6/29/2006

A REGRA É CLARA

Tratava-se, evidentemente, de uma disputa acirradíssima, dentro do contexto lírico de nosso futebol. O Estádio Mário Bezerra recebia, como de sempre, um público afobado de torcedores, totalmente inspirado para mais uma jornada esportiva do campeonato florianense de futebol de poeira.
A partida era extremamente decisiva, espetacular e envolvia, necessariamente, o brio dos tradicionais dirigentes esportivos da Princesa do Sul. No entanto, Cangati, o árbitro da partida, vaidoso, não queria saber de confusão nem de discussões para apitar o ponta pé inicial da grande peleja.
Um fato inusitado, porém, seria motivo de um verdadeiro flagrante para o comandante do encontro. Cangati, num cochicho isolado, fora avisado de que o atleta Zequinha Futuca estaria tomando umas doses de uisques antes da partida, acintosamente. Imediatamente, com o sangue quente, o apitador da partida, com as suas pernas cambotas, sai correndo em direção a Zeca e, corajosamente, Cangati apontara o famoso cartão vermelho para Zequinha, expulsado-o da grande decisão.
- Cangati, que negócio é esse de tu me expulsar antes do jogo! Onde já se viu isso? Qualé a tua? - Indagara Zequinha Futuca, com as mãos nas cadeiras, nervosíssimo, puto das calças.
Cangati, imponente, usando categoricamente a sua moral e autoridade de árbitro do encontro, não quizera nem saber e resolve exaltar seu desabafo:
- Meu amigo, aqui quem manda sou eu! A regra é clara!
Restara a Zeca Futuca, portanto, ser consolado pelos seus companheiros e a partida tem o seu início dentro de um clima de protestos e discussões, naquela tarde quente de domingo, quando o nosso futebol exaltava sua epopéia romântica.

6/26/2006

OS BRAVOS



OS BRAVOS - SURGE UM EXTRAORDINÁRIO CONJUNTO MUSICAL
Uma multidão aguardava com ansiedade o lançamento do conjunto OS BRAVOS, logo após o famoso show do cantor da jovem guarda - Jerry Adriani no inesquecível 19 de outubro de 1968 às oito horas da noite.
Quando os garotos chegaram no Salão Paroquial, ficaram admirados com o comparecimento em peso do público; era tanta gente que não foi possível entrar pela porta principal, os quatro rapazes tiveram que pular o muro. O apresentador da Rádio Difusora de Floriano, Pedro de Alcântara Ramos, anunciou: “senhoras e senhores, com vocês - OS BRAVOS...”; foi de arrepiar, as cortinas se abriram e surgiram os quatros ídolos, com a faixa etária entre 14 e 16 anos, pulando e tocando a música de entrada, foi um delírio total. E, para abrilhantar o grande show, em seguida, entrou em cena o badalado Jerry Adriani.
Nessa mesma noite o conjunto seguiu para tocar no tradicional Floriano Clube, e outra surpresa, uma multidão os esperava, os organizadores da festa tiveram que fechar as portas do famoso clube, pois não havia mais espaço.

Os Bravos eram formados pelo baixista Irapuam Leal, o guitarrista solo Antonio Alberto (que tinha dois apelidos: pimentão e rádio globo), o guitarrista base Fábio de Jesus (mora hoje em Teresina) e pelo baterista Raimundo Neiva (Neivinha); depois, numa segunda etapa, o baterista passou a ser Levindo Sipaúba.

Tudo começou com a influência da jovem guarda. E Floriano, como uma cidade de vanguarda, também participou ativamente dessa fase romântica. Os jovens Irapuam, Marcone (filho de seu Florentino e irmão de Piruca), Pedro Bispo, Ozires (de Barão de Grajaú) e Zé Bruno Filho - “ficávamos horas e horas treinando e ensaiando os sucessos da época e quando um de nós conseguia imitar os acordes e os cantores dos conjuntos famosos, corríamos para casa de um e de outro para mostrar, era um barato, mora!” – conta, comovente, Irapuam.

Fatos pitorescos: com o intuito de buscar reconhecimento do público e ao mesmo tempo um padrinho forte para patrociná-los a turma, equipada com violões, fazia apresentações nas entidades como o Lions Club e Câmara Júnior. Os instrumentos musicais foram comprados pelo dinâmico Vicente Rodrigues (desportista), um entusiasta do grupo. Os ensaios eram realizados em dois locais, na rua Sete de Setembro, na residência do sogro de Antonio de Pádua, conhecido como Mata Sete (in memorian) e na rua Padre Uchôa, no quarto da esquina da casa de Neno Leonias (um grande incentivador do conjunto), filho de seu José Leonias; O adolescente José Demes (Ieié) era considerado o mascote, pois estava sempre por perto aprendendo os acordes, e pouco tempo depois passou a integrar o famoso grupo Viazul. Outros que acompanhavam, Dílson Barbosa, Genison (conhecido por priquito de ovelha). O nome da banda surgiu de uma longa lista, que teve entre vários nomes: THE BIRDS. Nos shows em Barão de Grajaú, os integrantes e os equipamentos do conjunto atravessavam de pontão (que fama, hein!).

