CLUBE DO RUM – ANOS 70/80
1º TRIO ELÉTRICO DO PIAUÍ
FAMOSA DESCIDA PARA O CAIS BEIRA RIO
Por causa de dissidência espetacular do bloco Bota Pra Quebrar, nasceu uma sociedade informal de jovens universitários irreverentes, que saindo de uma situação política de repressão militar, onde podavam a genialidade.
Mas como num passo de mágica, eis que é revitalizado o carnaval de Floriano numa das criações mais brilhante de jovens da terra do Velho Monge, dentro do contexto lírico de nosso carnaval.
HINO DO CLUBE DO RUM
Nós somos do C2H6O
Nós somos de boa raça
Viemos a essa terraAcabar com a cachaça
Vimos não tem jeito, não tem jeito não
Se não tiver garrafa, bota mesmo o garrafão.
PATOTA
Nilson Coelho, Neto Martins(Ramamá), Vicente Roque Filho, Wilson Esmeraldo, Ka-Junior, José Demes (IEIÉ), Tontonho, Dedé, Paleca, Carlito e Pedro Carvalho, César de Antonio Sobrinho, Flamarion Martins, Pedro Bigola, Chiquitinha, Adão Rosiberi, Evinha, as colombinas: Ondina, Sofia, Edite, Suzane, Zezé Osório.
TRIO QUASE ELÉTRICO: KOMBI VÉIA – EX-AMBULÂNCIA DA EMPRESA JOSÉ MARTINS & FILHOS LTDA, QUE POSTERIORMENTE FORA DOADA AO CLUBE DO RUM!
O Clube do Rum fez de tudo para conseguir um patrocínio da Run Montilla, mas não teve jeito, o representante sumia, e por isso surgiu a idéia de fazer o bingo com o carneiro fictício.
Como todos componentes eram estudantes “durang kid”, o jeito foi se virar, a empresa José Martins & Filhos doou uma Kombi Véia, só os pedaços, mas como “cavalo dado a gente não olha os dentes”, segundo Neto Martins, quer se junto a Paleca Carvalho ambos persistentes, partiram para as oficinas dos amigos pedindo peças velha daqui peça velha dali.
E conseguiram com muita luta fazer a mecânica na empresa José Martins & Filho, em seguida montaram o carro, que ficou muito parecido com uma Kombi.
Fato pitoresco e preocupante, “a Kombi era cheia de macaquice”, afirmou Roque, só quem sabia dirigir a maldita era Neto Martins, pois conhecia as manias e os sestos da bicha. Depois da parte da mecânica ficar 10%, eis que surge outro abacaxi, quem vai ter coragem de andar nela desse jeito, feínha que doía.
PSICODÉLICA – KOMBI VÉIA!
Surgiu outra brilhante idéia para melhorar o visual, a criatividade de Nilsinho Coelho, segundo especialistas, foi o trabalho mais difícil que ele já teve, pois a lanternagem estava pra lá de Bagdá. E teve que submeter a operação plástica, foi o único jeito encontrado para amenizar a situação. A evolução da kombi véia, foi algo sensacional, a pintura ficou conhecida como PSICODÉLICA, e todos comemoraram o sucesso do trabalho.
A parte do visual foi feita na casa do Seu João Clímaco de Almeida, pai de Nilsinho. As surpresas não paravam por aí, Neto Martins sempre traquino, conseguiu duas inovações, 1º foi o som da kombi, transformando-a num trio elétrico e 2º uma buzina de trem, que era alimentada por um compressor de ar, a zuada era infernal. Quando a buzina era acionada, as pessoas diziam, lá vem o Clube do Rum, foi uma revolução na época.
ORNAMENTAÇÃO DA KOMBI VÉIA – A PATOTA LISA (SEM O FAZ MI RI)!
Ganharam um carneiro do seu João Clímaco, pai de Nilsinho, e foi aí que surgiu a idéia de fazer uma rifa virtual, no primeiro sorteio o ganhador, presenteou o Clube do Rum com o carneiro, ou seja, voltou para o estoque, daí surgiu uma das idéias mais aprimorada da patota. Todos os bingos a partir daquela data eram virtuais, não existia o carneiro, e o mais interessante, todas as cartelas do bingo eram vendidas pois a população acreditou na criatividade da moçada e comprava e ninguém fazia questão de receber o prêmio, pois o clube animava a cidade!Um lance espetacular, os irmão metralhas (dois), ganharam uma viagem de férias para Europa, mas seus pais pediram para eles virem a Floriano conhecer os parentes, chegando na terra de São Pedro, foram convidados por um dos universitários do Clube do Rum, ao deparar com aquele movimento inusitado, juntos pensaram vamos ligar para casa, e ao fazerem isso, avisaram a família, Europa só de outra vez, daqui não saímos!
