10/26/2015

RETRATOS

HOSPITAL MIGUEL COUTO

Hospital Miguel Couto - Anos de 1950

Esse é o casarão do antigo Hospital Miguel Couto, no final dos anos quarenta, quando da gestão do prefeito doutor Sebastião Martins de Araújo Costa.

O Hospital Miguel Couto prestou relevantes serviços à comunidade local e destacou-se pelo atendimento, inclusive, de pacientes de várias regiões do sul do Piauí e Maranhão.

Depois de sua mudança, nos anos setenta, para o Hospital Tibério Nunes, passou por uma significativa reforma para atender aos serviços da Diocese de Floriano, prédio para à qual fora doado.

Temos saudades daqueles tempos do Hospital Miguel Couto. Floriano sempre notabilizou-se pelo seu atendimento. Muitas mães florianenses deram à luz aos seus filhos queridos nesse belo templo maternal.

10/25/2015

Faleceu Francisco das Chagas Pereira

Chiquinho no São Paulo de Carlos Sá 1964
O CHIQUINHO,

Tomamos conhecimento, hoje pela manhã, da notícia do falecimento do nosso amigo Francisco das Chagas Pereira - o CHIQUINHO, em Brasília, onde residia ao lado de seus familiares.

Chiquinho foi um dos grandes craques do futebol romântico do campo dos artistas (foto à direita), destacando-se pela sua habilidade individual, velocidade e faro para fazer os gols.

Jogou no Botafogo de Gusto, Flamengo de Tiberinho, Ferroviário de Pedro Crente; no Reno de José Amâncio e no São Paulo de Carlos Sá (foto acima), onde ele aparece agachado na ponta esquerda.

Segundo se sabe, a foto do São Paulo foi uma das primeiras no formato colorido, mas o tempo foi desgastando-a e, infelizmente, somente dispomos dela no aspecto preto e branco. Foi ele mesmo quem nos concedeu para recuperá-la e fazer a sua revitalização.
Chiquinho em Floriano

Ainda nos anos de 1970 Chiquinho foi morar em Brasília ao lado de seus familiares, como Puluca, Janjão, Ceiça da Farmácia Rocha, Fatinha, Gerardinho e Nonatinho. Todos souberam adaptar-se na Capital Federal.

Chiquinho começou a estudar, trabalhar e, ainda no futebol, mostrou seu talento em alguns tomes de Brasília. Nas suas férias, voltava a Floriano para rever amigos e parentes.

Há pouco tempo participou, em 2004, de uma exposição dos times de Floriano de todos os tempos, organizado pelo nosso amigo Teodoro Sobral, onde ele se confraterniza com vários amigos do passado, veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Ce59mPMkCPM do nosso canal do youtube.

Chiquinho era casado e teve três filhos, todos formados e dando continuidade aos seus anseios de cidadão batalhador, onde soube enfrentar até o fim com muita disposição as adversidades que a vida nos proporciona, superando com altivez e determinação as dificuldades normais do dia a dia.

Chiquinho, você partiu, como sempre dizemos, fora do combinado, mas no céu você vai continuar brilhando com outros filhos da terra que já se foram, fazendo novos gols celestiais.

10/24/2015

Entrevista com Geremias

GEREMIAS - FIZ UM GOLAÇO DE AVIÃOZINHO!


José Neves da Costa, conhecido por “GEREMIAS”, apelido herdado do seu pai, que se chamava Geremias. Nasceu em Uruçuí, em 28 de outubro de1937, 69 anos. Chegou em Floriano em 1940 e iniciou jogando sua pelada em 1945. 

Perguntado sobre o seu primeiro time, Geremias respondeu de aviãozinho:

- Foi o Bonsucesso de Calistinha (Dr. Calisto Lobo), 1954 e fiz um gol na estréia.

- Qual o seu ponto forte no futebol?
Jeremias com Amigos

- Eram três coisas: preparo físico, pique e não desistia;

- Qual a sua posição dentro de campo?

- Lateral esquerdo, sempre fui fiel a essa posição.

- Você lembra de algum ponteiro que você achava difícil de marcar?

- Pelo amor de Deus, JANJÃO, hoje “JJ”, agora é que ta difícil, o homem agora é forte demais. Sim, mas voltando o assunto, Janjão, era rápido, driblava e chutava com os dois, as jogadas variavam muito, ele nunca repetia as jogadas, quase me mata.
Geremias do Ferroviário


- Teve algum jogo que te marcou, que você jamais esquece?

