Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
ACONTECIMENTOS E EVENTOS
em 1925, foi o ano em que Floriano recebeu em seu seio hospitaleiro, a afamada "Coluna Prestes", composta de revolucionários sabidfamente conhecidos, como - Luiz Carlos Prestes, Juarez do Nascimento Távora, João Cabanas, Siqueira Campos e muitos outros militares de nosso Exército, os quais combatiam o Governo Federal, cujo Presidente era o doutor Artur da Silva Bernardes.
Da citada Coluna, aqui estiveram o General Miguel Costa, o Coronel Luiz Carlos Prestes, o Tenente-Coronel João Alberto Lins de Barros, o Major Lyra, entre outros menos graduados. O Quartel-General aqui na cidade, ficou sediado numa casa de sótão, da rua doutor Eurípedes de Aguiar ( esquina da rua onde morava o senhor João Matos ).
Antes, porém, da chegada dos revolucionários a Floriano, quase todas as famílias de posses e algumas da classe méida, deixaram a cidade, indo umas para Teresina e outras para lugares adjacentes, isto porque correram boatos de que aqui seriam travados combates entre as forças legalistas e os revoltosos, o que não aconteceram, felizmente. Em consequência desta debandada, ficou a cidade deserta ao cúmulo em que poucas pessoas eram encontradas nas ruas.
Muitos comerciantes esconderam ou manejaram suas mercadorias a fim de salvaguardar prejuízos. Aqueles que não usaram deste expediente, tiveram algumas mercadorias requisitadas pelos revolucionários.
A casa "Paulista", atualmente Casas Pernambucanas, embalou e levou todo o seu estoque para Teresina, logrando os revoltosos de requisição ou saques de suas mercadorias. Como no prédio nada foi encontrado, os revolucionários decidiram queimar o imóvel, em represália, porém, atendendo pedidos de alguns comerciantes, que alegaram não ser o prédio de propriedade da firma, e sim de terceiros, o que era de fato verdade, não aconteceu a queima do imóvel citado.
As pessoas menos favorecidas nunca comeram tanta carne bovina, como nessa ocasião, pois os revoltosos matavam a tiros os animais encontrados nos pastos, distribuindo com odos os presentes parte da carne retalhada.
Nas oficinas do jornal "O Popular", foram editados dois números, em datas diferentes do ano de 1925, do jornal "O Libertador", órgão oficioso da ex-Coluna Prestes. Os revolucionários passaram por Floriano na ida rumo ao Sul, e na volta, depois de acossados pelas tropas legalistas e também, por cangaceiros do Norfeste. Foi por esta ocasião que o celeberrimo "Lampião" foi promovido pelo Governo, como Capitão Virgulino Ferreira, segundo afirmações divulgadas na época. "Se non é vero é bene trovato!..."
"O Libertador" tinha como redatores os doutores Lourenço Moreira Lima e José Domingues Pinheiro Machado. os tipógrafos eram dois da horda revolucionária.
Quando a Coluna Prestes deixou Floriano, a cidade foi ocupada mês após, por um contingente da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, sob o comando do Tenente-Coronel Artur Otaviano Travassos Alves. Este oficial veio a falecer em nossa cidade, vitamado por febre palustre. Seu corpo foi trasladado para o Rio Grande do sul.
Passada essa fase belicosa e voltando tudo à normalidade, alguns comerciantes que haviam enterrado mercadorias, ficaram surpresos, pois muitas destas, ao serem desenterradas, foram encotradas danificadas pelo bolor e umidade do terreno, especialmente fósforos, os quais eram, antigamente, ambalados em lada de cinco ou flandre.
Em 1926, deu-se a grande cheia do rio Parnaíba e suas águas subiram vários metrosacima do nível normal, inundando grande parte da cidade, provocando assim o desabamento de várias casas.
Dentre estas, a seca assolou todo o Nordeste, especialmente os Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e grande parte do Ceará, fazendo com que muitos de seus habitantes emigrassem para o Estado do Maranhão e parte do Piauí, onde a seca não foi tão devastadora.
