Pular para o conteúdo principal

Não quero homenagem, eu quero é dinheiro para o parque", diz Niède

Fonte:florianonews.com

A arqueóloga Niède Guidon não se comoveu com a homenagem ao Parque Nacional Serra da Capivara na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e fez um apelo: “Não quero homenagem, quero é dinheiro para manter o parque funcionando”, disse Niède ao Cidadeverde.com.

Ontem, no encerramento das Olimpíadas do Rio de Janeiro, a organização levou pinturas rupestres numa promoção ao Parque que enfrenta uma das piores crises financeiras. As inscrições também foram uma homenagem aos artistas anônimos.

“A Serra da Capivara foi exposta na Casa Brasil, usando a beleza do parque que está em vias de ser fechado por falta de recursos. É muita festa e pouco recurso”,
desabafou a arqueóloga.


Imagem: Yala Sena
Nos últimos meses, a situação financeira do parque se agravou. Niède Guidon anunciou que os serviços da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) estavam parados, devido à falta de verba. Sem funcionários, as guaritas ficam fechadas e o local fica desprotegido. Para a manutenção, o parque precisa no mínimo de R$ 300 mil por mês.

No início do ano, a Justiça determinou que o Ibama e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) garantam a liberação de R$ 4 milhões para manutenção do local. No entanto, este mês, a justiça voltou a bloquear os recursos.

“As contas estão a zero. Não chegou nenhum tostão e o dinheiro que a OAB conseguiu o juiz não libera. Os funcionários estão todos desempregados”, garantiu Niède Guidon.

Estudos mudaram história do homem nas Américas

Quando chegou à serra da Capivara, em 1973, a arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon se embrenhava de 15 a 20 dias na mata, montada em jegues, escavando paredões e dormindo ao relento.

As pesquisas conduzidas por ela levantaram debates mundiais sobre o povoamento do homem nas Américas. A teoria que confrontou foi a do estreito de Bering, de que o homem chegou ao continente há 11 mil anos, indo da Ásia em direção ao Alasca, pela região marítima.

Os resultados das datações no parque da serra da Capivara indicavam que os dados da teoria não teriam mais validade. As escavações revelaram vestígios de mais de 50 mil anos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FOLCLORE ÁRABE - FLORIANENSE

ATITUDE SUSPEITA Salomão Cury-Rad Oka Na época áurea do comércio árabe-florianense, os clubes sociais e os clubes de serviço se caracterizavam por sua exigência em selecionar os freqüentadores. Nos idos daquele tempo, fazer parte da seleta casta freqüentadora de agremiações como o Rotary Club de Floriano, Clube de Regatas, Maçonaria e o tradicional Floriano Clube ( foto ) demandava coleguismo, filantropia, caráter e, naturalmente, contatos sociais e dinheiro. Na boa e democrática Floriano de hoje, basta interesse em servir ou em aparecer. Aliás, atualmente, ter o “perfil” de rotariano ou de maçom é mais importante que ter dinheiro ou posição social. Durante um grande período do século XX, ser de origem árabe também era um fator importante a ser considerado ( talvez, por causa do enorme montante de valores que circulava nas mãos dos carcamanos ). Obviamente, existiam importantes famílias brasileiras que também eram partícipes dos movimentos sociais em Floriano. Assim, pode-se dizer que ...

Tempos de Natal

  Fonte: Dácio Melo (filho de Mestre Walter)   Véspera de Natal. Os mais velhos sentados na porta, todos animados conversando e os meninos ao redor sentados na calçada. E o Papai falou bem alto pra " todos ouvirem": - Ô, Inhá, é verdade que Papai Noel num visita minino  que dorme tarde na noite de Natal?  - E mamãe disse  "eu ouço isso desde que era pequena. É verdade" . Num demorou muito a molecada foi se levantando, passando as mãos  no fundo das calças e saindo de mansinho pra estebungar no fundo da rede. De manhã cedinho, era todo mundo revirando a cabeça pra debaixo da rede. Todo mundo ansioso pra saber o que Papai Noel deixara pra gente!  A rua amanhecia cheia de minino! Uns chutando bolas zeradas, outros puxando carrinhos pelas calçadas, alguns sentados  na calçada estirando as pernas pra mostrar os chinelos novos e os tiros de revolver de espoletas. Tudo isto ao som das notas amalucadas do violão do Tete! Ahhh, tempinho Bom!

Natal Retrô

Colaboração: Dácio Melo No início do mês de dezembro o clima mudava, o tempo mudava, no ar a expectativa pelo aniversário de Jesus!  As pessoas tornavam- se mais fraternas e mais alegres. E a meninada ansiosas pelas festas, bolos, bombons, refrigerantes, q-sucos supercoloridos, mas os brinquedos, ah os brinquedos! Eram o motivo maior da ansiedade.  Nossos sonhos giravam em torno da chegada do Papai Noel. O que será que ele vai trazer pra mim..... nas rodas de conversas todos falavam de suas preferências.......ah se ele me desse uma bola, daquelas boas que duram bastante.....eu queria um revolver de espoleta..... já eu queria uma caçamba, que aguenta carregar barro, areia e pedra.....eu me contento com uma havaiana amarela.  No dia 25 todo mundo acordava bem cedo e virava a cabeça por baixo da rede com o coração disparado de emoção pra ver a surpresa que Papai Noel deixara para nós! Fosse o que fosse, todos saiam a mostrar uns para os outros o que o bom velinho tinha nos d...