Esses teus arcos, poeta, são bênçãos; pasto sagrado de tuas Margaridas; palco lírico de tua infância querida; recanto de tuas chegadas e partidas.
4/27/2020
4/22/2020
Retratos de Floriano
Adoro esta foto feita possivelmente por minha prima Jesanne no quintal da casa de tia Marizinha e tio Pierre, em Floriano, Piauí. Não sei a data.
Eram os melhores dias na minha vida. As férias de verão, inverno pra eles. E eu insistia nos hábitos paulistanos de usar calça comprida...
Tinha muita coisa nesse quintal. Não me lembro de tudo. Um viveiro de pássaros. Goiabinhas vermelhas. Seriguelas? E aí vi pela primeira vez uma galinha morrer pra nosso almoço. Não aprendi nada. Até hoje olho os pratos de frango de lado...
A partir da esquerda, meus primos Jeanne, Jesus, Joaquim, meu irmão Walter, de óculos, e o lindo Jean.
Fonte: Rosane Pavan
4/21/2020
Retratos do nosso futebol
Palmeiras de Bucar
Outra formação épica de nosso futebol. O time do Palmeiras de Bucar disputava, também, espaço dentro do contexto de elite do desporto florianense.
Só não faziam estripetise dentro de campo, mas o resto deixava os piolhos vaidosos com o futebol desenvolvido dentro das quatro linhas.
Esse momento lírico, podemos destacar essa escalação como uma das mais românticas. Foto raríssima. Vale ouro. Estádio Mário Bezerra em 1966.
Só não faziam estripetise dentro de campo, mas o resto deixava os piolhos vaidosos com o futebol desenvolvido dentro das quatro linhas.
Esse momento lírico, podemos destacar essa escalação como uma das mais românticas. Foto raríssima. Vale ouro. Estádio Mário Bezerra em 1966.
De pé registramos Reginaldo, Sadica ( bolão ), Antonio Luis Bolo Doce ( cracasso ), Bitonho, Perereca e Osmar.
Agachados observamos o Zilmar, Carlos Pechicha, Bagana, Bucar, Antonio Guarda, Brahim e Petrônio, que faziam a diferença do passado da bola.
Agachados observamos o Zilmar, Carlos Pechicha, Bagana, Bucar, Antonio Guarda, Brahim e Petrônio, que faziam a diferença do passado da bola.
Retratos do nosso futebol
Time da TRANSPIAUI VEÍCULOS
Local: Quadra do Educandário
Ano: 1990
De pé: César, Afonsinho, Prof Rubens Técnico, Fefé, Josfran, Gilmar Duarte e Roberto Holanda;
Agachados: Herbran, Antônio Narciso, Hugo, Mundico, Edvaldo (craque de São João dos Patos-MA) e Ivanildo!
Infelizmente perdemos na final...
Estou tentando lembrar do placar e o adversário!
4/19/2020
Retratos do nosso futebol
- "NEGO CLÉBER" - IN MEMORIAN
- CLEBER RAMOS – BOLÃO E AMIGO!
- "Quadra do Comércio Esporte Clube. Palco dos grandes eventos esportivos. Torneio de Férias de Inverno. A quadra lotada. Jogo disputadíssimo. Numa bela jogada o time Sem P. faz um a zero contra o Narciso. Cleber Ramos, calmamente, foi no fundo da rede, pegou a bola e avisou seu Guilherme: "deixa comigo!" Quando Puluca bate o centro pro grande artilheiro, ele sai driblando todo o time adversário, faz o gol e sai naquela vibração característica!" - relembra Zeca Futuca.
- Cleber Ramos, florianense, filho de Valter Ramos e Dona Mirosa, seus irmãos: Valmir Ramos, Argeu Ramos, Carlos Ramos, Quinto Ramos e Décimo Ramos.
- "Não vou mais ganhar roupa, nem o cinquentinha quele me dava toda vez que vinha em Floriano" - narra Cangati, com a garganta entalada.
