7/16/2018

Retratos de Floriano


RELEMBRANDO FLORIANENSES DA GEMA
HUGO VITOR GUIMÃES

Hugo Vítor nasceu em 17-11-1898, em Floriano -PI e faleceu em 16-11-1950, em Fortaleza-CE. Jurista, poeta, genealogista e historiador.

Era filho de José Fernandes Lima Guimarães e Maria Eugênia da Costa e Silva Guimarães.

Diplomado pela Faculdade de Direito do Ceará. Como acadêmico fez parte do Recreio Literário Soriano de Albuquerque.

Foi diretor da revista A Conquista e como literato e jornalista escreveu para os jornais literários do Piauí e do Ceará.

Foi redator e chefe de A Semana, redator de O Nordeste, Correio do Ceará, O Povo, O Estado e Unitário. Foi um dos fundadores da Sociedade Cearense de Geografia e História. Pertenceu ao Instituto do Ceará, à Sociedade Geográfica de Cuba e ao Instituto Heráldico Genealógico de São Paulo.

Floriano Perde um Grande Filho

Floriano - Piauí. 15 - XII - 1950
Pesquisa: José C. de Andrade Sobrinho
(Da Associação Piauiense de Imprensa)

“Hugo Victor falecido, há algum tempo, em Fortaleza, onde residia, quando atingido aos albores da sua juventude, já era uma celebração, que sofria o peso de uma angustiosa situação, num meio de seringalistas, que traficavam com os centros de exploração de euphorbiaceas e apocyneas (borrachas); altamente cotada no mercado de Liverpool, os quis, com muito raras e honrosissímas exceções, fechavam-se neste dilema, de puro materialismo: _ Ganhar dinheiro...

Se um gênero de notícias interessava ao ativo habitante de Floriano, cidade que florescia, isolada pelas distâncias: - A alta de preços de borrachas, couros de boi, peles domésticas, resinas e folhas de jaborandí. E era esse incrível ambiente que torturava a grande alma de Hugo Vitor, debatendo-se, na sua revolta, contra esse misero estado mental, que predominava e o fizera, por sua vez, fechar-se nesta preocupação absorvente: - Sair para viver espiritualmente.

Foi nesse estado de coisas que cheguei a Floriano, vindo de Teresina, onde havia passados quatro anos, mantendo assídua convivência com rapazes esforçados e vontadosos que compunham a turma de estudantes que, então, cursava o velho Liceu Piauiense, vizinho da casa em que eu trabalhava comerciando. Trazia, na cabeça, uma enorme coleção de versos encantadores, de poetas vários, e, num dos primeiros “adjuntos” a que compareci, receitei um belíssimo soneto de que me resultou um sucesso pelo avesso:

- O moço é poeta... Vejam para que ele havia de dar...

E, nesse diapasão, a conversa espalhou-se e passei a ser visto com maus olhos, pela agente da terra, menos por Hugo Vitor que, no dia seguinte, procurava-me e inquiria:
- Soube que recitou um belo soneto na festa de ontem!...

- É verdade... Mas... O meu arrependimento foi completo... Estou desolado... Notei que aqui não se toleram versos, por melhores que sejam...

- O soneto era da sua lavara?

- Não. Nunca escrevi versos. Era de Olavo Bilac.

Pediu-me que o recitasse. Recitei. E, ao terminar, Hugo Vitor agrava-me com efusão, num grande abraço, que era uma consolação misericordiosa para o meu desapontamento. Queria uma copia do soneto e o lhe ditei a copia. E, desde então, acamaradamos.

Logo depois, Hugo Vitor, com a sua imaginação irrequieta, fundou aqui um grêmio literário que, por sua vez, não escapou à crítica feroz do meio, tanto mais amarga quanto provinha de quem absolutamente não tinha autoridade para fazê-la, mas não desanimava.

Mais tarde, perdia a sua digna genitora, Senhora de excelsas virtudes, o vinha perdendo aos penates, e arribou, para não mais voltar a sua terra berço. Antes da partida preocupou-me, narrou as esperanças que o embalavam e aconselhou-me, fraterno:

- Meu amigo, vá se embora daqui. Você não merece ficar num meio que faz a gente emburrecer...
Não pude tomar o seu conselho e, por cerca de 1928, fui encontrá-lo em Fortaleza, em dificuldades, que provieram de inglória luta política no interior do Ceará, sendo, em razão dela, afastados das funções do cargo federal que exercia e que, mais tarde, recuperou galhardamente. E contou-me ter sido convidado par a redação de um jornal, chegado a Maçonaria, bem como a sua resposta decisiva:

- Prefiro morrer de fome, a aceitar o convite para tal redação,

Era inflexível no dogma da sua fé. Herdada a excelente formação moral da sua genitora e era, como ela, católica cem por cento. Uma particularidade o fazia oscilar um tanto, para uma superstição que o preocupava. E contou-me:

- Dias antes do falecimento da Mamãe, os pombos, que eu criava, com desvelada carinho, lá em casa, como que tomados de pânico; voaram e se foram para nunca mais voltar, exceto uma que era, mais ou menos, a mãe da família e que, examinada, verifiquei ter uma asa quebrada, por isso que não se fora também.

E relevando comentários que, então fizera:

- Tia Celé, vai acontecer uma cousa aqui em casa e não será boa... Os pombos se foram por uma vez...

E, de fato dois ou três dias depois da estranha deserção, morria a sua querida Mamãe, Dona Maroca, que era estimadíssima pela população da cidade e ocupava a presidência do Apostolado do Coração de Jesus.

Em 1934, Hugo Vitor abriu-me as portas do Colégio da Imaculada Conceição, ótimo educandário em que fizeram estágios as minhas quatro filha Tancy, Lucy, Jacy e Lisete, que sempre tiveram, da parte dele, um acolhimento quase paternal, prendendo-me, já agora, por imorredoira gratidão, que sinto-me no dever de externar.