Nessa ocasião, Floriano foi invadida por muitas famílias de flagelados. Eram tantos os pedintes acossados pela fome, de causar dó e tristeza por parte de nossa população.
Diante disso, e a própósito dessa invaão de flagelados pelas ruas da cidade, o poeta Antonio Veras de Holanda, compôs um poema intitulado "O Trinta e dois", do qual recordamos os dois versos seguintes:
"São homens varonís,
mulheres côr de jambo,
que a sorte reduziu
a trapo e a molambo.
É a seca, o Trinta e Dois,
o monstro morto à fome,
que dos seios maternais
arranca o filho e come!
9/20/2012
8/29/2012
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE VII )
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Por absoluta falta de energia elétrica, mola mestra no funcionamento de indústria, estas eram quase inexistentes em Floriano. Artezanalmente existiam em nossa cidade pequenas fabriquetas, especialmente nos ramos de calçados e artefatos de couros, destacando-se as Sapatarias Lima e Universal, às quais supriam a população local e de algumas cidades circunvizinhas, inclusive do Estado do Maranhão. Funcionava também um pequeno curtume de couros e peles de propriedade do senhor Nicolau Waquim.
Existia uma fábrica de gelo; uma outra de vinagre, denominada "Merceeiro" do senhor Raimundo Vieira de Sá; marcenarias com pessoal habilitado na confecção de móveis etc.
Na confecção de redes de tapuirana, destacaam-se as senhoras Marica Camarço e Maria dos Anjos Raújo, cujos trabalhos eram primorosos e de grande aceitação, sendo vendidas até para outrs estados. Também faziam-se com bilros, rendas e bicos com bom acabamento.
Lembramos aqui que a Usina Elétrica de então, foi inaugurada em 1924 e o motor de capacidade limitada funcionava a óleo diesel no período de 18 às 23 horas. com o crescimento e expansão da cidade, ofornecimento de luz tornou-se quase que ineficiente e ás vezes carente de todo, pois não aguentava o motor a carga ora distribuída.
Na indústria do vestuário, marcaram época grandes alfaiates como os senhores Manuel Conrado de Castro, Abílio Pacheco, João Elias Batista, José Rocha e José Olegário Correa, entre outros.
Na confecção de moda feminina, destacamos as senhoras Lucrécia Oliveira, Raimunda Elias, Diolinda Pacheco, Elzira Ataíde, dentre as demais existentes.
No que se refere ao comércio de um modo geral, este era bastante desenvolvido, encontrando-se à venda tudo de necessário e útil ao desejo dos compradores, podendo-se afirmar com certeza, que o comércio de Floriano era mopvimentadíssimo, não existindo nada a desejar.
Além desse comércio fabuloso existiam, ainda, grandes firmas especialistas na importação de produtos estrangeiros, e as exportadoras em grande escala de gêneros, como: cera de carnaúba, coco babaçu, oiticica, couros de boi, peles silvestres e de cabra etc.
A grande maioria de firmas comerciais de então pertenciam à Colônia Sírio-Libanesa. Destacamos: Casa Said, de Assad Kalume & Filhos; Casa Salomão, de Salomão Issa mazuad; Casa Demes, de José Demes; Casa Lobo, de Calixto Lobo; Casa Attem, de Adala Attem, e outras menores.
De comerciantes brasileiros, citamos: Leônidas Leão & Filhos, Affonso de Macedo Nogueira, Raimundo Mamede de Castro, Ribeiro & Cia, Rodrigues & Silva, João Viana de Carvalgho, João de Deus neto e mais algumas filiais de firmas de Parnaiba, como a Casa Marc Jacob, a Casa Inglesa, Morais & Cia, dentre outras. No ramo exclusivamente de tecidos a tradicional Casas Pernambucanas e a LOoja Rianil, esta já extinta.
