1/29/2024

O ano era de 1957

 

Tete 
(Janclerques),

"Bela foto, me parece que de 1957, lembro-me bem do dia em que foi tirada.

Era uma manhã por volta das
9 horas na praça Doutor Sebastião Martins. A Lenka era pequenina e eu estava no dia.

Esta saia de mamãe era de um tecido tipo piquê, godeau, branca, estampada
com quadros tipo jogo da velha, uns pretos outros cinzas. A blusa não me lembro a cor.

A foto refletia o perfil da mamãe na época de mulher parideira, cansada de
tanto parir.

Já devia estar grávida de ti.

Abraços."

Tibério
(In memória)

Resenhas de Carnaval

 

Por: Pedro Gaudêncio de Castro

Prezado Janclerques

Estávamos em São Luis ( MA ), onde passávamos uns dois dias, para em seguida viajarmos para Paraibano, São João dos Patos e Floriano, onde iríamos visitar Filadelfo Castro e amigos dessa simpática e hospitaleira cidade e certamente participar do animadissimo carnaval florianense no Comércio Esporte Clube, abrindo esta sua coluna, onde você pergunta em que ano fui Presidente do Floriano Clube e se possível lembrar um fato ou caso ou se tinha alguma foto que lembrasse aquela época; na realidade, vou procurar, quando chegar no Recife, mas, apenas para recordar como a Diretoria do Floriano Clube era intransigente para aceitar uma proposta de sócio, seu comportamento nos eventos do Clube e até administrando os "serenos" dos bailes.

Numa certa reunião da Diretoria, por exemplo, no momento da aceitação de alguns sócios - três deles não foram aprovados: - um político, um comerciante e um profissional. Esse fato gerou um grande mal estar com a reação normal por parte dessas pessoas, inclusive uma delas veio a mim e perguntou o porquê dessa negativa.

Naturalmente, procurando manter a privacidade da decisão dos administradores, apenas disse - o Presidente somente vota para desempatar e isso não ocorreu. Ficaram zangados, mas, posteriormente, foram aprovados por outra Diretoria, mesmo porque tratava-se de pessoas que mereciam estar naquele ambiente.

Meu pai era um animado frequentador do Clube e adorava dançar uma VALSA; e, num sábado de carnaval, papai chegou para mim e disse: - Pedro, mande tocar uma Valsa...; então, eu disse: - pai, é impossível uma valsa em pleno carnaval...; e ele então retrucou: - mas, rapaz, é só uma valsa carnavalesca...; e como naturalmente não foi atendido, ele saiu da festa zangado.

Noutro evento, uma dama da sociedade e muito nossa amiga, estava no "Sereno" assistindo a uma festa animada por uma orquestra de fora e quiz entrar, estando de sandália; ai o porteiro não deixou e eu fui até lá para acomodar a situação, quando ela me disse: - Pedro, essa minha sandália vale muito mais do que os sapatos das que ai estão aí no salão. Pedi desculpas mas mantive a decisão do porteiro.

Um jovem bancário gostava de se exibir no salão, apertando demasiado a companheira, quando um dos nossos diretores chamou-o de lado e lhe disse: - amigo, desse jeito você não dança aqui no Clube.Foi um vexame, pois a moça e seus familiares não gostaram.

Falando em CARNAVAL, o que se fazia naquela época eram os ensaios, onde Defala e Pedro Attem levavam as letras das músicas carnavalescas daquele ano, acompanhados da orquestra, com Mestre Eugenio, Celestino e outros profissionais que iriam tocar. Eram muito animados esses ensaios, onde os carnavalescos aprendiam as belas e animadas musicas daquele tempo e ainda começavam os namoros para o carnaval.

Na realidade, eu não me lembro precisamente do ano em que fui Presidente, mas deve ter sido entre 1950 a 1955. Lembro apenas quando fui pela primeira vez diretor do Clube, com ainda 18 anos de idade, duas sinucas novinhas compradas pela Diretoria, onde muita gente aprendeu a jogar.

Uma das coisas que mais lamento é de no passado não ter tirado fotografias da minha vida em Floriano e fiquei até com inveja, quando nos 110 anos de Floriano, fui à Exposição do Theodoro Sobral e apesar de procurar, não ter encontrado nenhuma foto nossa, nem em 1966, quando fui candidato a Prefeitura de Floriano contra Tibério Nunes, momento histórico da vida política da nossa cidade.

