2/01/2007

ARTILHEIRO NATO



MOCÓ - DE PRIMA - CHUTE CERTEIRO - ARTILHEIRO NATO!

Falar em futebol piauiense, tanto de FUTSAL como de campo, precisamos, sem dúvida nenhuma, destacar o nosso eterno craque - RILMAR BARBOSA DE ARAÚJO, o famoso Mocó: estilo, criatividade, habilidade, categoria, chute certeiro, um verdadeiro piolho da bola.

- Em Floriano você começava a dar show de bola, mas realmente quando você surgiu para FUTSAL?

- Em 1978, buscando novos horizontes e conhecimentos, transferiu-se para a capital piauiense, onde fora morar na Casa do Estudante e nos intervalos da escola ia treinar no River.

O nosso saudosoTiberim ( diretor de esporte do Piauí Esporte Clube à época ), soube que Mocó estava em Teresina e marcou cerrado, não deu espaço, convidou o moço e o convenceu a ir jogar e morar na concentração do PEC.

Ficara tudo acertado, à noite Tiberim ( não perdeu a oportunidade ) o levaria para treinar na seleção piauiense de futsal, pois o time estava se preparando para jogar em São Luis com a seleção do Maranhão.

No treino Mocó foi para o time reserva, mas começou dando olé e aí não deu outra, o treinador logo percebera que estava diante de um astro, de um artista da pelota, o colocou no time principal, foi só alegria, senão vejamos.

Foram realizados dois jogos em São Luis - o primeiro Piauí bateu o Maranhão por dois tentos a um; no segundo jô novamente outra taca - Piauí um a zero no Maranhão. Os três gols do selecionado piauiense foram marcados pelo craque Mocó. Os maranhenses ficaram boquiabertos, tamanho espetáculo proporcionado por aquele jovem de apenas 21anos, com 57 quilos, endiabrado, com um tiro certeiro, jogadas mirabolantes, com variações jamais vistas, o assédio foi grande, para que sua transferência fosse concretizada para a capital maranhense.

Perguntado sobre em quem se inspirara no futebol, a resposta foi de prima:

- Inspirei-me no meu primeiro técnico, Alberino de Paula, ( Seu Bero ) e no ícone do futebol florianese, Antonio Luis Bolo Doce ( in memorian ), tanto em FUTSAL quanto em campo.

- E o FUTSAL de Floriano como está na sua visão?

- Eu ( Mocó ), Darlan e Roberto Holanda estamos realizando o 5º torneio de férias e a cada ano está se consolidando, as empresas e os órgãos governamentais estão vendo o retorno, tanto pelo lado organizacional como também pela presença do público que tem frequentado a quandra da AABB.

Os atletas estão sentindo que têm que treinar, pois se isso não acontecer o timaço de Uruçuí vai levar todas. Mas o mais importante de tudo é ver a arquibancada lotada e vibrando com jogos espetaculares!

- Você lembra de algum momento inusitado no FUTSAL?

- Sim, foi num torneio de férias de Verão na década de 80, na quadra da AABB, o nosso time era bom e gostavam de atuar e cada jogo era um espetáculo diferente, fui artilheiro com 35 gols e Naldinho vice com 33 gols, nossos jogos só saiam goleadas!

1/31/2007

DE VOLTA AO CENTENÁRIO



Tuas arestas não se curvaram ao tempo; onde estão as tuas andorinhas, teus meninos errantes? Teus sinos ressoam; Sopros de sonhos!

Alguns amigos nossos, Teodorinho Sobral, Cristóvão Augusto e o professor Luiz Paulo estão à frente de uma comissão, onde se pretende atrair os florianenses que moram fora e que estiveram aqui durante as comemorações do centenário da cidade em 1997.

A idéia é reviver aqueles bons momentos, resgatando a cultura e proporcionar uma grandiosa festa em comemoração aos 110 anos da Princesa do Sul em julho próximo.

Trata-se de uma excelente idéia. Sugerimos, também, que se organizem festivais, maratonas, gincanas, lançamentos de livros, concertos e outros eventos que possam atender toda uma demanda de fomento sócio-recreativo para a cidade.
Floriano merece!

