10/06/2012

Que vença o melhor projeto

Jalinson Rodrigues – jornalista
O quadro eleitoral nas capitais e municípios está desenhado e todos os envolvidos, partidos, candidatos e eleitores recebem a importante missão de zelar pela lisura deste processo. Esta atividade cívica se reveste da mais privilegiada oportunidade para a reflexão das eternas carências, descaminhos e eficácia das políticas publicas essenciais. Na eleição o voto é livre e soberano. Cada cidadão possui a sua importância na construção das conquistas sociais.
Assim, é fundamental para o eleitor buscar o amadurecimento do seu voto. Através das propostas e compromissos assumidos publicamente, durante a campanha, é possível iniciar uma trajetória na escolha. Neste momento é fundamental pensar nos problemas do cotidiano e buscar a solução escolhendo votar no candidato que melhor represente os interesses da população. A campanha eleitoral no rádio, televisão, debates e entrevistas serviu para contribuir na identificação das melhores intenções.
As forças especiais de segurança estarão nas ruas e sessões eleitorais. Esta medida vai contribuir para o eleitor manter a liberdade de opção. Com o espírito de civismo, os brasileiros vão escolher prefeitos e vereadores num processo democrático e de pluralidade de idéias. Nenhuma atitude golpista deve ser tolerada e o processo eleitoral deve ser respeitado por todos, candidatos e eleitores.
Contudo, que vença o melhor projeto e restitua para o cidadão a esperança em dias melhores. A eleição tem este papel de renovar as expectativas de desenvolvimento e melhor aplicação dos recursos da população.  A democracia tem esta vantagem de proporcionar a alternância de poder através da decisão popular. Então, vamos todos votar com a consciência livre e de acordo com a nossa vontade.

10/05/2012

RETRATOS

No calor da tarde, nada melhor do que você chegar na nova praça e tomar uma garapa de cana no novo bar Sertã. O atendimento do nosso amigo Calixto é de primeira e, provocando, nos proporcionamos uma boa conversa de fim de tarde.

Lembramos, agora, do passado, do quebra-queixo de dona Pretinha; dos alfinins e dos pudins de dona Inésia da rua do Cruzeiro; e quem não se lembra dos picolés do bar do Bento?

Lembro que, outrora, saía para caçar passarim com os Gladiadores eu, o Juca, o Pimenta, o Pateta, o Alvinho, o Mancada lá pelo rumo do Meladão, quando a forme batia a gente passava pelas pitombas, ingás, muta e das marias preta quando dos nossos pequeniques.

Hoje, recordamos com prazer das nossas traquinices, quando não havia essa febre dos celulares e da internete. Na verdade, aqueles momentos foram de pura felicidade e de momentos inesquecíveis.

Sobra, atualmente, esse consumo desenfreado que nos leva não sabemos pra onde, quando a violência nos faz esconder a magia que vida pode nos proporcionar.

10/03/2012

REVISTA MANCHETE - JULHO/1964

Adquirimos, recentemente, um exemplar da antiga revista Manchete de número 639, datada de 18 de julho de 1964 ( foto da capa ao lado ).

Essa edição, para a cidade de Floriano, é de grande valia, tendo em vista que ela faz a cobertura completa do concurso Miss Brasil daquela temporada no qual a florianense Maricildes Costa foi destaque com fotos e glamour.

Guardaremos, com muito carinho essa publicação, que futuramente será disponibilizada para aqueles que acompanharam aquele período romântico e plos admirdores de Floriano.

A revista fechou suas portas no ano de 1995, quando fazia querenta e oito anos de existência. Hoje, a variedade de publicações por aí é imensa, mas as matérias, de um modo geral, são apenas mais para o consumo visual do que para textual.

10/01/2012

O Ferroviário de Floriano no Piauiense de 1964

Fonte: Site do Buim

A participação do Ferroviário no Campeonato Piauiense de 1964, foi a primeira de uma equipe da cidade de Floriano numa competição profissional promovida pela Federação Piauiense de Desportos (hoje Federação de Futebol do Piauí). A foto abaixo, embora da época, não é de jogo oficial do citado campeonato.

Ferroviário - 1964
Na realidade, embora tenha vários atletas que atuaram aquele campeonato, percebe-se que, agachados, os dois últimos atletas são Tassu e Bitonho, que jogaram naquela ocasião, apenas por ser um amistoso, uma vez que pertenciam a River e Piauí. Mas é possível ver, a partir da esquerda, vários atletas daquela campanha do Ferroviário.