- Jogou no Grêmio Esportivo Florianense: Joaquim José, Teodoro Preguiça, Bagana, Antonio Guarda e Geremias; Bago e Babau; Janjão, Selvú, Gonzaga Preto e Nego Cleber ( Gonzaga Branco). "Era um timaço, assombrava" - conta Galdino.
- Perguntamos ao famoso barbeiro Galdino se ele lembrava de algum lance que fora inesquecível?
- Galdino, rápido que nem uma navalha:
- - Foi no Estádio Mário Bezerra lotado, Brasil e Grêmio, o Brasil de Bucar ganhando de 1 a 0 e, depois dos 30 minutos do segundo tempo, começaram a cantar em alto e bom som: “Adeus, Ingrata”, “Adeus, Ingrata...”, foram mais de dez minutos com a mesma música, mas aos 42 minutos do segundo tempo, numa bola cruzada dentro da área, e na confusão, Cleber caiu no chão, mas não perdeu a habilidade e, mesmo deitado, deu um tapa na bola e foi no ângulo de Bucar, foi uma loucura, uma correria para abraçar Cleber. Nisso, Calistinha, treinador e diretor fundador do Grêmio, gritou: Canta Adeus, ingrata, carcamano filho da mãe (vocês sabem!).
- “Na vida, só vi três jogadores fenomenais: Nego Cleber, Antonio Luis Bolo Doce e Karlaile, que jogava em Belo Horizonte”, frisou Roberto Holanda!
- “Eu acompanhava o Cleber em todos jogos que ele ia participar, era um amigo, adorava vê-lo, era o seu mascote!”, comentou Dr. Dílson.
- “Cleber Ramos me levou para jogar no time da cidade Senhor de Bonfim-BA, me deu todo apoio, sou muito grato , foi um amigão!” - diz Soleta.
- Cléber Ramos foi um grande atacante do futebol florianense, jogou ao lado de craques, como Jolimar (irmão de Parnaibano), era uma dupla que fazia alegria da torcida, Luis Orlando, Chiquinho, Iniciou no Campo dos Artistas e jogou no Piauí de Teresina ao lado de Sima, Carrinho, Valdemir, Toinho e outros artistas da bola. Morava em Senhor do Bonfim, Bahia, onde faleceu!
- Breve, uma reportagem sobre o inesquecível astro da bola.
- A FOTO ACIMA É RARÍSSIMA - VALE OURO – ARQUIVO BAGANA!
- GRÊMIO ESPORTIVO FLORIANENSE 1972 - ESTÁDIO MÁRIO BEZERRA.
- Técnico e Fundador do Grêmio Dr. Calisto(Calistinha), Teodoro Preguiça, Joaquim José, Antonio Guarda, Geremias, Bagana e Nego Cleber Ramos(de folga); Agachados: Janjão, Nego Bago, Babau (que substituíra o grande jogador de bola Puluca, que contundiu-se durante os jogos estudantís florianense), Selvu, Gonzaga Preto e Gonzaga Branco.
- ..............................................................................
- Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
4/18/2020
Retratos de Floriano
Na expressão significativa do professor Luís Paulo, quando escreveu seus flagrantes em 1997, exalta perfeitamente a rua da Rampa, mostrando Floriano quando comemorava 50 anos de fundação.
Era a cidade de outrora, com o poste de iluminação, a Usina Itaueira (à esquerda) e onde hoje é o Bigodão (residência de José Guimarães.
Não havia calçamento, somente a farta arborização com figueiras que formavam a chamada "rua da Rampa", hoje João Luiz Ferreira -, desabafa o professor sobre essa paisagem saudosa e lírica.
Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo
Era a cidade de outrora, com o poste de iluminação, a Usina Itaueira (à esquerda) e onde hoje é o Bigodão (residência de José Guimarães.
Não havia calçamento, somente a farta arborização com figueiras que formavam a chamada "rua da Rampa", hoje João Luiz Ferreira -, desabafa o professor sobre essa paisagem saudosa e lírica.
Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luís Paulo
Retratos do nosso futebol
Torneio do Campo dos Artistas
Por - Danúnzio Melo
Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.
Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.
Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.
O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.
Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.
Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.
Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.
Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.
Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.
Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:
“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”
Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.
Por - Danúnzio Melo
ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.
Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.
Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.
Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.
O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.
Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.
Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.
Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.
Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.
Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.
Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:
“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”
Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.
4/12/2020
4/11/2020
Retratos do nosso futebol
Retratos do nosso futebol
Palmeiras de Benilton
Torneio da Vereda
Esse time era o Palmeiras do Lulu e Benilton. Decisão do Torneio Ademarzão no campo do Ademar na Vereda.
Em pé temos o Klinger, Midim, Evandro, Maninho, Carlinhos Meiota (in memorian) e Bitonho.
Agachados, o dono do time Benilton, Jurandir, Magrão, Lulu e Marcelo.
Parece que após o jogo não queriam entregar a Taça. Teve briga. Masno entanto, entregaram, face da atitude corajosa daqueles craques à época da epopéia lírica do nosso futebol.
Retratos do nosso futebol
Histórias do nosso futebol
COMERCIO ESPORTE CLUBE
O time do Comércio Esporte Clube era bem organizado e foi o sucessor do Internacional e América.
Teve o provilégio de ser por algum tempo a única equipe a ter o seu próprio camp, o famoso Mário Bezerra.
O último campeonato que disputou foi no ano de 1967, sagrando-se campeão numa brilhante vitória sobre o tradicional Ferroviário em dezembro daquele ano.
Podemos citar, como principais jogadores, os piolhos de bola Olindo Nunes, José Nunes, Bilego, Anésio Batista, Geraldo Martins, Nilton Camarço, Roló, Tarquínio, Bicudo, Fenelon, Adauto, Colega, Defala Attem, Kelé, Serrinha, Daniel, Antonio Augusto, (Tunico Babaçu), Ildefonso Ramos, Paulo Carnib, Joao Luiz (destes últimos o técnico era Sebastiao Silva);
Balduino, Bruno dos Santos, Joao Batista Mendes, Djanlma Macedo, Joaquim Alencar Cunha, (quincas), Alfredo Nunes (antigo dirigente da CBF), Antonio Ulisses, Pepedro, Antonio José Carolho, Luizao Sansao, Nova York, Didi Nunes, Dos Santos, Raimundo Mendes, Washington (taxista) e Xico Pereira. Época romantica do futebol florianense.
Fonte - Laboratório Sobral
Foto: Time do Comércio de 1952
Dispersão Poética
Essas tuas matas, poeta, são frutos; que a natureza generosamente brota em silencio; pelos teus sertões que te alucina, vagarosamente.
4/10/2020
Floriano acolheu dezenas de sírios e libaneses
Presença de sírios e libaneses na cidade de Floriano, era forte no final do século XIX
Álbum Artístico Comercial do Estado do Piauí destaca estabelecimentos comerciais de Floriano (Foto)
Era forte, no final do século XIX, a presença de sírios e libaneses na cidade de Floriano. No início do século passado, provavelmente em 1910, o senhor Manoel Rodrigues Folgueira editou o Álbum Artístico Comercial do Estado do Piauí, no qual destaca alguns dos importantes estabelecimentos da cidade de Floriano.
Um deles, sob o comando dos senhor Habib Zarur, comercializava produtos importados da Europa e é aqui destacado em homenagem aos homens e mulheres que, vindos de tão longe, ajudaram na expansão das atividade comerciais do sul e extremo sul do Piauí.
Um deles, sob o comando dos senhor Habib Zarur, comercializava produtos importados da Europa e é aqui destacado em homenagem aos homens e mulheres que, vindos de tão longe, ajudaram na expansão das atividade comerciais do sul e extremo sul do Piauí.
Fonte: O Passado Manda Lembranças / Deoclécio Dantas.
Retratos de Floriano
Que tal esta pelicula maravilhosa do Terminal Turistico, foto que desperta a saudade e o sensibilidade de quem gosta de Floriano.
