7/11/2012

CAMPEONATO PIAUIENSE DE 1964

1964 foi o ano da participação da florianense Maricildes Costa, concorrendo ao Miss Brasil e, também, o primeiro ano em que um time da cidade de Floriano - o Ferroviário - participou do Campeonato Piauiense. Veja, abaixo, a retrospectiva desse campeonato, que teve o Flamengo de Teresina ( foto ) como o campeão daquela temporada.

Flamengo, campeão de
1964

O Campeonato Piauiense de 1964
( Fonte: site do buim )

Quando os times finalizavam seus preparativos para iniciar mais uma edição do Campeonato Piauiense, o segundo da era profissional, a expectativa era de que o River continuasse o seu rosário de títulos. Batizado de Eterno Campeão, o Tricolor, de 1948 a 1963, perdera apenas os campeonatos de 1949 e 1957, ambos conquistados pelo Botafogo.

Foi neste quadro que o empresário Jesus Elias Tajra assumiu a presidência do Esporte Clube Flamengo. Com boa visão administrativa, estabeleceu o principal objetivo: ser campeão e quebrar a hegemonia do rival. Contratou o técnico Vicente Trajano, em Fortaleza, além de alguns jogadores para reforçar o time, dentre eles Mano e Salvador, vindos também do futebol cearense.

No final da disputa, o objetivo de Jesus Tajra fora alcançado. Com brilhante campanha, o Flamengo tornou-se campeão piauiense, quebrando a hegemonia riverina. E ainda teve os dois principais goleadores do campeonato - Mano e Paulinho. Um ano para torcedor rubro-negro nenhum esquecer. A competição teve 57 jogos, com 169 gols (média de 2,96 por partida).  1964 foi, também, o primeiro ano em que um time da cidade de Floriano - o Ferroviário - participou do Campeonato Piauiense.

1ª Fase - 1° Turno
1ª rodada
12/07/1964

PIAUÍ 3x3 CAIÇARA
COMERCIAL 1x1 AUTO ESPORTE
FERROVIÁRIO 1x2 FLAMENGO

15/07/1964
 RIVER 2x1 AUTO ESPORTE

19/07/1964
 FLAMENGO 6x1 COMERCIAL
CAIÇARA 2x1 AUTO ESPORTE
FERROVIÁRIO 2x2 PIAUÍ

22/07/1964
 RIVER 3x0 PIAUÍ

29/07/1964
 AUTO ESPORTE 5x0 FERROVIÁRIO

02/08/1964
 PIAUÍ 2x1 AUTO ESPORTE
CAIÇARA 0x3 FLAMENGO
FERROVIÁRIO 2x1 COMERCIAL

08/08/1964
 FLAMENGO 0x0 PIAUÍ

09/08/1964
 RIVER 1x3 COMERCIAL
CAIÇARA 2x1 FERROVIÁRIO

13/08/1964
PIAUÍ 0x0 COMERCIAL

16/08/1964
 FLAMENGO 2x0 AUTO ESPORTE
CAIÇARA 2x1 RIVER

19/08/1964
 RIVER 1x1 FERROVIÁRIO

23/08/1964
 RIVER 2x1 FLAMENGO
COMERCIAL 1x1 CAIÇARA

Classificação (pontos ganhos)

1º Flamengo, 9
2º Caiçara, 8
3º River, 7
4º Piauí, 6
5º Comercial, 5
6º Ferroviário, 4
7º Auto Esporte, 3
1ª Fase - 2° Turno
30/08/1964

 FLAMENGO 1x0 PIAUÍ

02/09/1964
 RIVER 4x2 CAIÇARA

06/09/1964
 AUTO ESPORTE 0x0 PIAUÍ
COMERCIAL 2x1 FERROVIÁRIO

09/09/1964
 FLAMENGO 3x2 FERROVIÁRIO

13/09/1964
 FLAMENGO 2x2 CAIÇARA
COMERCIAL 1x2 RIVER

16/09/1964
 PIAUÍ 1x1 FERROVIÁRIO

20/09/1964
 AUTO ESPORTE 1x1 CAIÇARA
COMERCIAL 2x2 FLAMENGO

23/09/1964
RIVER 5x0 PIAUÍ

27/09/1964
 AUTO ESPORTE 1x0 COMERCIAL
CAIÇARA 3x3 PIAUÍ
FERROVIÁRIO 1x4 RIVER

30/09/1964
 FLAMENGO 3x0 AUTO ESPORTE

04/10/1964
 COMERCIAL 3x0 PIAUÍ
RIVER 1x0 AUTO ESPORTE
FEROVIÁRIO 2x1 CAIÇARA

11/10/1964
 FLAMENGO 1x1 RIVER
CAIÇARA 2x2 COMERCIAL
FERROVIÁRIO 1x1 AUTO ESPORTE

Classificação (pontos ganhos)

1º River, 11
2º Flamengo, 9
3º Comercial, 6
4º Auto Esporte, 5
5º Ferroviário e Caiçara, 4
7º Piauí, 3
1º Fase - Decisão (campeão do 1º turno x campeão do 2º turno)
1º jogo
18/10/1964

 FLAMENGO 1x1 RIVER2º jogo
25/10/1964

 FLAMENGO 2x1 RIVER
Obs - Com estes resultados, o Flamengo sagrou-se campeão da 1ª fase e ganhou um ponto de bonificação para a final do campeonato.
Jogo extra para decidir o rebaixamento
06/11/1964

 AUTO ESPORTE 0x2 FERROVIÁRIO
3° Turno
01/11/1964

PIAUÍ 1x2 CAIÇARA

05/11/1964
 RIVER 2x0 COMERCIAL

08/11/1964
 FLAMENGO 1x2 PIAUÍ

11/11/1964
 RIVER 2x1 CAIÇARA

15/11/1964
 FLAMENGO 3x0 COMERCIAL

18/11/1964
 PIAUÍ 1x0 COMERCIAL

22/11/1964
 RIVER 1x3 FLAMENGO

24/11/1964
 FLAMENGO 2x1 CAIÇARA

29/11/1964
 PIAUÍ 0x1 RIVER
CAIÇARA 4x1 COMERCIAL

Classificação (pontos ganhos)

1º Flamengo e River, 6
3º Caiçara e Piauí, 4
5º Comercial, 0

Obs. - O regulamento não previa critérios de desempate. Quando dois times ficavam liderando com igual número de pontos, tornava-se necessário um jogo-extra.