OS BRAVOS tiveram uma passagem meteórica. Sua primeira etapa durou apenas de outubro de 1968 a maio de 1969, porém, pelo pouco tempo em cartaz, todos os seus shows eram lotados, os garotos fizeram apresentações no Floriano Clube, Salão Paroquial, Bar Carnaúba, Brotolândia, inauguraram as Casas Daher e o Posto São Cristóvão. O conjunto acompanhou vários cantores famosos, tipo Jerry Adriani, Zé Roberto, Lindomar Castilho, George Fredman e outras feras da jovem guarda.
Com o sucesso do grupo surgiram convites para fazer shows em São João dos Patos, Sucupira do Riachão, Barão de Grajaú, Guadalupe, Itaueira e em outras paragens. Na cidade de Barão de Grajaú, por exemplo, aconteceu um fenômeno, conta Irapuam - “o clube, local do show, estava tão lotado, que a gente tocava uma música, parava para afastar a multidão, voltava a tocar, parava, afastava a multidão e tocava, foi assim durante toda a apresentação”.

Perguntamos, então, a Irapuam, um dos idealizadores e fundadores do grupo, sobre algum fato que lhe marcou. Irapuam, hoje professor na UNED – de Floriano, foi categórico:

“Foram articulados uns shows nas cidades de Guadalupe e São João dos Patos para arrecadar fundos para construção do Convento das Irmãs no Colégio Industrial; como era impossível convencer o pessoal de casa para liberar-me, tive que fazer uma traquinagem: na sexta-feira saí de casa fardado como aluno Ginásio 1º de Maio e, numa sacola, escondido, o uniforme do conjunto para tocar no final de semana, foi um sucesso total, tanto nas apresentações quanto em casa, meus pais não tiveram outra alternativa, mandou-me, de prima, para Fortaleza. Época boa e romântica, que os anos não trazem mais!”
LEGENDA DA FOTO - OS BRAVOS NA ANTIGA RESIDÊNCIA DO EX-SENADOR JOÃO LOBO NA AVENIDA JOÃO LUIZ FERREIRA E ONDE FINCIONOU O INPS NO ANO DE 1976
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Colaboração: IRAPUAM, integrante e um dos fundadores do conjunto “Os Bravos”, hoje, professor da UNED de Floriano-PI; e César Augusto (filho de Antonio Sobrinho)

6/21/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


ZUEGA

Cracasso de bola. Em Floriano, Zuega jogara em vários times e destacou-se no Grêmio de Gaudino, ganhando vários campeonatos. Impressionados com o seu belo futebol, fora contratado pelos dirigentes da Capital piauiense, onde abafou em várias equipes.
Certa vez, já veterano, quando jogava em Teresina, Zuega arrebentava no jogo, jogando de tudo contra o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo. Preocupadíssimo, o experiente técnico do alvi-verde do Parque Antáctica deu uma dura em seus comandados no intervalo da partida.
No segundo tempo, Zuega continuava com o seu show de bola. Vanderlei, a essa altura do campeonato, chamara alguns de seus dirigentes para sondarem de "quem se tratava, quem era aquele garoto que estava começando a crescer os cabelos".
- Que nada, professor! Já soubemos que esse daí é o vovô do time deles!
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Na foto, Zuega ao lado de Zeca Futuca num desses carnavais de Floriano

6/20/2006

ROSA DE OURO IV


Outra foto característica da antiga Rosa de Ouro nos anos sessenta. Observamos, na foto, o Nonato fazendo o intercâmbio com os fregueses. Outros diaristas da casa, conhecemos apenas o Chico Ivone, esse à direita da foto.
Graças ao nosso amigo César Augusto, estamos resgatando essas preciosidades do passado. Precisamos divulgar esses momentos, para que fiquem registrados para as gerações futuras as nossas atividades sócio-recreativas.
Precisamos de colaboradores, que guardam histórias, fotos antigas de Floriano. Vamos enriquecer a nossa página.

6/17/2006

ROSA DE OURO III


A nossa querida Rosa de Ouro, em grande estilo, na aurora dos anos românticos. Era ponto (e ainda é) de encontro de pessoas do cotidiano da cidade. O intercâmbio cultural era a dinâmica nos áureos anos sessenta.
Observamos, na foto, seu Camilo, seu filho Nonato, o Klinger (da Papelaria Globo com a revista na mão), o contabilista Gilberto Guerra e, ao fundo, o funcionário da banca de revista Sebastião (seria ainda vivo?), todos frequentadores assíduos do lugar e pousando naturalmente naquelas manhãs maravilhosas.
Precisamos, apenas, que os seus proprietários possam consevar, manter limpo o ambiente, para que os seus fregueses possam retomar a antiga prosa dos dias de ouro da Princesa.

