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Mostrando postagens de setembro, 2006

CLEBER RAMOS (IN MEMORIAN)

Ainda preservamos a vontade irreprimível de desafiar o desconhecido. Aplicamos isto ao nosso GRANDE amigo Cleber, que não morreu, mas sim, reconheceu os ângulos e partiu para o universo paralelo, ficando por aqui a essência, a amizade, o carisma de bom amigo, excelente chefe de família. E porque não? O melhor jogador de futebol que conhecemos. Na adolescência, lembro-me de situações engraçadas, como o dia em que eu, Cleber, Carlos e Quinto fomos pescar no rio parnaíba. Como local da pesca nos instalamos ao lado de um barco atracado no cais de Floriano, servindo a uma missão evangélica americana. Começamos a pescar, brincar, pular e quando a algazarra estava boa, o chefe da embarcação não gostou, fazendo gestos, gritando, nos expulsando do local. Cleber não se intimidou, falou que o local era público, estávamos corretos, nossa brincadeira não prejudicava coisa alguma e não sairíamos. O americano ficou mais exaltado, determinando que nos afastássemos definitivamente. Cleber correu, avisa...

PELADA SANGRENTA

Estávamos, realmente, animados para a pelada daquele sábado no famoso campinho de seu Lourenção no cruzamento das ruas João Chico com a São João. O areião era famoso, muitos times iam jogar ali. A rivalidade era grande durante o período romântico dos anos setenta. Desta feita, disputavam a partida o time dos gladiadores contra os Invencíveis. Nelson Júnior (Juninho) apitava corajosamente aquele encontro de grande rivalidade dos piolhos de bola. Os gladiadores jogavam com Zé Guará no gol, Judesmar, Juca, Pateta, Alvinho, Vevé, Zeca, Mancada e Pimenta no ataque. Já os invencíveis desfilavam com Ivan na meta, Chico Lista, Kebinha (dono do time), Gungadim, Miranda, Chicão do Cruzeiro, Deda e Mané João. Tratava-se de um jogo acirrado, difícil, todo mundo atento e munido para o ataque e defesa, de forma que a partida estava praticamente empatada, quando nos minutos finais o centroavante Zeca dos gladiadores apanha um cruzamento de Fernando da direita, a pelota empinando no areião, mas quando...

MEMÓRIA DO FUTEBOL FLORIANENSE - CHICOLÉ

CHICOLÉ - TINHA UMA POTÊNCIA MUITO GRANDE NO SEU CHUTE! ( Na foto ao lado, Chicolé é o ponta esquerda, quando jogava pelo Comércio em 1967 ) Os dois dias do mês de Junho do ano de 1948, na cidade de Floriano à Avenida Eurípides Aguiar, próximo ao Hospital Miguel Couto, o único da época, nascia um garoto robusto, filho de Lourival Xavier Lima (fiscal do BB / in memorian) e de dona Yolanda Primo Lima (doméstica do lar / in memorian), que mais tarde recebeu na pia batismal o nome de FRANCISCO CÉSAR LIMA. Tendo como irmãos - Leda, Valdir, Pompeu, Almerinda, Péricles, Rômulo e Maria do Socorro. É casado com dona Marilena, professora e mãe de três filhos: Robledo, Rebeca, Renata e um casal de netos, Layla e Ayslan. Chicolé (o estilista) tinha um estilo clássico de jogar, mestre na bola com a perna esquerda. Jogando, parecia que deslizava no gramado em câmara lenta, mas tinha um pique e o chute certeiro e forte, que decidiam muitos jogos em gramados de Floriano e cidades vizinhas, defendendo ...

FESTA DA SAUDADE

Do livro de Teodorinho Sobral - FLORIANO DE HOJE E DE ONTEM / 1997 (durante o Centenário de Floriano), observamos esta bela tomada do famoso Floriano Clube nos anos cinquenta. Essa festa, no detalhe, foi em homenagem à visita da Miss Piauí do ano de 1956 - Teresinha Alcântara (que aparece na foto dançando com Fauzer Bucar) de Teresina. São momentos que realmente enobrecem a Princesa do Sul. As coisas eram bem mais simples e reais. Lamentalvelmente, hoje, temos que conviver com o consumo, sem mais aquela poesia de outrora. De qualquer forma, precisamos acreditar que a vida ainda nos dá a oportunidade de sermos felizes. Vale a pena lutar pelos nossos ideais.