A partir da esquerda, vê-se os jogadores Valdivino, Valdemir, Piqui, Pompéia, Zezeca e Pepedro (em pé), Cabeção, Cristóvão, Rômulo, Tassu e Bitonho. A foto está publicada no Poral de Floriano, assinado pelo jornalista e escritor Janclerques Marinho.

1ª Fasse - 1° Turno

1ª rodada

12/07/1964
FERROVIÁRIO 1x2 FLAMENGO

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Clóvis Ramos.
Renda: 237.400,00
Gols: Paulinho 42 do 1º tempo; Paulinho 19 e Cristóvão 45 do 2º.
Ferroviário – Bucar; Zezeca, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Reginaldo; Cristóvão, Sadica, Valdimir (Paulo II) e Dos Santos.
Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Vitor e Papagaio; Itamar e Macalé; Maçarico, Matintim, Paulinho e Fernando.

19/07/1964
FERROVIÁRIO 2x2 PIAUÍ

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira e Clóvis Ramos.
Renda: Cr$ 157.800,00
Gols: Sinésio 12 e Sibiata 27 do 1º tempo; Cristóvão 10 e Sanêga 30 do 2º.
Expulsões: Bitonho e Cristóvão.
Ferroviário – Bucar; Popó, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Valdemir; Cristóvão, Sadica, Sinésio e Paulo II (Antônio Luiz).
Piauí - Zé Barros (Zé Alberto); Tuíca, Nanô, Manoelzinho (Sibiata) e Chico Dedão; Nonato Leite e Bitonho; Sanêga, Chapéu, Carmino e Zilmar

29/07/1964
AUTO ESPORTE 5x0 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Osvaldo Viana e Severiano Alves Teixeira.
Renda: Cr$ 116.000,00
Gols: Bicudo 35 do 1º tempo; Capote 15, Capote 20, Zé Augusto 33 e Pestana 35 do 2º.
Auto Esporte – Antônio Luis; Amadeu, Marcos, Delmiro e Quincas; Zé Maria e Zequinha; Pestana, Capote, Zé Augusto e Bicudo.
Ferroviário – Pompéia; Popó; Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Paulo e Valdimir; Reginaldo, Sinésio, Sadica (João Alfredo) e Cristóvão.

02/08/1964
FERROVIÁRIO 2x1 COMERCIAL

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Cláudio Ramos.
Renda: Cr$ 124.400,00
Gols: Cristóvão 7 e Antônio Luiz 29 do 1º tempo; Curniça 35 do 2º.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Cristóvão, Reginaldo, Antônio Luiz e Valdemar.
Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Zé Ivan; Hugo e Quinha; Radiê, Zeca, Valdir e Negrote (Curniça).

09/08/1964
CAIÇARA 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)
Arbitragem: Valdimir Soares da Silva, auxiliado por Renato Barreto de Moraes e Severiano Alves Teixeira.
Renda: Cr$ 133.400,00
Gols: Raimundinho Fumaça no 1º tempo; Reginaldo e Anduiá no 2º.
Caiçara – Coló; Napoleão, Mormaço (Valter), Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Ditoso, João de Deus, Anduiá e Escurinho.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles (Antônio Guarda) e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Reginaldo, Cristóvão, Antônio Luiz e Valdimir.

19/08/1964
RIVER 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Raimundo Barreto de Moraes e Antônio Palhano.
Renda: Cr$ 192.900,00
Gols: Tassu 28 do 1º tempo; Paulo 42 do 2º.
River – Manoelzinho; Zequinha, Astolfo, Filomeno e Ivanildo; Giri e Vilmar; Tamundó, Carrinho, Tassu e Rudinha.
Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Cristóvão e Sadica.

1ª Fase - 2° Turno

06/09/1964
COMERCIAL 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)
Arbitragem: José da Costa Araújo.
Gols: Reginaldo (Fer), Radiê e João Catita (Com)
Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Sapato; Hugo e Quinha; Curniça, João Catita, Radiê e Valdir.
Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Rômulo e Dos Santos.

09/09/1964
FLAMENGO 3x2 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Francisco de Assis Castelo Branco, auxiliado por Antônio Mlton Vilanova e Valdimir Soares da Silva.
Renda: Cr$ 187.200,00
Gols: Mano 20 e Rômulo 35 e 44 do 1º tempo; Mano 5 e 25 do 2º.
Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Matintim e Papagaio; Temístocles e Macalé; Maçarico, Mano, Paulinho e Salvador.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.

