9/18/2015

RETRATOS

SAO PAULO DE CARLOS SÁ


Dos tradicionais torneios do futebol amador florianense dos anos sessenta, conseguimos descobrir, do fundo do baú, o time do São Paulo de Carlos Sá, filho de Geraldo Teles, campeão do torneio da temporada do ano de 1964.

A foto ao lado, os campeões Pedro Hélio (filho do maestro Eugênio), Jolimar (jogava de goleiro à época e, segundo dizem, mora em São Paulo), Caçula, Carlos Sá (dono do time), Gerôncio e Bento em pé.

Chico do Campo (hoje, professor aposentado em Floriano), Beca (funcionário do BNB em Teresina), Danúnzio (in memorian), Puluca (funcionário da CEF em Teresina) e Chiquinho (mora em Brasília atualmente).

A foto acima foi tirada pelo piolho de bola Agnia de frente à normal do famoso Campo do Artista.

9/17/2015

FALECEU JOARA LEAL

Joara Leal
Faleceu, recentemente, a nossa querida Joara Leal, depois de enfrentar grande jornada em busca de tratamento de saúde, que a acompanhava desde já algum tempo.

Joara era filha dos nossos saudosos professores Ribamar Leal e Aracy Leal, antigos proprietários do conceituado colégio Joana Leal de saudosas jornadas educacionais.

Joara sempre foi querida no seio social de Floriano, participou de todo um processo de educação e profissionalização primorosos, que veio despertar seu trabalho voltado para o bem comum, tanto em Floriano como em Teresina.

Sempre como dizemos, Joara partiu, antes do combinado; no entanto, deixou aos seus entes queridos exemploes de digidade, desenvoltura, beleza e momentos épicos para todos aqueles que a amavam tanto.

Nossas condolências à família leal, no sentido de que se recuperem e continuem felizes através do grande exemplo de Joara que, sempre, sorridente, firme, otimista, conquistava a todos com a sua simplicidade, paciência, paz e grande humildade.

9/12/2015

FLORIANO - ESTADO DO PIAUI / BRASIL

Dados Sumários de 1925 a 1943 )

Por - Delmar Mendes dos Reis / Texto de Novembro de 1993

DIVERSÃO E ENTRETENIMENTO

Como não podia deixar de ser, em toda cidade interiorana que se preze, tem o seu espaço dedicado às suas horas de ócio e de lazer.

Floriano de então, e sendo a terceira cidade do Estado, também posuía lugares consignados para diversões - bares, cinemas, teatro ( este funcionando esporadicamente ), cabarés etc.

A elite social compunha-se de famílias das classes rica e média, ambas militantes do comércio de ummodo geral.

Antes da existência do "Floriano Clube", os bailes sociais da chamada época áurea, realizavam-se em residências particulares, dependendo do motivo a ser comemorado. Os convites pessoais eram feitos com antecedência, a fim de que os convidados se preparassem devidamente. As despesas decorrentes desses eventos corriam sempre por conta dos anfitriões.

Também, aconteciam nasdardes domingueiras, promovidas pela sociedade, soirés dançantes beneficentes com passeio fluvial de 12 às 18 horas, a bordo dos vapores "Europa" ou "Manoel Thomas", gentilmente cedidos pelos respectivos comandantes.

Os bailes carnavalescos, bem como os de caráter beneficente, realizavam-se no Teatro Politeama, adremente ornamentado para maior brilhantismo dos festejos citados.

As pessoas pertencentes a classe operária, com raras excessões, formavam um bloco à parte. Suas festas, de um modo geral, eram promovidas na sede da "União Operária".

CARNAVAL

Durante os festejos dedicados ao rei Momo, o chamado carnaval de rua era bastante fraco, com um ou outro bloco, arremessando confetes e serpentinas, bem como "cabacinhas de cera", contendo água colorida às pessoas presentes. Era o chmado "Entrudo". Nos bailes, formava-se blocos distintos, devidamente fantasiados de acordo.

CINE TEATRO POLITEAMA

Esta ex-casa de diversão foi construída na avenida Álvaro Mendes, sobre o riacho do "Gato", por iniciativa do coronel Hermando Brandão, a fim de servir o público na projeção de filmes cinematográficos, especialmente. Também, servia como teatro. Nele aconteceram representações de várias companhias teatrais do Rio de Janeiro. Ainda, promovidas pela sociedade local, aconteceram teatrinhos de variedades, bem como peças dramáticas da larca do senhor Eleutério Rezende, o qual também brilhava como ator. Tais récitas e dramas, quase sempre eram beneficentes.