3° Turno - Decisão
02/12/1964
 RIVER 1x0 FLAMENGO
Obs - Com este resultado, o River sagrou-se campeão do 3º turno.
Decisão do Campeonato
1º jogo
13/12/1964

 RIVER 0x2 FLAMENGO
Obs. - Por ter vencido a 1ª fase (campeão do 1º x campeão do 2º turno), o Flamengo ganhou um ponto de bonificação na decisão do campeonato. Com a vitória no 1º jogo, somou 3 pontos ganhos e, portanto, não é mais possível ser alcançado pelo outro finalista, o River. Desta forma, com este resultado, o Flamengo sagrou-se campeão piauiense de 1964.
2º jogo
16/12/1964

RIVER 2x0 FLAMENGO

O JOGO DO TÍTULO

13/12/1964 - RIVER 0x2 FLAMENGO
Local: Lindolfo Monteiro (Teresina).
Arbitragem: Rui da Conceição (Guanabara), auxiliado por Renato Barreto de Moraes e Severiano Alves Teixeira.
Renda: Cr$ 2.177.500,00
Gols: Salvador (pênalti) 14 e Mano 38 do 2º tempo.
Expulsões: Gereba, por ofensas morais, e Loloca, por dar um chute em Salvador, ambos aos 40 do 2º tempo.
Obs: Por ter vencido a 1ª fase (campeão do 1º x campeão do 2º turno), o Flamengo ganhou um ponto de bonificação na decisão do campeonato. Com a vitória no 1º jogo, somou 3 pontos ganhos e, portanto, não é mais possível ser alcançado pelo outro finalista, o River. Desta forma, com este resultado, o Flamengo sagrou-se campeão piauiense de 1964.
River – Caxambu; Gereba, Filomeno, Zé Artur e Ivanildo; Giri e Henrique; Waldeck, Carrinho, Loloca e Rudinha (Fortaleza).
Flamengo – Chiquinho; Maneca, Jonas, Brito e Ronaib; Mariano e Macalé; Maçarico (Barbosa), Mano, Paulinho e Salvador.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º Esporte Clube Flamengo, 29 pontos ganhos
2º River Atlético Clube, 29 pontos ganhos
3º Caiçara Esporte Clube, 16 pontos ganhos
4º Piauí Esporte Clube, 13 pontos ganhos
5º Comercial Atlético Clube, 11 pontos ganhos
6º Ferroviário Esporte Clube, 10 pontos ganhos
7º Auto Esporte Clube, 8 pontos ganhos

ÁRBITROS QUE MAIS APITARAM

12 atuações – Antônio Milton Vilanova
10 jogos – Clinamulte Vieira França (Bahia) e José da Costa Araújo
8 jogos – Valdimir Soares da Silva
6 jogos – Francisco de Assis Castelo Branco
3 jogos – Renato Barreto de Moraes

PRINCIPAIS GOLEADORES

13 gols – Mano (Flamengo).
12 gols – Paulinho (Flamengo).
9 gols – Pedroca e Tassu (River).
7 gols – Carrinho (River).
6 gols – Anduiá (Caiçara) e Waldeck (River).
5 gols - Radiê (Comercial), Cristóvão (Ferroviário), Salvador (Flamengo), Índio e Escurinho (Caiçara).

MELHORES GOLEIROS (média de gols por jogo)

0,66 – Caxambu (River) – 10 gols em 15 jogos
0,95 – Chiquinho (Flamengo) – 20 gols em 21 jogos
1,28 – Antônio Luis (Auto Esporte) – 9 gols em 7 jogos
1,40 – Petrúcio (Auto Esporte) – 7 gols em 5 jogos
1,42 – V-8 (Caiçara) – 10 gols em 7 jogos
1,46 – Zé Barros (Piauí) – 22 gols em 15 jogos

7/10/2012

Lançamento Coleção FLORIANENSES

O lançamento do livro Coleção FLORIANENSES, 1º Volume, editado pela Fundação Floriano Clube, que aconteceu no dia 7 último, no auditório do Sebrae, foi um sucesso, com a presença de muitos florianenses que estão sempre prestigiando a cultura local.

Segundo nos informou o Cristóvão Augusto, Coordenador da Fundação, foram vendidos, no lançamento, cerca de  396 livros, superando todas axpectativas e nos confessou que agora, mais que nunca, está convencido de que iniciativas como esta são fadadas ao sucesso, pois calam profundamento no sentimento dos florianenses.

Cristóvão ainda disse que "por lá só não compareceu ninguém da Prefeitura ou Câmara dos Vereadores, o que não quer dizer muita coisa, pois não nos abala, embora decepcione a falta de sensibilidade  de pessoas que deviam se interessar mais por tudo que diz respeito a memória da cidade".

Nesta primeira etapa do trabalho, estão sendo homenageados Francisco Parentes, Padre Pedro da Silva Oliveira, Mundiquinha Drumond, Sebastião Martins de Araújo Costa, Tibério Barbosa Nunes, Filadelfo Freire de Castro, Amilcar Ferreira Sobral, Arudá Bucar, Abílio Neiva de Sousa e Jorge Batista da Silva.


CAMPEONATO FLORIANENSE - 2012

Canto da Vila
Com a realização de uma rodada dupla, programada para começar às 19 horas, no Estádio Tibério Nunes, terá início, na noite desta terça-feira (12), a fase de quartas-de-final do Campeonato Florianense 2012. Após o encerramento da última rodada da primeira fase, foram classificados o 8 de Julho, Atletas do Futuro, São Paulo, Canto da Vila, Irapuan, Reno, Agora Floriano e América.

A programação de hoje terá os jogos 8 de Julho x Canto da Villa (preliminar) e América x Irapuan (principal). Na próxima terça-feira, o certame vai prosseguir com os outros dois jogos das quartas-de-final:  Atletas do Futuro x São Paulo (preliminar) e Agora Floriano x Reno (principal).

Os principais goleadores do Campeonato Florianense 2012 são Gilvanzinho (Agora Floriano), com 11 gols; Anderson (Irapuan), 10 gols; Renato Canuto (São Paulo), 7 gols; Aruanã (Força Jovem) e Ronaldo Galeria (Canto da Villa), 6 gols cada.

(Com informações de Agostinho Cavalcante/Portal Sport News)

7/09/2012

FLORIANO - TIMES ANTIGOS

Flamengo de Tiberinho
FLORIANO ESPORTE CLUBE

Teve como presidente o senhor Avelino Coelho Resende. Os jogos eram realizados na ÁREA, terreno onde hoje funciona o prédio do acervo da Maria Bonita na Beira do Rio.

UBIRAJARA

Existiu entre as décadas de 1940 e 1950. Era um time formado por operários. Um deles era o pedreiro Zeca do Caracol ( irmão do Floriano Preto ).

ARTÍSTICO

Alguns jogadores: Bató, Martin Galvão, Tunga, Tuna Cansansão, Gonçalo Pimenta, Chico Rabelo ( goleiro ) e Raimundo Cabelo Bom. Existiu na década de 1940.

INTERNACIONAL

AMÉRICA

Alguns jogadores: Geraldo Martins, José Nunes, Olindo Nunes.

