11/18/2006

RUA DO EPAMINONDAS

Dentro do contexto arquitetônico do centro de Floriano, o asfalto veio a tirar o brilho, a poesia e o valor histórico de nossas ruas e dos passeios. Observamos, a propósito, a rua Marechal Pires Ferreira, mais conhecida como a rua do Epaminondas.

Haja visto os casarões por ali em volta, a nossa opinião é a de que, necessariamente, não precisaria ter que asfaltar esse importante logradouro do centro da Princesa do Sul. A temperatura, nesse caso, aumenta consideravelmente.

Mesmo sabendo que o progresso tem a sua importância, seria mais prudente traçar um plano, algum método que pudessem melhorar a arborização desses contornos. Alguma parceria precisaria ser criada para tornar mais dinâmicas as mudanças que ocorrem e que poderão acontecer no futuro.

A sociedade local, prefeitura e outros seguimentos bem que poderiam articular-se para estudarem demandas satisfatórias em prol de nossa riqueza arquitetônica.

Ainda há tempo.

11/17/2006

CORI-SABBA


Este é o famoso Cori-Sabbá, campeão florianense do ano de 1987. Ainda havia um pouco do romantismo, um sentimento lírico das fantasias e das grandes emoções em que vivíamos à época sem grandes preocupações com o futuro.

O estádio Mário Bezerra estava lotado ( foto ). Era uma tarde verdadeiramente fiel à prática de nosso futebol. Os torcedores, exaltando a sua vaidade, mostrando que estavam ali para o que desse e viesse.

Notadamente em particular, havia a presença marcante do lateral esquerdo do time da Princesa do Sul - Leomar ( na foto é o terceiro em pé da esquerda para a direita ), filho do senhor Luiz Barreto. Zagueiro espetacular, tinhoso, genioso e duro na marcação. Nem mosquito passava. Era providencial e tinha uma arrancada veloz, acertando quase que todos os cruzamentos para os atacantes fazerem os gols.

No entanto, o lance mais cruel daquela grande decisão, foi quando Leomar tomara a iniciativa para bater um pênalti a favor do time florianense. Se as câmeras estivessem filmando, certamente vocês veriam a empolgação e a confiança do zagueiro do Cori em sua determinada compenetração e vaidade para colocar o Cori-Sabbá em vantagem.

Quando o juiz autorizara a cobrança da penalidade máxima, o filho de Luiz Barreto cismara em jogar beijos para a torcida antes de chutar para o gol. Resultado: o goleiro defendera magistralmente o tiro direto, jogando para escanteio.

Dada à boa partida que vinha jogando, Leomar fora aplaudido mesmo assim pela torcida alvinegra, deixando-o vaidoso.

O Cori-Sabbá sagrara-se campeão daquela temporada; no entanto, ficara marcada aquela façanha que ficara registrada na memória dos que assistiram aquela saudosa decisão.

11/13/2006

CADE O MERCADO VELHO

Eis o que restou da velha Coronel Borges, uma arquitetura moderna e sem nexo para a realidade do município. Os seus contornos completamente desfigurados e arrojados.

Se pudéssemos considerar o antigo casarão do mercado velho que havia ali, poderia-se tombar, recuperar e criar um espaço cultural, um centro alternativo para atividades em geral.

No entanto, temos que suportar essa harmonia arquitetônica bem definida no meio da praça, onde hoje habita a Câmara Municipal.

Pelo menos, poderia-se criar um projeto novo para uma revitalização desse importante logradouro. O que ainda chama a atenção é o pocinho d´água jorrante ( foto ), que permanentemente vem servindo a comunidade ao redor.

11/11/2006

DE VOLTA PARA A SAUDADE

Estamos observando este belo cenário da década de cinquenta da velha Floriano, que os anos não trazem mais.

Talvez fosse uma tardinha, um domingo, de forma que podemos ver o início da Alfredo Estrela, apanhando o casarão dos Lobo.

Alguns transeuntes passando e, ao fundo, à direita, uma estupenda visão do velho Parnaiba, caudaloso.