16/09/1964
PIAUÍ 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Antônio Palhano, auxiliado por José da Costa Araújo e Valdimir Soares da Silva.
Renda: Cr$ 63.500,00
Gols: Sanêga 18 e Reginaldo 43 do 2º tempo.
Piauí – Zé Barros; Tuíca, Nanô, Manoelzinho e Chico; Zilmar e Bitonho; Chapéu, Sanêga, Carmino e Vagner.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Sousa, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Rômulo e Sadica.

27/09/1964
FERROVIÁRIO 1x4 RIVER

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: José da Costa Araújo, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.
Renda: Cr$ 201.000,00
Gols: Pedroca (cabeça) 23 e (cabeça) 28 do 1º tempo; Pedroca, Carrinho e Reginaldo no 2º.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo. Técnico: Francisco Bezerra de Souza (Sinhozinho).
River – Caxambu; Gereba, Zé Artur, Filomeno e Zequinha; Giri e Vilmar; Waldeck, Pedroca, Moaci e Carrinho. Técnico: Júlio Marques.

04/10/1964
FEROVIÁRIO 2x1 CAIÇARA

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Renato Barreto de Moraes, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.
Gols: Rômulo (2) no 1º tempo e Anduiá no 2º.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.
Caiçara – Onésio; Napoleão, Mormaço, Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Vicentim, Anduiá, Índio e Escurinho.

11/10/1964
FERROVIÁRIO 1x1 AUTO ESPORTE

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Valdimir Soares da Silva
Gols: Bicudo (Auto) e Cristóvão (Ferr)
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.
Auto Esporte – Petrúcio; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Zé Maria e Wallace; Pestana (Ananias), Caboclo, Soares e Bicudo.

Jogo extra decidindo o rebaixamento

06/11/1964
AUTO ESPORTE 0x2 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: José da Costa Araújo
Gols: Cristóvão no 1º tempo e Elder no 2º.
Auto Esporte – Antônio Luiz; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Sabará e Wallace; Pestana, Capote, Ananias e Bicudo.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Sousa e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.

RESUMO DA CAMPANHA

13 jogos
3 vitórias
4 empates
6 derrotas
10 pontos ganhos
17 gols marcados
25 gols sofridos
-8 gols de saldo

ARTILHEIROS

5 gols - Cristóvão.
4 gols - Rômulo e Reginaldo.
1 gol - Sinésio, Antônio Luiz, Paulo e Elder 1

JOGADORES UTILIZADOS

13 jogos – Pepedro e Valdimir.
12 jogos - Reginaldo e Cristóvão.
11 jogos - Pompéia (goleiro).
10 jogos - Piqui.
8 jogos - Antônio Guarda.
7 jogos - Rômulo.
6 jogos - Parnaibano e Valdivino.
5 jogos - Paulo, Sádica, Teles e Popó.
4 jogos - Fernando.
3 jogos - Antônio Ulisses, Claudemir, Zezeca e Antônio Luis.
2 jogos - Bucar (goleiro), Sinésio, Elder, Sousa, Dos Santos e Paulo II.
1 jogo - João Alfredo.

RETRATOS

Verificando os nossos alfarrábios, encontramos um antigo monóculo do início dos anos setenta, quando nos deparamos com uma foto do nosso irmão, o Danúnzio ( in memorian ).

À época, ele já estava morando na Ilha do Amor, São Luís ao lado dos nossos primos e parentes, estudando, trabalhando e curtindo as praias da Ilha.

Na foto, observamos ele na praia do Olho D´água, a mais tradicional daquela época, a mais popular. O tempo passou, Danúnzio trabalhou na Arpaso Pop, na Cimec e, por último, já formado em Direito, foi classificado como Procurador do Estado do Maranhão.
Danúnzio chegou a jogar no futebol amador de Floriano, quando jovem, atuando nos times de Gusto e no Flamengo de Tiberinho de Floriano, chegando a brilhar como um dos melhores atacantes do futebol da Princesa do Sul.

Lamentavelmente, por falta de cuidados, Danúnio nos deixou, antes do tempo, em 2001, aos cinquenta nos de idade. Sofria de problemas e não fez as devidas prevenções. O tempo em que nos proporcionou com a sua garra e alegria, Danúnzio para nós foi um grande vencedor, casou-se com a Raimunda, digníssima figura da cidade de Pinheiro/MA, teve quatro filhas lindíssimas e, hoje, elas moram em São Luís, todas formadas e trabalhando.

FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE FINAL )

Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993

COMENTÁRIOS FINAIS

Atualmente, Floriano cresceu muito como cidade, em face do surgimento de alguns bairros, por sinal, bastante populosos. Porém, no que se refere ao movimento comercial, não creio que tenha havido progresso substancial, apesar da farta energia elétrica hoje existente proveniente da hidrelétrica de Boa Esperança, que anteriormente se fazia sentir.