6/14/2006

FIGURAS ILÚSTRES DE FLORIANO

PADRE ACELINO
Foi vigário de Floriano na décad de 20, oportunidade em que construiu o majestoso templo religioso que orna nossa cidade em honra a São pedro de Alcântara.
AFONSO NOGUEIRA
Natural do Ceará, comerciante, dono de embarcações a vapor construídas aqui mesmo em Floriano: ROSICLER, que antes se chamava NAZIRA (de propriedade do senhor Bucar Amado Bucar de Balsas - Maranhão) e AFONSO NOGUEIRA. Os motores vieram da Inglaterra.
ALBERTO DRUMOND
Cidadão de invejáveis dotes morais e chefe de família exemplar. Foi o primeiro titular do Cartório Civil e do Cartório de Primeiro Ofício. Verador.
ALFREDO ESTRELA
Comerciante com loja à rua que hoje tem o seu nome. Intendente Municipal, realizou algumas obras de interesse público.
ALUÍSIO RIBEIRO
Jovem, culto, poliglota, falava francês e árabe. De tradicional família piauiense.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira S. Neto

6/13/2006

ROSA DE OURO - A CONSTRUÇÃO


Vejam outra tomada da Rosa de Ouro, documentada e preservada pelo seu proprietário, seu Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo no ano de 1964.
A cidade estava em seu apogeu de desenvolvimento, a construção da barragem da Boa Esperança em Guadalupe, muita revolução cultural, o cinema, os circos de arena, enfim, uma série de atividades sócio-culturais que levavam os florianenses ao delírio. Época romântica.
A Rosa de Ouro prticipou, sem dúvida alguma, desse processo de desenvolvimento cultural. Floriano, agora, precisa retomar seu crescimento o mais depressa possível.
Vamos correr atrás!

ANTONIO LUIZ


ANTONIO LUIZ BOLO DOCE - NA LINHA DA GRANDE ÁREA, ERA FATAL!
Craque indo e voltando, muitos atletas da região se espelharam (inclusive Mocó), nessa maravilha de artilheiro, jogador completo, que chutava e driblava com as duas pernas, cabeceava com precisão e com um detalhe: os olhos bem abertos, por isso era um exímio cabeceador (perdia apenas para Chico Macaco).
Estamos falando do inesquecível Antonio Luiz Moreira Nunes, mais conhecido como “Antonio Luiz Bolo Doce” (apelido herdado do seu irmão mais velho, Chico Bolo Doce).
Nasceu em Itaueira em 08 de julho de 1944, coincidentemente no aniversário da cidade que o adotou, filho de Luis Nunes e Aratilde Moreira Nunes, conhecida por Dona Tidinha.
Antonio Luiz era funcionário do Banco do Brasil. Casado com ZENEIDE e teve filho único - ANTONIO LUIZ MOREIRA NUNES JÚNIOR.
Seu primeiro time foi o Náutico nos anos 50, jogava no campo dos Artistas; no time, jogavam ainda o zagueiro Balinha, o meia armador Dárcio, o tranqüilo e habilidoso quarto zagueiro zagueiro Milton Costa, que trabalhou na Varig e no Supermercado Vende Bem.
Nos anos 60, “Bolo Doce” se destacou no timaço Palmeiras de Bucar (foto): Bucar, Zé de Tila (depois Brahim), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (depois Antonio José Caraolho), Trinta e Petrônio (irmão de Bolo Doce), Osmar, Antonio Luiz “Bolo Doce”, Sádica e Chicolé (Perereca).
Depois jogou e fez sucesso também no famoso Ferroviário de Floriano nos anos sessenta.
Fatos pitorescos do artista Antonio Luiz:
A rivalidade entre Floriano e Picos sempre chamou atenção, mas um fato inesperado e marcante o deixou feliz, num jogo em que o placar não mostrou a realidade do clássico, pois Picos ganhou de Floriano 5 X 2, com os dois gols de Floriano feito pelo artilheiro Bolo Doce. O jogo foi uma pérola, na quele dia histórico Antonio Luiz estava num dia endiabrado, com jogadas geniais, espetaculares, a torcida de Picos ficara encantada com a maestria e jogadas de rara beleza, jamais vista pelos torcedores, mas tinha dois grandes empecilhos: o goleiro de Picos e as traves, pois a bola não entrava, mas quando as cortinas do espetáculo se fecharam, os torcedores não resistiram: o carregara nos ombros dando uma volta olímpica, foi demais!.
O Palmeiras fora jogar em Guadalupe, mas como a estrada estava em péssimo estado (as coisas não mudam, são os mesmos problemass), tiveram de ir numa kombi, pelo Maranhão, o time de Floriano completo com apenas 11 atletas, quando chegaram nas proximidades de Guadalupe, tiveram quee atravessar de canoa. Quando Sadica se viu naquela aventura, disse:
- Eu não vou!
A turma, por unanimidade, retrucara:
- Vai, sim!
Finalmente, chegaram na concentração às 13Hs e começaram a comer bolacha com guaraná antarctica. Quando começou o jogo, Zé de Tila sentiu um embrulho na barriga, mas como não tinha reserva, teve que ficar em campo. Antonio Luiz fazia um gol e Zé de Tila não acompanhava o ponteiro corredor da bexica lixa, Chico de Hermínia, e o mesmo acontecia com o time adversário, eram gols lá e cá, até que Bolo Doce, não agüentou, foi lá atrás na zaga, pegou no braço de Tila e disse:
- Vai fazer número lá frente, pra vê se a gente ganha o jogo!
Todos caíram na gargalhada!
Intermunicipal, outro clássico entre Floriano e Amarante (terra do famoso jogador Papagaio). Os times entram no estádio Mário Bezerra, campo lotado, e surgiu um torcedor fanático com um litro de Whisky (três quinas), chamou Bolo Doce e ofereceu, ele não resistiu, tomou uma talagada, chega o dedo estalou, e puts grila! O juiz viu aquilo e partiu para cima do craque, dizendo que ia expusá-lo e coisa e tal, e já estava nos finalmente, quando goleiro Bucar, grandão, partiu para cima do juiz e disse algumas coisas, o juiz “corajosamente” aceitou o argumento do arqueiro e deixou o craque maior participar do jogo, e ele não decepcionou, valeu o ingresso!
Bolo Doce não gostava de treinar e muito menos de preparo físico. Gostava de beber, depois do expediente, não relaxava, diariamente das 17hs as 22Hs.6. Seu Luis Nunes, pai de Bolo Doce, era só felicidade quando seus meninos (Antonio Luiz e Petrônio) jogavam juntos, por outro lado era um pesadelo, quando os dois se enfrentavam, pois Bolo Doce, não tinha medo de cara feia, partia para cima, e quando ele fazia o pivô dominando a pelota, era uma zueira total. Mas tinha um zagueiro que não gostava de perder para Bolo Doce, seu irmão Petrônio jogava duro, estudava suas jogadas e realmente dava um trabalho danado para o artilheiro, eram dois gladiadores, porém era um pesadelo para seu Luis Nunes.
A camisa 10 do Palmeiras era de Petrônio, mas Antonio Luiz insistia em jogar com ela, era uma disputa acirrada, depois de muita discussão, ganhava no cansaço.
O desespero dos goleiros adversários, quando Bolo Doce dominava aredonda na linha da grande área era um espetáculo extra, uma gritaria só:
- Não deixa ele dominar, marca o homem, pelo amor Deus, não deixe virar. Mas depois vinha o mais fantástico de uma partida de futebol, o gooooool, a torcida se deliciava, era um êxtase.
FOTO: JOGO EM PICOS - MARÇO DE 1965, SELEÇÃO DE PICOS X PALMEIRAS. EM PÉ: Bruno, Antonio Guarda, Carlos Pechincha, Bagana, Izaías Cabeção, Zilmar, Bucar, Zé de Tila e Abdoral. Agachados: Chicolé (filho de Lourival), Bitonho, Antonio Luiz Bolo Doce, Sádica e Perereca.
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Colaboração e arquivo: Zé de Tila / César Augusto

