2/28/2021

FALECEU ANTONIO DE MELO SOBRINHO

 

 
Faleceu hoje pela manhã ANTONIO DE MELO SOBRINHO, aos 99 anos de idade. Foi funcionário da antiga Casa Inglesa em Floriano e prestou relevantes serviços na comunidade local. Era proprietário da antiga Escola Progresso de Dactilografia, localizada na rua São João nos anos de 1960/1970.

FAMÍLIA MELO - E ASSIM TUDO COMEÇOU
Depoimento: Tibério Melo
Seu Roberto Batista, Corró, fazendeiro, comerciante e autoridade do lugar Veados, hoje Artur Passos, no sertão piauiense, às margens do médio Parnaíba tinha 3 filhas, Maria de Lourdes, Doralice e Maria do Carmo, do casamento com Margarida, de pequena estatura, distinta e elegante senhora, aos padrões da época.
Maria de Lourdes, a mais velha, precisando tratar dos dentes, eis que teve que se deslocar para a cidade de Floriano a montante do Rio Parnaiba. A partida foi um show no lugarejo quando a mocinha teve, aos 10 anos, que embarcar, num bote, com uma sombrinha de modo a se proteger dos raios do tórrido sol nordestino. Foi seu primeiro contato com aquela cidade que viria a ser o torrão de sua familia. Após o tratamento a garota retornou à casa dos pais com mil novidades para as suas irmãs Doralice e Docarmo, ainda de tenra idade, e amigas. Hospedara-se na casa do Sr. Vicente Roque, comerciante e grande amigo do Sr. Roberto Corró.
Aos 14 anos a pré-adolescente teve que voltar a Floriano, ainda com problemas dentários. Desta feita hospedara-se na casa da Sra. Constantina, filha do Sr. José Pacífico, esposo de D. Aurora, prima de D. Margarida. Próximo dalí morava um distinto rapaz que ao ver a donzela teve seu coração abalado por emoções até então desconhecidas.
Familia Melo
Não conseguindo conter a agonia o jovem dirigiu-se à mocinha revelando as emoções que só ela podia conter. Ela disse que não sabia o que fazer mas que por pena tentaria algo que pudesse livrá-lo de tão angustiante emoção. E começaram a falar coisas de amor. Logo, logo, as palpitações foram abrandando e aí nasceu uma relação que já passou das bodas de diamante. Bravos!!!
Para a saudade dos dois, eis que a mocinha teve que retornar ao lugarejo Veados. Ao voltar, D. Margarida não demorou a desconfiar do comportamento da filha. Percebeu que a garota enjoara das bonecas e logo tratou de descobrir quem estava na linha de frente. A mocinha teve que se revelar sob as pressões da Matrona.
Aos 15 anos, não suportando a saudade, a moça disse que precisava fazer curso de corte e costura com uma costureira, famosa professora modista, D. Raimunda Pio. Lá que D. Margarida cedeu mas só porque hospedar-se-ia na casa de seu irmão, Benedito Batista, com mil recomendações. Cuidado com a moça. Desta vez Doralice, também, viera a Floriano e fora matriculada no Odorico às escondidas, mas Seu Roberto acabou se convencendo e resolveu montar uma residência na cidade de Floriano na Rua São João, hoje Defala Attem.
Antes desta mudança, o jovem apaixonado, Antonio Melo, teve que visitar os pais da moça em Veados. Até que foi bem recebido pelos futuros sogros mas as primas da moça não acharam nenhuma graça no rapaz pois não tinha, pelo menos, um dente de ouro. Ali mesmo o jovem pediu a mão da moça em casamento que veio a ocorrer em 08 de novembro de 1947.

2/16/2021

Retratos do nosso carnaval

 

CENA típica e do carnaval florianense dos anos setenta no período romântico. uma raridade hilária e inconfundível.

