11/26/2009

ROSA DE OURO


ROSA DE OURO – CONSTRUÍDA POR UM EMPREENDEDOR
KAMEL FERREIRA (SEU CAMILO)

Fotografias podem revelar histórias jamais imagináveis – vejam, por exemplo – a nossa famosa ROSA DE OURO, nome diferente que fora trazida de longe, São Paulo, por um pintor de Floriano, conhecido por Cícero , que viu este belo nome numa lanchonete, passando a idéia ao empreendedor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, nasceu em Fortaleza - CE em 12 de agosto de 1924, casado com a senhora Ariene Santos Ferreira, pais do engenheiro civil, doutor Nonato Ferreira, que atualmente exerce o cargo de Secretário de Obras do Município; Angélica Farisa, Chico da Padaria Ipiranga e Kamel Filho.

Perguntamos ao senhor Camilo de como surgiu a idéia de construir um dos mais belos e importantes prédios da Princesa do Sul, pelo seu valor cultural na época. Sua resposta foi emocionada:

" Começou quando fui de Fortaleza para Teresina no dia 02 de agosto de 1952, data que jamais esquecerei, pois cheguei no ano do centenário da cidade verde. Como funcionário do DER-PI, fui transferido para Floriano, chegando em 09 de maio de 1957.

A primeira Rosa de Ouro era um QUIOSQUE de madeira. Mais tarde, comecei a articular com Fauzer Bucar, vice-prefeito de Chico Reis e o vereador e compadre Manoel Jaca a viabilidade de construir um prédio, com uma bonita planta do Engenheiro Civil do DER doutor José Carlos Castelo Branco.

Foi uma luta ferrenha, muito difícil, pois alguns vereadores dificultaram a aprovação do requerimento, pois pretendiam passar para alguém de posse e na época eu era considerado um forasteiro, não seria bom para cidade, segundo alguns vereadores.

Mas com a intervenção forte do vice-prefeito e de dois vereadores, conseguimos a aprovação do projeto. Foi uma revolução. Concluída a obra, parecia um sonho. A transformação foi um marco, o prédio era funcional, se não vejamos: na parte da frente da avenida Getúlio Vargas, funcionava a Banca de Revistas, as pessoas ficavam maravilhadas com aquela novidade, surgia ali oportunidade raríssima da leitura, tão carente na época, ficava mais fácil de se atualizar com as notícias do Brasil e do mundo e, por outro lado, existia o romantismo dos jovens que iam pra lá trocar revistas e figurinhas de álbuns.

Ao lado da banca tinha um balcão que eram fabricados os picolés, era um sucesso, nesse período já fazíamos picolés com cobertura de chocolate, hoje não é novidade para mim. No prédio tínhamos mais uma importante opção, ficava localizado na parte de trás, uma lanchonete, moderna, limpa, dava gosto a pessoa freqüentar, realmente era uma coisa inédita."

Detalhe, a energia da Rosa de Ouro era fornecida por outro empreendedor, Bento Leão, que falaremos numa outra oportunidade.

O atual prédio da Rosa de Ouro pertence ao Senhor Kamel Ferreira.

Pesquisa: César Augusto

11/21/2009

FERROVIARIO


Outra grande oportunidade do apogeu de nosso futebol, foi quando o time do Ferroviário de Floriano se tornara imbatível durante a década de sessenta, durante a gestão de Deusdete Macarrão.


O time jogava por música e possuía craques que deixavam os adversários a ver navios, como o Sadica, Cabeção, Vicentinho e o driblador Lino, que veio de Campina Grande.


Esse jogador, o Lino, para assinar o contrato de vir jogar em Floriano, acertou que teria que ter à sua disposição uma geladeira ( movida a querosene à época ), o que causava um certo tumulto junto aos outros jogadores contratados.


De forma que, naquele tempo, tínhamos bastante motivos para ir a campo, assistir a grandes jogos e gols espetaculares, fora as famosas " voadas " do arqueiro Pompéia.

