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UM RETRATO DAS RUAS DA CIDADE ( Post I )

( Dos anos de 1940 aos anos de  1970 )

Colaboração: Nelson Oliveira

Visão da praça matriz

Pelo que se sabe, Floriano surgiu onde hoje é a praça doutor Sebastião Martins de Araújo costa ( Médico humanitário que, durante sua vida, dedicou-se de corpo e alma ao desempenho de sua laboriosa profissão, principalmente na ajuda às pessoas mais humildes, que o transformou num verdadeiro mito ), estendendo-se pela atual rua São Pedro ( homenagem ao Padroeiro da cidade São Pedro de Alcântara ), parte da hoje avenida eurípedes de Aguiar, que antigamente chamava-se, salvo engano, a rua Jerumenha, desembocando onde hoje está situada a praça coronel Borges, primitivamente chamada de Praça do Mercado, porque ali se edificou o antigo Mercado Público da cidade e onde atualmente está instalado o edifício do Poder legislativo Municipal, construído na gestão do prefeito Adelmar Pereira, chegando até a ponte dos Correios, que era de madeira e substituída por uma de cimento, construída pelo prefeito Francisco Antão Reis ( Chico Reis ), se não me falha a memória no início da então avenida Álvaro Mendes, hoje denominada Getúlio Vargas, desde os anos de 1940 em homenagem ao Caudilho gaúcho, que suicidou-se em 1954 no desempenho de mais um mandato como Presidente da República do Brasil.

O doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, que teve o seu nome dado à praça matriz, ponto inicial do nascimento da nossa cidade, foi o seu prefeito municipal nos anos de 1950.

Esse nosso despretensioso trabalho, que conta a história das ruas que foram as primeiras da cidade, como acima citamos, certamente algum ponto não consta deste conteúdo e isso é justificável, porque nada o que aqui está dito teve qualquer tipo de anotações anteriores e sim somente as lembranças do passado do seu autor.

Assim, a primeira rua escolhida foi a antiga avenida Álvaro Mendes, que passou a chamar-se avenida Getúlio Vargas nos anos de 1940, estendendo-se da ponte próxima aos coreios, já citada aqui, até à rua Silva Jardim no seu lado direito.

Vejamos, então: aquela ponte que ali está, o marco inicial desse nosso humilde trabalho, dá passagem sobre o "riacho do Gato" e na sua margem esquerda existia uma ruela que levava as pessoas até à rua do Caracol, hoje denominada Bento Leão.

Nesse espaço, que marcava o início daquela ruela, era um local de venda de carvão, material usado, como a lenha para cozinhar alimentos nas residências.

Nos anos de 1960 o terreno a partir dali foi adquirido pelo senhor Pedro Rodrigues Barbosa, mais conhecido como Pedrosa, construiu o prédio para o seu comércio que aí está, ainda hoje, como o fundo chegando até a rua Bento Leão, cuja construção ocorreu numa das gestões do senhor Manoel Simplício.

Não passou muito tempo, um pouco antes, os correios, que pertencia ao DCT ( Departamento dos Correios e Telégrafos ), deu início a construção do local para sua agência na cidade com um tipo de edificação padrão em todo o nosso Estado e que ao longo dos anos vêm sofrendo constantes reformar e que já pouco resta do primeiro prédio.

Antes, a referida organização se instalou, primeiramente, talvez nos anos de 1930, porque em 1934 foi inaugurada aqui a linha aérea do CAN ( Correio Aéreo Nacional ), com a vinda do avião, naquele ano, que pousou numcampinho que havia ali no bairro Taboca, dia que ficou marcado na história da cidade, conforme conta o professor Djalma Silva, dia em que todo o comércio fechou suas portas, para que o povo assistisse tal acontecimento comemorado com um festival de foguetes.

A primeira agência funcionou numa casa, que ainda hoje existe ali na rua Bento Leão, esquina com a rua Alfredo Estrela, ao lado da casa onde funcionou por muitos tempos a Tipografia Attem. Dali mudou-se depois de muitos anos para a avenida Getúlio Vargas, esquna com a rua Silva Jardim, onde funciounou o atacado do Armazém Triunfo, que hoje abriga uma empresa denominada JR Variedades e ali permaneceu até ocupar a sua nova casa.

( Aguardem o Post II )

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