1/26/2024

As Rapa Cuias

 

Por - Dacio Borges de Melo (*)

Quem anunciava a chegada do inverno eram as rapa-cuias. Pequenas pererecas de olhos esbugalhados, ágeis no pular e muito simpáticas. Seu cantar parecia o raspar de uma cuia. Daí o nome. Era uma graça, vê-las pulando de parede a parede. Tinha por elas um enorme carinho. 

Aos primeiros cantos das rapa-cuias, todos diziam: ó, a chuva tá chegando. 

Um dia perguntei pra Mamãe: Como é que ela faz tanta zoada ?

E ela disse: É que elas tão raspando a cuia.

E pra que? - Perguntei, admirado.

É pra guardarem água da chuva.

Eu disse: e é?

É, pra depois, quando a chuva passar, elas ficarem tomando banho de cuia.

E quando a cuia secar? - Perguntei.

Aí ela torna a cantar pra chuva voltar.
E eu ali de olhos arregalados, admirado na minha inocência. 

Ainda procurei por um tempo, por entre telhas e paredes a cuia das rapa-cuias. Nunca encontrei nenhuma.

A meninada já se preparava para os primeiros banhos de chuva. Lá em casa havia um bequinho que recebia toda água do telhado e jogava a mesma quintal abaixo. A gente fazia fila pra tomar banho na bica do bequinho. 

Mas o bom mesmo era correr pelas ruas, todo mundo saudando a chuva gostosa que chegava. 

Todos disputando alguns instantes nas biqueiras das casas vizinhas.

Depois saíamos pulando e gritando de rua em rua feito um bando de doidos. 

Depois, passada a chuva, a meninada, batendo queixo,  abraçavam a si mesmos como a se protegerem do frio. 

E a água a escorrer pela rua, corríamos a fazer açudes. O melhor local pra se fazer os mesmos, era no canto da quinta do Pai  Vieira e, mais à frente, diante da casa de seu Benedito, ainda beirando a cerca da quinta.

Fazíamos eu, Divaldo, Danunzio e Antônio dos Reis, enfim, a turma toda, enormes açudes, todos com sangradouro que eram talos de mamão enfiados na barreira do açude pra não acumular água demais. 

Ali cada um confeccionava e botava seus barquinhos de papel e ficava empurrando-os  pra lá e pra cá. Era uma viagem! 

Quando tudo passava, que o sol se abria, passado o frio, íamos aguardar a quebra das barreiras daqueles enormes açudes. 

Só os mais velhos faziam isso. Cada um de olho em seus barquinhos. 

Rompido o açude todos saiam alegres acompanhando a trajetória de seus barcos. 

Aquela enorme enchurrada às vezes ia até a casa de seu João Guerra, às vezes menos, em frente ao curral de seu Benedito. 

Acabada a festa, era esperar outra vez, o cantar da Rapa cuias. 

(*) Dácio Borges de Melo é florianense, filho do saudoso Mestre Walter. Atualmente Dácio mora em São Luís.

1/25/2024

Antiga Sapataria Lima

 

Nessa esquina, segundo a observação do nosso amigo Teodoro Sobral, "no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Fernando Marques,  aparece a Sapataria  Lima do senhor Chico Lima (pai do nosso colega José Firmino) e mais a frente à esquerda a Pharmácia e Laboratório Sobral."

Concluindo, diz Teodoro, "a loja dos senhores Aruda e Fauzer Bucar ficava em frente a Sapataria Lima, mas não aparece na foto. Após a Sapataria eram os sobrados dos senhores Ephipânio Borba (era assim que se escrevia) e Olégario Nunes."

À época, observa-se, os arvoredos e os paralelepípedos dando um ar nostálgico daquela época romântica que os anos não trazem mais.

"Chega de saudade" - como dizia o professor Luiz Paulo.

Memória do Futebol de Salão

Dentro do contexto romântico do futebol de salão da Princesa do Sul, nas férias de inverno, ainda é tradição e acontece o torneio nos meses de janeiro e fevereiro e, nas férias de verão, em julho, o torneio tem a sua segunda edição, atualmente realizado nas quadras da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB.










No entanto, o Futebol de Salao teve o seu inicio ainda na década de sessenta nas quadras do CEC - Comercio Esporte Clube. Os times que ali se postavam, eram verdadeiras seleções de craques, que projetaram a contento o nosso esporte por aí a fora.


Senão, vejamos a que lista de craques espetacular naquela época romântica: Antonio Luiz Bolo Doce, Petronio, Brahim, Arnaldo Pé de Pano, Nego Cleber, Bebeto, Zé Bruno, Tim, Quinto, Guilherme Ramalho, Serjao, Chicolé, Valdir, Pericles, Pompeu e outras feras.