11/19/2009

MUITA CHUVA EM FLORIANO


A quarta-feira foi de muita chuva em Floriano e cidades circunvizinhas. Por volta do meio-dia, o tempo chegou a ficar escuro por causa das nuvens carregadas. Em Jerumenha, a 60 km de Floriano, choveu forte entre as 10 e 14 horas.

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), através da Gerência de Hidrometeorologia, divulgou boletim informando que a pressão atmosférica fluiu entre 1008,5 a 1003,5 hPa, ventos de rajadas máximos com valores de 11,5 m/s, umidade relativa do ar oscilou entre 45 a 65%, temperaturas extremas (máxima e mínima) fluíram entre 23 a 37,0ºC, radiação solar diretamente sobre a superfície do solo foi de 850,4 wm-2 no Estado.

Os índices pluviométricos e suas distribuições espacial e temporal para a região Sul do Estado estão fluindo entre a normalidade e abaixo da média histórica. Segundo o mesmo boletim, a predominância da instabilidade atmosférica seguidamente da oscilação da pressão atmosférica no sentido Oeste/Leste.

O fenômeno acarretando em condições adversas de tempo e clima nos setores Sul, Central e parte Norte do Estado, onde vem deixando o tempo parcialmente nublado a claro com ocorrências de chuvisco e chuvas isoladas durante o período.

Os efeitos locais e os movimentos verticais ascendentes mantiveram-se em plena atividade e contribuíram para as formações de coberturas de nuvens cúmulos e cumulonimbus, auxiliado pela troca de calor e umidade que provocaram as chuvas e chuvisco no Estado.

Os índices pluviométricos e suas distribuições espacial e temporal para a região Sul do Estado estão fluindo entre a normalidade e abaixo da média histórica. ( www.noticiasdefloriano.com.br )

11/18/2009

NOTA DE PESAR



Foi sepultado na manhã de ontem, 17, no cemitério central São Pedro de Alcântara que fica no bairro Manguinha em Floriano, o corpo de Delmiro Araújo – Milton da Casa Roupas-, como era conhecido. Seu Milton faleceu na manhã dessa segunda –feira, 16 na casa da família à rua Clementino Ribeiro, centro. O cortejo que saiu do Memorial Floriano após uma celebração religiosa contou com familiares, amigos e populares.
Líderes do governo municipal estavam presentes. Acompanharam o cortejo e sepultamento o prefeito de Floriano Joel Rodrigues e esposa Márcia Rodrigues; vice-prefeito Oscar Procópio; Joilson Rodrigues (Ouvidor); o vereador Salomão Holanda e o secretário de administração municipal Fábio Cruz. Seu Milton da Casa das Roupas teve seis filhos: Edilberto Araújo – secretário de Governo da atual administração, Delmiro Neto, Kátia, Franklin, Leonardo e Reginaldo (in memória).
Um dos maiores empreendedores de Floriano no pássado no ramo de confecções e calçados foi também um dos grandes desportistas florianenses, pois fez história no Ferroviário como um dos fundadores do clube. ( Fonte: http://www.piauinoticias.com/ )

11/15/2009

CORRUPÇÃO


O Movimento Força Tarefa Popular apresentou as primeiras denúncias que resultarão em uma apuração mais detalhada por parte de Órgãos Federais e Estaduais contra constatações verificadas in loco durante a "VIII Marcha Contra a Corrupção e Pela Vida", que durou 25 dias de caminhada entre as cidades de São João do Piaui e Floriano.

Foram mais de 300km caminhados e a constatação de que o sertão é mais seco devido a corrupção. As denúncias são dirigidas ao TCE, TCU, MP Federal, MP do Trabalho e MP estadual.

Segundo informações do site da Força Tarefa Popular na internet, entre os casos encontrados em Floriano estão as situações da Praça da Matriz, do Conjunto Gabriel Kalume e do Matadouro.

