10/10/2006

ZECA ZINIDOR II - O GOL MAIS BONITO

- Zeca, qual o gol mais bonito que você fez?

Emocionando, Zinidor foi categórico, quando disse que fizera muitos gols sensacionais, “mas os dois que fiz dentro de seis minutos contra o Tiradentes de Teresina, foram de placas, e parecidos, até, na rapidez. Foi num jogo no estádio Mário Bezerra, quando o Clube de Regatas Brasil do atacante Almeida ganhou de 4 a 2 do Tiradentes de Teresina.

No nosso time só havia jogadores do quilate de Mineiro, Eloneide, Evandro, Zeca Futuca, Zeca Zinidor e outros craques, um timaço, podia vir quem quizesse, a gente dava de pau, e nesse dia eu estava infernal, os zagueiros adversários não me conheciam, ficava sempre pela esquerda olhando para Eloneide e Almeida; os dois tinham uma jogada ensaiada comigo, eles ficavam trocando passes no meio de campo, aguardando a minha arrancada, e logo no início, o zagueiro não me conhecia e ficava a uns quatro metros de distância me marcando, um belo espaço para que tem velocidade, e foi o que aconteceu.

Almeida voltou a bola para Eloneide e, de primeira, me lançou para o lado esquerdo do ataque, liguei as turbinas (não motorzinho - ele disse - aí é fusca, minha velocidade era de avião!), e parti. No primeiro tapa (toque) que dei no pneu ( bola ), foi logo um de arrodeio no zagueiro; ele tentou me agarrar, me arranhou, arrancou um bocado de cabelo do meu peito (saí prá vi....), mas não teve jeito, deixei o zagueirão com a cara de bobão, pensando “que diabo foi isso, será que foi um raio que passou?”, peguei na frente e quando o goleiro acordou já era tarde, não deixei nem ele se aprontar para sair, chutei forte e colocado no canto, plá gooaall, um a zero com 3 minutos.

Não demoraria muito, foi pro lado direito experimentar o outro zagueiro, foi dito e feito, novamente Eloneide lançou, rapaz, fiz que dava um de arrodeio, o cabra abriu as canetas, joguei por baixo das pernas e o goleiro acordou mais cedo, passei pelo goleiro e toquei no gol, foi lindo o lance, até doutor Filadelfo veio me cumprimentar.

No intervalo, doutor Filadelfo me deu um presente. Nunca esqueci esse momento. Dá vontade de chorar. Se tivesse filmado, eu tava na seleção”.

Mas com certeza, Zeca!
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Fonte: http://www.florianoemdia.com

10/09/2006

CABEÇÃO DO FERROVIÁRIO


Essa resenha, quem nos conta é o nosso amigo João Siqueira, o famoso João Rato ( foto ao lado de Zé de Tila ), extraída do www.florianoemdia.com, que nos tranposta aos belos tempos românticos de nosso futebol. Vejam só. João Rato conta que:

"Certa vez, Cabeção, ponta direita do ferrim, o cara era habilidoso demais e gostava de fazer umas jogadas diferentes, cruzamentos de letra, dribles desconcertantes, cheio de firulas e a nossa zaga, formada por Brahim, Bagana, Antonio Guarda e João Rato ( não davam moleza ), não brincava em serviço, o respeito era fundamental e a jogada foi a seguinte.

Estádio Mário Bezerra, tinindo de gente, passaram a bola para Cabeção, na ponta direita, mas quando ele foi dominar o pneu ( pelota ), pensei, é agora, senão ele passa, entrei de carrinho, com as travas da chuteira à mostra, na maldade e por pouco não o pegou, mas o cabra foi rápido, largou a bola e deu um pulo do gato ( como eu tenho raiva de gato! ), quando ele sentiu que estava vivo ainda, não vacilou, tirou a camisa e disse: “pode botar outro em meu lugar, pois eu tenho filhos pra criar, vai matar o diabo, infeliz ..." E saiu do jogo resmungando e não voltou mais.

A gozação e o comentário foi geral.

