9/20/2006

DE VOLTA PARA A SAUDADE


Dentro do contexto romântico dos anos sessenta, podemos apreciar a bela imagem que nos traz grandes recordações e que, também, nos alimenta de emoções fortes.

A foto ao lado, no ano de 1966 (do baú da nossa amiga Nitinha, antiga professora do Agrônomo Parentes), época em que o senhor Antonio Sobrinho tomava conta do bar, era tempo de poesia e dos bons carnavais, e a Sertã, em seu sobe-desce, elevava a alegria dos foliões, e os blocos de sociedade, animando o povão.

Hoje, vivemos plenamente a época do consumo e das vaidades. E dos abadás. Precisamos reverter esse quadro. Floriano ainda nos enobrece. A omissão precisa desaparecer de nosso dicionário e resgatarmos os bons tempos.

Ainda há tempo (!?).

9/19/2006

PAISAGENS


Nada a ver, mas os retratos de minha terra me fascinam e vão além da minha imaginação.

Suas paisagens são de um sentido épico e que me transportam para os tempos de outrora, quando as auroras eram outras.

Hoje, o massacre é terrível, os matagais sumiram e apareceram favelas. Floriano cresce, mas dentro de um contexto voltado para paliativos que travam a sua evolução cultural.

As escolas precisam tomar consciência de que o dinheiro é bom, mas a inspiração deve ter um lugar no coração de seus dirigentes e proporcionar um novo rumo para o futuro da princesa.

Nossos netos ainda terão que ser os mesmos e as aparências não poderão enganar-se.
Os meus ídolos ainda são os mesmos!

Graças a Deus!

9/13/2006

JANELA PARA O RIO


A exposição itinerante “Viagem Pictórica Pelo Rio Parnaíba”, com pinturas de Otoniel Fernandes e fotografias de Eduardo Peixoto.

A foto lembra muito de nossos tempos de pescarias, das descidas em bananeiras e câmara de ar; das facadas e taínhas que tirávamos escondidos de nossos pais.

O Parnaiba sempre fora ponto de encontros, de furupas e traquinices. As lavadeiras davam um brilho de força e trabalho ao lugar.

Precisamos retomar o dia a dia. Floriano inquietou-se e já não mais empinam-se papagaios e não brincam-se mais de preso. É preciso novos ensinamentos. As escolas precisam reativar e resgatar valores que se perderam no tempo.

Ainda há tempo?

9/04/2006

FIM DE TARDE


Era um desses fins de tarde de sábado, quando os piolhos de bola reuniam-se na quadra da Escola Normal para bater aquela pelada.

Tratava-se de um momento autêntico, dentro do contexto romântico do cotidiano da Princesa. Estávamos, ainda, nos preparando para a grande batalha da vida e a descontração nos envaidecia, e a vitória viria ao longo do tempo.

Observamos, portanto, da esquerda para a direita, os mucurebas Darlan, Joaquim de Pierre, Luiz Carvalho (Banana), Gilson, Eulálio e Marinho.

Agachados, Brandao, Dudu, Erivaldo, Roberto e Duy Alan, tentando mostrar moral e categoria.

Precisamos retratar esses saudosos momentos, porque a vida é BELA!

8/29/2006

O BRILHO DA NOITE


"O POR DO SOL é lá no cais; eu vejo a lua, surgindo atrás da torre... do cais".

Esse é o trecho inicial da linda canção do grupo VIAZUL, que fez sucesso nas décadas de setenta e oitenta e que traduz a beleza e a poesia do cais, o ponto de encontro mais aconchegante da cidade.

O Flutuante, ali, impecável e manso, mantendo um prazer tradicional de várias décadas e gerações. O Parnaiba, caudaloso, inspirando poetas e itinerantes. Vejo à noite, reluzente, a bela Barão, espelhada nas águas do rio. Mas já não existem mais os antigos pontões e canoas à vela. O progresso nos trouxe as pontes, lanchas e motores. As balsas e as regatas de julho perderam-se no tempo. E por onde andam os pescadores?

O tempo passou. O futuro chegou como que sorrateiro. Não se escuta mais os borás. Os trios elétricos já habitam em nossos carnavais. Os foliões, agora, são outros. Plantaram-se novas árvores e pontos turísticos. Os jets-skis, fazendo suas manobras radicais. A Maria Bonita agora é um belo museu. Os novos cantos são baianos. As bicicletas agora são de marchas e já não existe mais o bar de nosso amigo Passim. Os meninos recolheram-se aos games, não tiram mais saltos mortais e já não descem o rio. Os remansos desapareceram. O cais do porto absorve outras naves e concorrentes. A poesia mudou e a burguesia sumiu.

Saudoso, chego ali de mansinho a sondar a nova paisagem. Soturno, ando a passos lentos e solitários à procura de um tempo em que não volta mais. No entanto, o conforto da minha presença ali satisfaz o meu ego. E os tambores, que ouço na madrugada lenta e fria, são os únicos companheiros que trafegam por ali ecoando noite a dentro a compartilhar de meus pensamentos em busca de um novo tempo.

Se viver, verei!

8/25/2006

CULTURA


Houve uma época em que a juventude florianense era antenada na produção e criação de dramas, música e cultura em geral. O tempo foi passando e ficaram as lembranças.

Precisamos reverter esse quadro e que as novas escolas possam ensinar e proporcionar aos jovens festivais, debates, ensaios, corais e outras atividades, para que possam tirar a nova juventude florianense do marasmo e recuperar o tempo perdido.

O exemplo aí está na foto: o talentoso músico José Paraguassú Martins Cronemberger Reis, conhecido por Paraguassu, com sua simplicidade não demonstra a sua competência em outros aspectos, ele simplesmente compõe músicas, toca violão, e nas horas de folga faz poesias de gente grande!

Iniciou seus estudos no Educandário Santa D`arc, saindo para o Ginásio Primeiro de Maio, entidade que sempre despertou os alunos para parte artística e cultural. Nessa entidade educacional, Reis participou do coral que tinha em torno de 20 componentes, dentre outros Paraguassú, Jandira, Judite, Jojó, Barbosinha (mora em Teresina), Carino Filho (hoje, na Justiça Federal em Teresina), Elza do Seu Pedro Simplício, Maristane Gonçalves, Regina Oliveira, Elisabeth Tenório, Osmalinda.

A banda de Música do 1º de Maio foi outro canal que o ajudou a despertar o seu grande potencial que estava em fase latente para música, tocando o seu afinado violão!

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Fonte: Floriano em Dia

8/24/2006

POR DO SOL

Este é o pôr de todos os sóis, que já exaltou grandes emoções dos que por ali já passaram.

Não há como resistir à tentação das tardinhas do Parnaiba. A mansidão do cais do porto invade corações apaixonados.

E o Flutuante vai recebendo seus diaristas a suspirarem o vai-e-vem do ronco dos tambores hilariantes.

Até quando te farei novas companhias? Aguarda o tempo, que ele virá e eternizar-se-á no encontro e nos reencontros solitários e soturnos das noites enluaradas dos verões noturnos.

Seria este o último pôr do sol?

Se viver, verei.


Tragédia da aviação piauiense, que tirou a vida de Raimundinho Caboré

O aeroporto de Cangapara era pequeno para o intenso movimento de aviões que nele pousavam e decolavam no ano de 1964 e, mais intensamente, e...