As auroras eram outras. Precisamos reviver essa epopéia lírica. Sabemos que temos que conviver com o consumo, com as novas cores, mas o velho preto-e-branco ainda nos fazem sentir felizes.

Seria para sempre?!
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Foto: Floriano de ontem e de hoje / Teodoro Sobral

11/10/2006

CARNAVAL DE FLORIANO



RESGATE DO CARNAVAL DE FLORIANO

CLUBE DO RUM – ANOS 70/80
1º TRIO ELÉTRICO DO PIAUÍ
FAMOSA DESCIDA PARA O CAIS BEIRA RIO
Por causa de dissidência espetacular do bloco Bota Pra Quebrar, nasceu uma sociedade informal de jovens universitários irreverentes, que saindo de uma situação política de repressão militar, onde podavam a genialidade.

Mas como num passo de mágica, eis que é revitalizado o carnaval de Floriano numa das criações mais brilhante de jovens da terra do Velho Monge, dentro do contexto lírico de nosso carnaval.
HINO DO CLUBE DO RUM

Nós somos do C2H6O
Nós somos de boa raça
Viemos a essa terraAcabar com a cachaça
Vimos não tem jeito, não tem jeito não
Se não tiver garrafa, bota mesmo o garrafão.
PATOTA

Nilson Coelho, Neto Martins(Ramamá), Vicente Roque Filho, Wilson Esmeraldo, Ka-Junior, José Demes (IEIÉ), Tontonho, Dedé, Paleca, Carlito e Pedro Carvalho, César de Antonio Sobrinho, Flamarion Martins, Pedro Bigola, Chiquitinha, Adão Rosiberi, Evinha, as colombinas: Ondina, Sofia, Edite, Suzane, Zezé Osório.
TRIO QUASE ELÉTRICO: KOMBI VÉIA – EX-AMBULÂNCIA DA EMPRESA JOSÉ MARTINS & FILHOS LTDA, QUE POSTERIORMENTE FORA DOADA AO CLUBE DO RUM!

O Clube do Rum fez de tudo para conseguir um patrocínio da Run Montilla, mas não teve jeito, o representante sumia, e por isso surgiu a idéia de fazer o bingo com o carneiro fictício.

Como todos componentes eram estudantes “durang kid”, o jeito foi se virar, a empresa José Martins & Filhos doou uma Kombi Véia, só os pedaços, mas como “cavalo dado a gente não olha os dentes”, segundo Neto Martins, quer se junto a Paleca Carvalho ambos persistentes, partiram para as oficinas dos amigos pedindo peças velha daqui peça velha dali.

E conseguiram com muita luta fazer a mecânica na empresa José Martins & Filho, em seguida montaram o carro, que ficou muito parecido com uma Kombi.

Fato pitoresco e preocupante, “a Kombi era cheia de macaquice”, afirmou Roque, só quem sabia dirigir a maldita era Neto Martins, pois conhecia as manias e os sestos da bicha. Depois da parte da mecânica ficar 10%, eis que surge outro abacaxi, quem vai ter coragem de andar nela desse jeito, feínha que doía.

PSICODÉLICA – KOMBI VÉIA!
Surgiu outra brilhante idéia para melhorar o visual, a criatividade de Nilsinho Coelho, segundo especialistas, foi o trabalho mais difícil que ele já teve, pois a lanternagem estava pra lá de Bagdá. E teve que submeter a operação plástica, foi o único jeito encontrado para amenizar a situação. A evolução da kombi véia, foi algo sensacional, a pintura ficou conhecida como PSICODÉLICA, e todos comemoraram o sucesso do trabalho.

A parte do visual foi feita na casa do Seu João Clímaco de Almeida, pai de Nilsinho. As surpresas não paravam por aí, Neto Martins sempre traquino, conseguiu duas inovações, 1º foi o som da kombi, transformando-a num trio elétrico e 2º uma buzina de trem, que era alimentada por um compressor de ar, a zuada era infernal. Quando a buzina era acionada, as pessoas diziam, lá vem o Clube do Rum, foi uma revolução na época.
ORNAMENTAÇÃO DA KOMBI VÉIA – A PATOTA LISA (SEM O FAZ MI RI)!