Depois, vieram: Puluca, Mocó, Eloneide, Naudinho, Ieié, Adelmar Neiva, Cesar de Antonio Sobrinho, Gilmar Duarte, Gilson Duarte, Roberto Holanda, Herbrand, Zé Filho, Fernando, Herbran, Holandinha (Jacare), Danunzio, Ubaldo, Café, Pedim do Bode na Brasa, Guilherme Junior, Didi Futuca, Chico Patricio, Fábio Jerumenha, CarlinhosMeiota, Edilson, Amaral, Paulinho de Nelson, Ze Ligeiro, Ze Alberto Demes, Carlito de Bruno, Fefê, Josfran, exaltando jogadas espetaculares.


Mais recentemente, Caraolho, Luciano, Papagaio, Carlito, Ze Robim, Darlan, Ze Neto, Zé Carioca, João Vicente, Banana e ainda havia dois paulistas que costumavam passar suas férias aqui e davam um show.


A lista é bem maior, mas foi o que a memoria captou, mas a gente vai lembrando ao longodo tempo.


Em dezembro passado, tive o prazer de conviver 02 dias com o amigo/irmão Pitoé ( irmao de Berilim, Berivan e Benilton ), craque de bola, até hoje da show em Brasilia, um cracaço de bola, tanto no FUTSAL como no decampo. Pitoé jogou no Grêmio de Galdino formado a dupla de zaga BERIVALDO e PEDÃO, além de uma zaga segura tinha muita categoria.


E no salao, jogamos no STAR FUTEBOL CLUBE ( foto meia deteriorada acima ), mas contando a historia. Esta foto foi tirada no CEC - Comercio Esporte dia 15 de Janeiro de 1969 e o STAR tinha os seguintes craques:


De pe: Manoel Leite, Valdemir (Cumpadre), Zé Wilson Porquinha, Saturninho e Klinger de Chica Pereira.


Agachados: Berivaldo (Pitoé), Cesar de Antonio Sobrinho e Nelson Junior (Juninho de Ne Santo). Media de idade 15 anos. O time assustava, à época, os tradicionais veteranos.


Pesquisa: Cesar de Antonio Sobrinho

O fascínio do Cine Natal

 

Adolescência, cultura e amizade


Nascido e criado nas margens do outrora imponente Rio Parnaíba, na divisa entre Barão de Grajaú (MA) e Floriano (PI), relembro-me com saudade da minha inserção e predileção pela “sétima arte”, esta centenária denominação criada pelo italiano Ricciotto Canuto em 1912.

Camaradas, desde a minha inserção na diretoria da cinqüentenária Associação Florianense dos Estudantes Secundaristas (AFES) em 1977, quando nossa entidade, através da "Polícia Estudantil", ficou com a incumbência de “fiscalizar” e garantir o direito dos estudantes florianenses de usufruir o benefício da meia-entrada no também cinqüentenário Cine Natal, ali, ao lado do antigo Supermercado Triunfo, na Avenida Getúlio Vargas.

Tempos imemoriais que marcaram profundamente a nossa adolescência e a amizade perene, nas matinês com muito kung-fu, faroeste e, para os maiores de idade, muita pornochanchada, gêneros cinematográficos típicos dessa época.

O Cine Natal, sem dúvida alguma, tornou-se a melhor experiência cultural para nós, estudantes do também cinqüentenário “Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva”, do “Colégio Industrial São Francisco de Assis”, dentre outras escolas florianenses. Destas escolas, onde estudávamos, saíamos em bandos na direção do cinema para curtir os filmes em cartazes e, no meu caso, descia celeremente a Rua Castro Alves, ansioso para chegar.

Muitos camaradas queridos, cuja amizade prezo até os dias de hoje, vivenciaram essa experiência única ao ter acesso à cultura e ao entretenimento numa cidade considerada, naquela época, como a terceira mais importante do estado do Piauí.

Reverencio aqui os meus “conspiradores” do BAPA (jornal publicado no segundo ano do 2º Grau, em 1978) veículo provocativo e crítico no contexto do final dos anos 70 em Floriano. Dentre eles, Pinto Neto, Bodão, Astrobaldo, Edom e tantos outros queridos e saudosos amigos.