Quanto à sociedade chamada elite, estamos certos de que não houve a evolução do tradicionalismo de famílias e nem observados os valores morais, pelos descendentes, com raríssimas excessões. Não queremos dizer com esse suscinto comentário afirmar que a sociedade de hoje não mereça distinção nem apreço. Longe de nós tal conceito. O que queremos dizer é que os valores moraisde hoje são completamente antigônicos aos daqueles tempos passados. A mocidade de então pensa e age compltamente diferentes dos de seus antepassados.

Finalizando, reiteramos aqui tudo o que a nossa memória conservou e gravou, e se algo não estiver de acordo ou literalmente correto com os acontecimentos do passado, pode crer que procuramos ser verídico o mais possível, a fim de que os registros retro citados possam servir-lhe como documentário para o seu livro, do ocorrido nos 18 anos citados, da vida de nossa querida Floriano.

E, se algum fato de bom ou de ruim aconteceu durante os 50 anos após, corre por conta do chamado progresso, o qual não somos contrário nem ortodoxo extremado.

Todavia, não podemos esquecer jamais do desaparecimento do eficiente transporte fluvial, que se fazia no "velho Monge", e aí rememorando os tempos que não voltam mais, quêdo-me como num sonho, vendo as balsas de buritís descendo o rio e o vai e vem das embarcações, no afã cotidiano de trazer para nós outros um pouco do progresso de outras plagas, como também levar para outrem aquilo de bom que a nossa terra produzia.

Por tudo isto e pela saudade que sinto n´alma, tal qual o sentimento de nostralgia o poeta de "As Primaveras", recordamos de seus versos:

"Oh! Que saudades que tenho
da autora da minha vida
da minha infância querida
que os anos não trazem mais!...



FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE XII )

Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993

PESSOAS E PERFÍS

Eleutério Rezende

Este notável e humilde alfaiate, maranhense de Barão de Grajaú, foi uma das poucas pessoas que contribuíram com a sua inteligência privilegiada, no desenvolvimento educacional de Floriano, especialmente como professor de música da Escola Normal local.

Não temos certeza se este brasileiro esquecido, estudante do antigo Colégio "24 de Fevereiro", concluiu o curso ginasial. Todavia, era um autodidata sem precedentes, entendendo de tudo, como: astronomia e música, especialmente. Foi poeta, escritor, dramaturgo e ator, e professor de música sem nunca ter tocado nenhum instrumento, quer de sopro, quer de cordas etc.

Cultor da arte presidida por Euterpe, são de sua própria autoria quase todos os hinos em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, os quais eram cantados pelo pocona data festiva da Santinha de Lisieux. Era Eleutério católico fervoroso praticante. E, por todos estes predicados, respeitosamente, consignamos-lhe - Honra ao Mérito.

Hercília Barros Camarço

Brilhante professora e educadora por excelência, possuindo um colégio misto denominado "Santa Cecília". Quando da criação da Escola Normal de Floriano, foi sua Diretora por muitos anos até aposentar-se.

Exímia pianista, executava de cór mais de cem composições musicais. Foi em seu piano que o Tenente-Coronel revolucionário João Alberto Lins de Barros, quando de sua estada por Floriano, executou algumas peças musicais.

Muitos jovens, de ambos os sexos, devem a esta notável educadora os conheicimentos pré-primários e pré-ginasial. À ela, nossa homenagem!

Vultos Populares

Perambulando pelas ruas e logradouros públicos eram encontradas pessoas que o vulgo dotou de apelidos jocosos, como: Maria Véia, Joana Véia, Derréia, João Cego, Manuel Garapa, João Pé de Bola etc. Havia também uma moça velha toda enfeitada de flores, andando com um crucifixo, dizendo-se Santa Teresinha. Se alguém a saudasse tomando-lhe a bênção, ela alegrava-se e até dançava de contentamento; porém, se a chamassem de vovó, ela esperneava-se xingando a pessoa.

O tal "garapa", não gostaca do apelido e ficava fulo de riva, quiando alguém o chamava assim. Muitos moleques gritavam: mel com água - e ele respondia: mistura, acompanhados de uma série de palavrões.

Etnia e Raça

Em Floriano existia ou existe ainda uma raça de negros luzídios, que o povo apelidou-os de "zinidores", por serem pretos retintos e de cabelos ancarapinhados ou enroladinhos na cabeça.

Hoje, talvez, com o constante cruzamento de reaças - preta e branca - a população da cidade e município se constituem de pardos em sua maioria.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...