Tratava-se, evidentemente, de uma disputa acirradíssima, dentro do contexto lírico de nosso futebol. O Estádio Mário Bezerra recebia, como de sempre, um público afobado de torcedores, totalmente inspirado para mais uma jornada esportiva do campeonato florianense de futebol de poeira.
A partida era extremamente decisiva, espetacular e envolvia, necessariamente, o brio dos tradicionais dirigentes esportivos da Princesa do Sul. No entanto, Cangati, o árbitro da partida, vaidoso, não queria saber de confusão nem de discussões para apitar o ponta pé inicial da grande peleja.
Um fato inusitado, porém, seria motivo de um verdadeiro flagrante para o comandante do encontro. Cangati, num cochicho isolado, fora avisado de que o atleta Zequinha Futuca estaria tomando umas doses de uisques antes da partida, acintosamente. Imediatamente, com o sangue quente, o apitador da partida, com as suas pernas cambotas, sai correndo em direção a Zeca e, corajosamente, Cangati apontara o famoso cartão vermelho para Zequinha, expulsado-o da grande decisão.
- Cangati, que negócio é esse de tu me expulsar antes do jogo! Onde já se viu isso? Qualé a tua? - Indagara Zequinha Futuca, com as mãos nas cadeiras, nervosíssimo, puto das calças.
Cangati, imponente, usando categoricamente a sua moral e autoridade de árbitro do encontro, não quizera nem saber e resolve exaltar seu desabafo:
- Meu amigo, aqui quem manda sou eu! A regra é clara!
Restara a Zeca Futuca, portanto, ser consolado pelos seus companheiros e a partida tem o seu início dentro de um clima de protestos e discussões, naquela tarde quente de domingo, quando o nosso futebol exaltava sua epopéia romântica.
2 comentários:
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