A força e luz para funcionamento do cinema era própria. os filmes eram do tempo do cinema mudo e as projeções se faziam acompanhar de músicas executadas por orquestra contratada, sob a dereção do senhor Ranulfo Barros, exímio flautista.

CINE NATAL

Tempos depois, o senhor Bento Leão adaptou a sua residência em casa de divesão, inaugurando o cinema falado sob o título citado. Este funcionava com energia e luz próprias, pois este senhor possuía um motor para beneficiamento de arroz no qual foi adaptado um dínamo para energia elétrica.

Anexo ao cinema funcionava o Bar Natal de sua propriedade, passando este a ser o mais frequentado da cidade.

Passados alguns anos, surgiu outro cinema de propriedade do senhor Adala Attem, em prédio também adaptado, que este adquiriu de um patrício, o qual retornou à sua terr natal. ( o nome deste sírio não me ocorre, informe-se com seu mano Michel ).

AMPLIFICADORA DE SONS

Não possuindo Floriano estação de rádio-transmissora, foi criada no "Cine Natal", uma amplificadora para anunciar os filmes programados. Com o correr dos tempos, esta tornou-se um órgão de propaganda do comércio local, como também de informações, onde eram comentadas as notícias da cidade e do Estado de um modo geral. Nos intervalos das notícias eram transmitidas músicas orquestradas e cantadas, tornando-se, assim, mais um divertimento para o povo.

BARES E BOTEQUINS

O primeiro bar conhecido era de propriedade do senhor Doca Rocha, contendo além de bebidas e cigarros necessários ao bom funcionamento deste, salões para jogos de bilhar e sinuca, como também jogo de azar - carteado e outros.

Anos depois, referido bar foi adquirido pelo senhor Calixto Lobo para o senhor Moisés Kinahier, tornando-se um ponto de reunião frequente dos componentes da Colônia Sírio-Libanesa, especialmente. Estes eram conhecidos pela população piauiense pela alcunha de "carcamanos".

Também, o senhor José Cronemberger abriu um segundo bar, provido do necessário, tendo ainda amplo salão com sinucas e jogo de dominó etc. Não tinha jogo de azar. Seu estabelecimento era bastante frequentado por famílias da sociedade, destacadamente. O movimento maior era das 06 às 10 horas da noite. E nos domingos e feriados começava após a missa das 08 horas.

Outros bares - do senhor Genésio Nunes e do senhor Manuel Vieira dos Santos. Com o advento do "Bar Natal", os outros foram desaparecendo paulatinamente.

Os botequins ou tabernas funcionavam na zona boêmia, sendo os mais frequentados - o do senhor Anfilófio melo e o do senhor Francisco Gonçalves da Paixão.

BANDAS DE MÚSICA

A primeira banda de música pertencia ao saudoso professor de música - Manuel Martiniano da Costa. Depois a "União Operária" fundou a "Euterpe Florianense", sob a direção do senhor Joaquim Araújo. Este teve como sucessor o senhor João Francisco Dantas.

Anos após, e em decorrência da incrementação do futebol amador pelo comércio, surgiu uma terceira sob a direção do senhor João Martins. Este era saxofonista e procedia da cidade de Oeiras.

FUTEBOL

Este esporte bretão teve outrora grandes momentos de lazer para a sociedade e o povo em geral. Nas tardes domingueiras eram frequentes as partidas de futebol, entre os times amadoristas do comércio e do operariado.

O do comércio denominava-se "Comercial Futebol Clube", tendo como Presidente o senhor José Francisco Dutra, Gerente da firma Marc Jacob, e o da classe operária, tinha a denominação de "Artístico Fubebol Clube",cujo Presidente era o senhor Joaquim ( Quincas ) Araújo.

As torcidas de ambos vibravam com as atuações de seus times, chegando ao ponto de deiscriminação entre aqueles que militavam no comércio, e os operariados. As rivalidades eram notórias naquela época, daí o surgimento da banda de música acima referida.

Talvez, pelos motivos retro mencionados, o futebol amador tenha desaparecido de Floriano.

FOLCLORE

Nas épocas de junho, haviam congados e bumba-meu-boi e em dezembro pastorinhas e reizados, festas estas bastante animadas e apreciadas pela população. Também, em junho, faziam-se as tradicionais fogueiras, nas quais eram assadas batatas e macaxeiras, acompanhadas do célebre quentão ou gegibirra.

São tradições e eventos que estão quase desaparecendo neste País, o que é uma pena. Em contrapartida, a violência nas grandes cidades está crescendo assustadoramente.