UBIRATAN

Fundado por Bucar Neto, atuavam os jogadores Zeca Demes, Luís Carlos ( Boca de Flor ), Duzito Rezende e o Everton.

PAISSANDU

Fundado por Paulo Gamborra.

COMÉRCIO ESPORTE CLUBE

Foi o sucessor do INTERNACIONAL e AMÉRICA. Teve o privilégio de ser por algum tempo o único time a ter o seu estádio próprio ( o tradicional Estádio Mário Bezerra ). O último campeonato que disputou foi em 1967, sagrando-se campeão numa emocionante vitória sobre o Ferroviário em dezembro daquele ano.

Seus principais jogadores foram Olindo Nunes, José Nunes, Bilego, Anésio Batista, Geraldo Martins, Nilton Camarço, Roló, Tarquinho, Bicudo, Fenelon, Adauto, Colega, Defala Attem ( goleiro ), Kelé, Serrinha, Daniel, Antonio augusto ( Tunico Babaçu ), Ildefonso Ramos, Paulo Carnib, João Luís ( destes últimos, o técnico era Sebastião Silva );

 Balduíno, Bruno dos Santos, João Batista Mendes, Djalma Macedo, Joaquim Alencar Cunha ( Quincas ), Alfredo Nunes, Antonio Ulisses ( Pelado ), Pepedro, Antonio José Caraolho, Luizão Sansão, Nova York, Didi Nunes, Dos Santos, Raimundo Mendes, Washington e Xico Pereira.

FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE

Fundado por Antonio Cloves Ramos e Adauto, no dia 1º de maio de 1950, com o jogo de estréia - Ferroviário 2 x 1 Artístico. Sua escalação: Adauto, Aceno, Nascimento, Carlos Barbeirom Hélio Castro e Euvaldo Angeline; Nelson, Zé Alves, Assis Bonitinho, Abdon Barguil e Nenem Mão de Vaca.

O time do ano de 1951 era contituído pelos jogadores Zé Pulu, Ferré, Chico Mateus, Guilherme Magarefe, Hugo Leal, Balaio, Zezinho, Omar, Adauto e Américo.

Alguns jogadores do time do final da década de 1950 e início dos anos de 1960: Sadica, Colega, Cassaco, Pepedro, Valdomiro e Mário Besta Brava.

Disputou o campeonato estadual de 1964, 1965 e 1966, com a seguinte equipe: Piqui, Valdemir, Valdivino, Pompéia, Zezeca, Pepedro, Cabeção, Rômulo, Tassu, Bitonho, Antonio Luís Moreira Nunes, Veludo, Vicentinho e Zequinha.

Outros jogadores famosos do Ferroviário daquele tempo: Parnaibano, Poncion, João Maiô, Maranhão, Nico, Magro, Grilo, chapéu, Domício, ( este veio do América de Petrolina, tinha um chute fortíssimo com o pé esquerdo ), Reginaldo, Elder, Sóstenes, Netinho ( quarto zagueiro ), Valdivino, Domingos, Liro, Lino ( este último foi o jogador mais caro do Ferrim, pois ganhou uma geladeira, causando grande inveja entre os demais jogadores , já que naquele tempo era raro quem possuísse este eletrodoméstico ).

Foram seus diretores os desportistas Deusdete Pereira ( O Deusdete Macarrão ), Francisco Delmiro de Araújo ( o Nilton das Casas das Roupas ), merval Lúcio da Silva, Nazareno Araújo, Tibério Nunes e José Meireles ( nome dado ao estádio do Ferrim ).

Outros jogadores do Ferroviário: Adauto, Arsênio, Nelson Oliveira ( goleiro ), Vilmar ( o professor ), Fenelon Brasileiro, Balduíno, João Batista Mendes, Chico Pereira e Binda.

Formação do time na década de 1960: Cajazeira, Fortaleza, Sinézio, Raimundo Fumaça, Pepedro, Popó, Dodó ( goleiro ), Antonio Ulisses ( o Pelado ), Carlos Augusto, Zezeca e Valter Moleza.

Um goleiro que marcou época no Ferroviário foi Netinho. Faleceu há alguns anos atrás aqui em Floriano.

SAMBAIBA

O Presidente era o Joaquim Viana de Carvalho e os jogadores mais lembrados são os atletas Paulo Gamborra, Zé Leiteiro e o Bazué.

BONSUCESSO

Na época do infantil, o fundador foi o Sinimbú e no tempo do time adulto, era presidente o Calisto Lobo Matos. A maioria de seus jogadores eram estudantes, como Jamil Zarur, Mussa Demes, Calisto Lobo Matos, Bucar Amado Bucar Neto, Abdala Zarur, João Alfredo Gaze, Nozinho e Abdoral.

INDEPENDENTE

Fundador: José Antão dos Vale Reis no ano de 1958. Na época do amadoriso, o time do Independente era formado pelos jogadores José Antão 9 dirigente ), Pedro Gancho, Darce, Julimar, Antonio José, Halboner, Ribamar e Gaze Mazuad.

Dedé ( grande jogador de futebol de salão do Banespa de Teresina ), Pauliran ( sobrinho de dona conceição Salustiano do Tufi Lobo ), Ribamar, Rafel, Zé Alonso, Zé da Guia e Odorico.

Esse time era quase imbatível.

RÍVER

Era o time juvenil do Chico Camarço. Foram seus jogadores o Aroldo Rocha e o Mário Anselmo, dentre outros.

VASCO

Seus principais jogadores eram o Antonio Luís Moreira Nunes, Milton Costa Sá, Antonio Afonso Ribeiro Gonçalves, e Darce Arimatéia Ferreira Lima na década de 1960.

BANGU

Fundado no ano de 1962, era um time de garotos que jogavam descalsos, como Abdoral, Luisinho e Zé da Guia, os lembrados.

FERROVIÁRIO JÚNIOR ATLÉTICO CLUBE

Fundado por Carlos Augusto ( o Pompéia ), que era o goleiro do Ferrim, aproveitou todo o material esportivo do antigo time e montou este novo time, já que o famoso Ferroviário não iria disputar o campeonato estadual de 1967.O júnior foi o campeão florianense daquele ano, em seu primeiro ano de existência. Seus jogadores, a maioria era do antigo Ferroviário.

INDEPENDENTE

Outro time com o mesmo nome de um que já tinha existido no final da década de 1950 acima descrito. Fundado pelo desportista Bucar Neto, em 1967, depois que se desentendeu com o pessoal do Palmeiras. Um dos seus jogadores foi o goleiro José Henrique Waquim.

POSTO SABBÁ ESPORTE CLUBE

Presidente: Manoel Silva.

CORINTIANS ESPORTE CLUBE

Fundado por Carlos Augusto Costa Ferreira ( o Pompéia ). A fusão do Coríntians com o Posto Sabbá, deu origem ao Cori-Sabbá. Este time e o Ferroviário ( década de 1960 ) foram os únicos que já participaram do campeonato estadual piauiense ( primeida divisão ).