Muitas firmas comerciais existentes até o ano de 1943 não estão mais no ramo, em razão do desaparecimento de seus fundadores, ou por dissolução social. Enumeramos: Antonio Neto & Filho, Benjamim Freitas, Bento Leão e Costa, Cirilo Martins & Irmão, Cristino Castro & Irmão, Deocleciano Ribeiro, Elisiário Fernandes de Souza, Fernando Alves da Silva, Florêncio Teixeira de Miranda, Francisco Raimundo de Castro, Gabriel Gomes Ferreira & Filho, Hermano Brandãi, Jorge Tajra & Filho, José Álvaro dos Santos, José Conrado de Andrade Sobrinho, José Lavrador, Luiz Fernandes Ribeiro Gonçalves, P. J. da Silva, Pedro Antonio Neto, Raimundo Alves Fonseca & Irmão, Raimundo Neves de Ataíde, Tyrso Ribeiro Gonçalves, Almir Nóbrega Passarinho e Martinho Rocha.
Por absoluta falta de energia elétrica, mola mestra no funcionamento de indústria, estas eram quase inexistentes em Floriano. Artezanalmente existiam em nossa cidade pequenas fabriquetas, especialmente nos ramos de calçados e artefatos de couros, destacando-se as Sapatarias Lima e Universal, às quais supriam a população local e de algumas cidades circunvizinhas, inclusive do Estado do Maranhão. Funcionava também um pequeno curtume de couros e peles de propriedade do senhor Nicolau Waquim.
Existia uma fábrica de gelo; uma outra de vinagre, denominada "Merceeiro" do senhor Raimundo Vieira de Sá; marcenarias com pessoal habilitado na confecção de móveis etc.
Na confecção de redes de tapuirana, destacaam-se as senhoras Marica Camarço e Maria dos Anjos Raújo, cujos trabalhos eram primorosos e de grande aceitação, sendo vendidas até para outrs estados. Também faziam-se com bilros, rendas e bicos com bom acabamento.
Lembramos aqui que a Usina Elétrica de então, foi inaugurada em 1924 e o motor de capacidade limitada funcionava a óleo diesel no período de 18 às 23 horas. com o crescimento e expansão da cidade, ofornecimento de luz tornou-se quase que ineficiente e ás vezes carente de todo, pois não aguentava o motor a carga ora distribuída.
Na indústria do vestuário, marcaram época grandes alfaiates como os senhores Manuel Conrado de Castro, Abílio Pacheco, João Elias Batista, José Rocha e José Olegário Correa, entre outros.
Na confecção de moda feminina, destacamos as senhoras Lucrécia Oliveira, Raimunda Elias, Diolinda Pacheco, Elzira Ataíde, dentre as demais existentes.
No que se refere ao comércio de um modo geral, este era bastante desenvolvido, encontrando-se à venda tudo de necessário e útil ao desejo dos compradores, podendo-se afirmar com certeza, que o comércio de Floriano era mopvimentadíssimo, não existindo nada a desejar.
Além desse comércio fabuloso existiam, ainda, grandes firmas especialistas na importação de produtos estrangeiros, e as exportadoras em grande escala de gêneros, como: cera de carnaúba, coco babaçu, oiticica, couros de boi, peles silvestres e de cabra etc.
A grande maioria de firmas comerciais de então pertenciam à Colônia Sírio-Libanesa. Destacamos: Casa Said, de Assad Kalume & Filhos; Casa Salomão, de Salomão Issa mazuad; Casa Demes, de José Demes; Casa Lobo, de Calixto Lobo; Casa Attem, de Adala Attem, e outras menores.
De comerciantes brasileiros, citamos: Leônidas Leão & Filhos, Affonso de Macedo Nogueira, Raimundo Mamede de Castro, Ribeiro & Cia, Rodrigues & Silva, João Viana de Carvalgho, João de Deus neto e mais algumas filiais de firmas de Parnaiba, como a Casa Marc Jacob, a Casa Inglesa, Morais & Cia, dentre outras. No ramo exclusivamente de tecidos a tradicional Casas Pernambucanas e a LOoja Rianil, esta já extinta.