O relatório da Força Tarefa sobre Floriano é o seguinte:

CONJUNTO HABITACIONAL GABRIEL KALUME se encontra abandonado, inacabado e sendo destruído pelo tempo. O conjunto teria 280 casas, o beneficiaria mais de 1000 pessoas. Parte da obra esta caindo com material sendo retirado. O mato toma de conta. A situação é mais grave devido a ocupação de alguma unidades que apesar não concluídas possibilitava morada. Cerca de 100 famílias vivem em situação precária.



Um dos fatos mais graves registrados nesta obra é que as casas foram construídas ao lado do centro de zoonoses de Floriano. Para o local são levados animais doentes e hospedeiros de agentes nocivos que podem contaminar insetos vertores que por sua vez infectam os moradores. A situação fica mais preocupante ao considerar a falta de saneamento básico e o acumulo de lixo e a exposição de esgotos com lama existente no conjunto. A situação de risco a vida e a saúde dos moradores é permanente. A falta de urbanização e a favelização cria um ambiente propício para aumento da circulação de agentes patogênicos. Os moradores estão sujeitos entre outros perigos a contraírem leptospirose, raiva, leismaniose, equimococose, etc.

Esta situação será denunciada ao MP por considerarmos que as autoridades colocaram em risco a vida e a saúde dos moradores. O fato é tipificado como crime, art. 132, Codigo Penal Brasileiro.



MATADOURO – desde 2007 foi liberado R$ 195.000,00 para construção do matadouro de Floriano, por meio do convenio celebrado com o Min. Agricultura. Visita ao local demonstrou que a obra esta inacabada e abandonada. O fato será levado ao conhecimento do TCU, TCE, e Ministério Público Federal.

OBRAS NA PRAÇA DA MATRIZ - A fiscalização popular constatou que na praça da Matriz no cento de Floriano há mais ano se encontra um canteiro de obra. Apurou-se que parte da reforma da praça foi feito, contudo o restante até o momento não foi concluída. Outras obras foram vistoriadas e pedido auditoria dentre elas a obra da escola Professor Freire que custou R$ 148.713,68. Pede-se que o TCE faça auditoria. ( Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br )

11/14/2009

NOTA DE FALECIMENTO



Faleceu nas primeiras horas da madrugada desta sexta-feira (13/11) a nossa amiga Aparecida Procópio, irmã do vice-prefeito de Floriano Oscar Siqueira Procópio.

Segundo informações do Secretário Municipal de Comunicação Nilson Ferreira, Aparecida Procópio se sentiu mal na noite da quinta-feira e faleceu por problemas cardíacos,p ós ser levada para Teresina.

Aparecida Procópio tinha exercido o cargo de Diretora do CAPS II em Floriano.

...

Nesta quinta-feira, 19, familiares e amigos da professora Aparecida Procópio estarão participando de uma visita ao túmulo e em seguida de uma celebração pelo sétimo dia da sua partida para o plano eterno. Veja o artigo enviado pela família na tarde dessa quarta-feira ao Portal: ´Piauí Noticias`.

Um grande exemplo de simplicidade e amor ao próximo.

Maria Aparecida Procópio Gouveia nasceu em 18 de abril de 1959 na cidade de Rio Grande do Piauí. Filha de Pedro Procópio Maciel e de Raimunda Siqueira Procópio (em memória), chegou em Floriano em 1969, acompanhada dos irmãos Aluízio, Albanúsia, Aldaísio, Oscar, Hairton(em memória), Pedro Filho, Francisco e José Wellington, em busca de estudos e melhores condições de vida. Aqui, estudou até o curso pedagógico, casou-se com Pedro Goveia(em memória) com quem teve três filhas: Larissa (acadêmica de Direito), Vanessa (Enfermeira) e Laís (acadêmica de Farmácia e Bioquímica). Mesmo depois de ter constituído família, superando as dificuldades e já exercendo o magistério, conclui o curso Normal Superior na UESPI – FLORIANO. Batalhadora incansável, humilde e responsável, sempre exerceu com zelo e dedicação todas as atividades a ela incumbidas. Foi a primeira diretora do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Floriano, contribuído efetivamente desde a fase de implantação até a consolidação daquela instituição, trabalho realizado com muito amor. Ela sempre dizia: “de todas as atividades que exerci, a que mais me realizou como profissional e ser humano foi trabalhar no CAPS, amando e sendo amada pelos usuários, tendo o privilégio de conviver com aquelas pessoas tão especiais que muito enriqueceram minha vida”
Ultimamente, exercia a função de Secretária Municipal de Finanças no município de Rio Grande do Piauí, sua terra natal.