PALMEIRAS

Fundadores: José Bruno dos Santos e Abdoral Alves do Nascimento em 1965. originou-se do Bonsucesso. Jogadores: Antonio Guarda, Raimundo Bagana, Sadica, Miguel ( goleiro ), Perereca e Bitonho ( estes dois últimos vieram do Piauí de Teresina ), Zé de Tila e Carlos Pechincha.

SANTA CRUZ

Fundador: Bazué ( já falecido ).

FONTE NOVA

Fundador: Benedito Preto.

AMÉRICA

Fundador: João Martins. Time que revelou o centroavante Gonzaga.

CRUZEIRO

time do Bosque Santa Teresinha. Fundador: Capitão Penha.

CLUBE DE REGATAS BRASIL

Fundador: Abdoral Alves do Nascimento e Bucar Neto.

TIRADENTES

Fundação: 1970, time de veteranos: Sadica, Jamil Zarur, Antonio Ulisses ( o Pelado ), pepedro, Dos Santos e Abdora.

FLAMENGO DE TIBERINHO

Fundado pelo desportista florianense Tibério Barbosa Nunes Filho ( o Tiberinho ), nos anos de 1960, jogava sempre no campo dos artistas e no campo do Ferroviário ( foto acima ) e era constituído pelos atletas Miguel ( goleiro ), Janjão, Danúnzio, Chiquinho, Zé Buraco, Pedrinho Taboqueiro, Pinguim, Jolimar, Parnaibano, Poncion, Siqueira, dentre outros.

Fonte: Laboratório Sobral

Floriano comemorou 115 anos de emancipação política


Floriano - 115 anos

A cidade de Floriano comemorou neste domingo (08), seus 115 anos de emancipação política. A comemoração teve início às 8h com o hasteamento das bandeiras do Brasil, Piauí e Floriano, ao som dos hinos regidos pela Banda de Música do município, na Praça Dr. Sebastião Martins, no centro da cidade.
Logo em seguida, foi celebrada uma missa em ação de graças na Igreja Matriz São Pedro de Alcântara, com a presença do prefeito, secretários municipais e a população em geral.
História de Floriano

A cidade de Floriano é originária de quatro antigas sesmarias, a maioria doada a Domingos Afonso Mafrense, em 1676. Foi ele o responsável pela implantação das primeiras fazendas, com o cultivo da cana-de-açúcar e pecuária extensiva – que depois veio a se estabelecer como atividade mais importante.

Com a morte de Mafrense, trinta de suas fazendas foram doadas aos jesuítas, que as administraram. Os jesuítas foram expulsos das fazendas em 1760 e as terras passaram para o Estado, atingindo significativo crescimento.

Historicamente a cidade foi fundada pelo agrônomo Francisco Parentes, que lá inaugurou a primeira escola de agronomia das Américas. Essa instituição se destinava à educação de filhos dos escravos (ambos os gêneros), órfãos e libertos pela Lei de 28 de setembro de 1871.

Em 1897, o pequeno povoado, que se chamava Colônia Rural de São Pedro de Alcântara, foi elevado à categoria de cidade, com o nome atual, em homenagem ao marechal Floriano Peixoto. A valorização da borracha de maniçoba, a chegada dos árabes mercantilistas e a navegação fluvial também contribuíram significativamente para o desenvolvimento da cidade.
Fonte: florianonews

7/08/2012

FLORIANO - 115 ANOS

Francisoco Parentes
Hoje, dia 08 de julho, quando completa 115 anos de cidade, temos que nos lembrar que tudo começou do sonho e da vontade e determinação desse jovem ( foto ) - Francisco Parentes.

Nascido em Barras, Piauí, ( Sítio Anajá ), em 10 de junho de 1839, desde muito jovem desejou estudar. Envidou todos os esforços e, com a ajuda de muitos - inclusive com a subscrição que fizeram para que pudesse estudar, Francisco Parentes chegou a ir para a França e lá estudou agronomia, um sonho que acalentava desde criança. Queria ser agrônomo para servir melhor ao Piauí.

Em 19 de junho de 1871, Francisco Parentes recebe o grau em agronomia, dado pelo Institute Meully de Grand Jouan. A 10 de agosto do mesmo ano chega a Teresina.

Procurando as autoridades, lança a idéia de criar no Piauí uma Colônia Agrícola. Com o consentimento de D. Pedro II e a ajuda do Barão do Rio Branco, Francisco Parentes é autorizado a voltar ao Piauí, pois haviaido ao Rio de Janeiro apresentar seu projeoto e dar início à construção da Colônia.

No dia 10 de agosto de 1874, lança a pedra fundamental da Colônica Rural São Pedro D´Alcântara. Estava realizado, em parte, o seu sonho.

Infelizmente, vitimado por uma febre maligna, morre em Amarante, aos 37 anos de idade no dia 16 de junho de 1896.

Francisco Parentes, o primeiro Agrônomo do Piauí, não morreu em vão. Seu sonho se concretizou e a Colônia, havendo prosperado, se transformou nesta cidade de FLORIANO, que vai comemorar festivamente os seus 115 anos.

Francisco Parentes é parte desta festa, pois somos filhos do seu sonho de grandeza.

Fonte: Flagrantes de uma cidade/Professor Luiz Paulo de Oliveira

7/06/2012

Lançamento Coleção FLORIANENSES

Convite
Foto: Marcelo Guimarães
A Fundação Floriano Clube fará o lançamento, dia 7 de julho, às 18 horas, do Volume Nº 01 da Coleção FLORIANENSES no Auditório do Centro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí - SEBRAE/PI.

Esta primeira etapa, estarão sendo homenageados Francisco Parentes, Padre Pedro da Silva Oliveira, Mundiquinha Drumond, Sebastião Martins de Araújo Costa, Tibério Barbosa Nunes, Filadelfo Freire de Castro, Amilcar Ferreira Sobral, Arudá Bucar, Abílio Neiva de Sousa e Jorge Batista da Silva.

No total, serão 10 volumes, que falarão de florianenses e de outros cidadãos que por aqui viveram e que prestaram importantes serviços à comunidade local; portanto, de parabéns a cidade de Floriano e a Fundação Floriano Clube, que começa seus trabalhos com iniciativas de suma impotância para o conhecimento de todos que amam a Princesa do Sul.

7/04/2012

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

( Dos anos quarenta aos dias atuais )

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Escrito pela doutora Josefina Demes ( transcrito do Jornal de Floriano, edição de nº 342 de 21/07 a 06/08/1983 )

Floriano, mais que qualquer outra cidade piauiense, teve a sua incipiente indústria relativamente estruturada graças à presença do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara.

