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UM RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE ( Post II )

DOS ANOS DE 1940 AOS ANOS DE 1970

UM RETRATO DAS RUAS DA CIDADE

Colaboração: Nelson Oliveira

Av. Getúlio Vargas, hoje
Naqueles tempos, ainda vem na minha memória, os nomes de dona Adalgisa, mulher do senhor Luiz Pinto, que foram morar em Goiânia; dona Maria Izaura Silva, irmã do senhor Pedro Carvalho; Ivan do Barão, Morais; José Rosado; Antonio Moreira Rosado; Antonio Luiz Ferreira da Silva e os mais recentes Davino José do Carmo; Cid Martins; João Sabino, que foi assassinado por um colega na sua sala de trabalho; senhor Zacarias e os mais recentes Pedro de Alcântara Neiva, Antonio Neiva, Maninho, Juscelino e Euvaldo José da Costa e Silva, dentre outros muitos.

No local onde está instalada a firma Antão Reis, concessionária da Wolkswagem, funcionava uma oficina mecânica, que tinha como proprietário o senhor João Luiz dos Santos, que logo mudou-se para o bairro Cancela e cujo local hoje parte integrante do Hotel Rio Parnaiba, empreendimento do Grupo Jorge Batista da Silva.

O casarão, em seguida, onde esteve os correios, antes de ocupar o seu prédio, pertenceu ao senhor Antenor de Oliveira e Silva, onde a partir de onde está um salão de beleza ( a Companhia da Beleza ) até a esquina onde era ocupada pelos correios, funcionou por alguns anos a agência do IAPC. que também chegou a usar as siglas INAMPS, INPS e hoje INSS, que logo ao ser adquirido pelo grupo Carvalho ( nosso grupo ) Zitinho, Afonso, Carlos, Fernando e João Antonio, mudou-se para a avenida Eurípedes de Aguiar, no outro casarão onde morou a família do senhor Agripino Castro, pai do Pedro Gaudêncio de Castro ( chamado também carinhosamente de Pedro Galinha, porque ele gostava de criar galo para promover brigas ) e que hoje mora em Recife.

Finalmente, depois de inúmeras reformar num prédio onde era instalada a Usina Itaueira, de beneficiamento de algodão, doada pelo governo alemão ao nosso município, graças a influência do senhor João Viana de Carvalho ( o Juca Carvalho ) num mandato, se não me falha a memória, num mandato do prefeito Teodoro Ferreira Sobral. Hoje, o INSS está na sua própria casa, depois das desobrigas acima citadas.

Agora, falaremos da já citada avenida, detalhando o seu lado esquerdo. Bem ao pé da ponta já citada, havia um casarão de propriedade do senhor Manoel Alves de Almeida, onde era processada a produção de cera de carnaúba do referido cidadão, que ao longo dos anos sofreu modificações com o surgimento de alguns pontos comerciais, um dos quais, por vários anos foi ocupado pelo senhor Guilherme Ramalho, com uma loja de confecções; o outro, foi ocupado por outras pessoas, cujos nomes não me recordo.

Em seguida, havia um terreno vago, onde por algum tempo funcionou uma oficina mecânica e pintura de veículos de propriedade de Domingos de Lalú e que infelizmente pouco durou em virtude de um acidente ali ocorrido, quando, sem saber das causas, um automóvel Corcel de propriedade do senhor Calixtinha foi destruído pelo fogo, com perda total.

Logo adiante, existia um cômodo onde por algum tempo funcionou uma loja especializada na venda de material elétrico e onde hoje está edificado o Laboratório Adala Attem de propriedade da doutora Carmélia, filha do senhor Manoel Almeida e esposa do professor Antonio Reis Neto.

( Aguardem o Post III ).

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