6/12/2006

CHEGADA DO PRIMEIRO AVIAO EM FLORIANO

O avião era um monomotor de caça francês de dois lugares, que havia servido na primeira grande guerra mundial. Veio para a inauguração da linha do Correio Aéreo Nacional, pilotado pelo comamandante Macedo, que trouxe como passageiro o tenente Landri Sales na época Interventor do Piauí.
Aterrissou no campo de pouso do bairro Taboca, construído especialmente para a ocasião.
Quando o avião decolou de Teresina, fora passado um telegrama avisando a saída. Como já estavam todos os florianenses de sobreaviso, as escolas e o comércio local fecharam as portas e toda a população dirigiu-se para esse pequeno aeroporto.
Os passageiros, comandante Macedo e o coronel Landri Sales foram hóspedes do farmacêutico doutor Theodoro Ferreira Sobral em sua residência na rua Fernando Marques o qual à época era o prefeito municipal de Floriano.
No dia seguinte o avião retornou a Teresina.
Detralhe trágico: o comandante Macedo era natural do Crato (CE). Quando chegou pilotando um avião em sua cidade, seu irmão aproximou-se demais do aparelho, tendo morte instantânea, devido a hélice ter decepado seu corpo.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira S. neto

6/09/2006

ROSA DE OURO: O COMEÇO DE TUDO


A nossa tradicional Rosa de Ouro começou com um pequeno quiosque (foto) em 1962 na praça doutor Sebastiao Martins, graças ao esforço empreendedor do senhor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, ex-proprietário do Cine Glória.
Vendia revistas, bombons, sorvetes, picolés, fazendo a festa da garotada. Nesse período, muitas novidades chegavam para os florianenses com as notícias do sul do País, através de informações de revistas e jornais.
Observamos o detalhe da foto com o senhor Camilo registrando a epopéia romântica da Princesa do Sul.
O resgate desses bons momentos nos deixam felizes. Precisamos, desta feita, traduzir e revelar essas belas imagens para as gerações futuras tomarem conhecimento para promover o seu cotidiano da encantadora Princesa do Sul.