A principal indústria foi, sem sombra de dúvidas, a extrativa da borracha de maniçoba (1), logo desvalorizada com a concorrência do mercado inglês e da cera de carnaúba, que por sua vez se desdobrava em outro tipo de indústria, a das velas estiarinas. Estas, além de se constituírem em curiosidade regional foram motivo, em certa época, de interessante indústria.

Numa de suas viagens ao Velho Mundo, o rico comerciante James Clarck, proprietário da centenária Casa Inglesa (2), foi esbarrar na Rússia. Visitando alguma das suas Igrejas, constatou a ausência de velas brancas, pelo que o sacerdote que o acompanhava explicou que, findos os trabalhos religiosos, as velas eram retiradas pelo resto antes que os camponeses as roubassem para comer. Isso fez o comerciante pensar no quanto o Piauí poderia buscar exportando para a Rússia incontáveis velas de cera de carnaúba (3). Aliás, o honrado comerciante não limitou a sua viagem à explanações em torno das velas, mas foi ainda à Londres, a responsável pela análise da cera de carnaúba e a sua consequente valorização (4).

Ainda na sua condição de Colônia, Floriano viu surgir a sua primeira indústria no ramo da panificação, de propriedade do sírio Antur Zarur (5). O sírio implantou em terra florianense a herança adquirida no seio da sua família, radicada na Síria, as atividades deste gênero. Foi porém a partir dos anos 20 que apareceram, em número de três, as primeiras indústrias de porte em Floriano. Duas delas importantes na sede do município, grande propriedade de Artur Ferreira (6) e J. R. P. de Carvalho (7) e se destinava ao beneficiamento de arroz e outra de descaroçar algodão, de propriedade de Nilo Brandão (8), localizava-se em Piripiri do Itaueira (9) então pertencente ao município de Floriano.

Artur Ferreira (10) era estabelecido na vizinha cidade de Barão de Grajaú, com comércio de mercadorias em geral. Com o seu falecimento, a viúva associou-se a dois sobrinhos, Justino e Luiz Neiva, sob a razão social de " Viúva Artur Ferreira e Sobrinhos ". Nilo Brandão era natural de Assaré no Ceará e deve ter aportado aqui pelos idos de 1915, trazendo consigo Hosternes e o sobrinho Alceu que aqui se dedicaram ao magistério (11) e ao jornalismo.

J. R. P. de Carvalho, mais conhecido por Zezinho Carvalho ou Zezinho Macaxeira, foi um dos comerciantes mais importantes de sua época e aplicou parte de sua fortuna em dolar. Floriano obteve muitos melhoramentos, com o que ele e seu ilústre irmão Hermando Brandão (12) construíram em Floriano - o Cine Teatro Politeama (13) - uma das mais belas e suntuosas casa de diversão do Estado. Zezinho Carvalho deve ter abandonado Floriano pela revolta de 1925 e em Teresina, seguindo suas próprias pegadas, edificou um dos mais imponentes prédio da época na rua Teodoro Pacheco em frente ao C. R. - prédio superior em tudo ao que pertencia ao poderoso senador Felix Pacheoco, situado a um quarteirão abaixo.

Na década de 1930, foi implantada a mais importante indústria de quantas funcionavam em Floriano: trata-se da Usina Itaueira (14). Esta usina foi uma doação do Governo Federal, que adquiriu três delas na Alemanha, e as destinou a três estados nordestinos, com a finalidade de ajudar a minorar os efeitos da terrível seca de 32. Uma delas, doada ao Piauí, foi carreada para Floriano, graças ao prestígio do operoso prefeito Teodoro Sobral.

O maquinário era o que havia de mais moderno e se constituiu atração turística, para os visitantes. A usina pertencia à municipalidade e seu primeiro administrador foi o dinâmico Juca Carvalho (15).

Natural do Ceará, Juca Carvalho aqui desenvolveu inúmeras e competentes atividades, condizentes com a sua personalidade de homem abastado, dinâmico e empreendedor. Foi representante nesta cidade, de uma das mais poderosas firmas alemãs sediadas em nosso País, a Hosbach do Brasil, cujo destino se deveu à ascensão do nazismo. Foi ainda Gerente do "Sindical Condor", empresa também alemã de transportes aéreos, cujos aparelhos (hidroavião) baixavam à beira do rio Parnaiba.

A partir da sua condição de chefe da firma J. V. Carvalho e Filhos, Juca Carvalho foi, talvez, a única individualidade a exercer administrativamente tantos e tão mibilitantes encargos. Foi o mais atuante presidente que a Associação Comercial já conheceu, conferindo-lhe um prestígio só igualado por sua congênere de Parnaiba. Foi ainda tesoureiro da Loja Maçônica (16), administrador da Usina Itaueira e memboro do Cobnselho Executivo Municipal.

Conselho criado pelo prefeito Teodoro Sobral e composto por respeitáveis cidadãos José Francisco Dutra (17), Frutuoso Pacheco (18), Leônidas Leão (19), Cristino Castro (20) e Juca Carvalho, pode ser definido como uma espécie de Secretariado Honorário e tinha por objetivo assessorar o prefeito, não obstante este contar com o concurso de dois excelentes auxiliares, como Tertuliano Ramos e Sátiro de Castro.

Juca Carvalho foi incansável nestas atividades e, dentro de pouco tempo, Teodoro sobral implantava uma série de melhoramentos e obras à "Colônia Agrícola Dr. Sampaio" (21) e o campo de pouso ( a aviões ) na Taboca.

Gozando de patente e prestígio junto ao então Interventor, Landri Sales, seu amigo e conterrâneo, Juca Carvalho conseguiu carrear muitos benefícios para Floriano.

em 1937, já no ocaso de suas atividdes, emprestou o seu sólido prestígio na instalação de uma agência do Banco do Brasil.

Homem de hábitos simples e elegantes, foi uma das quatro primeiras pessoas a possuir um automóvel nesta cidade (22).

Juca Carvalho deixou, além do aprazível bairro Sambaíba, que ornamenta Floriano (23), a marca indelével da sua passagem por aqui.