Simples, generosa, sempre estava disponível para ajudar o próximo. Excessivamente dedicada aos seus irmãos e as suas filhas, a quem se doava de corpo e alma. Um grande exemplo de simplicidade e amor ao próximo. ( Fonte: www.piauinoticias.com )

11/13/2009

ODORICO CASTELO BRANCO

Odorico Castelo 8ranco


Escreve Dolor Barreira ( História da Literatura Cearense ) -" Odorico Castelo Branco era filho do Piaui, mas, cuja formação mental se fez, fora de dúvida, ao influxo do ambiente cearense, vivia - é certo - entregue às suas fatigantes lidas didáticas; mas o tempo que sobrava das aulas dedicava às letras que tiveram nele um dos seus mais impertérritos cultores,.

Reuniu uma coleção de contos, poesias, sonetos e arranjou o t i t u l o - Reminiscências do oficio. Era um grande educador, e sempre viveu cercado da consideração de seus alunos.

Escrevia em todos os jornais da época, principalmente na Folha do Povo, Correio do Ceará. Diario do Estado, no Almanaque do Ceará e outros.

Faleceu no dia 21 de ianeiro de 1921, nesta capital ( Fortaleza ). Deixou uma filha - Odorina - esposa do Deputado Federal Leão Sampaio.

...

Soneto de Odorico Castelo Branco

SAUDADE


Tão lentas vão passando, hora por hora.
As tristes horas desta vida horrível
Que me parece. às vezes. impossível
Marchar ainda o tempo como outrora.

Ha-de, amanhã. ferir-me, como agora,
A mesma dor acerba. irresistível:
E mais do tempo a lentidão incrível
Aumenta o mal cruel que me devora.

A luz. que o meu futuro inda ilumina
Provém dos ólhos teus meiga Odorinll,
Que só sabes sorrir, na tua idade;

E longe o dia vem. filha querida.
Em que, sentindo a dor por mim sentida,
Até ajudas a sofrer esta saudade.

11/11/2009

MEMÓRIA CULTURAL AGREDIDA



Plano Diretor do município, “adormecido em berço esplêndido”

Jalinson Rodrigues

Um dos mecanismos que a civilização humana tem para o aperfeiçoamento e continuidade de sua existência é a valorização da memória. É através desta atitude que a cultura se fortalece e os valores humanos são ressaltados, garantindo assim plena evolução.

O passado tem forte e decisiva influencia no nosso futuro. Assim, a preservação e difusão da história possuem importância estratégica neste processo. Porem, isso não é a compreensão geral da população e, muito menos, dos administradores públicos, responsáveis pelo quadro que hoje presenciamos na maioria dos municípios brasileiros. A produção simbólica da população é substituída por meros eventos, programações convenientes, que em nada contribuem para o processo civilizatório. Em Floriano, a realidade não é diferente e os descasos mais explícitos estão passando os prédios históricos. O município já completou um século de existência e acumula razoável número de construções antigas. Parte deste acervo, que compõe o patrimônio arquitetônico, são os prédios pertencentes ao estado, município ou famílias. Mas, o tempo passou e estes prédios, que antes tiveram uso e importância, hoje se encontram sem cuidados.