- Tem um especial, foi Ferroviário 3 X 2 Comércio Esporte Clube (o time era da elite), com três gols de SADICA, na sua estréia, pense numa figura endiabrada, o baixinho, fez a alegria da galera, eu me lembro até da formação desse nosso timaço!

- Qual era a sua formação?

- Netinho(in memorian), Pulu, Antonio Ulisses (In memorian), Zequinha da Bahia e Geremias (apelido começou porque os amigos começaram a chama-lo de Zé de Geremias, terminou em Geremias), Zequinha, Joãozinho e Américo, Mário Besta Braba (In memorian), Sádica e Das Chagas de Parnaíba. O Presidente; Dr. Tibério Nunes, treinador: Dr. Nazareno e diretor de Esporte: Merval Lúcio (estrategista).

- Qual o gol mais importante ou o mais bonito que você fez?

- Calistinha, me dispensou do Bonsucesso, aí fui jogar no América do Barão de Grajaú, e no jogo o ponteiro direito cruzou a bola a meia altura e eu pulei de aviãozinho (hoje peixinho), foi uma pintura, gol de placa.

- Teve algum time de Teresina ou de outra praça que lhe convidou para jogar?

- Sim, Tassú, do river queria me levar, Erasmo de Deroa do Botafogo de Teresina, o Auto-esporte, mas como sabemos é difícil jogar em Teresina, a gente tem pouca chance.
- Gemerias, você hoje está aposentado? Qual era a sua profissão?

- Sou aposentado, mas faço o meu biquinho, acabei de matar um dinheiro, fico ali no Posto Santana de Marcondes de Zé Fontes. Mas a minha profissão é Mecânico de Máquinas Pesadas e Soldador.

- Na sua profissão qual o trabalho que você fez, e acha importante, deixou sua marca?

- Rapaz, que boa pergunta, nunca ninguém me perguntou isso! Eu sou orgulhoso das estruturas de ferro dos dois postos de Zé Fontes: Postos Santana e Tatu. Outra obra que eu fiz foi: montagem da Usina de extração de Algodão da Usina CIDAL de José Gomes Chaves, Paixinha de Canto do Buriti.

- Você lembra de mais algum detalhe da sua profissão?

- Sou soldador de caminhões, cantoneira, chassi, roda, inclusive passei um ano como Mecânico de Navio da marinha Mercante!

- Você lembra do nome do navio e algum episódio da sua passagem pela Marinha Mercante?

- Sim, O navio era Panamenho, e o nome “PANTELES”, embarquei em Salvador-BA, 1961, passei um ano, mas sofri um acidente, tive de retornar a Floriano, e quando recuperei, meus pais não deixaram eu voltar e aí retornei para a manutenção das máquinas de extração de babaçu.

- Você lembra o nome do seu Chefe de Máquinas no navio?

- Sim, Chefe Alonso! Uma capacidade, aprendi muito com ele. Uma coisa que ele me admirava, quando ele nos chamava pra resolver qualquer defeito o primeiro da fila era eu, sempre fui disposto, não faço cara feia para o trabalho.

- Quanto filho(as) você tem?

- São três filhas, minhas pérolas, adoro minhas filhas: Ana Maria Santos Costa, Assistente Social, Administradora da Clínica dos Médicos, Rosana dos Santos Costa, Enfermeira, trabalha em Teresina e a caçula, Giselda dos Santos Costa, formada em Licenciatura em Letras/Inglês, leciona na UNED e no estado, são três batalhadoras, tenho também três neto(as): Gustavo, João Pedro e Camila, são lindos! Sou apaixonado por todos eles. Me dão assistência, não deixam faltar nada, estão sempre do meu lado, é um orgulho, consegui formar as três filhas, são meu corpo e minha alma!

- Qual a sua mensagem para o jovem que está começando a buscar uma profissão?

