12/05/2011

GOL REPLAY

Um dos pontos mais fortes de Luiz Orlando, in memorian, ( é o ponta de lança da foto ao lado do time do Cruzeiro de 1971 no Mário Bezerra ), grande craque de bola do passado do futebol amador florianense, era a catimba e, inclusive, ele destaca um lance engraçado, que ele conta com saudades:

“tratava-se de uma partida disputadíssima, acirrada no Campo dos Artistas, por volta de sessenta e sete. Botafogo de Gusto contra o nosso maior rival, o Flamengo de Tiberinho (perder pra eles era um trauma terrível), até hoje esse lance é conhecido como o GOL REPLAY, sem televisão, pode?

Mas você vai perceber como pode. Começa o jogo e, logo aos vinte minutos, o Flamengo de Tiberinho faz 1 a 0. Encerrado o primeiro tempo, no intervalo, conversamos o que poderíamos fazer, o jeito era ir pra cima, para o ataque, não podíamos de maneira alguma perder essa grande decisão.

Bola rolando na segunda etapa e, logo na metade do tempo, há uma falta a nosso favor, próximo da grande área. O Flamengo compôs a barreira, Janjão lançou a bola e eu entrei impedido de cabeça e ... golaço, foi aquela alegria, mas quando olhamos para o juiz Vicente XEBA, estava anulando o gol, corri pra cima dele com atitude e comecei, então, a dialogar com o velho mestre do apito, mostrando várias saídas para resolver o impasse, quando, de repente, propus: pois repita a falta. O homem gostou da idéia e colocou a bola para ser cobrada a falta novamente e, engraçado, foi do mesmo jeito, Janjão correu, lançou a bola eu entrei de cabeça, fazendo o gol, foi o replay do primeiro gol, os torcedores foram à loucura!

Empatamos o jogo e, no final, todos ficaram felizes, inclusive Vicente XEBA, que tinha moral e categoria. ( Reportagem: Cesar Sobrinho
)

12/04/2011

Um cenário para a próxima eleição


Com a decisão do PTB e dos grupos aliados em anunciar um pré-candidato para a  sucessão do prefeito Joel Rodrigues já é possível imaginar um futuro cenário político na campanha de 2012. A indicação do professor e vice-prefeito, Oscar Procópio (PTB), para disputar o Poder Executivo sugere que a base aliada da atual gestão assina  embaixo. Assim, um campo de força está definido para a disputa da Prefeitura Municipal de Floriano.

Identificados como oposição ao atual mandato, o PSB, PMDB e PSDB já sinalizaram que vão para a disputa. No PSB está consolidada a candidatura do advogado Gilberto Júnior, que será abençoado pelo Palácio de Karnak. O PMDB entregou para o jornalista Silas Freire a missão de buscar apoios para, também, entrar no páreo. O PSDB aposta na juventude do bioquímico, Eneas Maia. Assim, podemos imaginar que estes senhores serão alguns ou todos os candidatos com densidade para o próximo pleito.

A cena política ainda aguarda o desfecho do “canto de carroceria”, que o vereador Salomão Holanda levou com a indicação de Oscar. Obediente ao prefeito, o vereador apareceu em primeiro lugar numa pesquisa do Instituto Captavox, mas isso não foi suficiente para emplacar prestigio com a base aliada. Depois do fato, em várias entrevista, o vereador manifestou que ainda aguarda uma chance de cair nas graças do grupo liderado por Joel Rodrigues. Se Salomão Holanda abrir dissidência e apresentar a sua candidatura, amplia para cinco os pretendentes a Prefeitura de Floriano.
Essa minha analise se baseia na conjuntura política local. Os campos de força partem dos grupos ligados ao Governo do Estado e da gestão municipal. Outros partidos servirão para compor como aliados dos poderosos do momento. Sem futurologia, mas os partidos PTB, sigla do prefeito Joel Rodrigues e o PSB, sigla do governador Wilson Martins, possuem imensa possibilidade de polarizar a disputa na próxima eleição. São fatos concretos que apontam para isso. Qualquer fato novo será um fato novo.

Agora tem uma variável neste cenário: os candidatos precisam combinar com o eleitor e conquistar os votos necessários para a vitória. Mesmo somando todas as forças, a decisão popular pesa muito no resultado final. Na democracia o eleitor tem a liberdade de votar em quem desejar mesmo supostamente devendo favor ao clientelismo político, que ainda existe.