FLORIANO E SUAS CURIOSIDADES

. O primeiro registro de nascimento lançado no primeiro livro da Vila da Colônia, Comarca de Amarante, foi de Otton Drumond;
. O primeiro casamento registrado no livro número um da Paróquia Nossa Senhora da conceição da Vila da Manga - a que pertencia Floriano - foi do casal RAIMUNDO ALVES MOREIRA E SELVINA ALVINA MOREIRA realizado em 1 de novembro de 1889;
. O primeiro tabelião de Floriano foi o senhor Eneas Pedro de Oliveira;
. O primeiro casamento católico com efeito civil registrado em Floriano data de 25 de setembro de 1947 do casal Epaminondas Menezes Lima e helena Barbosa Reis;
. O primeiro jornal a circular em Floriano foi o SERIP no ano de 1912 sob a direção João Luiz Pires Ferreira. SERIP significa PIRES lendo ao contrário.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Teodoro F. Sobral Neto

6/08/2006

ROSA DE OURO - ANTES E DEPOIS





ROSA DE OURO – CONSTRUÍDA POR UM EMPREENDEDOR
KAMEL FERREIRA (SEU CAMILO)
Fotografias podem revelar histórias jamais imagináveis – vejam, por exemplo – a nossa famosa ROSA DE OURO, nome diferente que fora trazida de longe, São Paulo, por um pintor de Floriano, conhecido por Cícero (seria, por acaso, o nosso saudoso Cícero Pintor?), que viu este belo nome numa lanchonete, passando a idéia ao empreendedor Kamel Ferreira, mais conhecido como seu Camilo, nasceu em Fortaleza - CE em 12 de agosto de 1924, casado com a senhora Ariene Santos Ferreira, pais do engenheiro civil, doutor Nonato Ferreira, que atualmente exerce o cargo de Secretário de Obras do Município; Angélica Farisa, Chico da Padaria Ipiranga e Kamel Filho.

Perguntamos ao senhor Camilo de como surgiu a idéia de construir um dos mais belos e importantes prédios da Princesa do Sul, pelo seu valor cultural na época. Sua resposta foi emocionada:

" Começou quando fui de Fortaleza para Teresina no dia 02 de agosto de 1952, data que jamais esquecerei, pois cheguei no ano do centenário da cidade verde. Como funcionário do DER-PI, fui transferido para Floriano, chegando em 09 de maio de 1957.
A primeira Rosa de Ouro era um QUIOSQUE de madeira. Mais tarde, comecei a articular com Fauzer Bucar, vice-prefeito de Chico Reis e o vereador e compadre Manoel Jaca a viabilidade de construir um prédio, com uma bonita planta do Engenheiro Civil do DER doutor José Carlos Castelo Branco.
Foi uma luta ferrenha, muito difícil, pois alguns vereadores dificultaram a aprovação do requerimento, pois pretendiam passar para alguém de posse e na época eu era considerado um forasteiro, não seria bom para cidade, segundo alguns vereadores.
Mas com a intervenção forte do vice-prefeito e de dois vereadores, conseguimos a aprovação do projeto. Foi uma revolução. Concluída a obra, parecia um sonho. A transformação foi um marco, o prédio era funcional, se não vejamos: na parte da frente da avenida Getúlio Vargas, funcionava a Banca de Revistas, as pessoas ficavam maravilhadas com aquela novidade, surgia ali oportunidade raríssima da leitura, tão carente na época, ficava mais fácil de se atualizar com as notícias do Brasil e do mundo e, por outro lado, existia o romantismo dos jovens que iam pra lá trocar revistas e figurinhas de álbuns.
Ao lado da banca tinha um balcão que eram fabricados os picolés, era um sucesso, nesse período já fazíamos picolés com cobertura de chocolate, hoje não é novidade para mim. No prédio tínhamos mais uma importante opção, ficava localizado na parte de trás, uma lanchonete, moderna, limpa, dava gosto a pessoa freqüentar, realmente era uma coisa inédita."
Detalhe, a energia da Rosa de Ouro era fornecida por outro empreendedor, Bento Leão, que falaremos numa outra oportunidade.
O atual prédio da Rosa de Ouro pertence ao Senhor Kamel Ferreira.
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Pesquisa: César Augusto