Da esquerda para a direita o nosso saudoso amigo Protásio, o lateral esquerdo Ubaldo do Clube de Regatas Brasil e Zé Valentinho da rua do Cruzeiro, meio grogues, numa noite carnavalesca do Comércio Esporte Clube.
 
No entanto, já não mais se avista a rapaziada brincar como antigamente, dentro de um clima condiderado solidário, amigável e sem violência. Os carvavais de hoje, incrivelmente, o que predomina são as suingueiras, os forrós eletrônicos, os axés e os abadás. 
 
A folia, agora, é outra, mas aproveitamos, ainda, raríssimos momentos de glória para congratularmos, revermos a velha guarda e resgatarmos os bons tempos dos carnavais de outrora, que os anos não trazem mais.

2/09/2021

Retratos do nosso futebol

 

A participação do Ferroviário no Campeonato Piauiense de 1964, foi a primeira de uma equipe da cidade de Floriano numa competição profissional promovida pela Federação Piauiense de Desportos (hoje Federação de Futebol do Piauí). A foto abaixo, embora da época, não é de jogo oficial do citado campeonato.


Na realidade, embora tenha vários atletas que atuaram aquele campeonato, percebe-se que, agachados, os dois últimos atletas são Tassu e Bitonho, que jogaram naquela ocasião, apenas por ser um amistoso, uma vez que pertenciam a River e Piauí. Mas é possível ver, a partir da esquerda, vários atletas daquela campanha do Ferroviário. 

A partir da esquerda, vê-se os jogadores Valdivino, Valdemir, Piqui, Pompéia, Zezeca e Pepedro (em pé), Cabeção, Cristóvão, Rômulo, Tassu e Bitonho. A foto está publicada no Poral de Floriano, assinado pelo jornalista e escritor Janclerques Marinho.
1ª Fasse - 1° Turno


1ª rodada


12/07/1964
FERROVIÁRIO 1x2 FLAMENGO

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Clóvis Ramos.
Renda: 237.400,00
Gols: Paulinho 42 do 1º tempo; Paulinho 19 e Cristóvão 45 do 2º.
Ferroviário – Bucar; Zezeca, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Reginaldo; Cristóvão, Sadica, Valdimir (Paulo II) e Dos Santos.
Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Vitor e Papagaio; Itamar e Macalé; Maçarico, Matintim, Paulinho e Fernando.


19/07/1964
FERROVIÁRIO 2x2 PIAUÍ

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Nelson Oliveira e Clóvis Ramos.
Renda: Cr$ 157.800,00
Gols: Sinésio 12 e Sibiata 27 do 1º tempo; Cristóvão 10 e Sanêga 30 do 2º.
Expulsões: Bitonho e Cristóvão.
Ferroviário – Bucar; Popó, Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Parnaibano e Valdemir; Cristóvão, Sadica, Sinésio e Paulo II (Antônio Luiz).
Piauí - Zé Barros (Zé Alberto); Tuíca, Nanô, Manoelzinho (Sibiata) e Chico Dedão; Nonato Leite e Bitonho; Sanêga, Chapéu, Carmino e Zilmar


29/07/1964
AUTO ESPORTE 5x0 FERROVIÁRIO
Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Antônio Milton Vilanova, auxiliado por Osvaldo Viana e Severiano Alves Teixeira.
Renda: Cr$ 116.000,00
Gols: Bicudo 35 do 1º tempo; Capote 15, Capote 20, Zé Augusto 33 e Pestana 35 do 2º.
Auto Esporte – Antônio Luis; Amadeu, Marcos, Delmiro e Quincas; Zé Maria e Zequinha; Pestana, Capote, Zé Augusto e Bicudo.
Ferroviário – Pompéia; Popó; Antônio Ulisses, Teles e Pepedro; Paulo e Valdimir; Reginaldo, Sinésio, Sadica (João Alfredo) e Cristóvão.