NOTAS EXPLICATIVAS E COMPLEMENTARES

Por - Nelson Oliveira e Silva ( texto de 2008 )

1 - Uma árvore da qual se extraía um leite pegajoso, que depois, devidamente cozinhado, surgia a borracha em estado bruto;

2 - Empresa fundada em 1849 e que, por várias décadas, manteve uma filial em nossa cidade no prédio de sua propriedade, que posteriormente, foi vendido ao senhor Oacy Alves Pereira da Rocha. Na época, junto a Roland Jacob, Moraes &  Cia, Ranulfo Torres Raposo, eram grandes empresas em nosso Estado. Distribuidores para os estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Pará, dos mais diversos produtos importados, dentre os quais era destaques, a Willys Overland, fabricantes do jeep, da rural e da pick-up; Caterpillar, fabricante dos tratores e motoniveladoras do mesmo nome; camkinhões FNM, já nacionalizado, praticamente, além de mercadorias gerais, as mais variadas e mantinha em todo o Estado uma seleta e enorme freguesia. Representavam, também, na época, a Standard Oil, hoje com o título de Esso do Brasil. Entre aqueles que lhe prestigiaram com seus serviços, aprendendo, ainda nos lembramos do senhor Clóvis melo ( gerente ), sua família reside no Rio de Janeiro; o senhor Brito Melo, sogro do senhro Agostinho Monteiro, gerente da Conab; Pedro Alves da Silva, pai do doutor Luiz Rosendo; Lourival Caminha, José Ramos de Freitas, além de outros que também já foram para o além. Dentre os vivos ainda nos lembramos de Adelmar Moreira Rosado, residente em Teresina; Juracy Garcez de Souza, Eduardo Feitosa, ambos do Rio de Janeiro; Edson Lobão, o Senador, em Brasília; Sátiro de Castro Ferraz, Antonio de Melo Sobrinho ( proprietário da antiga Escola Progresso de Dactilografia ), Nelson Oliveira e Silva e outros a quem desejamos longa vida, apesar da maioria seja já, sexagenária. Era, sob todos os aspectos, uma grande casa comericial e tinha o senhor Septimus James Frederick Clark como presidente; Septimus James Frederick Clark , diretor administrativo; José Bruce Clark, João Batista Cerqueira, este casado com uma florianense, filha do senhor Agripino Raimundo de Castro;

3 - E a Casa Inglesa torneou-se no Estado uma especialista em cera de carnaúba e foi uma das grandes casas comerciais que se destacaram como imbatíveis exportadores do produto, para a Inglaterra, Estados Unidos etc e a filiak de Floriano possuía uma enorme gama de fornecedores na região;

4 - Na época, era um excelente produto de exportação, principalmente no tempo da segunda grande guerra de 1938 a 1945;

5 - Tio do senhor Gabriel Zarur, que se constituiu no primeiro sírio que chegou em Floriano. Gabriel Zarur era pai da dona Socorro Sazur, Maria José, Abdala e Jamil;

6 - Proprietário da Casa situada à antiga rua jerumenha, onde aqui se instalou, em 1908, a Loja Malçônica Igualdade Florianense no dia 12 de outubro daquele ano de quem se tornou membro;

7 - Foi, em diversas administrações, membro da Loja Maçônica acima citada, demonstrando, apesar da sua excelente condição financeira, a sua himildade no seio da Ordem;

8 - Avô do senhor Luiz Brandão;

9 - Hoje, denominado apenas de Itaueira e que, como Piripiri, era município de Floriano;

10 - Com o passar do tempo, terminou se iniciando na Maçonaria supra menmcionada;

11 - E prestaram seus serviços a diversos colégios da cidade, na época, e a jornais que existiam. O professor Alceu também foi iniciado na Maçonaria ( na mesma Loja ) e depois mudou-se para Teresina, onde deve ter prestado bons serviços, porque lá existia uma rua com seu nome;

12 - Avô dos doutores Herbrand, João Carlos e dona Maria Alice Ribeiro Gonçalves e que também foi Maçom e Venerável da referida Oficina já citada;

13 - Que foi edificado no lugar onde funcionou o Armazém Narciso e no momento abriga a firma A Credinorte, especialista na venda de móveis e eletrodomésticos na avenida Getúlio Vrgas, que naquele tempo chamava-se avenida Álvaro Mendes. Por baixo, passa o tradicional riacho do Gato;

14 - Hoje onde está fincado o prédio do INSS, ali, por muitos anos, manteve-se silenciosa a famosa Usina Itaueira, tendo no seu interior as mais modernas máquinas de procedência alemã, para o beneficiamento do algodão da nossa região. Somente nos anos 50/60, é que o florianense ouviu o gemido das mencionadas máquinas colocadas em funcionamento por uma firma da Bahia, denominada Lucaia, inicialmente, dirigida por um cidadão de nome que não me recordo, mas me lembro que ele atropelou, em frente à Farmácia Rocha, o nosso conterrâneo Arlindo Pinheiro, que residia na rua Defala Attem. Depois, esteve por aqui, gerenciando o referido empreendimento, o senhor Gonçalo Nunes, pai do doutor Alfredo Nunes, esposo da professora dona Teresinha e que morava numa casa do senhor Zé Demes, em frente à Igreja Batista e era auxiliar do seu genitor. O destino das máquinas? Não sei;

15 - Cujo nome legítimo era João Viana de Carvalho, casado com dona Dorinha Carvalho, de cuja união nasceram dona Dolores, a única filha mulher, professora de educação física da Escola Normal; Francisco e Raimundo, ambos funcionários do Banco do Brasil; o Viana, político aguerrido, eleito vereador ( salvo engano ), tendo disputado uma eleição para vice-prefeito da cidade; e o João Viana Filho, o Joca ( in memorian ), comerciante do ramo de artigos domésticos e foi o pioneiro na distribuição de gás de cozinha na nossa região, durante muitos anos e era casado com a prendada dona Magnólia, que deu a luz a João, José e muitas moças ( hoje, já com o título de senhoras, cujos nomes fogem da nossa mente;

16 - Da Loja Maçônica Igualdade Florianense, tendo desempenhado outros cargos, onde demonstrou sempre o seu dinamismo e a sua influência junto às autoridades constituídas;

17 - Naquela época, era gerente da Roland Jacob, guarda-livros competente, Venerável da já mencionada Loja Maçônica, músico e um verddeiro incentivador das artes emnossa cidade. Morreu em outubro de 1936, vítima de uma infecção no nariz, gerada por uma espinha;

18 - Também Maçom, como Juca Carvalhjo e José Dutra e também dirigente competente à Loja em que foi iniciado;

19 - Influente comerciante, pai de Heitor, Orfila e Valentim e tinha o seu estabelecimento na avenida João Luiz Ferreira, esquina com a Bento Leão em frente, hoje, à Casa do Ferro;

20 - Outro influente comerciante da nossa cidade. No seu tempo, o seu estabelecimento ocupava o espaço onde foi ocupado pela Casa Inglesa, na praça doutor Sebastião Martins e posteriormente pela Farmácia Santa Adelaide. Cristino Castro foi um dos fundadores da Associação Comercial do Sul do Piauí, se não me falaha a memória, em 1925, talvez até com Juca Carvalho. Cristino Castro residia naquele casarão na esquina da avenida Eurípedes de Aguiar, foi um verdadeiro desbravador da região sul do Estado, inclusive com a construção de estradas, entre Floriano e Nova Lapa ( hoje Cristino Castro , por onde deveria trafegar os seus caminhões que transportariam os produtos da sua usina de beneficiamento de algodão, naquela localidade. Deixou no nosso meio um exemplo de força de vontade para alcançar o seu objetivo;