6/07/2006

FIGURAS FOLCLÓRICAS DE FLORIANO

ANIZINHO
(Anísio meneses Filho)
Fazia-se de besta, mas o famoso Anizinho era sabido que só. Quando menino, gostava de imitar políticos discursando ou qualquer pessoa que tivesse o dom da oratória.
Ficou mais conhecido como vendedor de jornais (jornaleiro por vocação), além de gostar de dançar na frente dos blocos de carnaval. Por outro lado, não perdia uma tetúlia e gostava de agradar as meninas oferecendo-lhes bombons. Era um exímio paquerador. Um dos fatos mais curiosos é que Anizinho, quando queria alguma coisa, ficava colado no pé da pessoa e só saía quando conseguia realizar o seu intento ou quando era expulso.
Uma de suas tiradas mais engraçadas e pitorescas, foi quando recebeu 100 cruzeiros para devolver 99 de troco a um conhecido médico a quem vendera um jornal por 1 cruzeiro.
- Vou bem ali trocar o dinheiro e volto já. Fique com o resto dos jornais como garantia.
Até hoje o médico espera o troco.
Outra bela tirada de Anizinho, quem descobriu foi o nosso amigo César de Antonio Sobrinho. Anizinho fora várias vezes o campeão da feiúra, um quadro promovido pelos circos de arena que passavam por Floriano. O último concurso que ele participou, o apresentador do espetáculo perguntara para o campeão:
- Como você se sente vencendo mais este evento?
Anizinho, com a simplicidade que Deus lhe deu, respondera, com moral e categoria:
- Rapaz, a coisa tá é feia! A cada concurso que passa, fica mais difícil ser campeão! O meu amigo Tiberim tá na área. A concorrência está grande, amigo!
Anizinho, certa vez, sofrera um acidente num parque de diversões. Faleceu há alguns anos, ainda novo.
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Fonte: Floriano de hoje e de ontem /Teodoro F. Sobral Neto

6/06/2006

ESCOTISMO



Bela imagem, raríssima, dos tempos românticos do escotismo em Floriano. O Chefe Haroldo, condecorando um aprendiz.

Era um tempo em que as famílias exaltavam felicidade e observavam seus filhos aprendendo coisas boas na formação de sua personalidade.

Precisamos resgatar essas atividades, reintegrar os jovens na condução de seu roteiro intelectual, espiritual e físico.

Precisamos combater o consumo atual da propaganda enganosa, do visual e voltarmos a preservar os valores morais. Pode ser difícil a essa altura do campeonato, mas ainda há tempo. Alguém tem que anunciar esse novo tempo

Temos que fazer a diferença!

JOHN JÚNIOR


DEVAGAR SE VAI AO LONGE
Foto extraída durante um show na cidade de Picos, quando o cantor florianense John Júnior arrebentava no auge da Jovem Guarda em 1968.
Estávamos vivendo ainda uma época romântica. Floriano era uma cidade representativa, participativa e criativa. John Júnior fazia parte desse contexto.
Infelizmente, faltaram mais incentivadores; de qualquer forma, podemos considerar que estávamos vivendo um bom momento do cotidiano da Princesa do Sul.
Hoje, há uma enorme falta de harmonia, de conceitos e de criação. Atualmente, os jovens estudam para conseguir um emprego, para conseguir passar num concurso; não estuda-se mais para vencer na vida mas para se "virar nos trinta".
Onde já se viu, isso?

6/05/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


CHEQUINIM - E O VENTO LEVOU...
Em meados dos anos noventa, domingo em Parnaíba, sol, muito vento, mulheres belíssimas; ocorre que de repente um carro de som passa na praia e anuncia um dos grandes clássicos do futebol piauiense, o duelo das cidades-princesas, o representante do Iguaraçú, Parnaíba versus Corisabbá da Princesa do Sul.
Largamos tudo e fomos assistir o espetáculo. Início de jogo, o vento fortíssimo e o esquadrão azulino, muito esperto, escolhera ficar a favor do vento, diga-se de passagem o 12º jogador, e não deu outra: em poucos minutos, o primeiro gol da peleja, o vento tornou Num despretensioso chute, um verdadeiro petardo (lembrando o craque Tassú) a favor do Parnaíba; no entanto, o cori, um time guerreiro. partiu pra cima, mas não estava dando, pois o vento tornara-se uma grande barreira.
Encerrado o primeiro tempo, um a zero a favor do tubarão. Vem o segundo tempo, cori indo para o abafa e o vento, agora, a nosso favor, chutão pra cá e pra lá e as poucas bolas que iam em direção do gol, o goleiro adversário ia pegando tudo. O técnico Mocó, dada a circunstância, analisara e decidira: é agora ou nunca, olhou para o banco e viu falando pelos cotovelos o exímio cobrador de falta e escanteio, o nosso famoso CHEQUINIM, mas só liberou a sua entrada em campo faltando poucos minutos.
CHEQUINIM, astuto que só, ficara estudando o posicionamento do goleiro adversário, pois era tipo uma mania do craque ficar analisando o adversário, já estava acostumado a fazer isso no interior de Barão de Grajaú. Quando o apitador autorizou sua entrada, aconteceu um escanteio e, malandramente, cobrara de propósito sem nenhum perigo e o técnico Mocó deu-lhe uma bronca terrível, mas o meia ficara pensando: "vou surpreender todo mundo", segundo ele, o lance anterior era para enganar o goleiro adversário, e não deu outra: aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, em cima das buchas, o desespero já tomava conta dos poucos torcedores que ali estavam, da diretoria e do banco do cori, pois o time precisava de um simples empate para se classificar.
Numa bobeira da zaga, outro escanteio: era tudo o que CHEQUINIM esperava, colocou a pelota com muito carinho na marca da cal e o árbitro autoriza; o craque deu uma trivela espetacular, coisa de craque, a bola partiu no rumo da marca do pênalti, e o vento levou, levou, levou... e marcara um golaço, lá onde a coruja dorme.
A correria foi tamanha para abraçar o grande herói da batalha do vento. CHEQUINIM, de repente vê Mocó caminhando em sua direção para abraçá-lo, e dizendo
- CHEKI, você é ROCHEDO!
Foi aí que ele pensou: "é agora, vou descontar os xingamentos do professor", e, com o dedo em riste, dissera ao técnico:
- "VAI PRÁ LÁ, TRAÍRA...
E saira com aquele sorriso maroto que lhe é peculiar.
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Pesquisa: César Augusto / Colaboração: Júlio César - ex-lateral esquerdo do Corisabbá e centro-avante do Princesa do Sul e peladeiro na AABB, conhecedor profundo das resenhas de Chequenim.