Com a disputa dos candidatos, deve entrar na campanha, também, a discussão sobre o avanço da qualidade na prestação de serviços em saúde, educação, moradia, empregos, cuidados com o meio ambiente e segurança pública. Todos os candidatos são produtos do nosso cotidiano político. Agora devemos avaliar as proposta e escolher com a consciência livre e soberana. Estamos encerrando um ciclo de administração e será muito importante uma avaliação sobre o que foi feito e o que foi esquecido.

Por: Jalinson Rodrigues

12/01/2011

RETRATOS

Que saudades que eu tenho daqueles belos arvoredos, dos bambuais, da fonte luminosa e dos velhos carnavais do bar Sertã, do bar Carnauba e do bar São pedro que havia.

O tempo passou e, hoje, estamos cavalgando sorrateiramente diante de uma transição que não sabemos que rumo se dará, mas que podemos fazer as coisas acontecerem para vivermos momentos mais amenos.

A Princesa do Sul respira novos ares, mas é preciso manter sua base, sua cultura e suas aspirações. Quem voltou, pode proprocionar ou fazer a diferença. Precisamos de novas atitudes, mas que tenham um direção certa: manter viva a nossa memória de tempos d´antes, antes que o tempo se apague.

11/30/2011

FUTEBOL FEMININO DE FLORIANO

A tarde deste domingo foi abrilhantada por mais uma atuação de gala da Seleção Feminina de Futebol florianense. A partida foi contra a seleção de Paulistana e terminou 3 a 0 para Floriano.

O jogo valia pelas semifinais da Copa das Campeãs e as nossas meninas já estão classificadas para a grande final que será realizada no dia 03 de Dezembro. As atacantes Inaura e Fernanda marcaram os gols pelo time local.

Fonte: Renato Costa

11/26/2011

Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões

Até domingo (27), a cidade de Floriano recebe exibições de filmes e cineastas de todo país na sexta edição do Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões. Mobilizando toda região, o evento cresce a cada ano, tornando o Estado um verdadeiro celeiro cultural com oficinas, apresentações musicais e dezenas de exibições.
 
Segundo Rodrigo Mattos, diretor de “Trampolim do Forte”, longa que será exibido no encerramento do Encontro Nacional, em todo o Brasil existem centenas de festivais, alguns mais mercadológicos, outros mais políticos, outros em busca de linguagens inovadores. “Já o Encontro de Cinema e Video dos Sertões centra os seus objetivos na formação de platéias e na difusão da nossa cinematografia longe dos eixos sul-sudeste”, afirmou. “Creio que a importância maior de um encontro deste gênero esteja no seu teor de formação de platéias”, concluiu Rodrigo.

 Além de exibir “Trampolim do Forte”, o cineasta foi responsável por uma das oficinas realizadas durante o evento. Abordando “O processo criativo em um longa metragem de ficção de baixo-orçamento”, Rodrigo faz  um link direto com o filme que exibe no Encontro.

Também participando do evento, a produtora cultural paulista Ingrid Gonçalves, responsável por “Cinema de Guerrilha” (documentário que já participou de diversos festivais), destaca a importância de participar do Encontro e trazer ao Piauí a formação de novos olhares, ensinar e disponibilizar a arte para as pessoas. “É importante provocar reflexões em regiões distantes dos grandes centros, reunir público da região para assistir, discutir, mesclar e aprender sobre temas culturais atuais e relevantes”, afirma Ingrid.

O Encontro foi dividido em duas categorias: Mostra Competitiva, onde serão exibidos os longas-metragens e os curtas-metragens, e uma mostra não competitiva. Os filmes que irão competir serão exibidos no Cine Teatro Maria Bonita, sempre às 19h, já os não competitivos estão sendo rodados no Teatro Cidade Cenográfica, CAFS e IFPI, durante todo o dia.

Com patrocínio da Petrobras, o Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões foi selecionado pelo Programa Petrobras de Cultura, do Ministério da Cultura, através da Secretaria da Cidadania Cultural e Premio Areté, tendo como realizadores a Escalet Produções Cinematográficas e o Pontão de Cultura “Cultura Viva ao Alcance de Todos”.

Fonte: Cidade Verde

11/21/2011

ESCOLA NORMAL

 


ESCOLA NORMAL

Por: Seu Nelson Oliveira

1929 foi um ano excepcional para educação em Floriano. Além do Grupo Escolar Agrônomo Parentes, foi fundado o Liceu Municipal Florianense, e, anexo a ele, a Escola Normal Municipal de Floriano. Estabelecimentos que a cidade deve a uma plêiade (grupo) de homens de escol (nata, fina flor) entre os quais Dr. Osvaldo da Costa e Silva, Dr. Theodoro Ferreira Sobral, Dr. José Messias Cavalcante, com o apoio do deputado estadual, Dr. José Pires de Lima Rebelo.