DECADA DE 50

Vejam só que bela manhã, talvez - a avenida Getúlio Vargas mostrando seus encantos. A Farmácia Coelho, a Farmácia Rocha e as suas esquinas nos trazendo emoções fortes da graça que era a década de cinquenta, que os anos não trazem mais. A praça, exaltando seus pequenos arvoredos, tecendo seu futuro. Talvez, fosse num domingo, quando a cidade ainda vivia em sua pacata solidão. Hoje, os ventos sopram mais o cheiro de asfalto em meio à poluição sonora. Os carros de som, tripudiando nossa calmaria. A pressa das pessoas, esboçando a solidão e um vazio ululante. Já não mais se escutam os borás e nem o canto dos pássaros de manhã na cidade; não há mais espaço entre as casas; já não temos mais o cinema, os debates de esquina, os circos de arena e nem o areião do campo dos artistas. Enfim, estamos entregues ao futuro, que não sabemos se é isso mesmo que queremos. Mas que seja o que Deus quiser!

DE VOLTA PARA A SAUDADE

Dentro do contexto romântico dos anos sessenta, podemos apreciar a bela imagem que nos traz grandes recordações e que, também, nos alimenta de emoções fortes. A foto ao lado, no ano de 1966 (do baú da nossa amiga Nitinha, antiga professora do Agrônomo Parentes), época em que o senhor Antonio Sobrinho tomava conta do bar, era tempo de poesia e dos bons carnavais, e a Sertã, em seu sobe-desce, elevava a alegria dos foliões, e os blocos de sociedade, animando o povão. Hoje, vivemos plenamente a época do consumo e das vaidades. E dos abadás. Precisamos reverter esse quadro. Floriano ainda nos enobrece. A omissão precisa desaparecer de nosso dicionário e resgatarmos os bons tempos. Ainda há tempo (!?).

PAISAGENS

Nada a ver, mas os retratos de minha terra me fascinam e vão além da minha imaginação. Suas paisagens são de um sentido épico e que me transportam para os tempos de outrora, quando as auroras eram outras. Hoje, o massacre é terrível, os matagais sumiram e apareceram favelas. Floriano cresce, mas dentro de um contexto voltado para paliativos que travam a sua evolução cultural. As escolas precisam tomar consciência de que o dinheiro é bom, mas a inspiração deve ter um lugar no coração de seus dirigentes e proporcionar um novo rumo para o futuro da princesa. Nossos netos ainda terão que ser os mesmos e as aparências não poderão enganar-se. Os meus ídolos ainda são os mesmos! Graças a Deus!

JANELA PARA O RIO

A exposição itinerante “Viagem Pictórica Pelo Rio Parnaíba”, com pinturas de Otoniel Fernandes e fotografias de Eduardo Peixoto. A foto lembra muito de nossos tempos de pescarias, das descidas em bananeiras e câmara de ar; das facadas e taínhas que tirávamos escondidos de nossos pais. O Parnaiba sempre fora ponto de encontros, de furupas e traquinices. As lavadeiras davam um brilho de força e trabalho ao lugar. Precisamos retomar o dia a dia. Floriano inquietou-se e já não mais empinam-se papagaios e não brincam-se mais de preso. É preciso novos ensinamentos. As escolas precisam reativar e resgatar valores que se perderam no tempo. Ainda há tempo?

FIM DE TARDE

Era um desses fins de tarde de sábado, quando os piolhos de bola reuniam-se na quadra da Escola Normal para bater aquela pelada. Tratava-se de um momento autêntico, dentro do contexto romântico do cotidiano da Princesa. Estávamos, ainda, nos preparando para a grande batalha da vida e a descontração nos envaidecia, e a vitória viria ao longo do tempo. Observamos, portanto, da esquerda para a direita, os mucurebas Darlan, Joaquim de Pierre, Luiz Carvalho (Banana), Gilson, Eulálio e Marinho. Agachados, Brandao, Dudu, Erivaldo, Roberto e Duy Alan, tentando mostrar moral e categoria. Precisamos retratar esses saudosos momentos, porque a vida é BELA!