21 - Assunto está explícito nas memórias do professor Djalma Silva, intitulada Nas Águas do Canindé, mas que vamos repetir. O referido campo que situava-se próximo ao lugar Boqueirão, era destinado a experiências agrícolas e teve como administradores que conhecemos nos anos 50/60 os doutores Agostinho Reis, irmão do médico Antonio Reis e Itamar da Costa Ferreira, que depois mudou-se para Teresina;

22 - Os outros três foram o senhor Leônidas Leão ( citado no ítem 19), o senhor Afonso Nogueira, o homem que construiu um vapor em nossa cidade, avô do doutor Ataliba, engenheiro do DNER, hoje DENIT e por último o famoso dlegado Carlino Nunes, o famoso delegado, tio do nosso prezado conterrâneo, proprietário do fusquinha ano 1966 por todos conhecidos;

23 - Hoje, um bairro populoso e que por isso foi dividido em dois: a Sambaíba Nova e a Sambaíba Velha, que demonstra toda a pujança do seu povo e para lá estão convergindo grandes empresas em busca de espaços.

EXPLICAÇÕES SOBRE AS PESSOAS E LOCAIS QUE CONSTAM DESSE RELATO

1) A MANIÇOBA - Uma árvore que ao sorver um tipo de corte em seu tronco, expele um tipo de leite, que devidamente processado no fogo se transforma em borracha, com a qual são fabricados pneus para veículos, tratores, aviões e vários outros tipos de máquinas. Nos anos de 1940, o estado do Amazonas tornou-se um dos principais produtores da maniçoba e que por isso, para lá convergiam gente de todo o Brasil, inclusive do nosso Estado. Muitos foram e poucos voltaram, vítimas da terrível febre amarela, que assolava aquele Estado, naquela época;

2) A CASA INGLESA - O nome fantasia de uma filial dos Estabelecimentos James Frederick Clarck S/A, uma das grandes empresas do nosso Estado, fundada em 1849, cuja matriz era em Parnaiba e os seus proprietários eram de origem inglesa. A instalação da dita filial em nosso município, deu-se nos anos de 1930 na antiga praça João pessoa, atualmente doutor Sebastião Martins, emcujo local estiveram instaladas a firma Cristino Castro & Irmão, a Casa Inglesa e nos anos de 1960 a Farmácia Santa Adelaide, que se tornou proprietária daquele local, atualmente, já bastante dividido,com outros estabelecimentos;

3) A CERA DE CARNAÚBA - Um dos principais produtos de exportação produzido em nosso Estado e que durante mais de um século e meio foi um grande meio de melhoramento da nossa economia. Hoje, ainda existe uma grande produção da cera de carnaúba, porém jamais atingirá o passado, principalmente porque os nossos carnaubais, que são nativos em nosso Estado, vem sofrendo uma quase total devastação;

4) A ANÁLISE DO PRODUTO - Em sua viagem a Londres, o senhor James Clarck conseguiu num laboratório inglês uma análise do nosso produto, cujo resultado positivo valeu uma grande valorização;

5) ANTUN ZARUR - Tio do senhor Gabriel Zarur, pai da dona Socorro, dona Maria do Carmo, senhor Abdala e senhor Jamil Zarur, este, um dos maiores ponta esquerda do nosso futebol;

6) ARTUR FERREIRA - Proprietário de uma antiga casinha na rua Jerumenha, onde em 12 de outubro de 1908 instalou-se a Loja Maçônica Igualdade Florianense, da qual fazia parte o senhor Artur, incljusive comodirigente;

7) JOSÉ RODRIGUES P. DE CARVALHO - Homem de posse financeira, porém possuidor de de grande humildade, era chamado carinhosamente por Zezinho Carvalho ou Zezinho Macaxeira, a exemplo do senhor Artur Ferreira, nos anos de 1920, desempenhou diversos cargos nas diretorias da Igualdade Florianense. Naquele tempo foi o responsável pela construção de um cine teatro, com a denominação de POLITEAMA, onde foram exibidos grandes filmes ainda sem som e eram apresentados importantes espetáculos teatrais, inclusive com peças de gente da cidade. Referida casa foi edificada onde esteve o Armazém Narciso e hoje a empresa A Credinorte.O primeiro prédio ali ficou até por volta dos anos de 1960, sem contudo abrigar qualquer tipo de gente viciada, como acontece nos dias de hoje em prédios abandonados. Depois o nosso ficalizado mudou-se para Teresina, onde continuou fazendo investimentos da contrução de edifícios;

8) NILO BRANDÃO - ( continua ... );

9) PIRIPIRI DO ITAUEIRA - Hoje com a denominação de Itaueira;

11) HOSTERNES E ALCEU BRANDÃO - Ambos tios do senhor Luiz Brandão, dedicados ao magistério, tendo aqui desempenhados as suas funções, tendo o segundo se iniciado na Loja Maçônica acima citada, mudando-se depois para Teresina, onde se destacou na sua profissão e empresta o seu nome a uma importante rua da nossa Capital;

12) HERMANO BRANDÃO - Parente próximo do senhor José Rodrigues Pereira de Carvalho e Zezinho Macaxeira, ao qual ajudaram na construção do já citado Cine Teatro Politeama;

14) A USINA ITAUEIRA - A sua sede era edificada onde hoje está o prédio da Previdência Social - INSS, que sofreu uma grande reforma;

15) JUCA CARVALHO - Cujo nome legítimo era João Viana de Carvalho, casado com dona Dorinha, pai dentre outoros de Joca Carvalho, Francisco, Raimundo e a professora Dolores. Juca Carvalho foi um cidadão de grande influência em nossa cidade como comerciante representante de várias firmas alemãs, membro de conselhos municipais na gestão Teodoro Ferreira Sobral, um dos fundadores da Associação Comercial do Sul do Piauí, responsável pela instalação nos anos de 1920 em nossa cidade da agência do Banco do Brasil, além de membro ativo da Loja Maçônica Igualdade Florianense, onde ocupou os mais variados cargos. com muitos encargos. Era avô dos senhores João e José Viana, bem como de algumas senhoras. Sua firma era denominada de J. V. Carvalho;

17, 18, 19, 20 - OS MEMBROS DO CONSELHO MUNICIPAL - José Francisco Dutra, Juca Carvalho, Francisco Pacheco Soares, todos membros da Loja Maçônica Igualdade Florianense e Leônidas Leão e Cristino Castro, ambros importantes figuras do nosso comércio;

21 - A COLÔNIA AGRÍCOLA DOUTOR SAMPAIO - Foi instalada na estrada Floriano / Nazaré, próximo ao lugar Boqueirão, como um campo experimental para desenvolvimento da nossa agricultura. Salvo melhor juízo, ainda deve existir, porém sem nenhuma utilidade, principalmente para o fim a que se destinava.