O fato é que essa experiência cinematográfica numa cidade do interior do Nordeste brasileiro marcou todos nós que vivemos essa época, época da distensão lenta, gradual e segura, oferecida por Geisel e pela transição que se inicia em 1979, sob o jugo de Figueiredo. Para nós, um ano mágico, quando chegávamos à conclusão do segundo grau, nos despedíamos do velho Cine Natal e vislumbrávamos o futuro, de olho na universidade, conscientes de todos os enormes desafios que haveríamos de enfrentar.

Camaradas, pretendo, paulatinamente, oferecer algumas dicas cinematográficas neste espaço virtual de modo que eu possa – humildemente – contribuir com o debate sobre inúmeras questões e temas fundamentais para que possamos compreender melhor o mundo e a humanidade através de películas de primeira grandeza. 

Em tempo: Paulo Rios Ribeiro
Veja uma de suas entrevistas no endereço:  
http://www.youtube.com/watch?v=1L_u-ulYA3I

1/24/2024

Prefeitura de Floriano lança oficialmente o Carnaval 2024 do município

 

Com o tema “É pra ser feliz”, a Prefeitura de Floriano, através das Secretarias de Cultura, Esporte e Lazer, e de Turismo e Desenvolvimento Econômico,  lançou nesta sexta-feira, 19 de janeiro, o carnaval 2024 da Princesa do Sul. Participaram o prefeito de Floriano, Antônio reis, acompanhado da primeira-dama, Carmélia Reis, os secretários das pastas organizadoras da festa, Elineuza Ramos e Marcos Veras, demais secretários, além de representantes de entidades e instituições  e convidados.

A solenidade de lançamento da festa anunciou a programação do Carnaval 2024 de Floriano, que este ano terá a duração de 14 dias, iniciando no primeiro dia de fevereiro com um grande arrastão de abertura da festa carnavalesca, que será puxado pela banda Parangolé da Bahia, atração de destaque nacional. O arrastão seguirá o tradicional percurso, com concentração próximo a antiga rodoviária de Floriano, até o cais da beira-rio.

Vários eventos carnavalescos realizados pelas secretarias municipais precederão o carnaval propriamente dito, do dia 10 até o dia 13 de fevereiro, período em que serão realizados 2 arrastões, o “Carnaval da Família” e o Desfile das Escolas de Samba. No dia 14, a apuração do desfile fecha oficialmente a programação.


Ao todo, 15 bandas, entre atrações de destaque nacional, regional e municipal, se revezarão na animação do carnaval 2024, tanto nos arrastões como festa que entra pela madrugada, no cais da beira-rio. São Elas: Baratinar, Christian Marques e Nanaê, Danny Melody, Hiury Barros, Jhonny O BB, Kayo Freitas, Léo Cachorrão, Luketa, Matheus Lima, Oh Polêmico, Parangolé, Samba Brother, Sávio Grazz e Banda Baibaxá e, Selva Branca.

Em seus discursos, os secretários destacaram a tradição de Floriano em fazer um dos melhores, mais animados e seguros carnavais do Estado, atraindo milhares de turistas, gerando emprego e renda para a cidade. O prefeito Antônio Reis também exaltou a festa. “Vamos fazer um carnaval grandioso, uma festa como diz o tema pra todo mundo ser feliz!” concluiu.

A festa de lançamento do carnaval de Floriano teve a participação do Rei e Rainha da Beleza negra, de carnavalescos das escolas de samba Mocidade e Arrocha Um Aperta o Outro, que levou sua fanfarra, rainha de bateria e casal de mestre sala e porta bandeira que deram um show de animação, encerrando a festa de lançamento da folia, que teve ainda a animação em ritmo baiano  do cantor Cleyson Máximo e uma apresentação das crianças do grupo Nova Geração.

Fonte: Prefeitura de Floriano

Os Piratas de Antonio Sobrinho

 


OS PIRATAS DE ANTONIO SOBRINHO

Fotografia do Bloco OS PIRATAS no carnaval de 1957 - Antonio Sobrinho, Clóvis Ramos, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Pedro Atem, Vicente da Mangueira e uma Legião de amigos )

ENSAIOS: PRÍIIIIII, PRÍIIII - os treinamentos aconteciam na residência de Antonio Sobrinho, mais conhecido como “Decente”, na avenida Eurípides de Aguiar ( hoje funciona uma capotaria ), ficava no centro da sala, com uma prancheta na mão e um apito na boca, comandando os ensaios, gesticulava muito, era só príiiiii pra lá, priííí pra cá, ouvido apurado, percepção, conhecimento, sabia quem estava tocando errado e com um olhar orientava o companheiro para se enquadrar.

