8/30/2017

RETRATOS DA CIDADE

CASARÃO DE DOUTOR THEODORO FERREIRA SOBRAL

Antigo Casarão dos Sobral

Quando éramos crianças, líamos, o "Castelo Dourado da Princesa", de Dominique Petit, livrinho de histórias infantis, comprado na livraria de Dona Neném Machado. A partir, daqueles contos, começávamos a compor fantasias, e erguer nossos castelos - alguns, até reais.Foi assim, que imaginamos ser, o grande casarão, da esquina, hoje Avenida Eurípedes de Aguiar e Rua Fernando Marques - a ampla residência do Dr. Theodoro Ferreira Sobral: Uma casa mágica e cheia de encantos. O escritor José Nunes Fernandes, diz:" Foi construída, em 1922, sendo a primeira casa, de Floriano, a ter jardim exterior. O partido da construção é amplo e apresenta vários estilos arquitetônicos, especialmente, nas duas fachadas: Principal e lateral"

Primitivamente, o gradil era todo de madeira torneada, formando um belo conjunto. Hoje está modificado, por medida de segurança. No passado, o jardim era bem composto, com roseiras,mulatinho contornando os canteiros, pés de rosa-chá e um grande caramanchão, arredondado,coberto com madresilvas. Na parte, do lado direito, a entrada principal, com terraço, e ornada de grandes colunas toscanas. Via-se jarros enormes, com palmeiras, e uma jardineira de cimento, cheia de lilázes míudas.. Se a memória não nos trai, mais adiante, dando para o quintal, dos fundos, um pé de cajá.Ornando a entrada principal,à direita, um grande jasmineiro; à esquerda,várias plantas, como: bugarís, alfinete, rabo-de-macaco, e, na parte dos fundos, uma grande toceira, de zínias (umbigo-de-viúva), formando uma cebe viva. Tudo, ali, ornava a mansão, com esquadrias retas, em madeira, venezianas e bandeiras e composição, em vidraça azul. Sonhávamos ali entrar, mas era impossível, esse sonho de criança. Víamos, passando pela calçada, feita com grandes ladrilhos de barro (ainda existem alguns retalhos ...), e, através das solenes janelas abertas, os móveis altos - móveis D"Áustria, e o ornato dos quebra-luzes, em porcelana, que balançavam, ao vento ... Ah! casa dos nossos sonhos! Viamos,  ainda, o velho patriarca Theodoro Sobral se embalando, na sua cadeira de embalo, toda em palinha, com seu colete cinza e gravata vinho, com fios dourados. Austero, nobre, elegante, a nós parecia figura de contos antigos. À porta, elegante, em seu vestido azul marinho, a grande dama Sra. Eurídice Sobral. Ficava, de pé, na soleira da sala, e era emoldurada pela luz mortiça, do grande abajour, que pendia do teto, formando meia-luz, e refletindo, no grande espelho de cristal, da sala, a imagem dos que entravam e saiam, Ali, naquela solar, grandes acontecimentos se realizaram: reuniões, festas, conversas políticas, roda familiar, para o cafezinho.

Passando, ali, hoje, vemos o grande casarão, que ainda guarda o antigo esplendor. Tudo, porém, está quieto. O velho patriarca e a nobre dama já não estão presentes. Tudo está entregue,ao tempo, e o tempo vai passando. "Fugit irreparabile tempus" Só conseguimos ouvir a voz do silêncio. A pintura azul da casa está esmaecida. O Jardim feneceu, em parte. o pé de madresilva ainda se enche de flores miúdas e multicoloridas, e se mostra para ninguém;  mesmo assim, enche, o ar, com seu perfume adocicado Já não há, ninguém, sob o caramanchão. Na entrada principal, o velho jasmineiro, de oitent'anos se veste de branco, como um noivo e, com seu perfume suave, suave ...enche, o trecho da Rua Fernando Marques, até à casa de Dona Teresa Sá e Kalume, de deliciosa fragância.

No calor da tarde, lagartixas sonolentas se refrescam, entre a hera e o muro. Pardais, em algazarra, fazem ninhos no topo das grandes colunas toscanas, da entrada principal ou adejam, por sobre os pináculos pontiagudos, do frontão do lado esquerdo, onde vemos, ainda, os altos relevos, em massa. Ai bate a saudade. Volta, no filme da mente, o passado e história de Dominique Pettit; nos sentimos impotentes, diante da ferocidade do tempo. Só nos resta, pois, enchermos os olhos d'água ... como agora.

(O texto é de 1996. Acasa foi demolida. Ficou apenas a dor da saudade, dessa linda casa)

8/27/2017

Reunião define diretoria provisória da Associação Florianense de Imprensa

Ass. Florianense de Imprensa
Foi realizada na noite da última sexta-feira (25), a 2ª reunião da Associação Florianense de Imprensa (AFI). O encontro aconteceu na sala de reuniões da Câmara Municipal, reunindo integrantes dos diferentes meios de comunicação locais.

