zé Caboré pai do piloto de avião Raimundinho Caboré, que certa vez fazendo piruetas ao passar por baixo do cabo dos pontões de Floriano – Barão, o avião bateu no cabo e caiu no Rio Parnaíba.
Na Usina Maria Bonita tinha 4 funcionários da Prefeitura (Zé Caboré e mais 3 funcionários) e 8 aprendizes (adolescentes de 12 a 14 anos), que aprendiam o oficio de fundição na Usina. Zé Caboré era um habilidoso armeiro, reparava armas, principalmente revolveres, fundidor (forneiro)  de peças para trabalho na construção (alavanca, inchada, pás) e campo (foice, facão).
A Usina era colocada em funcionamento as 18horas que se estendia às 23horas, o combustível era carvão e o resfriamento feito com água do Rio Parnaíba. Um detalhe importante não existia caís, a margem era ribanceira alta dificultando o trabalho dos 8 adolescentes que carregavam os cambos (2 latas de 20 litros penduradas numa vara), piorando o sofrimento nos dias de festas no Floriano Clube, que se estendia até as 02 horas , eram carregados 200 cambos (400 latas) por pessoa, segundo Jeremias até hoje sente dores, a agua trazida era colocada na caixa d’água existente até hoje próximo ao prédio da Maria Bonita, como a caixa d’água é alta o carregador amarrava numa corda que era içada para o serem derramadas no depósito.
No quarteirão que abrange os restaurantes Velho Monge ao Zé do Flutuante existiam 5 frondosas tamarineiras, era uma das imagens mais lindas que eu vi na vida, lembra “Jeremias”!
O Tiro de Guerra fez no Bosque um campo de futebol situado na Barra da Onça, onde desemboca três riachos, na altura da ridícula “Praça de Eventos”, o local passou a ser chamado de Bosque Santa Teresinha porque uma jovem viu entre árvores uma imagem de Santa Teresinha.
Na altura da Oficina do Julinho até a Garagem da Princesa do Sul, existia um campo de futebol!
Fonte: José Neves da Costa – “Jeremias”.
OBS-1: Carlos Aberto de Araújo Costa, Engenheiro Civil, florianense construtor do cais, quando  dirigia no Piauí o Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis – DNPVN; 
OBS-2: O início do Caís do Porto – Administração do Prefeito Chico Reis (31.01.1959 – 31.01.1963). Fonte: Floriano: Sua História, Sua Gente – Profª Josefina Demes.
Floriano-PI, 14 de julho de 2019

Pesquisa de Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho

3/06/2020

Retratos do nosso futebol

Torneio do Campo dos artistas


ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:


“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

Foto:
A foto acima é o time do São Paulo de Carlos Sá, filho do senhor Geraldo Teles. A crônica acima foi extraída do meu livro - PINGA NA ÁREA.

3/04/2020

Retratos de Floriano

FUTEBOL DE SALÃO

Em Floriano o futebol é uma das práticas esportivas mais comuns entre jovens e adultos. É tanto que são inúmeras as escolinhas de futebol espalhadas pela cidade, essas escolinhas são verdadeiras fontes de talento.

Mas a novidade esta na modalidade, até agora todas as escolinhas preparavam apenas jogadores de campo, e um grupo de desportistas pretendem apostar no Futsal – o futebol de salão.

A nova escolinha de futebol é "Craques do Amanhã", organizada pelos jogadores Cipó, José Ribamar e Carlos Júnior. Essa é a primeira escolinha de futsal de Floriano.
De acordo com a direção, setenta garotos com idade entre 08 e 17 anos já estão participando das aulas ministradas em duas quadras do município – Praça da Bandeira (enfrente a Escola Normal) e Praça do Fauzer Bucar.

As aulas são realizadas nos dias de terça-feira e quinta-feira das 8h as 10h da manhã na Praça da Bandeira e aos sábados e domingos das 8h as 11h da manhã na quadra do Fauzer Bucar.