MARACÁ DE “H” SEM PEDRAS - tinha os que queriam brincar, mas não conseguiam acompanhar o ritmo, pois o grupo entendia do riscado, afinadíssimo, mas não tinha problema, “Decente” arrumava um jeito: pegava o maracá, tirava as pedras e falava – agora, faça sucesso “homi”, arrebenta. O componente ficava só fazendo o agá, como que estivesse batendo e, com o dedo polegar em sinal de positivo, “Decente”, aliviado, deixava o folião feliz. É mole! Já existia isso! Caramba! Deixa pra lá!

ESQUENTANDOS OS TAMBORINS – havia um detalhe importante e curioso nos ensaios. Como os tambores eram de couro de cobra, bode, boi e outros animais, os foliões, muito exigentes e querendo fazer uma bonita exibição, acendiam várias fogueiras para esquentar e afinar o som dos tamborins, tambores, um espetáculo a parte.

ESTANDARTE - Antonio Sobrinho foi um dos maiores carnavalescos do Carnaval de Floriano dos anos 50/60, período romântico, com o seu bloco “Os Piratas”. E como folião, alegrou muita vezes o carnaval de rua da Princesa, com os seus sons e batuques, com a sua maneira diferente de dançar conduzindo o Estandarte nas mãos, levando a sério e parecia mestre sala de escola de samba do Rio de Janeiro. Dava show e arrancava muitos aplausos na Avenida Presidente Vargas e nas ruas onde o seu Bloco passava. 

FANTASIA DIFERENTE TODA DE SEDA - Era gostoso ver as cores da fantasia em seda: a bandana-vermelha usada na cabeça, a blusa-preta com uma caveira cravada no bolso do lado esquerdo, a calça-amarela, o tapa-olho preto em todos componentes do bloco Os Piratas.

MENINO NÃO ENTRA - Nos ensaios os meninos não entravam, os amigos de Júnior: Chico Cangury, Chicolé, Tadeu... pegavam o bigu, para depois dos ensaios a garotada ia guardar os instrumentos, claro imitando os artistas da batucada, fazendo aquela zueira!

IMITAÇÃO DO BLOCO “OS PIRATAS” - Quando terminava o carnaval, Júnior, César ( era pequeno ), Chico Cangury, Chicolé e outros colegas nossos, pegavam alguns instrumentos, pedaços de ferro, madeira, latas, panelas de alumínio, tudo que pudesse emitir som, formavam o nosso bloco e saia rua acima e rua abaixo, puxando o ritmo de samba e éramos, até, aplaudidos.

MÚSICAS INESQUECÍVEIS: Maracangalha, O Que Estou Aqui Na Terra, Vem Chegando A Madrugada, Madalena, Tenha Pena De Mim, Recordar É Viver.

JERUMENHA NO SÁBADO DE CARNAVAL – Várias vezes o bloco “Os Piratas” foram convidados para brincar o carnaval na cidade Jerumenha, sempre aos sábados. A viagem era feita de caminhão e o bloco era aguardado por uma multidão!

VISITAS AGUARDADAS COMO TROFÉUS - Às 15 horas “Os Piratas” iam visitar e alegrar as residências da sociedade: Tiago Roque, Sólon Miranda, Edmundo Gonçalves, Mestre EuGênio, Arudá Bucar, Fauzer Bucar, pai da Cordélia ( Juiz ). Antonio Anísio Ribeiro Gonçalves, Bernardino Viana.

MOMENTO MÁGICO! INIMITÁVEL!

ENCONTROS DE GIGANTES - no final da tarde o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano. Um momento de rara beleza! O encontro de todos os blocos na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba.

“OS PIRATAS”, componentes sob a batuta do líder e fundador Antonio Sobrinho ( maior mestre do Estandarte, segundo o barbeiro Zé Venâncio ) - Clóvis Ramos (mestre do Estandarte, depois comandou o bloco “Os Malandros”), Pedro Atem, Expedito Leal, Adauto Perna de Gato, Arnaldo Pé de Pão, Alcides Garcia “Del Bueno”, Chico Perna Santa, Mário Anselmo, Geraldino, Ieié (Miguel Borges), Pedro Demes, Pedro Neiva, Antonio Pereira Filho, Chico Pereira, Antonio José Boquinha, João Alfredo, José Anésio Batista, Jofran Frejat, Bernardino Feitosa ( Seu Dino ), José Soares da Pernambucana, Engrácio Neto, Luis Paraibano, Vicente Rodrigues de Araújo ( participou com apenas 14 anos na época, hoje comandando a Escola de Samba Mangueira ).