Segundo algumas fontes, aí também foi um campo de futebol, onde se disputavam grandes jogos. Sao mais de cento e trinta anos de história que representa essa paisagem.
Ah, se pudessemos voltar no
4/09/2020
Retratos do nosso futebol
Cori-Sabba 1980 Estádio Mário Bezerra |
O famoso Cori - Sabbá foi investindo mais e começou a papar os títulos que disputava dentro do contexto local, ganhando, assim, fama e torcedores.
Na escalação ao lado ( foto ), temos aí o veterano zagueiro bom de bola Buema, o experiente Raimundo Galeria ( fundador e dono do Náutico da rua Sete ), o Anselmo ( filho mais novo de Augusto Mota ) e outros que não lembramos no momento.
De qualquer forma, a tendência era se buscar novas alternativas, pois os craques do passado foram indo embora em busca de novas oportunidades. Houve uma certa decadência, mas havia uma esperança, tanto que esse time aí foi buscar o caneco de campeão piauiense de 1991 com Walberto e companhia
4/08/2020
Retratos do nosso futebol
Retratos do nosso futebol
Retratos do nosso futebol
Cori-Sabbá 1976
Foi o nosso amigo César de Antonio Sobrinho que nos proporcionou essa raridade do time do Cori-Sabbá, gestão de 1976, sob a orientação do saudoso Pompéia.
Após a parceria com o time do Posto Sabbá, o Cori deu uma guinada significativa rumo ao futuro do desporto local, chegando a profissionalizar-se disputar o campeonato piauiense de futebol.
O título veio em 1995, quando Walberto e Companhia exaltaram toda a sua criatividade e disposição para nos entregar o título de campeão piauiense daquela temporada.
Na foto acima, podemos reconhecer os piolhos de bola Arimatéia, Euvaldo de Germina, Chiquinho de mestre Eugênio, Luiz Parnaiba, Bita, Sinhô e Pompéia em pé.
Agachados, Zezé, Gilberto, Lucimar, Chagas Velho e Walman Cardoso.
Época em que o nosso futebol respirava paixões fortes.
4/05/2020
Histórias que a gente conta
Cuidado com o João Besta
O pequeno carnaubal aflorava naquela tardinha chuvosa na quinta de dona Maria Prisulina. O Pocinho, jorrando sua água cristalina pros meninos tomarem banho depois de uma pelada no campo da Galeria.
O pequeno carnaubal aflorava naquela tardinha chuvosa na quinta de dona Maria Prisulina. O Pocinho, jorrando sua água cristalina pros meninos tomarem banho depois de uma pelada no campo da Galeria.
Morro do Abrahão |
As lavadeiras, com seus filhos pequenos, desatavam suas trouxas pra usar o melhor sabão da cidade, o Edubom. Ou era Edular? Era um corre corre de meninos exaltando suas traquinices numa gritadeira que se escutava a quilômetros de distância.
Entre galhos de Marias Mole, adentrávamos, com baladeiras em punho, nas moitas da quinta próximo à lagoa pra atirar nas rolinhas e lavadeiras que aninhavam-se ali.
Foi quando percebi um João Besta se coçando no galho de uma goiabeira, talvez se preparando pra um novo acasalamento. Apontei a baladeira diretamente no passarinho com a melhor pedra de fogo que eu tinha na capanga. Na medida que aproximava mais o bichinho se aquietava. A cerca de um metro e meio, atirei e o João Besta (?) ali quietinho da silva xavier.
Quando errei o tiro, percebi que tinha sido atrapalhado pelo meu amigo Gungadim, companheiro de caçada, que se exaltou num desespero casual. Adiantou-se e atirou primeiro, espantando o pássaro que fora pousar em outros galhos.
- Porra, tu me atrapalhou!!!
4/04/2020
ANTONIO DE MELO SOBRINHO, 98 anos
Melo, 98 anos |
ANTONIO de Melo Sobrinho, hoje, completa seus 98 anos de idade bem vividos.
