#elasinspiram
Amaríles Borba foi a primeira mulher pediatra do interior do Piauí. Fez história em Floriano, onde nasceu em 1943, numa família humilde.
O pai era tipógrafo
e a mãe costurava, bordava e fazia bolo para aumentar a renda da família. Ela os tem como exemplo de vida, de labor e de honestidade. “A honestidade é meu maior bem, é meu ativo e meu passivo, e que ninguém duvide dela”, afirma.
Em 1958, foi morar no Rio de Janeiro sempre pensando em voltar para Floriano. Amaríles tem duas formações. Antes de passar no vestibular para Medicina, cursou Nutrição por três anos Nutrição. Levou os dois cursos até o final. Foi líder sindical, membro do centro acadêmico, lutava por melhores condições de estudo e de instalações na Faculdade de Medicina e Cirurgia na Frei Caneca.
Voltou para o Piauí estabelecendo normas enquanto exercia a pediatria. As salas de parto, quartos de banho, corredores, tudo no hospital tinha que ser lavado. Ninguém, além da família, podia entrar no quarto dos recém-nascidos nas primeiras 12 doze horas. Para pegar na criança, só lavando dos cotovelos até as pontas dos dedos. A forma de examinar os bebês também era motivo de espanto. E isso começou a chamar a atenção além dos corredores do hospital.
Mudou-se para Teresina para coordenar o programa materno-infantil do Piauí. Em 22 anos trabalhando no Hospital do Satélite, Amaríles confessa ter aprendido mais que nos anos de faculdade.
O segredo foi ouvir as pessoas. Saber o que elas têm a dizer, para esclarecer sobre a vida delas. “Ouvir o que não está sendo falado Há 18 anos, coordena as ações assistenciais da Fundação Municipal de Saúde de Teresina.
Pediu ao padre para falar de prevenção de doenças nos sermões da igreja, tratou com as benzedeiras para ensinarem as mães como fazer e dar o soro caseiro, entrou na guerra contra o mosquito da dengue, falou em todo canto do país sobre o manejo adequado da diarréia, defendeu com olhos e dentes a importância do aleitamento materno e se orgulha de ter contribuído para diminuir significativamente a mortalidade infantil no Piauí.
Fonte: Facebook
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