Dona Iraídes lembra que quando estudava na escola de dona Neném Preá, na antiga Pedreira, não existia diferença entre alunos, não, podia ser rico ou pobre, errando todos, o corretivo era o mesmo.
Certa vez, por exemplo, finado Expedito Borges da Silva da rua do Amarante ( pense num cabra, some mais dez e multiplique por vinte ), aquele amigo nosso que trabalhou na TELEPISA, o cara era traquina demais em casa. Não havia como, senão, mandá-lo pra Neném Preá:
- Dona Neném, Expeditinho anda fazendo má criação em casa, não agüentamos mais; portanto, viemos pedir a sua ajuda.
Dona Neném só escutando e quando terminaram, disse:
- Tragam o menino aqui que eu dou um jeito nisso! Deixa ele comigo!
- Falou dona Neném, literalmente.
Os pais de Expeditinho, felizes da vida, retornaram prá casa mas foram logo avisando:- Olhe, Expedito, meu filho, amanhã você vai estudar com a Professora Neném Preá.
Expeditinho, meio invocado e fobando, disse:
- Onde é que ela fica e a que horas que eu vou ter que ir?
– Amanhã cedo às sete horas no batente. Não pode faltar! Ta ouvindo?
Passados alguns dias, Expeditinho não agüentou e resolveu fugir. Dona Neném mandou seus dois auxiliares, marrudos, atrás de Expeditinho:
- Tragam esse menino aqui de volta! Já!
Os ajudantes saíram feito doidos em busca de Expeditinho e souberam da notícia, o menino traquina andava solto pelo Bosque, mas os caras tinham uma tarefa a cumprir e, chegando lá no Bosque, avistaram Expeditinho, que saiu correndo rumo ao Rio Parnaíba e o moleque ainda chegou a tirar uma “tainha” daquelas ( lembram? ), mas nadou pouco, pois os “os preassistas” o agarraram e o levaram de volta até Neném Preá que, educadamente, mandou que ele se sentasse para receber sua "devida" correção.
Nunca mais Expeditinho faltara uma aula sequer e se tornara um bom aluno.
Fonte: www.florianoemdia.com
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