O Plano Diretor do município, “adormecido em berço esplêndido”, prever o tombamento de mais de 60 prédios, que representam a história arquitetônica de Floriano. A Catedral de São Pedro, os casarios sírios e outros prédios com características coloniais fazem parte desta seleção, como as ruínas das fazendas imperiais, que contam parte da nossa história. Cabe agora aos poderes cumprirem seus papeis. A Câmara Municipal deve apresentar Projeto de Lei determinando a preservação destas relíquias. A prefeitura deve acatar com rigor a aplicação das garantias legais.
Silenciosamente, a Catedral de São Pedro, na época Co-Catedral, perdeu todo o seu forro pintado a óleo, com imagens de anjos barrocos, quando foi trocado por forro de PVC. Esta mudança expõe insensibilidade dos gestores locais e do bispo de então. Bastava investir em profissionais capacitados e a restauração estava garantida.

Ainda assistimos outro caso absurdo: a prefeitura montou uma operação eleitoreira envolvendo a Praça Sebastião Martins. No período da campanha política, há mais de um ano, iniciou uma reforma que dura ainda hoje. O pior é que a praça foi totalmente mudada. A estrutura do bar Sertã foi demolida, com o argumento de que a base da edificação estava comprometida. Porém, os engenheiros não mostraram este laudo para a população, através dos meios de comunicação. Somente inventaram o convencimento. Já passou bastante tempo e nada foi concluído. Nesta agressão, muitos anos de história do município foram jogados no lixo. Se algum florianense ficou vinte anos sem visitar sua terra natal não reconhecerá a praça, quando retornar, pela total descaracterização imposta.

O patrimônio arquitetônico há anos está sem receber nenhum tipo de restauração eficiente. O que constatamos é que vários destes prédios enumerados no Plano Diretor estão em pré-ruínas ou sendo alteradas as fachadas. Em alguns, os públicos, apenas a pintura foi refeita pela prefeitura. Ação necessária, mas incipiente. O que falta na verdade é uma educação sistêmica, que envolva a história e a cultura do município. Uma política pública esclarecida, com poder de encaminhamentos e concretizações.

Para esta realidade é imprescindível a articulação de todas as entidades governamentais e não-governamentais, numa discussão aprofundada sobre a importância do patrimônio arquitetônico. Também, defender com intransigência a restauração urgente de todos os prédios históricos e fiscalizar o cumprimento das leis preservação já existentes. Queremos nossa história viva.

Fonte: www.noticiasdefloriano.com.br

11/07/2009

FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE


ATITUDE SUSPEITA

Salomão Cury-Rad Oka

Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os clubes de serviço se caracterizavam por sua exigência em selecionar os freqüentadores.

Nos idos daquele tempo, fazer parte da seleta casta freqüentadora de agremiações como o Rotary Club de Floriano, Clube de Regatas, Maçonaria e o tradicional Floriano Clube ( foto ) demandava coleguismo, filantropia, caráter e, naturalmente, contatos sociais e dinheiro.

Na boa e democrática Floriano de hoje, basta interesse em servir ou em aparecer. Aliás, atualmente, ter o “perfil” de rotariano ou de maçom é mais importante que ter dinheiro ou posição social.

Durante um grande período do século XX, ser de origem árabe também era um fator importante a ser considerado ( talvez, por causa do enorme montante de valores que circulava nas mãos dos carcamanos ). Obviamente, existiam importantes famílias brasileiras que também eram partícipes dos movimentos sociais em Floriano.

Assim, pode-se dizer que existem as mais diversas histórias sobre sírios participando de eventos sociais e de agremiações. Nada que se comparasse às festas e banquetes que eles faziam só para si e para parentes, mas várias delas merecem registro por já estarem nos comentários populares há mais de sessenta anos, como o caso descrito aqui, que relata o que aconteceu quando um certo árabe, rico e participativo do “high society” dos anos cinqüenta, prestes a se casar ( há quem diga, já casado ) com uma linda moça de origem síria, quis adentrar nos salões do seleto FLORIANO CLUBE na companhia de duas belas funcionárias da casa de tolerância de dona Madalena.