RIO PARNAÍBA

Nos medes de verão, especialmente nos domingos, a juventude e a criançada realizavam neste rio momentos de entretenimento, não somente banhando-se nas águas e ainda, nadando e atravessando-o montados em talos de buritís, bananeiras para maior segurança de seu desiderato. Contudo, o rio Parnáiba não era apenas salutar para os banhistas. suas águas traiçoeiras, às vezes, conduziam os mais audazes às correntezas e fatalmente à morte. Recordamos com pesar os pranteados rapazinhos Alberto Drumond Neto, filho do senhor Honorato Drumond; José Crvalho, filho do senhor abdenago Ferreira de Carvalho; e Milton da Fopneca Rocha, filho do senhor Martinho Rocha. Este afogou-se, não souberam como, quando em viagem de Teresina para Floriano.

Festival une diferentes gerações de rabequeiros em Bom Jesus

Orquestra de Rabecas
A rabeca é um instrumento de cordas friccionadas, semelhante ao violino, tocada a mais de 300 anos na cidade de Bom Jesus. Até sábado (11), a cidade é a capital da rabeca, unindo mestres rabequeiros que aprenderam a tocar sozinhos, e a nova geração, que também produz o instrumento. A abertura oficial do 8º Festival de Rabecas de Bom Jesus aconteceu na noite desta quinta-feira (10), no palco Mestre Joaquim Carlota, com apresentação da Orquestra de Rabecas, mestres rabequeiros e o Trio Gavião, da cidade de Goiânia, Goiás.

A Orquestra de Rabecas de Bom Jesus abriu as apresentações ao lado dos mestres rabequeiros Valdeci Araújo, Mestre Erondino, Pedro da rabeca, Mundico Silva e Joaquim Carlota, acompanhados de Jeferson Leite e o Trio Gavião.

“Qualquer interior do Brasil tem uma rabeca escondida e são poucas as iniciativas como essa, de fazer um festival, isso é o máximo. A rabeca é mais antiga que o violino e podemos dizer que o violino é uma rebeca aristocrática”, explica o músico Jeferson Leite, que também faz pesquisa sobre o instrumento.

O mestre que dá nome à orquestra de novos rabequeiros, ao palco principal do evento e que inspirou a realização do Festival de Rabecas, Mestre Joaquim Carlota, tem 76 anos e desde os 12 toca o instrumento que aprendeu sozinho.

“Eu aprendi a tocar rabeca só vendo os outros tocando, quando eles largavam aí eu pegava e começava a tocar. A rabeca é muito importante na minha vida e graças a Deus tenho a felicidade de ser homenageado aqui”, afirma Mestre Joaquim Carlota.

O Festival de Rabecas, além de fazer um intercâmbio cultural, unindo rabequeiros de diferentes regiões do Brasil, ainda é uma oportunidade de mostrar o resultado de oficinas realizadas na cidade, como a oficina de dança e a de confecção do instrumento. Mestre Valdeci Araújo, além de tocar, ministra oficinas de confecção da rabeca. Foi ele, inclusive, quem fez os 20 instrumentos que estão sendo utilizados pela orquestra de Bom Jesus.

“Até sábado Bom Jesus é a capital da rabeca e essa 8ª edição consolida uma marca que não é só de Bom Jesus. Aqui temos rabequeiros de todo o Brasil e também estamos trazendo atrações internacionais. Vamos aproveitar o festival. Vida longa à rabeca”, afirma o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, idealizador do evento.

Na noite de ontem (10) ainda passaram pelo palco principal Vagner Ribeiro e o grupo Valor de PI, o Duo Recanto, de Portugal, Lene Alves e o Forró de todos os tempos, a Banda Encatus e Dally Samba. A programação de hoje segue com apresentação da Orquestra de Rabecas e mestres rabequeiros, Puxadores de Incelença da comunidade quilombola Custaneira, de Paquetá do Piauí, Lilia Diniz, As Fulô do Sertão, Mara Pavanelly e Voo Livre.

9/11/2015

RETRATOS

RUA SAO PEDRO


Essa deveria ser uma daquelas tardinhas quentes da antiga rua Rio Branco, fotografia extraída nos anos trinta mas, lamentavelmente, ela hoje é conhecida como rua São Pedro ou o horrível Calçadão da São Pedro.

Do lado esquerdo observamos algumas belas figueiras na porta do casarão de Salomão Mazuad e, logo ao fundo, o famoso sobradão de Adalla Attem e José Demes.

Achamos de suma importância revitalizar esse trecho urbano de nossa cidade, e outras vias, evidentemente; promover, necessariamente, a recuperação de nossas árvores para amenizar o clima da Princesa, para voltarmos a tirar belas fotos e descobrir novos encantos.

