12/16/2019

Retratos do nosso futebol



HOMENAGEM AO GOLEIRAÇO DO CORISABBÁ  ÁLVARO 

Álvaro Alexandre da Silva, nasceu em Campina Grande-PB em 30.03.1971, casado com a Sra. Jacira Maria Lima, agradecem pelos filhos que Deus os deu: Walkyson Ellery, Anália Priscilla e Douglas Fernando, funcionário Municipal, no estádio Tiberão onde foi Campeão Piauiense de Futebol de 1995 pelo Corisabbá.

Num papo descontraído com Álvaro, foi surgindo perguntas e respostas interessantes.

- Como você chegou ao time Corisabbá?

- Foi através do Arrudá Bucar, torcedor fanático do Ceará, e nos conhecemos em Fortaleza-CE.

- Como foi o convite para você jogar no Corisabbá?

- O início da minha carreira foi no Campinense, depois no América até chegar ao Ceará Sporting. Fiquei parado por um tempo, e voltei para Campina Grande-PB, quando fui contatado pelo Arrudá, me convidando para jogar em Floriano-PI, topei na hora, isso aconteceu em 1992, quando cheguei fiquei maravilhado com a cidade e com a organização da diretoria, com planejamento para ser campeão.

- Qual a formação do Corisabbá que você mais gostou de participar?

- Corisabbá de 1995, time entrosado e comprometido: Álvaro, Dênis, Carlos Silva, Dilvan, Júlio César, Andrade, Filinho, Valdo, Walberto, Bitonho e Fabinho.

- Você recorda de algum fato pitoresco do timaço Corisabbá?

- Rapazzzz o Corisabbá jogou sete vezes com o Caíçara de Campo Maior, e ganhamos todas, taca muita.

- Quais outros times que você jogou?

- Joguei nos times: Parnaíba, Oeiras, River, Moto Clube, Tocantinópolis, mas a minha grande paixão é o Corisabbá.

- Você se adaptou bem em Floriano?

- Amigo tem um ditado que diz: “Quem bebe da água do Rio Parnaíba, jamais esquece”, e, aconteceu comigo, fui mergulhar nas águas do Parnaíba, pisei num buraco, quase morri afogado, não só bebi água como entrou por todos os lados.

Pesquisa:
Adm.: César Augusto de Antonio Sobrinho
Floriano, 13 de dezembro de 2019.

RETRATOS DE FLORIANO


Amo todas as mulheres 1936
Primeiro filme exibido no Cine Natal

O PASSEIO EM FRENTE AO CINE NATAL

Colaboração – Nelson Oliveira


O título dessa página foi uma prática adotada durante muitas décadas, sempre aos domingos, a partir das sete horas da noite.

O Cine Natal (foto dos anos de 1940) exibia diariamente, em duas sessões, uma às 18 horas e a outra às 20 horas; e aos domingos às 19 horas, costumeiramente, era iniciado o referido passeio protagonizado pelas senhoritas da época, da elite, e consistia de inúmeras pessoas de braços dados, percorriam o espaço compreendido entre a esquina com a rua Fernando Marques, até onde esteve funcionando, por muitas décadas, o Supermercado Triunfo e atualmente está estabelecido o AVISTÃO, especialista na comercialização de calçados, num movimento constante, na mais perfeita ordem, onde, durante o dito movimento, elas conversavam entre si, abordando diversos assuntos relativos a cada qual.

Às 20 horas e 30 minutos, momento da segunda sessão do cinema, o movimento enfraquecia e, às 21 horas, já tinha se extinguido o referido movimento naquele palco que era constituído de uma ampla calçada de mais ou menos cinco metros de largura delicadamente mozaicada pelo proprietário do cinema, o senhor Bento Leão.

Enquanto as belas senhoritas daquele tempo desfilavam, os pretensos e os namorados, os primeiros, através de flertes ( o olhar ) com os já namorados, permaneciam à beira da calçada, esperando as conquistas do momento e das já conquistadas.

Alguns, na hora da segunda sessão do cinema, ingressavam no local para se deleitarem dos bons filmes da época e os demais, que já tinham conquistados alguém, saíam em busca da casa da nova conquista.