Ganharam um carneiro do seu João Clímaco, pai de Nilsinho, e foi aí que surgiu a idéia de fazer uma rifa virtual, no primeiro sorteio o ganhador, presenteou o Clube do Rum com o carneiro, ou seja, voltou para o estoque, daí surgiu uma das idéias mais aprimorada da patota. Todos os bingos a partir daquela data eram virtuais, não existia o carneiro, e o mais interessante, todas as cartelas do bingo eram vendidas pois a população acreditou na criatividade da moçada e comprava e ninguém fazia questão de receber o prêmio, pois o clube animava a cidade!Um lance espetacular, os irmão metralhas (dois), ganharam uma viagem de férias para Europa, mas seus pais pediram para eles virem a Floriano conhecer os parentes, chegando na terra de São Pedro, foram convidados por um dos universitários do Clube do Rum, ao deparar com aquele movimento inusitado, juntos pensaram vamos ligar para casa, e ao fazerem isso, avisaram a família, Europa só de outra vez, daqui não saímos!
USO EXCLUSIVO EM FOLIA

Os foliões, eram criativos, senão vejamos: na parte traseira da Kombi Véia, pintaram de preto que simbolizava a despedida da didatura militar, e colocaram uma faixa em amarelo com a frase ”USO EXCLUSIVO EM FOLIA”.

SEREIA
Do lado esquerdo da Kombi Véia, tinha um desenho artístico de uma Sereia, quando a pessoa colocava a cabeça na janela, transformava numa sereia!
PLACA DE HOMENAGEM

Quando algum integrante do Clube do Rum, conseguia alguma vitória, por exemplo: passar no vestibular, como forma de incentivo a patota, homenageava com o nome do vitorioso com uma frase de incentivo!
CLUBE DO RUM INOVOU EM VÁRIOS ASPECTOS ANTECIPOU O CÓDIGO DE TRÂNSITO

O motorista da Kombi Véia, não podia beber, enquanto tivesse dirigindo, Neto véio sofria, pois a kombi teimava em querer só obedecer a ele.
A LINGUAGEM DA PATOTA ERA DESAFIADORA

Festas que a turma não podiam entrar por falta de recursos, não perdiam a esportiva, iam atrás do sanfoneiro Don João para animar a turma e ficavam próximo da portaria catando os adeptos e terminavam prejudicando a festa do clube!Defendiam com unhas e dentes a culinária saudável da terra!Fizeram um dicionário com palavras exclusiva da terra como por exemplo:Cutelo, afolosado, munturo, joga no mato, muçuraca, colombina, embira, etc.

OS PAIS FAZIAM TRINCHEIRAS EM FAVOR DO CLUBE DO RUM

Por quê? Todos os universitários que começavam se afastar do Clube do Rum, não demoravam casavam logo, era um pesadelo, por isso os pais declararam guerras ao time das alianças!
PLACA DA KOMBI VÉIA

C2H6O – Nome da Cidade-Estado; RUNÓPOLIS-RUNDON
JOÃO (Sanfoneiro de uma nota só) - “ENCABRESTA MEU FIO”

Certo dia, a turma do “Clube do RUM” fora passear no Balneário Manga, estrada ruim, catabi, e para escapar dos buracos e o nosso amigo Neto Martins, habilidoso motorista, conhecedor profundo das manias do Trio Elétrico, tentou desviar de um buraco, mas não escapou, caindo dentro de um deles e, nisso, dentro da kombi, ia o maior sanfoneiro da região, DON JOÃO, tocando sua sanfona colado no seu colo, de repente teve uma brilhante idéia, vamos animar aqui dentro, mas toda vez que tentava se levantar, tinha que sentar, pois os buracos e os catabís, não o deixavam desenvolver seu extenso repertório (só tocava uma música – “O Canto da Ema”, que começa assim: “A ema gemeu no tronco do juremá...!); repentinamente, um dos componentes o segurou puxando a camisa dele pelo colarinho para cima, quando ele sentiu firmeza, deu uma rasgada na sanfona e gritou “ENCABRESTA MEU FIO”, “ENCABRESTA MEU FIO”, que agora vai, só vou parar quando amanhecer o dia., virgem nossa!