USO EXCLUSIVO EM FOLIA
Os foliões, eram criativos, senão vejamos: na parte traseira da Kombi Véia, pintaram de preto que simbolizava a despedida da didatura militar, e colocaram uma faixa em amarelo com a frase ”USO EXCLUSIVO EM FOLIA”.
SEREIA
Do lado esquerdo da Kombi Véia, tinha um desenho artístico de uma Sereia, quando a pessoa colocava a cabeça na janela, transformava numa sereia!
PLACA DE HOMENAGEM
Quando algum integrante do Clube do Rum, conseguia alguma vitória, por exemplo: passar no vestibular, como forma de incentivo a patota, homenageava com o nome do vitorioso com uma frase de incentivo!
CLUBE DO RUM INOVOU EM VÁRIOS ASPECTOS ANTECIPOU O CÓDIGO DE TRÂNSITO
O motorista da Kombi Véia, não podia beber, enquanto tivesse dirigindo, Neto véio sofria, pois a kombi teimava em querer só obedecer a ele.
A LINGUAGEM DA PATOTA ERA DESAFIADORA
Festas que a turma não podiam entrar por falta de recursos, não perdiam a esportiva, iam atrás do sanfoneiro Don João para animar a turma e ficavam próximo da portaria catando os adeptos e terminavam prejudicando a festa do clube!Defendiam com unhas e dentes a culinária saudável da terra!Fizeram um dicionário com palavras exclusiva da terra como por exemplo:Cutelo, afolosado, munturo, joga no mato, muçuraca, colombina, embira, etc.
OS PAIS FAZIAM TRINCHEIRAS EM FAVOR DO CLUBE DO RUM
Por quê? Todos os universitários que começavam se afastar do Clube do Rum, não demoravam casavam logo, era um pesadelo, por isso os pais declararam guerras ao time das alianças!
PLACA DA KOMBI VÉIA
C2H6O – Nome da Cidade-Estado; RUNÓPOLIS-RUNDON
JOÃO (Sanfoneiro de uma nota só) - “ENCABRESTA MEU FIO”
Certo dia, a turma do “Clube do RUM” fora passear no Balneário Manga, estrada ruim, catabi, e para escapar dos buracos e o nosso amigo Neto Martins, habilidoso motorista, conhecedor profundo das manias do Trio Elétrico, tentou desviar de um buraco, mas não escapou, caindo dentro de um deles e, nisso, dentro da kombi, ia o maior sanfoneiro da região, DON JOÃO, tocando sua sanfona colado no seu colo, de repente teve uma brilhante idéia, vamos animar aqui dentro, mas toda vez que tentava se levantar, tinha que sentar, pois os buracos e os catabís, não o deixavam desenvolver seu extenso repertório (só tocava uma música – “O Canto da Ema”, que começa assim: “A ema gemeu no tronco do juremá...!); repentinamente, um dos componentes o segurou puxando a camisa dele pelo colarinho para cima, quando ele sentiu firmeza, deu uma rasgada na sanfona e gritou “ENCABRESTA MEU FIO”, “ENCABRESTA MEU FIO”, que agora vai, só vou parar quando amanhecer o dia., virgem nossa!
O Sanfoneiro, DON JOÃO, tocava mais com os pés batendo no piso da kombi Véia do que rasgando a sanfona. Enfim, tudo pronto para estréia.
SIMBOLO DO BLOCO: UM PIRATA
Na Kombi Véia, um farol era desligado, correspondendo ao tapa olho do Pirata, o outro funcionava legal.
BEBIDAS
Início sempre com o estoque de 35 litros de Rum Montilla e Coca.
NOVO MUNDO (PRÓXIMO A UESPI) – PONTO DE CONCENTRAÇÃO!
Horário de encontro: O dia todo, resumindo 24 horas no ar.
PERCURSO DA KOMBI “TRIO ELÉTRICO” RUMO AO CAIS BEIRA RIO – BAR “K -TIESPERO”
Novo Mundo (próximo a UESPI), Av. BR-343, Av. Santos Dumont, Av. Eurípedes de Aguiar, Rua Alfredo Estrela, Esmaragdo de Freitas – ponto final Bar K -TIESPERO.
LAVAR O PERITÔNIO
Foi aí que o Restaurante “O Djalma” foi descoberto, se popularizou através do Clube do Rum, pois a patota iam fazer a lavagem do peritônio por lá.
FOI CRIADA AÍ A FAMOSA DESCIDA PARA BEIRA DO CAÍS – RIO PARNAÍBA! – O CARNAVAL FICOU MELHOR AINDA!
Colaboração: Vicente Roque Filho e Neto Martins.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Fonte: www.florianoemdia.com