Aquele local foi sem dúvida nenhuma responsável por muitos romances que resultaram em felizes casamentos, que apesar da tão falada modernidade pregada por alguns, ainda persistem em nossa sociedade, com netos e filhos e até bisnetos, numa demonstração de que o amor, em todos os tempos, é o mesmo com a diferença de que existiu o respeito recíproco entre o homem e a mulher, atributos aqueles que atingiam quem vinham depois; infelizmente, hoje, isso não ocorrem nossa sociedade, onde se constata inversão de valores com a roda grande querendo passar por dentro da pequena e se isso acontecer, certamente, veremos Sodoma e Gomorra renascer.

Felemos também da outra classe social, que se reunia na calçada defronte. Ali onde é a sede da 5ª Região Fiscal, também havia ajuntamento por volta dos anos de 1950, de pessoas da classe operária, sem contudo o clássico passeio.

No prédio citado, existia a Confeitaria São Jorge de propriedade do senhor Abdias Pereira, que naquele tempo desempenhava o papel das hoje lanchonetes, servindo todo tipo de merenda e alguns tipos de bebidas. Aos domingos com excelente frequência até às nove horas da noite, logo após o início da sessão de cinema com todos retornando às suas casas ou se dirigindo para outro local de diversão.

Se não me falha a memória, na gestão do prefeito Francisco Antão Reis, na década de 1960 houve melhoramento na praça doutor Sebastião Martins, visando a transferência para aquele logradouro, daquele movimento em frente ao Cine Natal, que na verdade se iniciou, entretanto, daquele movimento nunca com entusiasmo que havia no primeiro e que por isso teve efêmera duração, apesar da modernidade da praça, onde existia até uma fonte luminosa e de maior espaço.

Mas é assim, o povo é que é o dono da verdade.

12/12/2019

Reunião entre o prefeito Joel Rodrigues e COEF define o formato do Carnaval 2020


O carnaval da Princesa do Sul reúne milhares de foliões todos os anos e é considerado uma grande atração turística, que gera incentivo e impulsiona a economia da região. Na manhã desta quarta-feira (11), o prefeito Joel Rodrigues se reuniu com a Comissão de Eventos de Floriano – COEF, presidida pelo vice-prefeito Antônio Reis, visando traçar as estratégias para a realização do Carnaval 2020. Durante a reunião, a equipe discutiu o formato dessa grande festa e definiu a data de lançamento, que ocorrerá no dia 25 de janeiro de 2019.
Carnaval 2020

Este ano, o carnaval será realizado de 22 a 25 de fevereiro. Ficou definido que o carnaval da Princesa do Sul será composto de quatro noites, que vão de sábado até a terça-feira, não mais iniciando na sexta, cuja animação ficará por conta do Bloco das Virgens e blocos privados. Serão dois arrastões, o primeiro no sábado e o segundo na segunda-feira, além do arrastão dos paredões que está previsto para o domingo. Na terça de carnaval, permanecerá o desfile na Avenida Getúlio Vargas e haverá banda no Cais, com atração local.

Nesta primeira reunião, a Prefeitura de Floriano decidiu manter a tradição e o incentivo financeiro para as escolas de samba, que podem se preparar e aguardar a divulgação do edital de participação no dia 18 de janeiro. Os profissionais liberais que trabalham com barracas nos dias do evento poderão ter acesso ao edital que será divulgado no dia 27 de janeiro. Em breve, toda a programação de bandas do evento será divulgada.

Diante das grandes dificuldades financeiras pelas quais passam os municípios brasileiros, não diferente do que vive Floriano, o prefeito Joel juntamente com sua equipe, decidiu que não será possível promover a Festa de Réveillon, tendo em vista a proximidade do Carnaval de Floriano. “Consideramos que o nosso carnaval é o maior evento popular de Floriano, gerador de emprego e renda para a população e arrecadação municipal e que eleva o nome de Floriano, como cidade turística”, disse o gestor. (Fonte: SECOM).

12/11/2019

Retratos de Floriano

Rua Silva Jardim

Rua do Pau-não-Cessa


Rua silva Jardim. Essa rua tem o nome do jornalista e propagandista das idéias republicanas Antonio Silva Jardim Ele era do Rio de Janeiro e nasceu em 1863. Era uma figura um tanto antipatizada pela sua maneira de fazer a propaganda da República. Morreu em 1891, quando visitava o vulcão Vesúvel na Itália, e caiu numa fenda dentro do vulcão, no momento em que o Vesúvel estava em erupção.