- Hoje ta difícil, pois os jovens, não tem paciência, não querem aprender uma profissão, querem tudo de imediato. Quando eu comecei passe i cinco anos para aprender, meu professor era o Zé Caboré, pai de Raimundinho Caboré, o homem era duro, mas ensinava como ninguém, mas não dava nada, um vintén, entretanto liberava a oficina, para a gente fazer algumas peças, gancho para panela, grelha, espeto etc, para vender e arrecadar fundos, com o arrecadado, a gente ia ao Cine Natal, vê um “bang bang”, e alguns filmes de amor, era bom demais.
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Reportagem: César de Antonio Sobrinho

FALECEU JESOALDO DEBUK

Jesualdo Lima
Faleceu, ontem à tarde, vítima de acidente automobilístico, no trecho Jerumenha/Floriano, o nosso amigo Jesualdo Porto Lima, mais conhecido como Debuk.

Jesualdo trabalhava na sucursal do IBGE, escritório de Floriano e tinha um vasto círculo de amigos na cidade de Floriano.

Dbuk era muito querido nas rodas sociais de Floriano, tinha muitos amigos. Gostava de um bom carrnaval de época, animando a rapaziada no Marrom Glacê, nos Piratas e nos Ingratos.

Naquele tempo, estudou no Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva, junto com seus conterrâneos de época, como o Ubaldo, Vieira, Almir e outros.
Junto com Amigos no Carnaval

Dbuk era filho de seu Ademazinho, antigo proprietário do restaurante Flutuante.

Era seu destino, fora do combinado, mas com certeza Jesualdo fará novas frentes de amizade no azul do céu.



Depoimento:

Por - César Sobrinho

Perto dele não tinha tristeza, mas tinha de montão de:

Sorrisos, alegria, amizade, conselheiro, integridade, amor, IBGE, família, Fluminense, Caís, Beira Rio, Marrom Glacê, Carnaval, Flutuante, Ginásio Primeiro de Maio, Bloco Os Piratas, Pedim do Bode, na AABB foi um dos organizadores das "peladas" ajudou na criação do melhor e mais bonito torneio de torcedores do seu Fluminense e dos outros times carioca: Flamengo, Botafogo e Vasco, inesquecível!

Gezoaldo, amigo, você deixou um legado que jamais será esquecido, agradecemos pela sua bela e sincera amizade!


10/23/2015

RETRATOS


ESPELHO DO CINE NATAL

Fonte: Flagrantes de uma Cidade/Luís Paulo Lopes
(Crônica escrita nos anos de 1990)

Muitos perguntarão: “O que será isso?”

Na verdade é um velho espelho de cristal que existia na sala de espera do antigo Cine Natal aqui em Floriano (foto); no entanto, eram dois espelhos: um de cada lado da sala.

Pousados sobre a parede, entre os grandes cartazes dos filmes que seriam exibidos, cômo: “A Dama das Camélias; ...E o Vento Levou; Disque M para Matar; Sublime Tentação; Capitão Kid; El Zorro; Os Três Mosqueteiros; Carnaval no Fogo”; ou entre os lindos rostos de Dorothy Lamour, Ava Gardner, Eleonor Parker, Gina Lolobrigida, Ana Mangano, e até junto a Errol Flynn, John Ford, John Wayne, Fernando Lamas... E tantos outros monstros do cinema.

Vendo-o, hoje, pendurado na parede da “Florir”, loja de floricultura da Márcia Beatriz Drumond, pois seu sogro Honorato Drumond de Carvalho era um dos proprietários do Cine Natal, ficamos a imaginar quantos rostos nele se mostraram, quantas donzelas da nossa melhor sociedade diante dele retocaram o carmim e o cílion e quantos senhores arrumaram o nó da gravata para o filme das oito e meia da noite.

FLORIANO, POR QUÊ?

POR - NILSON FERREIRA
 
DEBANDEI-ME AO ACASO PARA UM CHÃO DESCONHECIDO
MESMO SEM TE CONHECER JÁ VIRASTE UM VERSO UFANO
E AGORA ÉS MEU BERÇO, MEU AFAGO AQUECIDO
FOI AMOR QUE ME FINCOU EM TUA ALMA, FLORIANO
 
FOI TEU CAIS DE POESIA, TEU POENTE ENVAIDECIDO
OU OS PORTAIS DO CALÇADÃO, DO TERMINAL PROVINCIANO
O TEMPERO SERTANEJO E DO ORIENTE IMPELIDO
FOI CALOR QUE DERRETEU MEU CORAÇÃO, OH FLORIANO!
 