A época caracterizava-se por um extremo elitismo na educação que se traduzia principalmente no excesso de cautelas e exigências com que as autoridades procuravam cercar a instalação de escolas. E o LICEU não pôde ter vida longa. Em 1932, após frustração e desastres, como bem expressa o Dr. Osvaldo da Costa e Silva, em uma entrevista concedida a revista “ZODÍACO” dos alunos do Ginásio Demóstenes Avelino de Teresina, encerrou suas atividades.

O pretexto para o fechamento compulsório foi à deficiência do gabinete de física e química. Esse gabinete deficiente para os técnicos do Ministério da Educação e Saúde eu conheci.

Ocupava toda uma sala. E comparando-se com os laboratórios dos estabelecimentos de hoje, que os possuem, era sem dúvida riquíssimo.
Mas fechado o LICEU, a Escola Normal continuou. E foi por muitos anos o único estabelecimento de ensino pós primário com que puderam contar os jovens florianenses que desejavam continuar seus estudos e não tinham recursos para estudar fora.
ESCOLA NORMAL DE FLORIANO – 1937

1ª Fila sentados (Esquerda para a Direita): João Francisco Dantas (Professor), Alzira Coelho Marques (Professora), Fernando Marques (Professor), Não recordo o nome, Antonio Veras De Holanda (Fiscal do Governo), Hercilia Barros Camargo (Diretora), João Rodrigues Vieira (Professor), Ricardina (Professora), Albino Leão da Fonseca (Professor),Emid Vieira da Rocha (Secretária);

2ª Fila: Ana Magalhães Gomes (Inspetora de Alunos), Américo de Castro Matos, José Vilarinho Messias, Djalma Silva (como aluno), Não recordo o nome, Ida Frejat, Maria do Carmo Alves, Adaíla Carnib, Zuleica Santana, Aldenora da Silva Correia, Horácio Vieira Rocha, Antonio Alves da Rocha, Jose de Araujo Costa, Nely Paiva (Inspetora de Alunos);

3ª Fila: Maria Adélia Waquim, Clarice Fonseca, Iete Freitas, Não recordo o nome, Hilda Carvalho, Maria Amelia Martins, Lenir de Araujo Costa, Zizi Neiva, Maria do Carmo Castelo, Assibe Bucar, Dayse Sobral, Francisca, Lucinda Vilarinho Messias;

4ª Fila: Não recordo o nome, Maria da Penha Sá, Não recordo o nome, Maria Constancia de Freitas, Não recordo o nome, Não recordo o nome, Maria Henriqueta Franco, Judith Martins, Maria do Carmo Ramos,, Maria Miranda, Zélia Martins de Araujo Costa, Maria Lilita Vieira, Nilza Araújo, Antonieta Martins, Ecléia Frejat. - Acervo do Profº Djalma Silva).

Escola voltada para a formação de professores primários, isolada, sem qualquer vínculo com o curso superior ou mesmo com o curso secundário. Quem a cursasse e no decorrer do curso pretendesse passar para uma escola secundária a única que dava acesso ao curso superior, tinha de fazer exame de admissão e entrar na primeira série.

Alem disso, escola incompleta. Dos 5 anos que constituiu o curso normal propriamente dito, ministrava as 3 primeiras séries, devendo aqueles que quisessem diplomar-se, ir para Teresina.

Cursei a Escola Normal Municipal de Floriano de 1934 a 1937, e a ela sumamente grato por me ter possibilitado continuar meus estudos há dois anos interrompidos por falta de recursos para ir estudar em outras praças, e por ter me proporcionado o encontro com uma profissão que tem sido a razão de ser da minha vida.

Primeiro fazia-se um curso propedêutico (preliminar) de dois anos, anexos a escola – o Curso de Adaptação. Este curso eu a fiz de 1934 para 1935, minha classe era mais menos numerosa. A maioria mulheres. Entre colegas recordo-me: Maria da Costa Ramos (1), Judith Martins, Zuleide Santana, Hildinê Silva, Helena Reis, Assibe Bucar (2), Amália Nunes (3), Maria Lilita Vieira, Maria da Penha Sá, Olavo Freitas, Heli Rodrigues, Horácio Vieira da Rocha, Américo de Castro Matos, Milton Chaves (4), Raimundo Noleto e Joaquim Lustosa (5).