Como disse o HENFIL – “ se não houver frutos valeu a beleza das flores, se não houver flores valeu a sombra das folhas, se não houver folhas valeu a intenção da semente “.

Fonte: Flagrantes de uma cidade.

9/10/2015

Moradores do bairro N. Sra da Guia organizam a abertura do Festejo

Fonte: piauinoticias.com

Moradores do bairro Nossa Senhora da Guia, onde há cerca de 90 anos se realiza uma das festividades religiosas mais tradicionais de Floriano-PI, começam a organizar as barracas onde estarão sendo comercializados vários tipos de produtos.
  
Nesta manhã de quarta-feira, 9, um dos pequenos comerciantes do local que mora fora do Piauí, mas que todos os anos vem para a festa, já estava trabalhando na limpeza da praça da comunidade.  Os moradores providenciaram areia, cimento e tinta e estão ajeitando os canteiros e alguns buracos do local.
  
Tudo deve ficar pronto até essa sexta-feira, 11, quando haverá a abertura do festejo com um Café da Manhã comunitário, mas antes uma alvorada está marcada para as 6:00h.
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Capela N. S. da Guia

A noite às 19:00h haverá uma missa com presenças dos moradores da própria comunidade e ainda dos bairros Curtume, Alto da Guia, Santa Rita, Princesa do Sul, Viazul, Bom Lugar e Tiberão. 
  
A festa religiosa em homenagem a Nossa Senhora da Guia  termina dia 20, com uma procissão que será iniciada no trecho da Avenida Calisto Lobo com São Pio.


9/08/2015

O FASCÍNIO DO CINEMA NO SAUDOSO “CINE NATAL”: adolescência, cultura e amizade


Paulo Rios Ribeiro  

Cine Natal, anos de 1950
Nascido e criado nas margens do outrora imponente Rio Parnaíba, na divisa entre Barão de Grajaú (MA) e Floriano (PI), relembro-me com saudade da minha inserção e predileção pela “sétima arte”, esta centenária denominação criada pelo italiano Ricciotto Canuto em 1912.

Camaradas, desde a minha inserção na diretoria da cinqüentenária Associação Florianense dos Estudantes Secundaristas (AFES) em 1977, quando nossa entidade, através da "Polícia Estudantil", ficou com a incumbência de “fiscalizar” e garantir o direito dos estudantes florianenses de usufruir o benefício da meia-entrada no também cinqüentenário Cine Natal, ali, ao lado do antigo Supermercado Triunfo, na Avenida Getúlio Vargas.

Tempos imemoriais que marcaram profundamente a nossa adolescência e a amizade perene, nas matinês com muito kung-fu, faroeste e, para os maiores de idade, muita pornochanchada, gêneros cinematográficos típicos dessa época.

O Cine Natal, sem dúvida alguma, tornou-se a melhor experiência cultural para nós, estudantes do também cinqüentenário “Colégio Estadual Osvaldo da Costa e Silva”, do “Colégio Industrial São Francisco de Assis”, dentre outras escolas florianenses. Destas escolas, onde estudávamos, saíamos em bandos na direção do cinema para curtir os filmes em cartazes e, no meu caso, descia celeremente a Rua Castro Alves, ansioso para chegar.

Muitos camaradas queridos, cuja amizade prezo até os dias de hoje, vivenciaram essa experiência única ao ter acesso à cultura e ao entretenimento numa cidade considerada, naquela época, como a terceira mais importante do estado do Piauí.

Reverencio aqui os meus “conspiradores” do BAPA (jornal publicado no segundo ano do 2º Grau, em 1978) veículo provocativo e crítico no contexto do final dos anos 70 em Floriano. Dentre eles, Pinto Neto, Bodão, Astrobaldo, Edom e tantos outros queridos e saudosos amigos.

O fato é que essa experiência cinematográfica numa cidade do interior do Nordeste brasileiro marcou todos nós que vivemos essa época, época da distensão lenta, gradual e segura, oferecida por Geisel e pela transição que se inicia em 1979, sob o jugo de Figueiredo. Para nós, um ano mágico, quando chegávamos à conclusão do segundo grau, nos despedíamos do velho Cine Natal e vislumbrávamos o futuro, de olho na universidade, conscientes de todos os enormes desafios que haveríamos de enfrentar.

Camaradas, pretendo, paulatinamente, oferecer algumas dicas cinematográficas neste espaço virtual de modo que eu possa – humildemente – contribuir com o debate sobre inúmeras questões e temas fundamentais para que possamos compreender melhor o mundo e a humanidade através de películas de primeira grandeza. 

Em tempo: 
Veja uma de suas entrevistas no endereço:  
http://www.youtube.com/watch?v=1L_u-ulYA3I

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...