Muitas firmas comerciais existentes até o ano de 1943 não estão mais no ramo, em razão do desaparecimento de seus fundadores, ou por dissolução social. Enumeramos: Antonio Neto & Filho, Benjamim Freitas, Bento Leão e Costa, Cirilo Martins & Irmão, Cristino Castro & Irmão, Deocleciano Ribeiro, Elisiário Fernandes de Souza, Fernando Alves da Silva, Florêncio Teixeira de Miranda, Francisco Raimundo de Castro, Gabriel Gomes Ferreira & Filho, Hermano Brandãi, Jorge Tajra & Filho, José Álvaro dos Santos, José Conrado de Andrade Sobrinho, José Lavrador, Luiz Fernandes Ribeiro Gonçalves, P. J. da Silva, Pedro Antonio Neto, Raimundo Alves Fonseca & Irmão, Raimundo Neves de Ataíde, Tyrso Ribeiro Gonçalves, Almir Nóbrega Passarinho e Martinho Rocha.
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE VI )
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
JUSTIÇA
Administrada por Juiz de Direito, Delegado de Polícia e seus Assistentes, Promotor de Justiça e Advogados. Cartórios do 1º e 2º Ofícios de Notas e um Escrivão de Polícia.
Dos Juízes que aqui serviram, destacamos o doutor José Messias Cavalcante, doutor Flávio José Furtado de mendonça, doutor Joel Sérvio Ferreira e doutor João Pacheco Cavalcante Borges.
PROMOTORES - Tirso Ribeiro Gonçalves e Amâncio Caland, ambos ad-hoc e doutor Manuel Sobral Neto.
DELEGADOS - Major Carlino Francisco Nunes, Tomaz Alves Ferreira e Manuel Ferreira Camarço, todos civís. Funcionaram também alguns delegados militares.
ADVOGADOS - Marcaram presença no Fôro de Floriano os seguintes: provisionados - José Lino Alves da Rocha, Sátyro de Castro Moreira, Gonçalo de Castro Lima e Eugenilino Boson Dias; formados - doutores Tirso Ribeiro Gonçalves, Joaquim Lustosa, Flávio Portela Marcílio, Rogério de Castro Matos, Pedro Attem, Rogerito da Silva Matos e Francisco Araújo.
CARTÓRIOS - 1º Ofício: Titular o senhor Matias da Silva Matos; 2º Ofício: Titular o senhor Raimundo José de Araújo Costa.
Antes dos cartórios serem divididos o titular foi o senhor Alberto Marques Drumond de Carvalho.
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
JUSTIÇA
Administrada por Juiz de Direito, Delegado de Polícia e seus Assistentes, Promotor de Justiça e Advogados. Cartórios do 1º e 2º Ofícios de Notas e um Escrivão de Polícia.
Dos Juízes que aqui serviram, destacamos o doutor José Messias Cavalcante, doutor Flávio José Furtado de mendonça, doutor Joel Sérvio Ferreira e doutor João Pacheco Cavalcante Borges.
PROMOTORES - Tirso Ribeiro Gonçalves e Amâncio Caland, ambos ad-hoc e doutor Manuel Sobral Neto.
DELEGADOS - Major Carlino Francisco Nunes, Tomaz Alves Ferreira e Manuel Ferreira Camarço, todos civís. Funcionaram também alguns delegados militares.
ADVOGADOS - Marcaram presença no Fôro de Floriano os seguintes: provisionados - José Lino Alves da Rocha, Sátyro de Castro Moreira, Gonçalo de Castro Lima e Eugenilino Boson Dias; formados - doutores Tirso Ribeiro Gonçalves, Joaquim Lustosa, Flávio Portela Marcílio, Rogério de Castro Matos, Pedro Attem, Rogerito da Silva Matos e Francisco Araújo.