HOMENAGEM de seus queridos filhos
FAMÍLIA MELO - E ASSIM TUDO COMEÇOU
Pesquisa: Tibério Melo
Seu Roberto Batista, Corró, fazendeiro, comerciante e autoridade do lugar Veados, hoje Artur Passos, no sertão piauiense, às margens do médio Parnaíba tinha 3 filhas, Maria de Lourdes, Doralice e Maria do Carmo, do casamento com Margarida, de pequena estatura, distinta e elegante senhora, aos padrões da época.
Maria de Lourdes, a mais velha, precisando tratar dos dentes, eis que teve que se deslocar para a cidade de Floriano a montante do Rio Parnaiba. A partida foi um show no lugarejo quando a mocinha teve, aos 10 anos, que embarcar, num bote, com uma sombrinha de modo a se proteger dos raios do tórrido sol nordestino. Foi seu primeiro contato com aquela cidade que viria a ser o torrão de sua familia. Após o tratamento a garota retornou à casa dos pais com mil novidades para as suas irmãs Doralice e Docarmo, ainda de tenra idade, e amigas. Hospedara-se na casa do Sr. Vicente Roque, comerciante e grande amigo do Sr. Roberto Corró.
Aos 14 anos a pré-adolescente teve que voltar a Floriano, ainda com problemas dentários. Desta feita hospedara-se na casa da Sra. Constantina, filha do Sr. José Pacífico, esposo de D. Aurora, prima de D. Margarida. Próximo dalí morava um distinto rapaz que ao ver a donzela teve seu coração abalado por emoções até então desconhecidas.
Familia Melo |
Não conseguindo conter a agonia o jovem dirigiu-se à mocinha revelando as emoções que só ela podia conter. Ela disse que não sabia o que fazer mas que por pena tentaria algo que pudesse livrá-lo de tão angustiante emoção. E começaram a falar coisas de amor. Logo, logo, as palpitações foram abrandando e aí nasceu uma relação que já passou das bodas de diamante. Bravos!!!
Para a saudade dos dois, eis que a mocinha teve que retornar ao lugarejo Veados. Ao voltar, D. Margarida não demorou a desconfiar do comportamento da filha. Percebeu que a garota enjoara das bonecas e logo tratou de descobrir quem estava na linha de frente. A mocinha teve que se revelar sob as pressões da Matrona.
Aos 15 anos, não suportando a saudade, a moça disse que precisava fazer curso de corte e costura com uma costureira, famosa professora modista, D. Raimunda Pio. Lá que D. Margarida cedeu mas só porque hospedar-se-ia na casa de seu irmão, Benedito Batista, com mil recomendações. Cuidado com a moça. Desta vez Doralice, também, viera a Floriano e fora matriculada no Odorico às escondidas, mas Seu Roberto acabou se convencendo e resolveu montar uma residência na cidade de Floriano na Rua São João, hoje Defala Attem.
Antes desta mudança, o jovem apaixonado, Antonio Melo, teve que visitar os pais da moça em Veados. Até que foi bem recebido pelos futuros sogros mas as primas da moça não acharam nenhuma graça no rapaz pois não tinha, pelo menos, um dente de ouro. Ali mesmo o jovem pediu a mão da moça em casamento que veio a ocorrer em 08 de novembro de 1947.
4/03/2020
Retratos de Floriano
Mas a sua marca, seu legado foi AMPLIFICADORA FLORIANENSE, a voz líder e potente da cidade, falando para a Avenida Getúlio Vargas e Praça Coronel Borges”. Muitos chamavam a amplificadora de “A BBC do Defala”
Melodias que o tempo não apagou, onde desfilavam cantores do cancioneiro popular como: Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Carlos Galhardo, Alcides Gerard...
Foto acervo César Augusto: Homenagem do Colégio São Francisco de Assis, com seu irmão Fozzy Attem o representando no desfile de 7 de Setembro na Av. Getúlio Vargas
Fontes: Profª Josefina Demes.
Coleção Florianenses nº 4
Floriano(PI), 03 de abril de 2020
Pesquisa: Adm.: César Augusto de Antônio Sobrinho
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