DOIS TIMAÇOS


SQUARE E TAPIOCA - DOIS TIMAÇOS
O nosso amigo Adelmar Neiva da rua São João nos conta que o time do SQUARE na década de 70 – “era uma máquina. O negócio é que o treinador daquela bela formação, Rafael Ribeiro Gonçalves ( o bicho era tipo o Bernardinho do vôlei ), sempre foi exigente e o treinamento era puxadíssimo, terrível, uma loucura, o time voava, os atletas todos garotões, um preparo físico invejável e como os jogos eram realizados à noite ficava muito mais fácil o desempenho dos craques!”

- Adelmar, onde se realizavam os treinos?

- Na quadra do Comércio Esporte Clube.

- Qual era a formação do time daquela temporada?

- Os piolhos Gilmar Duarte, Gilson, Naldinho, Ieié, Roberto Holanda, Adelmar Neiva e Zé de Marizaura.

- Você lembra de algum lance em especial?

- Sim, o nosso time tinha um fundamento no ataque, tanto pelo lado direito quanto pelo lado esquerdo, que terminava em gols de Ieié, o jogador que mais vi fazer gols da linha de fundo e sem ângulo.

- Como era essa jogada, Adelmar?

- Quando eu apanhava a pelota no meio, Ieié se deslocava para o canto da quadra e quando recebia o pneu fazia o mais dificil, o gol da linha de fundo sem ângulo, impressionante a sua capacidade de finalização, um verdaeiro espetáculo!

- Na sua época você lembra de mais algum jogador de destaque?

- Lembro-me de três: Antonio Luis, Cleber Ramos e Naldinho! Bolo Doce foi o jogador que mais fez gols, Cleber era um alegria só, um cracasso, e Naldinho, verdadeiro estilista, driblava todo time adversário, era um artista da bola!

- Depois do Square, você chegou a jogar em outro time?

- Ah! Me lembrei! Fizemos um time chamado de TAPIOCA!

- Nossa! TAPIOCA!? A turma era criativa, hein!

- Muito criativa, mesmo, e o mais engraçado é que nas camisas colocavá-mos os nomes: GOMOSO, BEIJÚ...

- Quem jogava nesse time do TAPIOCA?

- Gilmar Duarte, Serjão, Naldinho, Adelmar Neiva, Ieié.

SÃO HISTÓRIAS FAMOSAS DE NOSSO TRADICIONAL FUTEBOL DE SALÃO.

Fonte: www.florianoemdia.com

1/29/2007

RESGATE


Voltando ao passado romântico de Floriano, observamos esta bela tomada em nosso mais tradicional Comércio Esporte Clube na festa de quinze anos de Ana Maria de Carvalho Nunes, mais precisamente em quinze de julho de 1967.

São recordações que vão se juntando ao longo do tempo, para que possamos registrar as grandes emoções dos anos dourados da princesa do Sul.

Teodorinho Sobral foi feliz, quando lançou o seu belo livro - FLORIANO DE ONTEM E DE HOJE, durante as comemorações do centrnário da cidade em 1997.

São ilustrações que permanecerão eternas no tempo.

ESCAMBAL


No torneio de férias de 1975, organizado pelos exigentes cartolas Rafael Gonçalves e Tufy havia até o calendário: dia de inscrição, do torneio início e do campeonato propriamente dito.

O detalhe é que ZEQUINHA FUTUCA tinha acabado fazer um roteiro em São Luis do Maranhão com o intuito de se fazer presente no torneio e mostrar um seu visual: bigode e uma vasta cabeleira “balula".

Futuca convocara os seguintes craques para compor o esquadrão com o sugestivo nome "ESCAMBAL" - Divino ( goleiro ), Herbran, Boa Vista, Gildécio, Roberto Holanda e Zéquinha Futuca - um verdadeiro timaço.

No dia marcado para a inscrição, Zequinha se apresenta para Rafael hilariante. Vejam só que belo diálogo:

- Rafa, quero inscrever o meu time no torneio de férias, certo?

- Tudo bem, Zeca, me passe a lista dos atletas. Sim, mas como é o nome do time mesmo?

- "ESCAMBAL!"- Futuca, que nome é esse? Você está brincando!

- Tô falando sério, home, esse é o nome do nosso time!