CARTÓRIOS - 1º Ofício: Titular o senhor Matias da Silva Matos; 2º Ofício: Titular o senhor Raimundo José de Araújo Costa.
Antes dos cartórios serem divididos o titular foi o senhor Alberto Marques Drumond de Carvalho.
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE V)
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
SAÚDE
Exceto as doenças de infância tão comuns na primeira idade, como: ancilóstomo, catapora, caxumba, coqueluche, rubéola e sarampo, o impaludismo e a gripe também eram uma constante, especialmente na periferia da cidade.
A tuberculose, antes da descoberta da penicilina ceifou muitas vidas, tanto na cidade como no município.
Nos anos de 1926 e 1938, respectivamente, a varíola e a febre tifoide ou paratifo dizimaram muita gente em Floriano, o que foi um lamentável acontecimento.
No atendimento à população carente de recursos médicos, o Hospital Miguel Couto, sob a direção do competente clínico doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, estava sempre presente. Atualmente e melhor aparelhado, referido mosocômio continua atendendo a todos, indistintamente.
FARMÁCIAS
Neste ramo de comércio, Floriano é bem servida, pois as aqui existentes dispõem de grande sortimento de dogas e remédios dos principais laboratórios do País. Além disso, quase todas possuem laboratórios onde são manipulados remédios oficinais e tradicionais no ramo de farmácia.
Aqui existiam as farmácias Ramos, Almeida, Marques e Sobral. Desapareceram por completo a Ramos, Marques e Almeida. Esta foi comprada pelo doutor Raimundo Alves Pereira da Rocha, passando a chamar-se Farmácia Rocha. Depois surgiram mais duas outras: Coelho e Demes.
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
SAÚDE
Exceto as doenças de infância tão comuns na primeira idade, como: ancilóstomo, catapora, caxumba, coqueluche, rubéola e sarampo, o impaludismo e a gripe também eram uma constante, especialmente na periferia da cidade.
A tuberculose, antes da descoberta da penicilina ceifou muitas vidas, tanto na cidade como no município.
Nos anos de 1926 e 1938, respectivamente, a varíola e a febre tifoide ou paratifo dizimaram muita gente em Floriano, o que foi um lamentável acontecimento.
No atendimento à população carente de recursos médicos, o Hospital Miguel Couto, sob a direção do competente clínico doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, estava sempre presente. Atualmente e melhor aparelhado, referido mosocômio continua atendendo a todos, indistintamente.
FARMÁCIAS
Neste ramo de comércio, Floriano é bem servida, pois as aqui existentes dispõem de grande sortimento de dogas e remédios dos principais laboratórios do País. Além disso, quase todas possuem laboratórios onde são manipulados remédios oficinais e tradicionais no ramo de farmácia.
Aqui existiam as farmácias Ramos, Almeida, Marques e Sobral. Desapareceram por completo a Ramos, Marques e Almeida. Esta foi comprada pelo doutor Raimundo Alves Pereira da Rocha, passando a chamar-se Farmácia Rocha. Depois surgiram mais duas outras: Coelho e Demes.
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE IV )
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
EDUCAÇÃO
Neste setor , Floriano possuiu brilhantes educandários. Citamos como primordial o Colégio 24 de Fevereiro, de propriedade do Padre Lindolfo Uchoa, o qual tornou-se na sua época, tão eficiente na instrução secundária, que os seus alunos brilhavam no saber, ocasionando com isto, quem sabe, inveja dos estabelecimentos da Capital do Estado. E os dirigentes destes, ajudados pela politicagem nefasta que tudo destrói, conseguiram com o Bispo de então a remoção do Padre Uchoa para a Capital a fim de que o 24 de Fevereiro desaparecesse, como de fato se deu. Outros grandes colégios surgiram após, como o do doutor José Messias Cavalcante, Juiz de Direito da Comarca; do ex-Padre Moisés Pereira dos Santos; do professor José Raimundo de Vasconcelos e, por último, o Ginásio Santa Teresinha, do professor Manuel Sobral neto.