Os diretores também são os monitores dos alunos. Eles incentivam a prática esportiva, ensinam técnicas, jogadas e estimulam o talento dos jovens, mas para fazer parte da equipe é preciso estudar.

A exigência é a permanência na escola e boas notas, além do comportamento. A idéia do projeto é incentivar a prática esportiva e ao mesmo tempo formar cidadãos conscientes.

Em tempo:

Na foto acima, os bons tempos do período romântico de nosso antigo futebol de salão ( hoje, chamado de futsal ), mostrando o time do Square, campeão da temporada de 1971 no Comércio Esporte Clube.

3/03/2020

RETRATOS DE FLORIANO

VISTA AÉREA DO ANTIGO MERCADO PÚBLICO DE FLORIANO LOCALIZADO NA PRAÇA CORONEL BORGES


Ao centro o mercado e as bancas de hortifrutigranjeiros

3/02/2020

Solenidade marca abertura do ano letivo 2020


Foi realizada na manhã desta segunda-feira (2), a solenidade oficial do ano letivo das escolas da Rede Municipal de Ensino de Floriano. O evento reuniu alunos, professores, coordenadores, diretores e autoridades municipais na quadra da Escola Municipal Francisco Dutra, no bairro Manguinha. As aulas terão início nesta terça-feira, 3 de março.

O prefeito Joel Rodrigues compareceu a solenidade e destacou que a educação tem sido uma prioridade da gestão. “Estamos dando início a mais um período letivo com muita responsabilidade, garantindo o transporte e a merenda escolar, além de uma equipe de professores motivados e preparados para dar o melhor em sala”, afirmou Joel.

Nesta terça, cerca de 7.300 alunos retornarão às salas de aula, do Ensino Fundamental e Educação Infantil, nas 52 escolas da rede municipal, incluindo as zonas urbana e rural. De acordo com o secretário de Educação, Joab Curvina, 570 professores iniciam o ano letivo com piso salarial reajustado, além do reforço de 45 professores nomeados no último concurso público.


“Iniciamos o ano letivo com muita motivação e dedicação. Desejamos sucesso a todos os alunos e as famílias que acompanham e tem um grande papel nesse processo”, completou Joab. (Secom).

Esperança Garcia, uma escrava culta e corajosa



Domingo (27), estivemos na nossa querida cidade de Nazaré do Piauí, acompanhados de grandes vultos acadêmicos da ALBEARTES: escritor Adrião Neto, José Paraguassu, Tomaz Gomes Campelo e tantos outros. Fomos levar uma idéia aos vereadores da cidade para que seja criado a LAUREA DO MÉRITO LEGISLATIVO ESPERANÇA GARCIA.


Essa comenda deverá ser apresentada por Lei Municipal para condecorar as pessoas que muito contribuíram com a história e com o progresso da cidade de Nazaré do Piauí. Uma sugestão apresentada em abril de 2005, que fosse criada uma medalha em nome da escrava guerreira e, entregue aos homenageados em data de 21-12-2005 Jubileu de Ouro (50) anos de emancipação política.

Estamos confiantes que agora vai dar tudo certo, pois o Presidente da Câmara Municipal vereador Carlos Pinheiro, e os vereadores Gezim, Eufrásio Pinto e Mauricio Cotta se mostram otimistas com a idéia trazida. Presente também o Prof. Ildamar que foi presenteado por uma das obras do escritor Adrião, bem como a Dra. Márcia Pinheiro.

Os vereadores irão apresentar o projeto de lei e, acreditamos que será aprovada, diga-se de passagem, por unanimidade. E assim sendo os homenageados serão informados para em sessão a ser realizada em data de 06 de setembro, pois a data que foi escrita a carta, data que foi criado o dia da CONSCIÊNCIA NEGRA. Um dos filhos de Nazaré do Piauí Dr. José Messias Leal foi quem primeiro localizou o livro de autoria do escritor Luiz Mott com a historia da escrava Esperança Garcia. Veja um pouco sobre sua história e o teor da carta.

