9/26/2006

FESTA DA SAUDADE


Do livro de Teodorinho Sobral - FLORIANO DE HOJE E DE ONTEM / 1997 (durante o Centenário de Floriano), observamos esta bela tomada do famoso Floriano Clube nos anos cinquenta.

Essa festa, no detalhe, foi em homenagem à visita da Miss Piauí do ano de 1956 - Teresinha Alcântara (que aparece na foto dançando com Fauzer Bucar) de Teresina.

São momentos que realmente enobrecem a Princesa do Sul. As coisas eram bem mais simples e reais.

Lamentalvelmente, hoje, temos que conviver com o consumo, sem mais aquela poesia de outrora. De qualquer forma, precisamos acreditar que a vida ainda nos dá a oportunidade de sermos felizes.

Vale a pena lutar pelos nossos ideais.

9/22/2006

DECADA DE 50

Vejam só que bela manhã, talvez - a avenida Getúlio Vargas mostrando seus encantos.

A Farmácia Coelho, a Farmácia Rocha e as suas esquinas nos trazendo emoções fortes da graça que era a década de cinquenta, que os anos não trazem mais.

A praça, exaltando seus pequenos arvoredos, tecendo seu futuro. Talvez, fosse num domingo, quando a cidade ainda vivia em sua pacata solidão.

Hoje, os ventos sopram mais o cheiro de asfalto em meio à poluição sonora. Os carros de som, tripudiando nossa calmaria. A pressa das pessoas, esboçando a solidão e um vazio ululante.

Já não mais se escutam os borás e nem o canto dos pássaros de manhã na cidade; não há mais espaço entre as casas; já não temos mais o cinema, os debates de esquina, os circos de arena e nem o areião do campo dos artistas.

Enfim, estamos entregues ao futuro, que não sabemos se é isso mesmo que queremos.

Mas que seja o que Deus quiser!

9/20/2006

DE VOLTA PARA A SAUDADE


Dentro do contexto romântico dos anos sessenta, podemos apreciar a bela imagem que nos traz grandes recordações e que, também, nos alimenta de emoções fortes.

A foto ao lado, no ano de 1966 (do baú da nossa amiga Nitinha, antiga professora do Agrônomo Parentes), época em que o senhor Antonio Sobrinho tomava conta do bar, era tempo de poesia e dos bons carnavais, e a Sertã, em seu sobe-desce, elevava a alegria dos foliões, e os blocos de sociedade, animando o povão.

Hoje, vivemos plenamente a época do consumo e das vaidades. E dos abadás. Precisamos reverter esse quadro. Floriano ainda nos enobrece. A omissão precisa desaparecer de nosso dicionário e resgatarmos os bons tempos.

Ainda há tempo (!?).

9/19/2006

PAISAGENS


Nada a ver, mas os retratos de minha terra me fascinam e vão além da minha imaginação.

Suas paisagens são de um sentido épico e que me transportam para os tempos de outrora, quando as auroras eram outras.

Hoje, o massacre é terrível, os matagais sumiram e apareceram favelas. Floriano cresce, mas dentro de um contexto voltado para paliativos que travam a sua evolução cultural.

As escolas precisam tomar consciência de que o dinheiro é bom, mas a inspiração deve ter um lugar no coração de seus dirigentes e proporcionar um novo rumo para o futuro da princesa.

Nossos netos ainda terão que ser os mesmos e as aparências não poderão enganar-se.
Os meus ídolos ainda são os mesmos!

Graças a Deus!

9/13/2006

JANELA PARA O RIO


A exposição itinerante “Viagem Pictórica Pelo Rio Parnaíba”, com pinturas de Otoniel Fernandes e fotografias de Eduardo Peixoto.

A foto lembra muito de nossos tempos de pescarias, das descidas em bananeiras e câmara de ar; das facadas e taínhas que tirávamos escondidos de nossos pais.

O Parnaiba sempre fora ponto de encontros, de furupas e traquinices. As lavadeiras davam um brilho de força e trabalho ao lugar.

Precisamos retomar o dia a dia. Floriano inquietou-se e já não mais empinam-se papagaios e não brincam-se mais de preso. É preciso novos ensinamentos. As escolas precisam reativar e resgatar valores que se perderam no tempo.

Ainda há tempo?

9/04/2006

FIM DE TARDE


Era um desses fins de tarde de sábado, quando os piolhos de bola reuniam-se na quadra da Escola Normal para bater aquela pelada.

Tratava-se de um momento autêntico, dentro do contexto romântico do cotidiano da Princesa. Estávamos, ainda, nos preparando para a grande batalha da vida e a descontração nos envaidecia, e a vitória viria ao longo do tempo.

Observamos, portanto, da esquerda para a direita, os mucurebas Darlan, Joaquim de Pierre, Luiz Carvalho (Banana), Gilson, Eulálio e Marinho.

Agachados, Brandao, Dudu, Erivaldo, Roberto e Duy Alan, tentando mostrar moral e categoria.

Precisamos retratar esses saudosos momentos, porque a vida é BELA!

8/29/2006

O BRILHO DA NOITE


"O POR DO SOL é lá no cais; eu vejo a lua, surgindo atrás da torre... do cais".

Esse é o trecho inicial da linda canção do grupo VIAZUL, que fez sucesso nas décadas de setenta e oitenta e que traduz a beleza e a poesia do cais, o ponto de encontro mais aconchegante da cidade.

O Flutuante, ali, impecável e manso, mantendo um prazer tradicional de várias décadas e gerações. O Parnaiba, caudaloso, inspirando poetas e itinerantes. Vejo à noite, reluzente, a bela Barão, espelhada nas águas do rio. Mas já não existem mais os antigos pontões e canoas à vela. O progresso nos trouxe as pontes, lanchas e motores. As balsas e as regatas de julho perderam-se no tempo. E por onde andam os pescadores?

O tempo passou. O futuro chegou como que sorrateiro. Não se escuta mais os borás. Os trios elétricos já habitam em nossos carnavais. Os foliões, agora, são outros. Plantaram-se novas árvores e pontos turísticos. Os jets-skis, fazendo suas manobras radicais. A Maria Bonita agora é um belo museu. Os novos cantos são baianos. As bicicletas agora são de marchas e já não existe mais o bar de nosso amigo Passim. Os meninos recolheram-se aos games, não tiram mais saltos mortais e já não descem o rio. Os remansos desapareceram. O cais do porto absorve outras naves e concorrentes. A poesia mudou e a burguesia sumiu.

Saudoso, chego ali de mansinho a sondar a nova paisagem. Soturno, ando a passos lentos e solitários à procura de um tempo em que não volta mais. No entanto, o conforto da minha presença ali satisfaz o meu ego. E os tambores, que ouço na madrugada lenta e fria, são os únicos companheiros que trafegam por ali ecoando noite a dentro a compartilhar de meus pensamentos em busca de um novo tempo.

Se viver, verei!

HISTÓRIAS DE FLORIANO

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