Na vigilância estava Dona Carmosina Batista, muito dedicada mas fiel cumpridora das ordens emanadas da direção da Escola. Nos intervalos das aulas os alunos tendiam conversar descontraidamente. Dona Carmosina Batista, bradava: - Silêncio! E se alguém se excedia nas atitudes ela ameaçava!

- vou dar parte ao diretor!

E dava mesmo. E o denunciado podia, conforme a falta, pegar uma simples repreensão ou logo uma suspensão.

Eu, não obstante pacato, fui denunciado duas vezes. Na primeira o diretor me repreendeu e advertiu:

- Não faça outra.

Mas acabei fazendo. Em acordo com Olavo Melo e Milton Chaves. Não me lembro o que fizemos.

Sei que não foi coisa grave. Porém como éramos reincidentes ou já tínhamos sido repreendidos, pegamos 3 dias úteis de suspensão.
Dos professores que recordo: Dr. Manoel Sobral Neto (6) também diretor, que lecionava francês; Dr. Rodrigues Vieira, que lecionava Geografia; Alceu do Amarante Brandão, que lecionava português; Dalva Nascimento que lecionava aritmética e parece-me que ciência.

O curso de Adaptação era previsto para dois anos. No fim do primeiro foi nos facultado aproveitar o período de férias para fazer as disciplinas do segundo ano. De sorte que em 1935 os aprovados puderam matricular-se no 1º ano do curso normal.

NOTAS IMPORTANTES:

1. Filha do Sr. Ramos da Farmácia Sobral;
2. Irmã do Sr. Arudá Bucar;
3. Funcionária dos Correios parenta do Senador Helvídio Nunes, de Picos;
4. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, irmão da Dona Nazinha, esposa do Sr. José Cronemberger dos Reis e consequentemente tio de Antonio Reis Neto, Airton Arrais Cronemberger, Antonio José e Paulo;
5. Deputado Federal pelo Piauí, esposo em segunda núpcias, da Doutora Afonsina Nogueira;
6. Fundador do Instituto Santa Teresinha que depois passou denominar-se Ginásio Santa Teresinha, e também seu diretor por mais de 40 anos.

Transcrito do Jornal de Floriano Edição nº 324 de 1985

Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.

Fotos: A rquivos Prof. Djalma Silva - 1929

11/20/2011

Obras da Hidrelétrica de Floriano poderão começar em abril/2012

A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – aprovou nesta sexta-feira (18) o edital do leilão para compra de energia elétrica número 07/2011. Com isso, no dia 20 de dezembro, estão autorizadas as vendas de energia elétrica em vários estados, já levando em conta inclusive três novas usinas hidrelétricas das cinco com construção prevista no rio Parnaíba, entre o Piauí e o Maranhão. Os vencedores terão o direito de construir as barragens, com início das obras previsto para abril de 2012.

O leilão engloba as usinas de Estreito Parnaíba, Cachoeira (Floriano) e Castelhano, que não poderão ser licitadas separadamente. Elas são as únicas com licença ambiental prévia já concedida entre as listadas para a venda de energia. O preço estabelecido para o Megawatt-hora é de R$ 101.

Segundo a Aneel, os contratos de comercialização de energia em ambiente regulado na modalidade quantidade de energia, caso das fontes hídricas, terão prazo de duração de 30 anos. O suprimento dos empreendimentos tem início previsto para 1º de janeiro de 2016. Quem vencer o leilão de hidrelétricas ainda receberá a outorga de concessão de uso do bem público destinada à produção independente de energia.
Em outubro, o Ministério Público Federal no Piauí chegou a ingressar com ação na 2ª Vara da Justiça Federal para tentar impedir o leilão, alegando irregularidades e inconsistências encontradas nos estudos de viabilidade ambiental. O procurador da República Marco Aurélio Adão pediu que a Justiça impeça o início de qualquer obra nas cinco usinas hidrelétricas previstas para o rio Parnaíba até a conclusão da ação ou a realização de novos estudos de impacto ambiental.

Em 2010, durante as discussões sobre a construção das cinco barragens, o principal foco dos protestos foi Castelhano. O projeto original previa que o povoado Riacho dos Negros, em Palmeirais, onde vivem cerca de 400 famílias, teria de desaparecer.

Fonte: Cidadeverde.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...