FREI ANTONIO CURCIO, O GRANDE MESTRE!


Frei Antonio Cúrcio
 Por - Élio Ferreira ( Natural de Floriano/PI, Professor de Literatura na UESPI, Doutor em Letras pela UFPE )

 Mestre, soube da notícia à noite, no mesmo dia do seu passamento. Não lhe falei do carinho, do respeito, da veneração que sempre tive pelo senhor. Julgo que não seria necessário confessar-lhe esse sentimento, embora sinta uma vontade incontrolável de declarar-me. A última vez que nos encontramos, foi no Teresina Shopping, aqui em Teresina, há três ou quatro anos, se não me engano. O senhor estava na companhia da estimada Professora Rubenita e de outras pessoas conhecidas. Foi grande a emoção. Abracei-lhe fortemente. Beijei-lhe a testa. Ah! Aquele encontro foi um dos mais emocionantes da minha vida. Uma sensação de filho pródigo tomou conta do meu coração, do meu corpo inteiro. Deveria tê-lo visitado mais vezes. Mas não o fiz. Foram infinitas as vontades que senti de ir à sua casa, ao Colégio Industrial São Francisco de Assis, em Floriano, para um reencontro, um abraço amigo. Há coisas que não se deixam para amanhã. O senhor sabe muito bem disso e sempre nos alertou acerca das obrigações e tarefas escolares. “Tempo é ouro, não percam tempo, meninos. Estudem”. Todos serão profissionais no futuro. O bom profissional não negligencia seus compromissos. O senhor nos encantava com as lições de vida, os relatos de experiência, os inventos de eletrônica, com sua perseverança e sonhos inabaláveis. Tenho um poema para o senhor, recriado das suas aulas de eletricidade e eletrônica. Nunca lhe mostrei. Escrevi-o em Brasília, em 1976:
Prezado

Eu sou o elétron,
Que se despreendeu da eletrosfera,
E desgarrado,
E triste,
E perdido,
Precipitou-se,
No vácuo que existe,
Para o além das camadas eletromagnéticas.

Agora, Frei Antônio, um amigo me telefona e diz que o senhor partiu. Faltam-me as pernas. Mantenho-me em silêncio. O amigo me consola do outro lado da linha. A vida é assim mesmo... Um dia partimos. Na manhã seguinte, pego a BR, dirijo meu carro sozinho na direção de Parnaíba, no sentido  oposta a Floriano, onde jaz. Minha mulher e a minha filha me dizem que é perigoso dirigir sozinho na estrada. Mas não negligencio os meus compromissos. Dediquei ao senhor minha palestra sobre Literatura Afrodescendente: a narrativa escrita de escravos negros do Brasil, Estados Unidos e Cuba, no IV Fórum Internacional de Pedagogia em Paraíba. Enquanto dirijo, ouço música e penso o tempo todo, meus olhos ficam cheios d’água. Há tempos não me sentia assim. Prezado Mestre, o senhor deixou o seu país para trás, a sua terra natal, num certo lugar da Itália, pais, irmãos, parentes, amigos. Não sei se ainda lembra quando nos conhecemos. Eu era criança. O senhor foi à oficina de ferreiro do meu pai, Aluízio Ferreira, para que fossem feitas as tesouras, as armações de ferro para a sustentação do teto do seu tão sonhado e querido Colégio Industrial, que estava em construção. Isso por volta dos últimos meses ou dias de 1968. No início do ano seguinte, iniciaram-se as aulas com duas turmas de quinta série, inaugurando-se uma nova história no cenário da educação de Floriano. Eu era menino, o puxador de fole para o ferreiro esquentar o ferro na forja da oficina. Este ferreiro era o meu pai, que falava do sonho de me fazer doutor. Ele também era o meu sábio contador de histórias. Frei Antônio, os seus olhos brilhavam, o senhor falava como quem fosse “um encantador de serpentes”, tal qual, hoje, digo – um griot africano narrando histórias e eventos de sua aldeia. Fui encantado pelas suas palavras ali mesmo na oficina. No ano seguinte, tornava-me aluno-fundador da sua escola. Deve lembrar que, logo no primeiro ano, nós, alunos, fizemos o campinho de futebol. Fiz parte da banda musical, do coral, do jornal escolar. Aprendemos a fazer o nosso rádio com fone de ouvir. Éramos mais ou menos entre sessenta a setenta alunos e alunas, uma irmandade. Pobres de dinheiro e ricos de coragem, solidários. Depois, o Industrial cresceu, afirmou-se como ensino de qualidade incontestável, sobretudo, com a boa performance dos alunos egressos nos exames de vestibulares e como profissionais dentro das fronteiras ou além-fronteiras do Piauí. Prezado Mestre, foram quarenta e quatro anos, quase meio século de dedicação ao ensino e à vida da cidade de Floriano. São tantos professores, advogados, engenheiros, jornalistas, médicos/as, enfermeiros/as, mestres, doutores/as, poetas, escritores, profissionais, pessoas de bem que receberam essa dádiva, o legado da sua coragem, os seus ensinamentos e sabedoria. Por último, quero dizê-lo que a árvore que o senhor plantou é como o Baobá, perdurará séculos. Da semente daquele Baobá, germinaram muitos outros Baobás amigos. Frei Antônio, muito obrigado por tudo! Descanse em paz.

Teresina, 03 de julho de 2012.





7/03/2012

REENCONTRO

Sábado último, dia 30, no famoso restaurante Carneiro na Brasa, em Teresina, fizemos o nosso tradicional Reencontro, com a presença de ilústres Florianenses, que gostam de reviver, relembrar o passado da época de ouro da Princesa do Sul.

Apesar da concorrência com as convensões partidárias do ano em curso, conseguimos reunir um bom grupo de florianenses da gema. Participaram, desta vez, os irmãos Benedito e José Reis Alves da Silva ( filhos de dona Joaninha, que recentemente completou 100 anos de idade ), o Puluca, Ubaldo e o Janclerques.

Fizemos uma retrospectiva dos velhos tempos, dos cabarés, do rio, das tetúlias, do cinema e da movimentação das praças, lugares, pessoas e carnavais e, claro, também o futebol do passado, quando Floriano brilhava nas quatro linhas.

O José Reis, que se encontra de férias em Floriano, veio especialmente para o nosso reencontro, disse que esses momentos são de grande valia, para que registros significativos de nossa história sejam preservados para as futuras gerações tomarem conhecimento.

O próximo reencontro será na AABB de Teresina, no último sábado do mês de julho. Vamos tentar reunir o máximo de amigos que amam a Princesa do Sul, comemorar a vida enquanto é tempo ainda.

Dia das Mães

  Ela tem a capacidade de ouvir o silêncio. Adivinhar sentimentos. Encontrar a palavra certa nos momentos incertos. Nos fortalecer quando tu...