O Campeonato começa, jogos bem disputados e acirrados e o time do ESCAMBAL terminara sendo o campeão daquele torneio, com um show do "escambelino" ou "escambelista" Zéquinha Futuca.

Depois da final, a turma quizera saber de Zequinha, que diacho de nome era aquele "ESCAMBAL". Gildécio, curioso, foi logo interrogando Futuca:

- Futuca, onde tu achou esse nome, pelo amor de Deus?

Zéquinha, com aqueles gestos característicos seus, colocando as mãos na cintura, literalmente, foi logo dizendo:

- Agora posso contar pra vocês. ESCAMBAL é um cabaré que tem em São Luis do Maranhão a Ilha do Amor!

- Esse é o Zéquinha que eu conheço! Ah! Ah! Ah! - afirmara Gildécio, dando uma sonora e inesquecível gargalhada!

A turma caiu na gargalhada. Até hoje essa história, quando é contada, ninguém fica sério.

Fonte:
www.florianoemdia.com / Foto: Zeca e Cleber

1/27/2007

PELADAS DA NORMAL

Com a concorrência do campo dos artistas os outros piolhos de bola migravam para a quadra da escola Normal. No entanto, tínhamos de saber chegar, direitinho, senão o vigia João Durão metia o “rei” que carregava na cintura.

Os peladeiros chegavam tranqüilos para as habituais peladas que ali se desenvolviam. Era muita gente pra jogar, de forma que formavam-se vários times na base do tira-tira.

Nessa época, freqüentavam essas saudosas peladas os piolhos Bá, Deló, João Carvalho, Nisquita, Agenor, Tonhô, Carloínho, Miesse, Josair, Juvenal, Jotinha, Leal, Tifí, Chiquinho de Turene, Sapim, Valdenor, Gonzaga e outras feras ali dos arredores.

Lembro-me, certa vez, quando estávamos todos jogando bem pra valer numa empolgação sem tamanho. Todo mundo dando de tudo. De repente, chega o craque Mocó ( estava no auge ). Aí os caras diziam: “vixe, e agora...” O homem já chegava querendo jogar.

Todo mundo queria disputar o piolho: “ele vai jogar em nosso time, num quero nem saber...” Era uma confusão. Tinha que haver sorteio. Os times adversários penavam. Mocó saía driblando todo mundo numa rapidez incrível e fazia gols de todo jeito. Era uma loucura. O time dele não perdia uma partida.
A foto acima é de um piolho se mostrando nos anos setenta

1/26/2007

HISTÓRIAS DE CARNAVAL


DON JOÃO – O SANFONEIRO DE UMA NOTA SÓ

Certa vez num carnaval a turma do Clube do RUM”, formado pelos foliões Zé Demes, Vicente Filho, Nilson Coelho & Cia, foi dar um giro pela Manga.

A estrada estava ruim, muitos catabís, mas para escapar dos buracos o nosso amigo Neto Martins, motorista habilidoso, conhecedor profundo das manias do Trio Elétrico, bem que tentara desviar de um buraco, mas não escapou, caiu dentro de um deles e, nisso, dentro da kombi, estava o maior sanfoneiro da região - DON JOÃO, tocando sua sanfona colada no seu colo quando, de repente, teve uma brilhante idéia: “vamos animar é aqui dentro, mesmo...”, mas toda vez que tentava se levantar, tinha que se sentar, pois os buracos e os catabís não o deixavam tocar seu extenso repertório musical ( só tocava uma música - “O Canto da Ema” de uma estrofe só: a ema gemeu no tronco do jurema ... ).

Repentinamente, um dos componentes o segurou puxando sua camisa pelo colarinho para cima. Quando DON JOÃO sentiu firmeza, deu uma rasgada na sanfona e gritou: “ENCABRESTA, MEU FÍI”, que agora vai, só vou parar quando o dia raiá ...”

O curioso é que o resistente sanfoneiro, DON JOÃO, tocava mais com os pés batendo no piso da kombi véia do que rasgando a sanfona.

Fonte:
www.florianoemdia.com / A foto acima é do carnaval de 1967 na Getúlio Vargas

HISTÓRIAS DE FLORIANO

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