Essa rua, contudo, em tempos antigos - 1920 - era chamada de rua do Pau não Cessa, nome que conservou até poucos anos.
Rua do Pau-não-Cessa
Ainda hoje os mais velhos a chamam por esse nome. Essa rua foi, por décadas,, a zona do baixo meretrício. Ali a prostituição teve seu auge em Floriano.

Embora fosse uma rua cheia de qintas, nos anos vinte, ela tinha algumas construções,, como a casa de Reinaldo Meneses, o velho Cansansão, a casa do Rogério, famoso bar e casa de cômodos para mulheres, a boite Casa Amarela e o bar da Joana Preta.

Por que o nome rua do Pau-nao-Cessa::? Ali se reuniam com a grande movimentação de vapores em Floriano, os marinheiros ou embarcadiços ou os "porcos d´água" como pejorativamente eram chamados os que trabalhavam em vapores e barcas.

Quando eles chegaram a Floriano iam beber e farrear naquele local e entravam em conflito com a polícia local. Apanhavam dela mas também aplicavam surras nos policiais e aí ficavva estabelecido o conflito ou essa pequena guerra.

Todo dia era assim: o pau cantava e os boêmios caiam na taca. O pau não cessava nas costas dos marinheiros. Daí começaram a chamar a rua de rua do Pau-não-Cessa.

Essa é a versão corrente, contada por pessoas que viveram naquela época e conheceram de perto aquela zona de cabarés.

Hoje o tempo passou, muitas casas já caíram e a rua pouco a pouco foi se transformando em rua de comércios.

A boemia acabou e o pau já não quebra como antigamente,

Fonte Flagrantes de uma cidade 1997

12/09/2019

Resenhas do nosso futebol

RAIMUNDO BAGANA

PALMEIRAS DE BUCAR 1966 no Estádio Mário Bezerra. De pé: Reginaldo, Sádica, Antonio Luis Bolo Doce, Bitonho, Perereca e Osmar; Agachados: Zilmar, Carlos Pechicha, Bagana, Bucar, Antonio Guarda, Brahim e Petrônio.

BAGANA - ARREPIA, ANTONIO GUARDA! JÁ BATI!


- Como surgiu esse apelido tão interessante?


- Moço, era fumaça demais, não podia vê uma bituca, cigarro, era impressionante!

Raimundo Nonato de Sousa, “Bagana”, nasceu em 16 de outubro de 1942 na rua Hermano Brandão, 64 anos, casado com Dona Maria Helena Sousa, suas filhas, seu encanto! Fala orgulhoso: "consegui forma-las, todas": Célia Regina, pedagoga; Rosa Régia, enfermeira; Flávia Regina, Psicóloga do Detran; e Patrícia Régia, enfermeira; os(as) netos(as): Isabel Cristina, Hildener Carvalho, Laura Helena, Flávio Júnior, Vitória Régia, Bárbara Letícia e Marcos Vinicius. Raimundo Bagana, com 8 anos, já batia um bolão na zaga nos campos do Odorico, Campo do Artista...

- Você continua participando dos eventos esportivos de Floriano?

- Sim, sou comentarista esportivo na Rádio Difusora de Floriano.


- Quais os times que você jogou?


- América de Demerval (Cascalho), Ferroviário, Palmeiras, Comércio e Grêmio.


- E o time que você mais gostou de jogar?


- Sinceramente, era o Palmeiras, principalmente o de 1966.


- Você lembra a formação do time do Palmeiras?


- Fácil, fácil: Bucar, Brahim (Reginaldo), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (jogador marcado por ele, sofria, era um carrapato, osso seco); Zilmar e Bitonho; Reginaldo, Sádica (tive sorte, só joguei do lado dele!), Antonio Luis Bolo Doce (tive mais sorte ainda, esse matava qualquer um!) e Perereca. Jogavam ainda: Petrônio e Osmar.


- Como era o comportamento da torcida do palmeiras?


- Vibrante, não perdia os jogos, estavam sempre do nosso lado, e uma coisa interessante, tinha uns torcedores, que no momento lembro de dois, eram fanáticos: Alcides (Del Bueno) e Cabo Salim, quando o Palmeira ia entrar em campo, eles gritavam! “LÁ VEM OS PIRIQUITOS”, homenagem as camisas verde do time, era um barato, demais!