O brilhante intelectual piauiense era, como advogado, historiógrafo e jornalista dos melhores, estimadíssimo em Fortaleza, onde várias vezes prestou relevante colaboração na política administrativa do Estado, cuja imprensa já pos em relevo a sua atuação como homem de letras. Portanto, as traços e as particularidades que mal venho expressando, em um preito de homenagem ao meu saudoso amigo Dr. Hugo Vitor Guimarães, quero publica-los como o mais humildade acréscimo ao rosário de lagrimas com que tantas pessoas, de todas as camadas sociais, como eu, formaram um tumulto que o merecia de verdade (...)”

Fonte: Almanaque do Cariri, 1952


7/12/2018

Retratos da Cidade

Floriano em 1964
Certa vez, o saudoso Padre Pedro, numa de suas belas tiradas, quando foi abordado na famosa praça doutor Sebastião Martins, por dois florianenses natos, os economistas Tibério Melo, filho do senhor Melo da Escola Progresso de Dactilografia, e Raimundo Carvalho, filho do senhor Joãozinho Guarda, perguntando ao nosso querido pároco, como estava Floriano na condução de seu progresso.

Astuto, intuitivo, sensível e, porque não dizer, irônico, o velho padre exaltou toda a sua grande presença espiritual, o seu senso crítico, respondendo de forma hilária à indagaçao dos dois florianenses, que passavam férias à época.

- É, seus meninos, Floriano se tornou, agora, uma grande exportadora de garrafas vazias...

Retratos de Floriano


 
Aí funcionou um dos primeiros
campos de futebol de Floriano
Que tal esta pelicula maravilhosa do Terminal Turistico, foto que desperta a saudade e o sensibilidade de quem gosta de Floriano.

Segundo algumas fontes, aí também foi um campo de futebol, onde se disputavam grandes jogos. Sao mais de cento e trinta anos de história que representa essa paisagem.

Ah, se pudessemos voltar no tempo!

7/11/2018

Reunião avalia ações do aniversário de 121 de Floriano

Reunião de Avaliação
Na tarde desta terça - feira (10), o prefeito Joel Rodrigues e o vice-prefeito Antônio Reis,  estiveram em reunião com os secretários municipais de todas as pastas, para avaliação das atividades do aniversário da cidade. Os secretários puderam avaliar e expor os resultados, destacando as obras realizadas, pontos positivos e melhorias para o próximo ano. 

No aniversário de 121 anos de Floriano, obras de grande repercussão foram entregues à comunidade, como é o caso da rua São Pedro, além de diversas unidades básicas de saúde, praças, escolas e creches reformadas, e da Prefeitura Itinerante, evento que trás serviços básicos das secretarias para a comunidade em um só local.

Outra pauta importante diz respeito ao  planejamento de ações relevantes à comunidade, como inaugurações que serão realizadas no segundo semestre,  dentre outras atividades.

 "São trabalhos realizados através da integração das pastas municipais que contribuem para melhoria da qualidade de vida da população, sendo assim, a avaliação dessa semana tão importante é necessária para traçarmos um planejamento, visando o bom êxito e melhoria no desempenho dos próximos trabalhos", disse o prefeito Joel Rodrigues.

Fonte: Secom

Em tempo:

Com relação ao desporto, a Prefeitura ainda está deixando muito a desejar. O Cori-Sabbá, por exemplo, praticamente desistiu de disputar a segunda divisão do campeonato piauiense deste ano por conta de ajustes do Estádio Tibério Nunes.

Achamos que a Prefeitura deveria avaliar e atuar nessa prerrogativa, no sentido de proporcionar toda a infraestrutura do estádio para as disputas locais, estaduais e nacionais, conforme a orientação da CBF.

Está devendo.

Fonte: Editor do Portal

7/10/2018

Amariles Borba recebe homenagem durante solenidade em Floriano

Amariles recebe homenagem
Esteve em Floriano-PI no último final de semana, a Drª Amariles Borba, atual diretora de Vigilância em Saúde junto a Fundação Municipal de Saúde- FMS em Teresina, oportunidade em que recebeu uma homenagem, um título de reconhecimento oferecido pela prefeitura da cidade, que completou 121 de fundação neste domingo. A solenidade transcorreu durante a noite da última sexta-feira, dia 6 de julho. 

Drª Amariles é uma das irmãs da professora Zélia Borba, que mora em Elesbão Veloso, e que por sinal também estava na Princesa do Sul juntamente a outros familiares, alguns deles se deslocaram do Rio de Janeiro, Goiânia e de Belém para compartilhar do momento especial.

Em conversa com nossa reportagem, Amariles Borba disse a homenagem pode ser resultado de um trabalho, dedicação e compromisso com a profissão, o que pode ter levado a entendimento da população acerca da sua atuação junto ao setor saúde. 

"Recebo essa honraria com muita alegria, felicidade, isso é muito bom para quem exerce a profissão ter esse reconhecimento".

Amariles que é muito bom voltar a terra em que nasceu, mais ainda para receber um comenda e viver um instante especial, além disso foi importante porque reencontrou pessoas que conhecia e que até pôde ajudar no período em que viveu na cidade. 

Na entrevista, Drª Amariles Borba lembrou que deixou Floriano muito cedo, primeiro foi para Teresina, depois seguiu para o Rio de Janeiro em 1959, retornou em 1973 e permaneceu em Floriano até julho de 1975, quando foi convidada pelo governo do estado para trabalhar na Secretaria Estadual de Saúde do Piauí-SESAPI, onde permaneceu até se aposentar.

Fonte: florianonews.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...