Este
Espaço Cultural é destinado ao povo de Floriano, para que se faça
cultura: teatro, música, artes plásticas e muitas outras manifestações.
“Esta casa que já produziu energia elétrica, a partir de agora produzirá energia para o espirito”.
O Espaço Cultural Maria Bonita procede do prédio que foi originalmente o primeiro templo religioso da cidade.
Com
a construção de um outro templo no centro da cidade, aquele ficou sem
serventia, inteiramente abandonado, até que na década de 20 o então
Intendente Area Leão vislumbrou nele, pela sua localização à margem do
rio e pela sua sólida construção, o local ideal para os seus planos de
dotar Floriano de luz elétrica, aposentando de vez os românticos
campeões a querosene.
O
fato que não podia ser mais auspicioso marcou profundamente a vida da
cidade que ganhou um melhoramento como o que só a capital e a cidade
litorânea de Parnaíba possuíam.
O
motor, inaugurado festivamente, depois de trabalhar por anos a fio e
consumir toneladas e toneladas de metros de lenha, com o crescimento da
cidade, já não mais atendendo ás suas finalidades, foi abandonado, vindo
de Teresina, na gestão de Dr. Sebastião Martins, entre 1948 e 1949, uma
máquina tão obsoleta quanto á primeira. Procede da região do cangaço,
Alagoas, pouco tempo depois do trucidamento do bando de Lampião, foi
apelidada pelos teresinenses de Maria Bonita, em homenagem á mulher do
chefe.
Sobre
o assunto em pauta, assim se reporta Edson Gayoso Castelo Branco em seu
álbum intitulado – Teresina, Teresina – no início dos anos quarenta, a
rede elétrica da capital passou por novas reformas e ampliações,
contratadas pela Siemesns. Ainda nesta década, veio de Alagoas para a
Usina Elétrica de Teresina o motor apelidado pelos teresinenses de Maria
Bonita.
Esta é, pois, para os que não sabem, a explicação para o nome dado à nossa principal casa de Cultura.
O
Espaço Cultural Maria Bonita é fruto do meritório trabalho de culto e
competente professor Luiz Paulo de Oliveira Lopes, cuja vida tem sido
inteiramente dedicada à causa da educação, à época presidente da
Associação Cultural de Floriano, fundada pelo querido florianense
radicado em Brasília, onde desempenha elevadas funções públicas,
Cristóvão de Augusto de Araujo Costa, com o objetivo de preservar os
valores culturais de Floriano. Luiz Paulo vendo com preocupação e
tristeza o prédio duplamente histórico caído aos pedaços, já com a
frente desabada em razão das fortes chuvas caídas no ano de 1985,
respaldado por entidades do mais alto conceito, como o Rotary Club, o
Lions Club e a Associação Comercial, perante as quais proferiu palestra
sobre o assunto indo a capital tantas vezes quantas foram necessárias
para sensibilizar as autoridades, o que levou o governador Hugo Napoleão
a anuir à iniciativa, autorizando o inicio das obras através da ordem
dada à Fundação Cultural do Estado, que por sorte tinha a sua frente o
deputado Jesualdo Cavalcante, pessoa muito ligada a Floriano, o que
muito pesou para que o ilustre homem publicose empenhasse decisivamente
pela sua concretização. Os trabalhos começaram no dia 06 de janeiro de
1986, a cargo do engenheiro civil do DNER, Dr. Ribamar Santos,
supervisão da Arquiteta Márcia Moura, e projeto técnico do arquiteto
João Monteiro.
“A Batalha estava ganha”, foi o desabafo de Luiz Paulo, graças a quem em pouco tempo a cidade viu surgir dos escombros da velha Usina uma casa que honra as nossas tradições culturais.
Fonte: Espaço Culturalmariabonita.com