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NOVO PRÉDIO DA SERTÃ II



SERTÃ

( Origem do nome )

1.A Sertã é uma

vila portuguesa, sede do município e da freguesia do mesmo nome pertencente ao distrito de Castelo Branco, região Centro, subregião do Pinhal Interior Sul e diocese de Portalegre e Castelo Branco.

É provável que a Sertã fosse conhecida durante o Império romano, com o nome de SARTAGO
[7], em acusativo SARTÁGIMEM, do cujo caso deriva o topónimo Sertã.

De entre as grafias arcaicas, podem assinalar-se Sartagine nas Inquirições de Afonso II, Sartaãe nos documentos dos tempos de D. Dinis, Sertaã durante o reinado de Afonso IV, Sartaã[8] durante Afonso V, Sertam [9]ou Sertaãe nos tempo de Manuel I, Certãa [10] Certan[11][12] e Sertãa no século XVIII.[13] A grafia Certã[14] tornou-se comum no século XVII, embora se ateste a forma etimológica Sertã desde a dinastia filipina.[15] No entanto, outras grafias, tais como Certãa ainda eram frequentes no final do séc. XIX.[16][17] Deve assinalar-se ainda a forma Sertãe em obras como o Auto da Lusitânia de Gil Vicente.[18] É possível encontrar também as grafias Certam[3] e Sartan[19][20][21]

No Vocabulario Portuguez e Latino, do padre Raphael Bluteau, o primeiro grande dicionário de língua portuguesa, publicado em dez volumes entre 1712 a 1728 em Coimbra, pelo Colégio das Artes da Companhia de Jesus surgem tanto as palavras Certãa, Certan, Sartãa, Sertãa e Sertaâ, explicando que estas últimas palavras derivam de Sertago e Sartão. [22] No Diccionario da Lingua Portugueza de António de Morais Silva, de 1789, já só surge Certã.[23] [editar] Reformas ortográficas.

Antes da reforma ortográfica de 1911 (adoptada pela portaria de 1 de Setembro de 1911)[24][25], era comum grafar-se Certã. No entanto essa grafia convivia antes dessa data com a grafia etimológica moderna, e essa situação persistiria durante mais algum tempo.

As bases analíticas do acordo ortográfico de 1945, incluem especificamente (Base V-3.°) o termo sertã (com minúscula inicial), como exemplo de distinção entre o s e o c.[26] O acordo ortográfico de 1990 inclui explicitamente, na Base III-3.°, o vocábulo Sertã como exemplo de distinção entre o s e o c.[27]

2.[Frigideira ou sertã, é um utensílio usado na cozinha para fritar alimentos. Normalmente com a forma de um prato pouco fundo e com uma ou duas pegas, há frigideiras especiais para cada tipo de fritura. Em uma de sua extremidade têm uma extenssão, geralmente de metal, revestido com material especial que não transmite calor, para movimentá-la ao fogo.

3.Esquina da Sertã. Este é um nome que poderá não dizer nada à maioria, mas o que é certo é que se alguma vez passaram pela cidade do Recife sabem do que estou a falar. Desde os idos do século passado, que a cidade do Recife foi o destino preferido de muitos dos emigrantes oriundos do nosso concelho, que procuravam a sua sorte no Brasil. A sua presença era notada por todos e a importância que muitos assumiram ainda hoje é lembrada pelas forças vivas da cidade.

Como qualquer sertaginense que se preze, é sempre imperioso deixar a sua marca e, no caso, do Recife, essa marca chama-se Esquina da Sertã, um local baptizado pelos nossos conterrâneos e a quem o tempo deu validade.

Para nos ajudar a compreender um pouco melhor o que era a Esquina da Sertã, recorri a um artigo publicado no jornal «A Comarca da Sertã», de 30 de Setembro de 1966: “Foi assim que durante longos anos, enquanto fervilhavam política e partidos, havia no Recife um ponto que era paragem obrigatória a quantos discutiam política. Era a «esquina da Sertã», a qual era invocada assiduamente na imprensa, rádio e nos comentários do povo. À noite ali se reuniam grupinhos para discutirem os seus eleitos. Enfim, em tempo de eleições só se ouvia dizer: Esquina da Sertã para cá, Esquina da Sertã para lá, e assim ficou notória. No entanto, muitos pronunciavam esse nome sem saberem que o mesmo evocava um povo do velho mundo e de tradições antiquíssimas”. Hoje, pelo que consegui apurar, a Esquina da Sertã não passa de uma memória... bem presente entre os habitantes da cidade do Recife.

O nome de Sertã tem origem na curiosa Lenda da Celina, a mulher de um nobre lusitano que, cheia de raiva pela morte do marido na luta contra os romanos, teria avançado com uma sertã (frigideira) cheia de azeite a ferver contra os inimigos, prestes a entrar no castelo, forçando-os a recuar.

Pesquisa: Nilson Coelho



Comentários

Brasília,DF, 13 de janeiro de 2009

Meu caro J A N C L E R Q U E S,

Belíssimo trabalho esse de pesquisa do Sr. N I L S O N, e da sua publicação para rememorização de todos NÓS SAUDOSISTAS, sobre a nossa S E R T Ã. Infelizmente, nada é para sempre. PARABÉNS para o NILSON e para VOCÊ.
Abraços,

JOSÉ SILVA,
Brasília - D F

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