O Sanfoneiro, DON JOÃO, tocava mais com os pés batendo no piso da kombi Véia do que rasgando a sanfona. Enfim, tudo pronto para estréia.
SIMBOLO DO BLOCO: UM PIRATA

Na Kombi Véia, um farol era desligado, correspondendo ao tapa olho do Pirata, o outro funcionava legal.
BEBIDAS

Início sempre com o estoque de 35 litros de Rum Montilla e Coca.
NOVO MUNDO (PRÓXIMO A UESPI) – PONTO DE CONCENTRAÇÃO!

Horário de encontro: O dia todo, resumindo 24 horas no ar.
PERCURSO DA KOMBI “TRIO ELÉTRICO” RUMO AO CAIS BEIRA RIO – BAR “K -TIESPERO”

Novo Mundo (próximo a UESPI), Av. BR-343, Av. Santos Dumont, Av. Eurípedes de Aguiar, Rua Alfredo Estrela, Esmaragdo de Freitas – ponto final Bar K -TIESPERO.
LAVAR O PERITÔNIO

Foi aí que o Restaurante “O Djalma” foi descoberto, se popularizou através do Clube do Rum, pois a patota iam fazer a lavagem do peritônio por lá.
FOI CRIADA AÍ A FAMOSA DESCIDA PARA BEIRA DO CAÍS – RIO PARNAÍBA! – O CARNAVAL FICOU MELHOR AINDA!
Colaboração: Vicente Roque Filho e Neto Martins.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Fonte:
www.florianoemdia.com

11/08/2006

O MILAGRE ACONTECEU


O MILAGRE ACONTECEU!

Resgate da Memória Da Cidade De Floriano - Profª Josefina Demes

“Estávamos em julho, em pleno verão de 1943, em dia que não me recordo mais, as 13 horas e 30 minutos. Residia eu no sobrado (1) em frente a Igreja e naquele horário me encaminhava para ir dar aula no Ginásio Santa Teresinha.

Ao chegar a porta da rua, virei para o lado do nascente em direção a Pernambucana; um rolo espesso de fumaça pasta, de odor característico que denotava a natureza do material em combustão. Olhei atônita para um lado e para o outro. A praça estava deserta. De repente, alguém passou correndo para as bandas da casa comercial de Salomão Mazuad. Era o Oldemar Soares (2) funcionário da firma Moraes & Cia. Que portava um pacote grande em baixo dos braços, e que eu soube depois tratar-se de livros contábeis da firma que lê procurava salvar do incêndio.

As 13 horas, o comércio reabria as suas portas para em seguida fecha-las. Enquanto, o incêndio tomava proporções terríveis, ameaçando se propagar. Mas como aconteceu?Bem, aconteceu como aconteceu, na sua maioria, as tragédias! Um pouco de descuido, um pouco de imprudência, um pouco de fatalidade. E este não fugiu a regra. A vítima, no caso, era a firma Moraes & Cia. Mas vamos aos fatos.

A firma em questão, com sede em Parnaíba, ocupava aqui um prédio de propriedade do Sr. Calisto lobo, na Av. Getúlio Vargas, vizinho a casa comercial e residência assobradado do referido senhor. Além do seu tradicional comércio, à firma Moraes & Cia, era, nesta cidade, agente da empresa aérea Cruzeiro do Sul por isso, mantinha imprudentemente, junto ao próprio escritório, um considerável estoque de combustível em tambores, latas, etc.

Verificou-se, no dia fatal, que vazara uma das latas. Levada até à porta, para ser soldada, por imprevidência não foi considerado o rastilho de inflamável que a mesma deixara no seu percurso. A lata pegou fogo e o resto já se pode imaginar. O fogo assumiu, de logo, proporções gigantescas.As explosões se sucediam, acompanhadas de gritos dos presentes.