Posteriormente, o Governo Estadual, atendendo reclamações de pessoas gradas de nossa sociedade e também pedidos de políticos, dotou Floriano de uma meia Escola Normal, obrigando com tal expediente, que os estudantes daqui completassem por dois anosseguidos o curso normal em Teresina.
Antes da criação do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, existiram em nossa cidade, algumas escolas com cursos primários e pré-ginasial, das insignes professoras Júlia Aleluia da Costa Azevedo, Hercília Barros Camarço e Epifânia Conrado, abnegadas educadoras que muito contribuíram no ensino de nossa juventude, haja visto que Floriano possuía um alto índice de pessoas alfabetizadas, cerca de mais de 80%.
Muitos foram os filhos desta terra e de municípios vizinhos que aqui estudaram e se doutoraram em faculdadesw nacionais, como Direito, Engenharia, Farmácia, Medicina e odontologia, senão, vejamos:
DIREITO - Esmaragdo de Freitas e Souza, Francisco Araújo Costa, João Pacheco Cavalcante Borges, pedro Attem, Pedro Borges da Silva, Pedro Leão da Fonseca, Raimundo Coelho Marques, Rogério Castro Matos, Rogerito Silva Matos e Turene Ribeiro.
ENGENHARIA - João Lobo.
FARMÁCIA - Amílcar Ferreira Sobral e Josefina Demes.
MEDICINA - Ariosto Martins de Araújo Costa, Cândido de Oliveira e Silva, Djalma Nunes, Demerval da Fonseca Nogueira, Equililérico da Fonseca Nogueira, Esmaragdo Ramos de Souza, José Demes Filho, José Marques da Rocha, Lafi Lobo, Pedro da Fonseca Nogueira, Solano Neto, Ulissesw Coelho Marques e Francisco Almeida.
ODONTOLOGIA - Eurípedes Neiva Ferreira, Manuel Gomes Ferreira e Herbrand Ribeiro Gonçalves.
PROFESSORES NORMALISTAS - Diversos foram os professores e professoras concluintes do Curso Normal. Citamos alguns: Aurino Nunes Filho, James e Otoni da Costa Azevedo, Djalma Silva, Raimunda Reis, Termutes Carvalho, dentre outros.
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
EDUCAÇÃO
Neste setor , Floriano possuiu brilhantes educandários. Citamos como primordial o Colégio 24 de Fevereiro, de propriedade do Padre Lindolfo Uchoa, o qual tornou-se na sua época, tão eficiente na instrução secundária, que os seus alunos brilhavam no saber, ocasionando com isto, quem sabe, inveja dos estabelecimentos da Capital do Estado. E os dirigentes destes, ajudados pela politicagem nefasta que tudo destrói, conseguiram com o Bispo de então a remoção do Padre Uchoa para a Capital a fim de que o 24 de Fevereiro desaparecesse, como de fato se deu. Outros grandes colégios surgiram após, como o do doutor José Messias Cavalcante, Juiz de Direito da Comarca; do ex-Padre Moisés Pereira dos Santos; do professor José Raimundo de Vasconcelos e, por último, o Ginásio Santa Teresinha, do professor Manuel Sobral neto.
Posteriormente, o Governo Estadual, atendendo reclamações de pessoas gradas de nossa sociedade e também pedidos de políticos, dotou Floriano de uma meia Escola Normal, obrigando com tal expediente, que os estudantes daqui completassem por dois anosseguidos o curso normal em Teresina.
Antes da criação do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, existiram em nossa cidade, algumas escolas com cursos primários e pré-ginasial, das insignes professoras Júlia Aleluia da Costa Azevedo, Hercília Barros Camarço e Epifânia Conrado, abnegadas educadoras que muito contribuíram no ensino de nossa juventude, haja visto que Floriano possuía um alto índice de pessoas alfabetizadas, cerca de mais de 80%.