FLUTUANTE E ARGILA BRANCA, CARNAVAL E ARTESANATO
FOI REISADO, LAVADEIRA, FOI O TEU COTIDIANO
FOI PAIXÃO OU FOI TEATRO, O IDIOMA COGNATO
VI TEU CÉU E VI TEU CHÃO E ME DESPI, OH FLORIANO!
 
VOCAÇÃO PRA ENSINAR, E PRA CURAR, E PRA SERVIR
FOI A FÉ, E A DESCRENÇA, OU O SANTO OU O PROFANO
FOI POR TI: CHOREI AO LONGE QUANDO TIVE QUE PARTIR
FOI POR MIM QUE RETORNEI PRA RESPIRAR-TE, FLORIANO
 
 FOI TEU RIO, BENQUERENÇA, ACOLHIDA E REFRIGÉRIO
A USINA DADA À ARTE, À MEMÓRIA, AO SOBERANO
PERDOADO AGORA ESTÁS DIANTE DE TEU ADULTÉRIO
AO TROCARES PROUTRA TERRA, MINHA BELA FLORIANO
 
LÁ DA MANGA, DA UICA, FOI ORIGEM, FOI LEGADO
DOS EXTREMOS, SINGELEZA, POVO HUMILDE SUBURBANO
NA CENTRAL E NA SERTÃ, FOI SÃO PEDRO ADVOGADO
MÃE DAS GRAÇAS E FRANCISCO, FOI TUA FÉ, OH FLORIANO!
 
FOI TUA PONTE PROUTRO ESTADO, OU O BARCO QUE ME AVISTA
 “NÃO CESSANDO”, OU “TIBERANDO” NO PRAZER TÃO LEVIANO
OU ORANDO EM TEU TEMPLO, O VELHO TEMPLO BATISTA
OU QUEM SABE A TUA MÚSICA QUE ME ALENTA, FLORIANO
 
FOI PARENTES, NO PASSADO, OU SOU EU NA DESCENDÊNCIA
O GERADO, O ADOTADO, TRANSEUNTE E CARCAMANO
NOS RENDEMOS A TUA FORÇA E PRESTAMOS REVERÊNCIA
TUA ESSÊNCIA NOS EMBALA, TE AMAMOS FLORIANO
 

10/22/2015

FALECEU JULIMAR ALVES NOGUEIRA

Julimar Alves Nogueira
Faleceu o nosso amigo JULIMAR ALVES NOGUEIRA, filho do senhor João Alves (da Mesa de Rendas).

Julimar há muito tempo já estava em Teresina com a sua família, Gorete (sua esposa) e seu filho Diego.

Muito correto, tranquilo, tinha um senso de humor bastante apurado e tinha um grande círculo de amizade em Teresina e Floriano.

Trabalhava no ramo de serviços gráficos e tinha uma empatia significativa com o seu trabalho. Organizado, tudo dele era anotado, guardado, cada coisa em seu devido lugar.

Tinha um hábito literal, significativo, que deixavam a todos em silêncio para admirar-lhe nele esse gesto puro, o poder da oração. Diariamente fazia isso com firmeza, fé e vontade, para ganhar o dia com o seu trabalho, voltando para casa consciente de dever e as suas obrigações cumpridos.

Quando meninos, em Floriano, jogávamos bola no Odorico, no Ferroviário, Campos dos artistas; assistíamos muitos filmes no Cine Natal e era torcedor do Atlético Mineiro.

Quando o Atlético foi campeão, em 1971, ele imitava o famoso centroavante Dario (o rei Dadá) e se achava parecido com o estilo do craque.

Tranquilo, ninguém via ele se mal dizendo, gostava de caminhar, de uma boa música do passado e de ler revistas, livros e, principalmente, aquela antiga revista SELEÇÕES (seu pai tinha uma coleção).

Julimar, agora, está no céu, mas com certeza estará reencontrado outros velhos amigos para consolidar a sua história, que aqui soube prosperar junto com a sua família e amigos.

"NÃO EXISTE PARTIDA PARA AQUELES QUE PERMANECERÃO ETERNAMENTE EM NOSSOS CORAÇÕES"

Mensagem de seu amigo de infância JANCLERQUES MARINHO DE MELO.

Histórias do nosso futebol

  SURGIMENTO DO TIME DE FUTEBOL “O GAÚCHO”  Fonte: Antonio Rolim (Advogado) No ano de 1.963, tinha chegado de Belém/PA, onde fiz o terceiro ...