5/04/2008
DUPLA DINAMICA
5/02/2008
DEFALA ATTEM
AMPLIFICADORA FLORIANENSE!
“PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DE FLORIANO”
POR NELSON OLIVEIRA
Pesquisa: Cesar Sobrinho
( Foto: Defala Attem no interior do estúdio da Amplificadora Florianense - Arquivo da família )
Com a inauguração do Cine Natal, em 1937, pelo Sr. Bento Leão, que mais tarde se transformou na firma Bento Leão & Cia que, além do titular que lhe emprestou o nome, contou com a colaboração valiosa dos srs. Albino Bento Leão da Fonseca, sobrinho do Sr. Bento, Honorato Drumond e Mundico Soares, que, ao que parece, existia algum grau de parentesco entre eles. A referida firma explorava, além do cinema, o bar do Bento, principal ponto de encontro de parte da nossa sociedade, onde era servido todo tipo de bebidas merenda diversas e um saboroso cafezinho, que, já naquele tempo era feito em uma moderna máquina, com as louças (xícaras) devidamente esterilizadas. E a AMPLIFICADORA FLORIANENSE, que tinha o slogan, a “VOZ LIDER E POTENTE DA CIDADE” foi adquirida pela firma, para fazer a propaganda dos filmes que seriam exibidos, e, posteriormente, também acolhia anúncios das firma que exploravam outros ramos de negócios.
A AMPLIFICADORA FLORIANENSE teve, no início, a direção de um locutor de nome Luciano, por um curto espaço de tempo, em virtude de ter de se ausentar da cidade. Em face disso, o cargo passou a ser desempenhado pelo saudoso DEFALA ATTEM, florianense autêntico, que deu um novo destino ao empreendimento que passou a se constituir numa atração pelas músicas ali apresentadas.
A AMPLIFICADORA FLORIANENSE funcionava 3 vezes ao dia. Das 09 às 10 da manhã; das 17,30 às 18,30 horas e das 20 às 20,30 horas. O programa até as 18,30 marcava o início da 1ª sessão do cinema e das 20,30 marcava o início da 2ª sessão do cinema. Aquele instrumento que possuía um alto falante em frente ao cinema e outro na praça Coronel Borges atingia uma vasta região da nossa cidade. Diariamente, das 18 às 18,30, era apresentado um programa de grande aceitação, intitulado de a “MÚSICA QUE O TEMPO NÃO APAGOU”, no qual desfilavam as mais belas páginas do cancioneiro popular, interpretadas, um em cada dia da semana, onde se destacavam: Francisco Alves, o rei da voz; Orlando Silva, o cantor das multidões; Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga e muitos outros, que, com suas vozes embalavam os sonhos e as saudades de muitos florianenses da época.
Surgiram, posteriormente, outros serviços de auto-falantes, porém, de curta duração. O da Casa Bringel, o do Cine Itapoan e um do Pedro de Alcântara, que tinha o seu estúdio para os lados da rua São José.
A AMPLIFICADORA FLORIANENSE funcionou por mais de 20 anos sob o comando do Defala Attem e somente calou sua voz, com a chegada da Rádio difusora, cuja história também será destaque neste portal.
Defala Attem, depois desempenhou mandato de vereador, estabeleceu-se no comércio com armazém à rua São Pedro, próximo a esquina da praça Dr. Sebastião Martins, irmão da Tereza, do Fozy, da dona Noeme e do Pedro Attem filho, que há pouco tempo, também nos deixou. Defala, cidadão de bem e conceituado, morreu vítima de acidente automobilístico, próximo à cidade de São João dos Patos-MA.
5/01/2008
DIA PRIMEIRO DE MAIO
Hoje, comemoramos o dia do trabalhador e, em Floriano, as festividdes dos 51 anos do nosso querido Ginásio Primeiro de Maio.
Estamos retornando aos tradicionais festejos como antigamente, muitas barraquinhas, atividades recreativas e o famoso pau de sebo.
Esperamos que essa tradição continue nos proporcionando muita festa, educação para o entrosamento dos estudantes.
4/29/2008
CAIS EM TRANSE
Observamos algumas lavadeiras, como no passado e uma visão panorâmica do cais do porto em perfeita simbiose com os arcos naturais da paisagem. Beleza rara, pura, que fulmina nossa imaginação.
A saudade transa meus pensamentos na vontade de voltar à velha terra, para dar o abraço e ficar em transe gutural com a nova paisagem que povoa outras e novas realidades.
Foto: Agamenon Pedrosa
4/28/2008
DEDICATÓRIA
Gosto do Melo mesmo assim
Como ele é cheio de manha
Roendo o seu magro pequi
E comendo a velha castanha
Com sua história de banho no Irapuá
Não sei o que anda ele ali fazendo
Só sei que não deixa de andar por lá
Talvez alguma castanha esteja comendo
Há quem considera isso normal
Essa sua velha manha
Sem saber que história é essa
Essa história da castanha
Considerando o seu belo nome
E também a sua velha manha
Tenho medo que aconteça
Uma meladeira medonha
POR - DO - SOL
Para onde o corpo não vai projeta-se o olhar
Onde para o olhar prossegue o pensamento
Assim, neste constante e eterno caminhar
Ascendemos do pó momento por momento
Além da atmosfera, além do firmamento
Aonde os astros, os sóis não cessam de girar
Há de certo ali mais vida e muito mais alento
Do que nesta prisão mefítica e sem ar
Pois bem, se não me dado um vigoroso adejo
Subir, subir aos mundos em que não vejo
Mas que um não sei o quê ainda hei de ver
Quero despedaçar os elos da matéria
Subir, subir pelo azul da vastidão etérea
E ser o que só é quem já deixou de ser
Foto: Agamenon Pedrosa
4/27/2008
JASMINA BUCAR, A MATRICARCA
Com o vestido sem decote azul até os pés e jóias de ouro adornando pescoço, orelhas e braços, a "matriarca da família Bucar" tocava os negócios de casa. "Nem ao banheiro a senhora vai sem ouro pendurado", dizia o filho. Ela respondia lacônica. "Não se meta, pois uso essas jóias quando e onde quiser."
Assim era a Jasmina Bucar, filha de um dos primeiros árabes a pisar em São Luís, onde ela nasceu. Foi morar em Floriano (PI), seguindo a indústria de sapatos do pai. Chegou a fazer o curso para professora. Mas casou aos 17, com Arudá Bucar.
Foi dela a decisão de comprar o laboratório que faria dos Bucar "uma das grandes famílias do Piauí". Que ela administrara sozinha, negócio e família, até 2007. "Só quem falava alto era ela". E ai dos 12 filhos, 29 netos e 48 bisnetos se a vissem sem pedir bênção. "Ela criou tudo na palmatória, seis bolos na mão." Mas esquecia quem era quem e tinha que checar na "relação", um papel com os nomes da família, sempre que queria ralhar.
Sempre com uma das mais de 40 bolsas que guardava em seu quarto -na casa da filha solteira com quem morava-, "onde chegava, abria a bolsa e tirava um leque, dos 20 ou 30 que tinha."
No quarto tinha a rede do falecido, onde volta e meia dormia, e o altar coberto de imagens -era devota de Santa Terezinha, frente à qual passava tardes inteiras fazendo crochê, sem óculos. Quando morreu de infarto na quarta, aos 90, tinha cumprido a promessa. "Dizia que nunca vestiria calça comprida enquanto vivesse".
Fonte: cabeçadecuia.com
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