Bem amigo - eu acompanho com o maior interesse as coisas de Floriano e através de sua coluna e de outras figuras florianenses que também procuram reviver momentos inesquecíveis da nossa cidade.

RETIFICANDO - DEVE TER SIDO ENTRE 1962 A 1968, POIS JÁ ERA CASADO, COMO DISSE A MARIA JULIA.

1/26/2024

As Rapa Cuias

 

Por - Dacio Borges de Melo (*)

Quem anunciava a chegada do inverno eram as rapa-cuias. Pequenas pererecas de olhos esbugalhados, ágeis no pular e muito simpáticas. Seu cantar parecia o raspar de uma cuia. Daí o nome. Era uma graça, vê-las pulando de parede a parede. Tinha por elas um enorme carinho. 

Aos primeiros cantos das rapa-cuias, todos diziam: ó, a chuva tá chegando. 

Um dia perguntei pra Mamãe: Como é que ela faz tanta zoada ?

E ela disse: É que elas tão raspando a cuia.

E pra que? - Perguntei, admirado.

É pra guardarem água da chuva.

Eu disse: e é?

É, pra depois, quando a chuva passar, elas ficarem tomando banho de cuia.

E quando a cuia secar? - Perguntei.

Aí ela torna a cantar pra chuva voltar.
E eu ali de olhos arregalados, admirado na minha inocência. 

Ainda procurei por um tempo, por entre telhas e paredes a cuia das rapa-cuias. Nunca encontrei nenhuma.

A meninada já se preparava para os primeiros banhos de chuva. Lá em casa havia um bequinho que recebia toda água do telhado e jogava a mesma quintal abaixo. A gente fazia fila pra tomar banho na bica do bequinho. 

Mas o bom mesmo era correr pelas ruas, todo mundo saudando a chuva gostosa que chegava. 

Todos disputando alguns instantes nas biqueiras das casas vizinhas.

Depois saíamos pulando e gritando de rua em rua feito um bando de doidos. 

Depois, passada a chuva, a meninada, batendo queixo,  abraçavam a si mesmos como a se protegerem do frio. 

E a água a escorrer pela rua, corríamos a fazer açudes. O melhor local pra se fazer os mesmos, era no canto da quinta do Pai  Vieira e, mais à frente, diante da casa de seu Benedito, ainda beirando a cerca da quinta.

Fazíamos eu, Divaldo, Danunzio e Antônio dos Reis, enfim, a turma toda, enormes açudes, todos com sangradouro que eram talos de mamão enfiados na barreira do açude pra não acumular água demais. 

Ali cada um confeccionava e botava seus barquinhos de papel e ficava empurrando-os  pra lá e pra cá. Era uma viagem! 

Quando tudo passava, que o sol se abria, passado o frio, íamos aguardar a quebra das barreiras daqueles enormes açudes. 

Só os mais velhos faziam isso. Cada um de olho em seus barquinhos. 

Rompido o açude todos saiam alegres acompanhando a trajetória de seus barcos. 

Aquela enorme enchurrada às vezes ia até a casa de seu João Guerra, às vezes menos, em frente ao curral de seu Benedito. 

Acabada a festa, era esperar outra vez, o cantar da Rapa cuias. 

(*) Dácio Borges de Melo é florianense, filho do saudoso Mestre Walter. Atualmente Dácio mora em São Luís.

1/25/2024

Antiga Sapataria Lima

 

Nessa esquina, segundo a observação do nosso amigo Teodoro Sobral, "no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Fernando Marques,  aparece a Sapataria  Lima do senhor Chico Lima (pai do nosso colega José Firmino) e mais a frente à esquerda a Pharmácia e Laboratório Sobral."

Concluindo, diz Teodoro, "a loja dos senhores Aruda e Fauzer Bucar ficava em frente a Sapataria Lima, mas não aparece na foto. Após a Sapataria eram os sobrados dos senhores Ephipânio Borba (era assim que se escrevia) e Olégario Nunes."

À época, observa-se, os arvoredos e os paralelepípedos dando um ar nostálgico daquela época romântica que os anos não trazem mais.

"Chega de saudade" - como dizia o professor Luiz Paulo.

Memória do Futebol de Salão

Dentro do contexto romântico do futebol de salão da Princesa do Sul, nas férias de inverno, ainda é tradição e acontece o torneio nos meses de janeiro e fevereiro e, nas férias de verão, em julho, o torneio tem a sua segunda edição, atualmente realizado nas quadras da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB.