Na ocasião foi instituída a diretoria provisória da entidade, que agora passa a trabalhar a regularidade jurídica da associação, para que a diretoria possa desenvolver atividades com mais tranquilidade.

Após o encontro, a diretoria provisória ficou da seguinte forma:
Ivan Nunes da Costa - Presidente
José Borges Reis - Vice-presidente
Aparecida Santana - 1ª Secretária
Elizangela Arrais - 2ª Secretária
Inácia Maria - 1ª Tesoureira
Hoslânia Marques - 2ª Tesoureira

Conselho fiscal
Luciano Azevedo
Agostinho Cavalcante
Lula Ferreira

Suplentes
Bruno Oliveira
Gilberto Júnior
Temístocles Filho

Fonte: florianonews.com

8/23/2017

RETRATOS

Praça Idelfonso Ramos
Praça Idelfonso Ramos (Manguinha)

Ilustrada pelo nosso Agente de Cultura César de Antonio Sobrinho, observamos nestas belas imagens a praça Idelfonso Ramos, a praça da Manguinha.

No passado havia o catavento, o Grupo Escolar Paulo Ferraz (que ainda continua com o seu processo na educação local), o campo do areião onde a rapaziada costumava jogar bola. Quando o campo do Ferroviáro estava lotado, aí então se ocupava o areião da Manguinha.

Mas o tempo passou e o prefeito Adelmar Pereira, em 1978, resolveu construir o espaço dessa praça, melhorando as condições do bairro e adjacências (placa comemorativa abaixo).

De qualquer forma, precisamos preservar esses logradouros para atender a contento a nossa população, principalmente no que tange ao desporto. Oxalá os nossos novos gestores tomem o hábito de manter esses espaços para engrandecer a nossa expectativa.

Placa comemorativa

8/19/2017

Lançamento Coleção FLORIANENSES, Volume 6 em Brasília

Volume 6 em Brasília

O lançamento da Coleção FLORIANENSES, Volume 6, em Brasília, dar-se-á no próximo dia 26 de agosto, sexta-feira,  no Restaurante Xique-Xique a partir das 19:30 horas.

Espera-se grande número de florianenses, como dos anos anteriores, para prestigiar este grande acontecimento. A colônia florianense de Brasília, certamente, vai contribuir e reencontrar velhos amigos da época de ouro de Floriano.

Nesta edição estão sendo homenageados Ondina Silva, Maria isaura Silva, Júlia Silva, João Clímaco da Silva, Agrônomo Parentes, Edison Araújo, Agostinho Reis, Raimundo Araújo, Gabriel Kalume, Michel Demes, Gilberto Martins, Hélio Martins, Naila Bucar, Osvaldo marcello, Antonio Segundo, Geraldo Teles, Geni Barbosa, Antonio sobrinho e ainda Pindaro Castelo Branco, Clovis Ramos, Nelson Oliveira, Vilmar Oliveira, maria do Carmo Drumond, Iracema Atem, pastor Freitas, José Clementino, Dulce clementino (Jannete) e Bruno dos Santos.

Retratos

DE VOLTA PARA O FUTURO



O pôr do sol, é lá no cais; eu vejo a lua, surgindo atrás da torre... do cais “. Esse é o trecho inicial da linda canção do grupo musical Viazul, que fez sucesso na década de setenta, mas que traduz bem a beleza e a poesia da beira do rio, o ponto de encontro mais aconchegante da cidade.

O Flutuante em sua mansidão de sempre, mantendo a tradição; o Parnaíba, caudaloso, inspirando os poetas e itinerantes; vejo, à noite, reluzente, a bela Barão, espelhada nas águas do rio; mas já não existem mais as regatas de julho e as lavadeiras.

O tempo vai passando, lentamente e o futuro surge sorrateiramente; mas não se houve mais os borás; a tecnobregacia surge com novos sons de consumo em nossos carnavais; os foliões, agora, são sultra abadanos e as nossas marchinhas se perderam no tempo; o cais absorve outras naves e concorrentes. A poesia mudou e a burguesia sumiu.

Saudoso, chego, agora, de mansinho a sondar a nova paisagem que ficou. Soturno, ando em passos lentos e solitários à procura de um tempo em que não volta mais; no entanto, o conforto da minha presença aqui satisfaz o meu ego; e os tambores que escuto na madrugada lenta e fria, são meus únicos companheiros, que trafegam por aqui, ecoando noite a dentro a compartilhar os meus pensamentos em busca de um nova onda

8/12/2017

Espetáculos locais são selecionados para 6º Festival Nacional de Teatro em Floriano

Os espetáculos "Ratimbum! Pararatimbum!" de Paulo Sacaldassy e direção de Annysia Carvalho da Cia Giramundo Produções - Associação de Apoio a Cultura Florianense e o espetáculo "Pelos Caminhos da Perdição" de Waldir Correia e direção de Lorena Campelo encenado pela Cia Giramundo Produções e Os Tais do Teatro foram selecionados para o 6º Festival Nacional de Teatro do Piauí - Troféu Escalet 30 Anos.