O senhor Michel Demes era um sírio muito popular, pois tinha um modo peculiar de fazer as vendas no seu empório. Vendia de tudo lá, da “areia brilhante” ao perfume francês, o que fazia sua loja ser freqüentada por todas as classes sociais. Era uma verdadeira democracia: estudantes, vaqueiros, damas da sociedade, políticos influentes, enfim, qualquer pessoa podia entrar na “Casa do Michel”. Sempre conversava bastante com os compradores, tirando piadas e fazendo o cliente gastar mais que o necessário. Apesar da baixa estatura, tinha uns olhos azuis que exibiam um brilho encantador sobre o freguês e sobre as muitas namoradas que arrumava, deixando sua filha Ivone enlouquecida de ciúmes.

Naquele dia, ao fim do expediente, o senhor Michel subtraiu da loja dois vestidos de festa, sapatos, bijuterias e produtos de toalete para agradar às duas cortesãs e leva-las ao pomposo Floriano Clube. Apesar de trajadas como damas, a atitude era delatora. A palavra “batala” estava escrita em suas testas. Para quem não sabe, batala era a alcunha dada pelos árabes às moças de vida fácil. Ao passar pela portaria, um dos seguranças abordou o árabe, dizendo:

- Sinto muito, senhor Michel, mas o senhor não pode entrar com essas duas moças suspeitas!

Michel Demes, mais que depressa, respondeu:

- Suspeitas? – disse em tom de surpresa – Essas duas senhoritas não são suspeitas de maneira nenhuma! Elas são duas putas assumidas! As suspeitas estão aí dentro, misturadas com as damas de verdade, dançando com os maridos à noite e com os amantes de dia! Meu Deus, onde foi parar a democracia do Brasil!

Fonte: Voz de Floriano

11/04/2009

O LANCHE DECISIVO


O time do Palmeiras de Bucar participava de uma grande decisão na vizinha cidade de Guadalupe, mas como a estrada de acesso estava em péssimo estado, necessariamente, tiveram que viajar numa kombi pelo lado do Maranhão.

O time de Floriano, basicamente completo, com seus 11 titulares, de forma que quando chegaram nas proximidades de Boa Esperança, surpreendentemente teriam que atravessar o Parnaiba de canoa à vela.

De repente, quando o jogador Sadica percebeu que o rio estava cheio e a correnteza forte, foi logo se alterando:

- Porra, vocês sabem muito bem que eu não sei nadar; portanto, tô fora desse jogo! Vão vocês! Eu não vou, certo?

A preocupação era deveras delicada naquele momento com o nosso craque Sadica, sabendo todos que a sua presença dentro de campo era fundamental naquela grande final e, por unanimidade, a pressão era necessária:

- Ora, ora, tu num vai o quê, homem de Deus! Hoje, tu vai ter que aprender a nadar! Tu vai querer que a gente perca o jogo, hein? Essa canoa não vai virar, não! Fica tranquilo!

Finalmente, quando chegaram na concentração, por volta de 1 hora da tarde, a fome chega a apertar e os nossos jogadores começam a comer bolacha com guaraná antarctica.

De repente, depois que iniciara a partida, o zagueiro Zé de Tila começou a sentir-se mal, um embrulho na barriga, mas como não havia nenhum reserva, teve que ficar em campo.

O era duro e o nosso atacante Antonio Luiz Bolo Doce fazia um golaço, mas Zé de Tila não estava conseguindo acompanhar o ponteiro corredor Chico de Hermínia e o mesmo acontecia com o time adversário; eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentando mais, foi lá atrás da zaga, pegou no braço de Zé de Tila e disse:

- Vai fazer número lá frente, pra ver se a gente ganha o jogo, certo!?

Aí, então, todos caíram na gargalhada!
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Na foto acima, em pé - REGINALDO, SADICA, ANTONIO LUIZ, BITONHO, PRERERECA E OSMAR;agachados - ZILMAR, PECHINCHA, BAGANA, BUCAR, ANTONIO GUARDA, BRAHIM E PETRONIO em 1965

Sábado do Riverside

  Normalmente, aos sábados, no Riverside Shopping, a turma da velha guarda se reúne para relaxar e relembrar os bons tempos com resenhas e a...