No entanto, o Futebol de Salao teve o seu inicio ainda na década de sessenta nas quadras do CEC - Comercio Esporte Clube. Os times que ali se postavam, eram verdadeiras seleções de craques, que projetaram a contento o nosso esporte por aí a fora.


Senão, vejamos a que lista de craques espetacular naquela época romântica: Antonio Luiz Bolo Doce, Petronio, Brahim, Arnaldo Pé de Pano, Nego Cleber, Bebeto, Zé Bruno, Tim, Quinto, Guilherme Ramalho, Serjao, Chicolé, Valdir, Pericles, Pompeu e outras feras.


Depois, vieram: Puluca, Mocó, Eloneide, Naudinho, Ieié, Adelmar Neiva, Cesar de Antonio Sobrinho, Gilmar Duarte, Gilson Duarte, Roberto Holanda, Herbrand, Zé Filho, Fernando, Herbran, Holandinha (Jacare), Danunzio, Ubaldo, Café, Pedim do Bode na Brasa, Guilherme Junior, Didi Futuca, Chico Patricio, Fábio Jerumenha, CarlinhosMeiota, Edilson, Amaral, Paulinho de Nelson, Ze Ligeiro, Ze Alberto Demes, Carlito de Bruno, Fefê, Josfran, exaltando jogadas espetaculares.


Mais recentemente, Caraolho, Luciano, Papagaio, Carlito, Ze Robim, Darlan, Ze Neto, Zé Carioca, João Vicente, Banana e ainda havia dois paulistas que costumavam passar suas férias aqui e davam um show.


A lista é bem maior, mas foi o que a memoria captou, mas a gente vai lembrando ao longodo tempo.


Em dezembro passado, tive o prazer de conviver 02 dias com o amigo/irmão Pitoé ( irmao de Berilim, Berivan e Benilton ), craque de bola, até hoje da show em Brasilia, um cracaço de bola, tanto no FUTSAL como no decampo. Pitoé jogou no Grêmio de Galdino formado a dupla de zaga BERIVALDO e PEDÃO, além de uma zaga segura tinha muita categoria.


E no salao, jogamos no STAR FUTEBOL CLUBE ( foto meia deteriorada acima ), mas contando a historia. Esta foto foi tirada no CEC - Comercio Esporte dia 15 de Janeiro de 1969 e o STAR tinha os seguintes craques:


De pe: Manoel Leite, Valdemir (Cumpadre), Zé Wilson Porquinha, Saturninho e Klinger de Chica Pereira.


Agachados: Berivaldo (Pitoé), Cesar de Antonio Sobrinho e Nelson Junior (Juninho de Ne Santo). Media de idade 15 anos. O time assustava, à época, os tradicionais veteranos.


Pesquisa: Cesar de Antonio Sobrinho

O fascínio do Cine Natal

 

Adolescência, cultura e amizade


Nascido e criado nas margens do outrora imponente Rio Parnaíba, na divisa entre Barão de Grajaú (MA) e Floriano (PI), relembro-me com saudade da minha inserção e predileção pela “sétima arte”, esta centenária denominação criada pelo italiano Ricciotto Canuto em 1912.

Camaradas, desde a minha inserção na diretoria da cinqüentenária Associação Florianense dos Estudantes Secundaristas (AFES) em 1977, quando nossa entidade, através da "Polícia Estudantil", ficou com a incumbência de “fiscalizar” e garantir o direito dos estudantes florianenses de usufruir o benefício da meia-entrada no também cinqüentenário Cine Natal, ali, ao lado do antigo Supermercado Triunfo, na Avenida Getúlio Vargas.

Tempos imemoriais que marcaram profundamente a nossa adolescência e a amizade perene, nas matinês com muito kung-fu, faroeste e, para os maiores de idade, muita pornochanchada, gêneros cinematográficos típicos dessa época.

O Cine Natal, sem dúvida alguma, tornou-se a melhor experiência cultural para nós, estudantes do também cinqüentenário “Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva”, do “Colégio Industrial São Francisco de Assis”, dentre outras escolas florianenses. Destas escolas, onde estudávamos, saíamos em bandos na direção do cinema para curtir os filmes em cartazes e, no meu caso, descia celeremente a Rua Castro Alves, ansioso para chegar.