Depois que Antonio Sobrinho, o famoso “DECENTE” cansou de brincar com Os Piratas, ele adquiriu um Jeep, e nos carnavais colocava a moçada no veículo e participava do desfile de carros fazendo o percurso ( corso ) na avenida Getúlio Vargas, Praça Dr. Sebastião Martins, Av. Eurípedes de Aguiar, com a moçada esguichando com seringas coloridas água nas pessoas complementavam a beleza do evento arremessando serpentinas e confetes na multidão, que recebiam com aquela alegria estampada no rosto, contagiando a todos!

Fonte: Cesar de Antonio Sobrinho

1/23/2024

Os Malandrinhos


O carnaval de hoje está consolidado, moderno e voltados para uma febre de consumo sem limites. Os grandes desfiles, hoje, são espetáculos para despertar turístas e incautos.

 


(Na foto acima, observamos os Malandrinhos Zé Geraldo (filho
de Geraldo Teles), Jorge Carcamano, Arnaldo Pé de Pão, Demes e, na frente, em pé, Pedro Attem, comandando a moçada).

Dentro do contexto romântico de nosso carnaval, o famoso bloco OS MALANDROS participou, efetivamente, de duas fases importantes, a primeira, quando foi fundado, na década de 40, pelos foliões Rolo Ferreira, Zé Ferreira ( ambos filho de seu Vicente Roque ), Daniel Bicudo ( filho de seu Zé Leonias e irmão de Budin e Lulu ) e Rafael.

A segunda fase, em 1961, em Brasília, os florianenses, apaixonados pelo carnaval da Princesa, decidiram, que quando retornassem a Floriano, reativariam o bloco. O que realmente aconteceu. Os baluartes dessa brilhante idéia, foram os malandristas Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Chico Perna Santa, Colega, Jamil, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha” e Pedro Atem.

Curiosidade:

no ano de 1963, esse famoso bloco deixaria de sair com o nome "OS MALANDROS" e desfilara numa única vez como bloco OS DOMINÓS. Isso aconteceu por causa da morte de um dos integrantes mais famoso do blcoco - Defala Atem.

FIGURANTES:

Eleonora Demes, Nadja Demes, Sara Demes ( estas, irmãs de Mussa Demes e Alcides Del Bueno ), Nice Lurdes, Aldenora ( irmã de Genison ), Maria Mazuad ( irmã de Issa, Brahin e Gaze Mazuad ), Maricildes Costa ( eterna Miss Piauí – Filha de Alcides Costa, músico e Tabelião ).

COMPONENTES DO BLOCO:

Clóvis Ramos ( estandarte e líder do grupo ), Pedro Atem, Chico Perna Santa, Colega, João Alfredo, Lisboa ( piston ), Antonio José “Boquinha”, Alcides “Del Bueno”, Jamil Zarur, Assis, Miflin, Mário Anselmo, Ratin Pintor, João Batista, Pompéia, José Soares da Pernambucana, Brahin, Bernadino Feitosa ( Seu Dino ), Parnaibano, Poncion, Lisboa do Piston, Aldênio Nunes, Caçula, Pauliran da Costa e Silva, Arnaldo Pé de Pão, Joaquim Portela, Engrácio Neto, Netinho, Maria Roxa, Herbrant ( Mano, filho de doutor Herbrant ), Luis Paraibano, Zé Geraldo Teles, Neguinho Sapateiro, Jorge Adala Lobo, Pedro de Alcântara, Estevão, Argeu Ramos.

MÚSICA ( enredo ) DOS MALANDROS:

NÓS SOMOS OS MALANDROS
COMPOSIÇÃO:

Alcides “Del Bueno” e Pedro Humberto Demes ( irmão de Mussa Demes ).

EVOLUÇÃO E MARCAÇÃO PARA NÃO PERDER O RITMO!

Alcides “Del Bueno” ( Tarol ), Parnaibano ( Tarol ), Engrácio Neto ( tarol ), Adauto Perna de Gato ( surdo ), Chico Perna Santa ( surdo ) e Assis ( Surdo ).

ENCONTROS DE GIGANTES:

No final da tarde, o desfile dos blocos na avenida Getúlio Vargas e praça doutor Sebastião Martins, no centro de Floriano.

Um momento de rara beleza! O encontro dos blocos Os Malandros, Os Piratas e Os Foliões na altura dos bares: São Pedro, Sertã, Churrascaria Carnaúba. Uma delícia! Inesquecível!

Colaboração:

Alcides “Del Bueno” Clóvis Ramos e Joaquim Portela, todos participantes do bloco Os Malandros.

Fonte: César de Antonio Sobrinho

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...