Os tambores e latões voavam acima do sobrado do Sr. Calisto Lobo, e desciam a seguir, em chamas (3). O temor de que um desses bólidos incandescentes pudessem atingir a Pernambucana, depositária da pólvora marca Elefante, e daí se propagar ao laboratório Sobral, ali vizinho (4) que tinha em depósito mais de 100 latões de álcool, era muito grande. Os extintores do Banco do Brasil (5) foram acionados inutilmente.

O sino passou a repicar e o povo acorreu a Igreja para rezar. A essa altura já estava em cena o virtuoso Padre Pedro Oliveira (6), que do terraço do sobrado do Sr. Calisto lobo, orava e aspergia (fazer aspersão, respingar) as chamas como se quisesse aplacar (acalmar) a sua ira. Por seu turno o Sr. Calisto Lobo fazia evacuar do prédio, a sua família e se deixou ali ficar, sereno e digno como sempre (7). O gerente da firma sinistrada Sr. Antonio Anísio (8) estava viajando e os abnegados empregados nas pessoas de Francisco Borges (9), Raimundo de Araújo Costa Filho (10), Olemar Castro, José Lopes (11), Guilherme Noleto (12), Oldemar Soares, João Luis Guimarães(13), Luiz da Moraes e Chico Casão, aos quais se juntaram pessoas como o Sr. Manoel Almeida (14), Hermes Pachêco (15), tentaram isolar o prédio, medida que em nada resultou.

Começaram os desmaios de alguns e o choro de outros. 16 horas. O fogo continuava tal como começou. Ali só um milagre – diziam todos – De minha parte olhei o céu a procura de algo que me alimentasse, já não digo a esperança, mas pelo menos a ilusão. Nada. O céu era límpido, claro, muito claro.16 horas e 30 – as coisas continuam no mesmo pé, mas, de repente, para o lado da Pernambucana (16), alguém gritou: - uma nuvem, uma nuvem! Do local em que eu me achava nas proximidades do que é hoje a Rosa de Ouro, não dava para ver.

De repente me vi empurrada para o meio da avenida pelas pessoas que, como eu, queria ver a nuvem.Lá estava ela pequenina e generosa por detrás do prédio dos Correios. Tangida pelo vento vinha galopando apressada como quem sabe o que quer. Fitei-a no intuito de identificar o seu tipo. Não era “cirro”(nuvem branca e muito alta), não era “nimbo” (chuva ligeira). Não era outra qualquer – era simplesmente o milagre em forma de nuvem. Chegou, parou e verteu água.De onde teria saído, não sei dizer e do mesmo modo como chegou, se foi.

O povo suspirou aliviado. A cidade estava salva!Feito o rescaldo, foram encontrados, intactos, muitos tambores que poderiam ter alimentado o fogo por muito tempo. A noite, como de costume, fui a casa do Sr. Calisto. Cheguei ao terraço e diante de tudo quanto vi, não pude deixar de concluir com o poeta “entre o céu e a terra acontecem tantas coisas...

NOTAS EXPLICATIVAS:

1. Que ainda hoje embeleza a paisagem da praça Dr. Sebastião Martins, onde está localizado hoje, o Café.com de propriedade do Chico Demes; 2. Filho do Sr. Zuza Nunes e irmão do Soares, seu irmão, que reside à rua Fernando Drumond, ao lado esquerdo, após a Casa Salomão; 3. A pessoa que fez a transcrição desse fato e que na época tinha 11 anos, que se encontrava na rua Fernando Marques, onde hoje está edificada a residência do sr. Abrão Freitas, de lá enxergou o movimento dos tambores subindo e descendo pela força das explosões; 4. O Laboratório Sobral era onde hoje o prédio da Loteca 13 Pontos. As Lojas Pernambucanas era um prédio em frente ao do Sr. Calisto Lobo; 5. O Banco do Brasil ficava à rua São Pedro num prédio onde funcionava a Cada do Michel Demes; 6. Nasceu em 29.02.1908, em Castelhano, comunidade Palmeirais-PI, ordenado em Fortaleza-CE, em 29.11.1936, foi pároco de duas cidades: Parnaíba-PI durante 18 meses, e Floriano-PI, de: 16.01.1938 a 15.07.1985, que durou 47 anos. No próximo mês de outubro, precisamente em 27.10.2006, completará 12 anos de sua ausência, pois veio falecer em 27.10.1994; 7. Era realmente um cidadão de muita dignidade; 8. Pai da Dorotéia, da Rosita, esposas dos Srs. Lauro Cronemberger e João Siqueira; 9. Esposo da Dona Cirene Borges e cunhado do Sr. Antonio anísio; 10. Esposo da Dona Maroquinha Soares, e pai do Sr. Cristovam Augusto e Dona Virginia, esposa do Dr. Odilon; 11. O nosso estimado Zé Balão, como era mais conhecido carinhosamente, e casado Dona Jacira, sobrinha do Sr. Francisco Borges; 12. Esposo da Dona Nazaré e sogro do Sr. Joaquim Portela; 13. Irmão do Sr. Alderico Guimarães; 14. Esposa da Dona Lia Teixeira, na época funcionário (gerente) da Roland Jacob; 15. Era, na época, funcionário do Sr. Salomão Mazuad, tendo desempenhado, muito tempo depois, o cargo de Prefeito da nossa cidade; 16. Veja a nota n.º 4.

Transcrito do Jornal de Floriano, Edição n.º 429 de 05 a 11/05/1985, por Seu Nelson Oliveira.

Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Fonte: www.florianoemdia.com

11/03/2006

PRIMEIRO AVIÃO EM FLORIANO



CHEGADA DO PRIMEIRO AVIÃO EM FLORIANO - 1934

Resgate da Memória Da Cidade De Floriano - V Memórias de Djalma Silva

Em 1934, deu-se em Floriano um grande acontecimento. A chegada do primeiro avião.

O fato teve lugar em 14 de julho, com a esticada até a cidade de um aparelho do Correio Aéreo Nacional que fazia a linha Fortaleza -Teresina, comandado pelo Capitão Neto Macedo.

A Prefeitura administrava o campo de pouso no Meladão na previsão de que a linha C.A.N. fosse estendida até Floriano. E, antes que os vôos fossem autorizados, o doutor Teodoro Ferreira Sobral, então prefeito do município, conseguira a vinda oficiosa do aparelho.

Ficou estabelecido que, acertada a hora da saída do avião de Teresina, a população seria avisada por meio de foguetes.

E assim aconteceu.

Pouco depois das treze horas os foguetes estrugiram ( estrondo, barulho ) no ar. O comércio fechou suas portas. As escolas e repartições também. Uma grande massa de pessoas acorreu ao Meladão usando os mais diferentes tipos de transporte; muitas indo mesmo a pé.

Eu fui de jumento. Um lerdo animal, emprestado por José Leonias ( já pensou! ), marido da minha tia Joana. O mesmo, verdadeiramente, um “orelhão” ou filósofo” no dizer do povo, não era de nada. Deixando à sua vontade mal trocava os passos. Picado de esporas e surrado de chibata, apressava-se um tiquinho e voltava a trocar os passos me irritando.Assim que até o campo onde cheguei nervoso e cansado.

Mais ou menos as dezesseis horas o aparelho sobrevoou o rústico campo e pousou na pista arremetendo contra o povo que imprudentemente havia convergido para ela para ver melhor. Um dos imprudentes acenou desesperadamente com as mãos e a população recuou um pouco dando passagem ao barulhento avião que lá adiante parou. Uma poeira infernal, escura, a assistência a correr para a orla próxima da mata. Mas logo depois ela voltou a cingir o aparelho já de hélices paralisadas.

Após pequena demora, o avião alçou vôo. A linha regular só tempos depois seria estabelecida.

NOTAS IMPORTANTES:

1. O único meio existente na época para uma comunicação rápida.
2. Irmã da mãe do autor;
3. O rústico campo é onde está hoje o bairro Irapuá II.

Transcrito do Jornal de Floriano, Edição nº 326 de 1985, por Seu *Nelson Oliveira.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
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Foto: Teodorinho Sobral / Fonte: www.florianoemdia.com

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...