Muitos camaradas queridos, cuja amizade prezo até os dias de hoje, vivenciaram essa experiência única ao ter acesso à cultura e ao entretenimento numa cidade considerada, naquela época, como a terceira mais importante do estado do Piauí.

Reverencio aqui os meus “conspiradores” do BAPA (jornal publicado no segundo ano do 2º Grau, em 1978) veículo provocativo e crítico no contexto do final dos anos 70 em Floriano. Dentre eles, Pinto Neto, Bodão, Astrobaldo, Edom e tantos outros queridos e saudosos amigos.

O fato é que essa experiência cinematográfica numa cidade do interior do Nordeste brasileiro marcou todos nós que vivemos essa época, época da distensão lenta, gradual e segura, oferecida por Geisel e pela transição que se inicia em 1979, sob o jugo de Figueiredo. Para nós, um ano mágico, quando chegávamos à conclusão do segundo grau, nos despedíamos do velho Cine Natal e vislumbrávamos o futuro, de olho na universidade, conscientes de todos os enormes desafios que haveríamos de enfrentar.

Camaradas, pretendo, paulatinamente, oferecer algumas dicas cinematográficas neste espaço virtual de modo que eu possa – humildemente – contribuir com o debate sobre inúmeras questões e temas fundamentais para que possamos compreender melhor o mundo e a humanidade através de películas de primeira grandeza. 

Em tempo: Paulo Rios Ribeiro
Veja uma de suas entrevistas no endereço:  
http://www.youtube.com/watch?v=1L_u-ulYA3I

1/24/2024

Prefeitura de Floriano lança oficialmente o Carnaval 2024 do município

 

Com o tema “É pra ser feliz”, a Prefeitura de Floriano, através das Secretarias de Cultura, Esporte e Lazer, e de Turismo e Desenvolvimento Econômico,  lançou nesta sexta-feira, 19 de janeiro, o carnaval 2024 da Princesa do Sul. Participaram o prefeito de Floriano, Antônio reis, acompanhado da primeira-dama, Carmélia Reis, os secretários das pastas organizadoras da festa, Elineuza Ramos e Marcos Veras, demais secretários, além de representantes de entidades e instituições  e convidados.

A solenidade de lançamento da festa anunciou a programação do Carnaval 2024 de Floriano, que este ano terá a duração de 14 dias, iniciando no primeiro dia de fevereiro com um grande arrastão de abertura da festa carnavalesca, que será puxado pela banda Parangolé da Bahia, atração de destaque nacional. O arrastão seguirá o tradicional percurso, com concentração próximo a antiga rodoviária de Floriano, até o cais da beira-rio.

Vários eventos carnavalescos realizados pelas secretarias municipais precederão o carnaval propriamente dito, do dia 10 até o dia 13 de fevereiro, período em que serão realizados 2 arrastões, o “Carnaval da Família” e o Desfile das Escolas de Samba. No dia 14, a apuração do desfile fecha oficialmente a programação.


Ao todo, 15 bandas, entre atrações de destaque nacional, regional e municipal, se revezarão na animação do carnaval 2024, tanto nos arrastões como festa que entra pela madrugada, no cais da beira-rio. São Elas: Baratinar, Christian Marques e Nanaê, Danny Melody, Hiury Barros, Jhonny O BB, Kayo Freitas, Léo Cachorrão, Luketa, Matheus Lima, Oh Polêmico, Parangolé, Samba Brother, Sávio Grazz e Banda Baibaxá e, Selva Branca.

Em seus discursos, os secretários destacaram a tradição de Floriano em fazer um dos melhores, mais animados e seguros carnavais do Estado, atraindo milhares de turistas, gerando emprego e renda para a cidade. O prefeito Antônio Reis também exaltou a festa. “Vamos fazer um carnaval grandioso, uma festa como diz o tema pra todo mundo ser feliz!” concluiu.

A festa de lançamento do carnaval de Floriano teve a participação do Rei e Rainha da Beleza negra, de carnavalescos das escolas de samba Mocidade e Arrocha Um Aperta o Outro, que levou sua fanfarra, rainha de bateria e casal de mestre sala e porta bandeira que deram um show de animação, encerrando a festa de lançamento da folia, que teve ainda a animação em ritmo baiano  do cantor Cleyson Máximo e uma apresentação das crianças do grupo Nova Geração.

Fonte: Prefeitura de Floriano

37º Aniversário do Cine Natal 1974