Em tempo: por onde anda Cabeção? Alguns dizem que ele mora no rumo de Fortaleza.
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fonte:
www.florianoemdia.com

10/06/2006

RESENHAS DE CHICOLÉ I

AMOR À VIDA

ESTA É DO SEU ZÉ LEONIAS - CHAPÉU "SAVIOUR"!

CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era Nego Chico Kangury ( foto ).

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha. O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.

A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.
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Fonte: www.florianoemdia.com

CAIS DO PORTO

Este é o novo e o atual visual do cais do porto. Os traços harmônicos do passado se misturam, hoje, com a arquitetura moderna.

Num dos pontos mais aconchegantes da Princesa, estávamos passeando pelas ruas e becos, revendo lugares e matando a saudade.

As autoridades competentes precisam olhar mais para esses pontos importantes. Preservá-los e conservá-los a contento. É o espelho da cidade.

Uma vistoria ou um levantamento desse painel todo merece uma certa avaliação, no sentido de transmitir aos visitantes uma boa impressão da cidade. Afinal de contas, a nossa Princesa precisa mostrar sua bela coroa aos apaixonados pela terra do melhor carnaval do Piauí.

10/05/2006

ODORICO CASTELO BRANCO

A bela tomada foi extraída de nossa inspiração, ainda nos anos oitenta, quando passeávamos num roteiro de férias, eu e o meu primo Dácio, que mora hoje em São Luis.

Estudávamos no Colégio Odorico Castelo Branco nos anos sessenta e precisávamos documentar o que ainda restava do velho Odorico, quando brincávamos de lambretas feita de tábua.

Dácio, que é filho de mestre Valter (in memorian), faz pose na sala onde estudou com a professora Lourdinha da rua do Cruzeiro.

São traços harmônicos, que nos envaidece. Hoje, esse colégio já foi reformado e não há mais a poesia de outrora; no entanto, precisamos desabafar essa ternura para o alívio de nossos corações.

Haja corações!

ABDORAL E O PESO DA CAMISA 9


ABDORAL E O PESO DA CAMISA 9
Na foto, Abdoral no comando do Palmeiras em 1965. É o último em pé à direita.

O nosso grande amigo Abdoral Alves do Nascimento, professor e jogador de futebol de poeira, era piolho e obteve uma boa oportunidade de mostrar seu potencial no famoso Grêmio de Galdino e, segundo este: - “Abdoral gostava muito de jogar, mas o Grêmio era um timaço, não dava pra ele ser titular, e num certo dia ele se zangou, saiu do Grêmio e formou a sua própria equipe, um time para ele jogar, a famosa camisa nº 9, e logo no seu primeiro jogo, contra o Grêmio, vejam só, ele ficou em marcação cerrada pela dupla - “BATIA E ARREPIAVA” - (Bagana e Antonio Guarda).

A dupla dava de pau e Abdoral só agüentou até aos 35 minutos do primeiro tempo, e aí o jeito foi pedir arrego. Chamou os dois zagueiros: Bagana e Antonio Guarda e, languidamente, desabafara:

- “Meus amigos, pelo amor de Deus, eu tenho mulher e filhos pra criar, não me matem, me ajudem!”

A dupla caiu na gargalhada e atendeu o seu pedido. Maneirou! Dá pra acreditar que maneirou?!"

10/04/2006

GOL REPLAY


LUIZ ORLANDO

Um dos pontos mais fortes de Luiz Orlando (foto), grande craque de bola do passado do futebol amador florianense, era a catimba e, inclusive, ele destaca um lance engraçado, que ele conta com saudades:

“tratava-se de uma partida disputadíssima, acirrada no Campo dos Artistas, por volta de sessenta e sete. Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival, o Flamengo de Tiberinho (perder pra eles era um trauma terrível), até hoje esse lance é conhecido como o GOL REPLAY, sem televisão, pode?

Mas você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.

Bola rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito, mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus: pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram à loucura!

Empatamos o jogo e, no final, todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA, que tinha moral e categoria.

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Fonte - www.florianoemdia.com

37º Aniversário do Cine Natal 1974