"Ficamos muito felizes pela seleção, pois estaremos contracenando e competindo com os maiores espetáculos de teatro do Brasil. Nossa Cia ainda é nova mas já vem com uma bagagem carregada de festivais e mostras competitivas, sempre relevando a prática da criação teatral e do desenvolvimento artístico de nossa cidade",
 declara Annysia Carvalho diretora da Giramundo Produções.
Imagem: Annysia CarvalhoEspetáculos locais são selecionados para 6º Festival Nacional de Teatro em Floriano.(Imagem:Annysia Carvalho)

A comissão de seleção finalizou o processo de escolha dos grupos que farão parte do 6º Festival Nacional de Teatro do Piauí, que acontecerá no período de 29 de novembro a 03 de dezembro de 2017 na cidade de Floriano/Piauí. A realização é do Grupo Escândalo Legalizado Teatro, Secretaria de Estado de Cultura do Piauí/Secult e Governo do Estado do Piauí.

O Festival recebeu 219 (duzentos e dezenove) inscrições das cinco regiões e do Distrito Federal. Houve inscrições de todos os gêneros da dramaturgia: infantil, comédia, drama, tragicomédia, experimental, narrativo, monólogos, teatro de rua, boneco, palhaço, circo, performances e intervenção.

Para o resultado final estava previsto no regulamento a seleção de 20 grupos, sendo que a comissão organizadora ampliou esse numero para 32 grupos contemplados, dos seguintes estados, Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Piauí, Goiás, Paraíba, São Paulo, Santa Catarina, Maranhão, Ceará, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Totalizando a participação de 18 estados, das 05 regiões e do Distrito federal. (Fonte: florianonews.com).

8/11/2017

DEPOIMENTO DE PEDRO GAUDENCIO DE CASTRO

CARO JANCLERQUES MARINHO:

Eu venho acompanhando as suas publicações no Portal de Floriano com muito interesse, pois, todas são contando a história de Floriano. 

Neste artigo no Portal de Floriano de 07/08/2017 abordando o tema " A ERA DE OURO DE FLORIANO, ANTIGA (Colonia São Pedro de Alcântara) baseada no livro - CRISTINO CASTRO - Empresário Pioneiro em Floriano e na Região do Gurgueia, em homenagem ao seu centenário), escrito por meu primo Francisco Ferreira de Castro, na qual, além da história fantástica do desbravador Cristino Castro, ele teve a gentileza de publicar uma carta que lhe dirigi desculpando-me por não ter participado do grande evento em Cristino Castro, quando o seu pai e meu tio completaria 100 anos de existência, região em que ele e meu pai Agrippino Castro levaram o progresso com a implantação de comércio e industria do algodão e arroz, ligando Nova Lapa a Floriano, nos seus 360 quilômetros de estrada feita por eles e com a ajuda do Estado. 

Na publicação feita por Teodoro, Luis Paulo, Cristóvão Augusto e Rosenilta em seis edições maravilhosas, divulgando a história de florianenses e filhos adotados de Floriano, eu contei na sua quarta edição, uma viagem fantástica quando tinha cinco anos de idade, onde logo após a Ladeira do Angico Branco uma onça pintada, ofuscada pela luz do Chevrolet Gigante que nos conduzia a Nova Lapa foi semi atropelada e que o José Garapa que trabalhava na Empresa Cristino Castro e Irmão tomou o rifle que um dos soldados que conduziam um preso e acabou com a danada. Aquele momento ficou indelevelmente marcado na minha memória e veja - isso correu em 1936. Apesar do tempo eu ainda lembro de alguns aspectos da cidade de Cristino Castro. 

Quero agradecer em nome da família CASTRO essa sua iniciativa que somente orgulho traz a todos nós. 

Pretendo ir a Floriano no próximo aniversário da cidade, quando Teodoro e a sua equipe pretende reinaugurar o Floriano Clube, que tive o prazer de presidir, oportunidade em que, se estiver lá, conhecê-lo pessoalmente. 

Quanto citação do meu nome entre outras lideranças políticas, registro apenas a minha participação como candidato à prefeitura de Floriano nos idos de 1966, quando tive a excelsa honra de ter sido escolhido como candidato do MDB, numa eleição de apenas 33 dias, do lançamento da candidatura ao dia das eleições, primeiro, tendo como adversário o comerciante Arudá Bucar e depois, a Arena, sentindo uma derrota iminente, substituiu a chapa que passou a ser comandada por Tibério Nunes, ex-prefeito, médico e saindo do Governo do Estado passando o Arudá como Vice-Prefeito, uma chapa duríssima. 

Perdi por poucos votos. 

Foi uma eleição inesquecível, onde dei a minha participação inequívoca em favor da redemocratização do pais. 
Pedro Gaudêncio de Castro.
Recife / PE

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...