Esperança Garcia viveu na região entre Oeiras e Floriano na fazenda de Algodões, a mais ou menos 300 km de Teresina, essa fazenda juntamente a outras dezenas de estâncias pertenciam à inspeção de Nazaré, onde é hoje o município de Nazaré do Piauí. Apesar de sua importância histórica, não se sabe quase nada sobre sua vida, esse descaso da sociedade é conseqüência principalmente de sua condição de negra escravizada. Porém ela se destaca por ter sido corajosa a ponto de escrever uma carta ao governador do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus tratos sofridos por ela, seus filhos e companheiras. A carta é datada de 06 de setembro de 1770.

Afirma-se que a carta original está em Portugal, e uma cópia foi descoberta no arquivo público do Piauí pelo pesquisador e historiador Luiz Mott em 1979:“Outra minha importante descoberta arquivística foi um pequeno documento, uma única página escrita a mão, todo cheia de garranchos com muitos erros de português: trata-se de uma petição escrita em 1770, por uma escrava do Piauí, Esperança Garcia. Trata-se do documento mais antigo de reivindicação de uma escrava a uma autoridade. Documento insólito! Primeiro por vir assinado por uma mulher, já que mulher escrever antigamente era uma raridade. As mulheres eram vítimas da estratégia de seus pais, mantê-las distante das letras, a fim de evitar que elas escrevessem bilhetinhos para os seus namorados. Segundo, por se tratar de uma petição escrita por uma mulher negra.”(Mott).

Esse documento serviu de inspiração para diversas manifestações contemporâneas como o grupo de mulheres que trabalham pela cidadania da mulher negra piauiense, e recebe o nome de Esperança Garcia assim como a maternidade de Nazaré do Piauí e a data desta carta é o dia estadual da consciência negra no Piauí desde 1999.

Segue abaixo o modelo original da carta e sua versão atualizada:

CARTA:

"Eu sou hua escrava de V. Sa. administração de Capam. Antº Vieira de Couto, cazada. Desde que o Capam. lá foi adeministrar, q. me tirou da fazenda dos algodois, aonde vevia com meu marido, para ser cozinheira de sua caza, onde nella passo mto mal. A primeira hé q. ha grandes trovoadas de pancadas em hum filho nem sendo uhã criança q. lhe fez estrair sangue pella boca, em mim não poço esplicar q. sou hu colcham de pancadas, tanto q. cahy huã vez do sobrado abaccho peiada, por mezericordia de Ds. esCapei. A segunda estou eu e mais minhas parceiras por confeçar a tres annos. E huã criança minha e duas mais por batizar. Pello q. Peço a V.S. pello amor de Ds. e do seu Valimto. ponha aos olhos em mim ordinando digo mandar a Procurador que mande p. a fazda. aonde elle me tirou pa eu viver com meu marido e batizar minha filha q.

De V.Sa. sua escrava Esperança Garcia”

CARTA TRADUZIDA:

"Eu sou uma escrava de V.S.a administração de Capitão Antonio Vieira de Couto, casada. Desde que o Capitão lá foi administrar, que me tirou da Fazenda dos Algodões, aonde vivia com meu marido, para ser cozinheira de sua casa, onde nela passo tão mal. A primeira é que há grandes trovoadas de pancadas em um filho nem, sendo uma criança que lhe fez extrair sangue pela boca; em mim não poço explicar que sou um colchão de pancadas, tanto que caí uma vez do sobrado abaixo, peada, por misericórdia de Deus escapei. A segunda estou eu e mais minhas parceiras por confessar a três anos. E uma criança minha e duas mais por batizar. Pelo que peço a V.S. pelo amor de Deus e do seu valimento, ponha aos olhos em mim, ordenando ao Procurador que mande para a fazenda aonde ele me tirou para eu viver com meu marido e batizar minha filha.

De V.Sa. sua escrava, Esperança Garcia"

Fonte: Blog Tio Borges

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