6/02/2006

ARROCHA UM APERTA OUTRO


ESCOLA DE SAMBA “ARROCHA UM APERTA OUTRO
Um encontro despretensioso de jovens em 1982, na beira rio, mais precisamente no antigo Sindicato dos Canoeiros, depois “Bar Luar”, que pertencia a Paulo Henrique de seu Pequeno.
Surgiu a idéia e a coisa foi amadurecendo, até ser criado o embrião, um bloco “Arrocha”. Os seus fundadores foram Fefê de Bruno, sua irmã Vera, Sandra Kalume, Toinho Brandão e outras feras.
O bloco fora campeão em 1987, passando a ser ESCOLA DE SAMBA “ ARROCHA UM APERTA OUTRO”, a partir de 1988, com o samba - "Judia Amor", composta pelo carnavalesco, chefe da bateria, uma espécie de curinga, faz tudo: Fefê.
O enredo foi um sucesso, acrescentando em muito para a conquista do primeiro título de campeão do 1º grupo. A escola conquistou os títulos de 1991, 1992 1993, 1997 e, por último, 1999.
Em 2006 a Escola participou com 184 integrantes. Perguntamos, a propósito, ao presidente Fefê, se ele lembrava de algum episódio diferente; de bate pronto, respondeu:
- Sim, há vários, mas o que marcou mesmo foi num desfile sensacional, o samba era em homenagem a São Pedro e uma coincidência impressionante: quando chegamos próximo ao palanque das autoridades, mais precisamente em frente ao prédio das antigas Lojas Pernambucanas, hoje Casa da Moda, caiu um pé d`água violento, torrencial mesmo, São Pedro liberou geral e o interessante é que a chuva só foi no pequeno espaço até chegar ao palanque. Ufa! Tivemos sorte, os tambores de percussão eram de naylon, senão tínhamos nos dado mal!
Coisas que acontecem em nossos carnavais, mas que vale a pena relembrar.
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Pesquisa: César / Contribuição: Fefê

TIBERÃO DE AÇO

O ex-prefeito de Floriano, José Bruno dos Santos do MDB, segundo ele, tinha por norma não assistir comícios de seus adversários, para não escutar a baixaria contra suas idéias, de forma que, certa vez, fazendo uma visita à Ibiapaba, estava acontecendo uma concentração da antiga ARENA e o doutor Tibério Barbosa Nunes, o famoso Tiberão de Aço, se fazia presente.
Zé Bruno, então, percebera que o prefeito Tibério estava desferindo-lhe algumas farpas, que ouvia através de um sistema de som, dentre as quais, Tibério Nunes desferia suas críticas duríssimas contra a oposição:
"anda por aí um sujeito fantasiado de negro. Tenham cuidado com ele. Que negro é esse, meus senhores, que calça sapatos de veludo, usa gravata italiana, camisa poliéster, terno branco de linho S-120 e desliza no salões do famoso Comércio Esporte Clube, o clube mais grã-fino da região? Isso não é negro: é um verdadeiro enrolão. Negro é o nosso Sadica (in memorian), um dos jogadores mais importantes do Ferroviário Atlético Clube, que com os seus dribles sensacionais marca os seus gols e levanta a nossa torcida. Daí a minha recomendação: vamos eleger Nazareno Araújo, deputado estadual, advogado brilhante, filho da terra, homem da sociedade."
No entanto, o velho Bruno surpreendera a todos, com o seu carisma, ganhando as eleições daquele período romântico da política florianense.
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Fonte: Crônicas para a história / José Bruno dos Santos