Muitos foram os filhos desta terra e de municípios vizinhos que aqui estudaram e se doutoraram em faculdadesw nacionais, como Direito, Engenharia, Farmácia, Medicina e odontologia, senão, vejamos:
DIREITO - Esmaragdo de Freitas e Souza, Francisco Araújo Costa, João Pacheco Cavalcante Borges, pedro Attem, Pedro Borges da Silva, Pedro Leão da Fonseca, Raimundo Coelho Marques, Rogério Castro Matos, Rogerito Silva Matos e Turene Ribeiro.
ENGENHARIA - João Lobo.
FARMÁCIA - Amílcar Ferreira Sobral e Josefina Demes.
MEDICINA - Ariosto Martins de Araújo Costa, Cândido de Oliveira e Silva, Djalma Nunes, Demerval da Fonseca Nogueira, Equililérico da Fonseca Nogueira, Esmaragdo Ramos de Souza, José Demes Filho, José Marques da Rocha, Lafi Lobo, Pedro da Fonseca Nogueira, Solano Neto, Ulissesw Coelho Marques e Francisco Almeida.
ODONTOLOGIA - Eurípedes Neiva Ferreira, Manuel Gomes Ferreira e Herbrand Ribeiro Gonçalves.
PROFESSORES NORMALISTAS - Diversos foram os professores e professoras concluintes do Curso Normal. Citamos alguns: Aurino Nunes Filho, James e Otoni da Costa Azevedo, Djalma Silva, Raimunda Reis, Termutes Carvalho, dentre outros.
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE III )
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
GOVERNO ECLESIÁSTICO
Religião Católica - Designados pelos Arcebispos do Maranhão, antes de ser criado, o Bispado do Piauí, Floriano contou com colaboração dos seguintes:
Padre Antonio Marques dos Reis; Padre Acylino Portella Richards; Cônego Gastão Pereira da Silva; ( um Padre cujo nome não me lembro e que passava as noites jogando carteado ) e, finalmente, o atual é: Padre Pedro da Silva Oliveira.
Na ocasião de festejos religiosos, tanto de seu Padroeiro São Pedro de Alcântara como no mês de maio dedicado à Virgem Maria, ou de outros Santos, especialmente Santa Teresinha do menino Jesus, os eventos em honra destes eram por demais suntuosos e inesquecíveis.
RELIGIÃO PROTESTANTE
Apenas uma Igreja Batista, com reduzido número de adeptos, tendo como Pastor Itinerante o senhor Jonas Barreira de Macedo.
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
GOVERNO ECLESIÁSTICO
Religião Católica - Designados pelos Arcebispos do Maranhão, antes de ser criado, o Bispado do Piauí, Floriano contou com colaboração dos seguintes:
Padre Antonio Marques dos Reis; Padre Acylino Portella Richards; Cônego Gastão Pereira da Silva; ( um Padre cujo nome não me lembro e que passava as noites jogando carteado ) e, finalmente, o atual é: Padre Pedro da Silva Oliveira.
Na ocasião de festejos religiosos, tanto de seu Padroeiro São Pedro de Alcântara como no mês de maio dedicado à Virgem Maria, ou de outros Santos, especialmente Santa Teresinha do menino Jesus, os eventos em honra destes eram por demais suntuosos e inesquecíveis.
RELIGIÃO PROTESTANTE
Apenas uma Igreja Batista, com reduzido número de adeptos, tendo como Pastor Itinerante o senhor Jonas Barreira de Macedo.
FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL ( PARTE II )
Dados Sumários de 1925 a 1943 )
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
GOVERNO MUNICIPAL
Até o ano de 1929, eram chamados de Intendentes, os chefes de Governo dos Municípios. Do meu conhecimento, enumero alguns:
Coronel Raimundo Borges da Silva ( chefe político local e de todo o sul do Piauí e de cidades adjacentes ); Doutor Antonio Ribeiro Gonçalves ( médico ) e, posteriormente, Deputado Federal; Doutor Antonio Luiz de Area Leão ( médico ); e o Farmacêutico Fernando de Oliveira Marques. Este, tão logo assumiu a Intendência, mandou erradicar todas as árvores da avenida Álvaro Mendes e de alguns logradouros, compostas, em sua maioria, de jamelão. Até hoje não compreendemos a razão de sua atitude neste propósito, tratando-se de uma cidade de clima tórrido como a nossa, pois é sabido e notório que as árvores contribuem, em muito, para amenizar bastante o grau de calor asfixiante existente em cidades ribeirinhas. Talvez, quem sabe, por se tratar de árvores frutíferas, como o jamelão, a molecada de ruas acometesse àquelas com paus e pedras, na época dos frutos, causando com isto aborrecimentos ao alcaide, o qual era neurastênico ao extremo, apesar de boníssimo! E dizer-se que os tais frutos nem tão bons eram, face ao seu gosto adstringente.
Em razão do movimento revolucionário de 1930, foram dissolvidos em outubro do referido ano e cassados os mandatos do Conselho e dos Intendentes Municipais, criando-se os cargos de Prefeitos e Vereadores. Nessa ocasião foi nomeado pelo Interventor Federal de então, o senhor Cyrilo Martins ( comerciante ), o qual foi substituído posteriormente pelo Farmacêutico Theodoro Ferreira Sobral.
Normalizada a situação dos Interventores e chamado o povo a votar, foi eleito o dentista Oswaldo da Costa e silva. Este, foi substituído pelo doutor Sebastião Martins de Araújo Costa ( médico ).
Na política, antes do advento da revolução de 1930, Floriano dava as cartas na sucessão dos Governadores, sob o comando do Coronel Doca Borges e Major Carlino Francisco Nunes.
Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993
GOVERNO MUNICIPAL
Até o ano de 1929, eram chamados de Intendentes, os chefes de Governo dos Municípios. Do meu conhecimento, enumero alguns:
Coronel Raimundo Borges da Silva ( chefe político local e de todo o sul do Piauí e de cidades adjacentes ); Doutor Antonio Ribeiro Gonçalves ( médico ) e, posteriormente, Deputado Federal; Doutor Antonio Luiz de Area Leão ( médico ); e o Farmacêutico Fernando de Oliveira Marques. Este, tão logo assumiu a Intendência, mandou erradicar todas as árvores da avenida Álvaro Mendes e de alguns logradouros, compostas, em sua maioria, de jamelão. Até hoje não compreendemos a razão de sua atitude neste propósito, tratando-se de uma cidade de clima tórrido como a nossa, pois é sabido e notório que as árvores contribuem, em muito, para amenizar bastante o grau de calor asfixiante existente em cidades ribeirinhas. Talvez, quem sabe, por se tratar de árvores frutíferas, como o jamelão, a molecada de ruas acometesse àquelas com paus e pedras, na época dos frutos, causando com isto aborrecimentos ao alcaide, o qual era neurastênico ao extremo, apesar de boníssimo! E dizer-se que os tais frutos nem tão bons eram, face ao seu gosto adstringente.
Em razão do movimento revolucionário de 1930, foram dissolvidos em outubro do referido ano e cassados os mandatos do Conselho e dos Intendentes Municipais, criando-se os cargos de Prefeitos e Vereadores. Nessa ocasião foi nomeado pelo Interventor Federal de então, o senhor Cyrilo Martins ( comerciante ), o qual foi substituído posteriormente pelo Farmacêutico Theodoro Ferreira Sobral.
Normalizada a situação dos Interventores e chamado o povo a votar, foi eleito o dentista Oswaldo da Costa e silva. Este, foi substituído pelo doutor Sebastião Martins de Araújo Costa ( médico ).
Na política, antes do advento da revolução de 1930, Floriano dava as cartas na sucessão dos Governadores, sob o comando do Coronel Doca Borges e Major Carlino Francisco Nunes.
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