Cuidado com o João Besta
O pequeno carnaubal aflorava naquela tardinha chuvosa na quinta de dona Maria Prisulina. O Pocinho, jorrando sua água cristalina pros meninos tomarem banho depois de uma pelada no campo da Galeria.
O pequeno carnaubal aflorava naquela tardinha chuvosa na quinta de dona Maria Prisulina. O Pocinho, jorrando sua água cristalina pros meninos tomarem banho depois de uma pelada no campo da Galeria.
Morro do Abrahão |
As lavadeiras, com seus filhos pequenos, desatavam suas trouxas pra usar o melhor sabão da cidade, o Edubom. Ou era Edular? Era um corre corre de meninos exaltando suas traquinices numa gritadeira que se escutava a quilômetros de distância.
Entre galhos de Marias Mole, adentrávamos, com baladeiras em punho, nas moitas da quinta próximo à lagoa pra atirar nas rolinhas e lavadeiras que aninhavam-se ali.
Foi quando percebi um João Besta se coçando no galho de uma goiabeira, talvez se preparando pra um novo acasalamento. Apontei a baladeira diretamente no passarinho com a melhor pedra de fogo que eu tinha na capanga. Na medida que aproximava mais o bichinho se aquietava. A cerca de um metro e meio, atirei e o João Besta (?) ali quietinho da silva xavier.
Quando errei o tiro, percebi que tinha sido atrapalhado pelo meu amigo Gungadim, companheiro de caçada, que se exaltou num desespero casual. Adiantou-se e atirou primeiro, espantando o pássaro que fora pousar em outros galhos.
- Porra, tu me atrapalhou!!!
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