- Qual o time que vocês tinham com rival?

A resposta foi na ponta da chuteira, com trava!


- Foi o ferroviário, a gente sentia prazer de ganhar deles, era como se fosse um título!


- Teve algum atacante que você tinha dificuldade marcar?


- Bom, como só joguei sempre do lado de Sádica e Antonio Luis Bolo doce, me considero um zagueiro de sorte, pois a dupla desequilibrava, desestruturava qualquer esquema de jogo! Mas Jolimar, irmão de Parnaibano, era difícil, ele escondia a bola, rapaz, quando lembro, me deu muito trabalho danado! Os zagueiros sofriam com ele!

- Bagana e Antonio Guarda eram uma dupla de zagueiros respeitados, e com relação a frase que existe por aí: “UM BATIA, OUTRO ARREPIAVA”, é mito ou é verdade?


- Meu amigo, era verdade, mas era só na bola, as vezes escorregava!


Caramba! É verdade!

Fonte: César de Antonio Sobrinho

12/06/2019

RETRATOS


Em 1936 existia, em Floriano, o Instituto Santa Teresinha, sob orientação do professor Zezinho Vasconcelos. Nos anos de 1938, o então promotor público e inesquecível doutor Manoel Sobral Neto - educador de gerações - comprou o citado instituto e nos anos quarenta criou, então, com o nome de Ginásio Santa Teresinha, o curso ginasial de Floriano.

Essa escola formou, com sua disciplina espçartana e seu ensino de alto nível, centenas de jovens de Floriano e de toda a região do sul do Piauí e Maranhão.

Ficou famosa a expressão " fulano de tal estudou no Santa Teresinha... " Esse educandário fazia uma educação voltada para a formação intelectual do aluno sem esquecer, contudo, a formação moral e artística.

Quantos não se lembram do professor de francês doutor Teodoro Sobral, do professor de latim padre Pedro, da inesqucível Moema Frejat e Quelita Frejat, da professora de artes aplicadas Raimunda Carvalho, Maria Hermínia Rocha e tantos outros.

Mais tarde, o ginásio, com a ida do doutor Sobral Neto para Brasília, ele foi vendido para a professora Adélia Waquim, Ivan Carneiro, Padre Almeida e assim ficou muitos anos. Esta escola de formação foi uma das páginas de ouro de Floriano.

Seu nome está gravado em ouro no coração de Floriano: " vem santinha, iluminar nossa esperança / Teresinha, lá do céu junto ao trono de Deus... " Esse era o estribilho do seu hino, que ainda hoje emociona. Vale a pena sentir saudade dessa escola.


Fonte: flagrantes de uma cidade / Luiz Paulo Lopes

Histórias do nosso futebol

Quinteto fantástico
Quinteto Fantástico

Dentro do contexto romântico do desporto florianense, ainda nos anos de 1970 brilhava diversas atividades desportivas, como a Semana do Esporte, as Regatas de Julho, as maratonas, o futebol e voleibol feminino e outras atividades que rolavam pela periferia da cidade.

Havia uma certa empatia dos dirigentes e a sociedade com toda essa demanda, gestores, colaboradores e, inclusive, oficinas de recursos humanos desenvolvidos pelo Movimento de Educação de Base (MEB), que despertavam o interesse da juventude no prosseguimento de sua educação para a vida.

Como exemplo, citamos a foto acima com esse quinteto acima |(foto), mostrando a sua colaboração dentro do futebol amador local. Pela ordem, o Toinho, Loiola, Eloneide, Marquinhos e Zé Bruno aguardavam mais uma rodada do campeonato florianense daquele período romântico nos anos de 1970.

Atualmente, não temos mais o brilho de antigamente. O processo de consumo da produção de massa tem atrapalhado a nossa cultura. Se cultiva muitas "porcarias" que têm afastado a nossa juventude dos bons costumes, mas ainda acreditamos numa nova revolução.

Quem viver, verá.

Semana da Consciência Negra

  A Semana da Consciência Negra Kizomba promete emocionar e inspirar Floriano nesta terça-feira, 19 de novembro, com uma programação rica em...