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


CANGATI
RIFIRI – É DURO APANHAR, JAMÉ!
CANGATI é um fenômeno, vem ano, passa ano e ele continua a mesma coisa: nem diminui nem cresce, mas deixou de beber. Detalhe: agora, ele anda numa bicicleta proporcional a sua altura, parece um menino, mas deixa pra lá, pois não somos da pastoral da criança para estarmos medindo as pessoas.
Cangati no futebol já foi de tudo, dono de time, treinador, roupeiro, bandeirinha e, por último, rifiri que por sinal dos bons.
Uma passagem interessante desse famoso piolho na epopéia do estádio Mário Bezerra, quando Cangati era escalado para apitar, alguns jogadores mais desaforados, por serem maiores que ele, aproveitavam algumas deixas e o agrediam com pontapés (pensando que era um saco de lutador de boxe).
Alguns torcedores, porém, invocados com aquele procedimento inadequado por parte de alguns atletas, decidiram fazer uma vaquinha e compraram um peixeirinha de 2 polegadas (só servia para tirar escama de peixe), e deram para o nosso herói, orientando-o:
- Se partirem para lhe agredir, seja homi, puxe a bicha e enfrente que dá certo, tu vai ver!
- Vixe! Será que dá certo, véi?
- Dáááá, sim! Num se preocupe! Qualquer coisa, estamos lá enriba da arquibancada.
- Rapaz, daqui que vocês desçam pra me ajudar já muito tempo tô lascado!
Abre-se as cortinas e começa o espetáculo, bola vai, bola vem, de repente, num lance, Cangati marca falta, um dos famosos agressores, partira para cima. Cangati, num pulo de gato, quase que mortal, meteu a mão no cós do calção e puxara de uma bainha novinha feito especial para a peixeirinha, dizendo:
- Vem, cabra da peste, se tu é homi (O cabra saiu em disparada no rumo do matadouro, espantando até os urubus ali existentes, forçando os mesmos alçarem vôo de emergência!).
Moral da história: nunca mais agrediram o nosso querido e atuante rifiri.
Cangati, obrigado pela sua importante participação no futebol florianense!
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Pesquisa: César / Colaboração: Lauro Cronemberger

6/01/2006

BRAULINO DUQUE DE FRANÇA





PROFº BRAULINO DUQUE DE FRANÇA - EDUCAÇÃO, ENTUSIASMO E DISCIPLINA
“DISCIPLINA - INDISPENSÁVEL À EDUCAÇÃO ”
BRAULINO Duque de França nasceu em Floriano em 1932, Filho de José Duque de França e Maria Rodrigues de Miranda. Mais tarde, Maria Duque de França iniciou seus estudos com a tradicional Professora Neném Preá, disciplina era seu lema, utilizando muito o método da palmatória para despertar seus alunos, passando ainda pelas escolas, como Agrônomo Parentes e Ginásio Santa Teresinha.
Seus pais incentivaram sua ida para Fortaleza - CE aos dezoito anos e fez uma jogada de mestre: servir o Exército e, ainda, passando no vestibular para Direito. Na proporção que ia fazendo seu curso universitário, permanecia como militar e, ao se formar, já era Sargento do Exército, o qual pediu baixa para exercer a tão sonhada profissão de Advogado.
Para retribuir o que a universidade lhe proporcionara, tinha uma grande satisfação em atender a classe pobre, sem cobrar seus honorários e, em contrapartida, a classe operária tinha um respeito incomum com o novo líder que surgia na cidade.
Luis Pinto, Presidente da União Artística Operária Florianense o convidara, então, para fundar o Ginásio 1º de Maio, após um período conturbado na União Artística. O ilustre Advogado foi demitido, causando uma revolta sem precedente da classe operária.
Casou-se com Maria do Carmo Gazze Duque de França e tiveram os filhos Braulino Duque de França Filho e João Alberto Duque de França, ambos Advogados. Mas o marco “BRAULINO” foi como diretor do Colégio Estadual, período áureo para educação florianense, colégios e diretores de primeira linha, jamais visto. Floriano era um referencial, disputada palmo a palmo com cidades de grande porte.
Profº Braulino, como gostava de ser chamado, tinha várias características interessantes: exigente (carregava a pecha de autoritário), disciplinado, entusiasmado, participativo, de atitudes, na Semanada Pátria era aguardado com ansiedade pela comunidade, pois era sabido que os ensaios que antecedia o desfile de 7 de Setembro ele acompanhava de perto, seu entusiasmo era transmitido a todos envolvidos, alunos, professores, funcionários, familiares, pois o sonho era tornar realidade, encantar a platéia, com um desfile estrategicamente preparado para tudo dar certo, os alunos (as) nos pelotões pareciam príncipes e princesas com suas vestes (becas) e bandeiras impecáveis; a bateria era a menina dos olhos, o recrutamento dos craques da banda era cuidadosamente planejado, pois os membros tinham consciência da sua importante função e o compromisso de treinar, treinar e treinar diariamente para depois comemorar e ter algumas regalias junto ao líder.
Outra façanha que era admirado por todos, seus passos firmes acompanhando e orientando toda a Escola, eram mágicos e inolvidávio. Peculiaridade: sua avô Inês Luzia da Natividade o ajudara a carregar tijolos para a construção da Igreja Matriz São Pedro de Alcântara, conta orgulhoso, Raimundo Duque de França, irmão de Braulino e colaborador desta matéria. Ele era educador e, sobretudo, humano!!
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Pesquisa: César Sobrinho

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...