02/08/1964
FERROVIÁRIO 2x1 COMERCIAL

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Cláudio Ramos.
Renda: Cr$ 124.400,00
Gols: Cristóvão 7 e Antônio Luiz 29 do 1º tempo; Curniça 35 do 2º.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Cristóvão, Reginaldo, Antônio Luiz e Valdemar.
Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Zé Ivan; Hugo e Quinha; Radiê, Zeca, Valdir e Negrote (Curniça).


09/08/1964
CAIÇARA 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)
Arbitragem: Valdimir Soares da Silva, auxiliado por Renato Barreto de Moraes e Severiano Alves Teixeira.
Renda: Cr$ 133.400,00
Gols: Raimundinho Fumaça no 1º tempo; Reginaldo e Anduiá no 2º.
Caiçara – Coló; Napoleão, Mormaço (Valter), Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Ditoso, João de Deus, Anduiá e Escurinho.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Teles (Antônio Guarda) e Pepedro; Parnaibano e Paulo; Reginaldo, Cristóvão, Antônio Luiz e Valdimir.


19/08/1964
RIVER 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Severiano Alves Teixeira, auxiliado por Raimundo Barreto de Moraes e Antônio Palhano.
Renda: Cr$ 192.900,00
Gols: Tassu 28 do 1º tempo; Paulo 42 do 2º.
River – Manoelzinho; Zequinha, Astolfo, Filomeno e Ivanildo; Giri e Vilmar; Tamundó, Carrinho, Tassu e Rudinha.
Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Cristóvão e Sadica.


1ª Fase - 2° Turno


06/09/1964
COMERCIAL 2x1 FERROVIÁRIO

Local: Deusdedit de Melo (Campo Maior)
Arbitragem: José da Costa Araújo.
Gols: Reginaldo (Fer), Radiê e João Catita (Com)
Comercial – Beroso; Edson, Smith, Galo e Sapato; Hugo e Quinha; Curniça, João Catita, Radiê e Valdir.
Ferroviário – Pompéia; Zezeca, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Parnaibano e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Rômulo e Dos Santos.


09/09/1964
FLAMENGO 3x2 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Francisco de Assis Castelo Branco, auxiliado por Antônio Mlton Vilanova e Valdimir Soares da Silva.
Renda: Cr$ 187.200,00
Gols: Mano 20 e Rômulo 35 e 44 do 1º tempo; Mano 5 e 25 do 2º.
Flamengo – Chiquinho; Zé Carneiro, Maneca, Matintim e Papagaio; Temístocles e Macalé; Maçarico, Mano, Paulinho e Salvador.
Ferroviário – Pompéia; Popó, Piqui, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.


16/09/1964
PIAUÍ 1x1 FERROVIÁRIO

Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: Antônio Palhano, auxiliado por José da Costa Araújo e Valdimir Soares da Silva.
Renda: Cr$ 63.500,00
Gols: Sanêga 18 e Reginaldo 43 do 2º tempo.
Piauí – Zé Barros; Tuíca, Nanô, Manoelzinho e Chico; Zilmar e Bitonho; Chapéu, Sanêga, Carmino e Vagner.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Sousa, Antônio Guarda e Pepedro; Valdivino e Valdimir; Reginaldo, Paulo, Rômulo e Sadica.


27/09/1964
FERROVIÁRIO 1x4 RIVER

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: José da Costa Araújo, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.
Renda: Cr$ 201.000,00
Gols: Pedroca (cabeça) 23 e (cabeça) 28 do 1º tempo; Pedroca, Carrinho e Reginaldo no 2º.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo. Técnico: Francisco Bezerra de Souza (Sinhozinho).
River – Caxambu; Gereba, Zé Artur, Filomeno e Zequinha; Giri e Vilmar; Waldeck, Pedroca, Moaci e Carrinho. Técnico: Júlio Marques.


04/10/1964
FEROVIÁRIO 2x1 CAIÇARA

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Renato Barreto de Moraes, auxiliado por Nelson Oliveira Silva e Francisco de tal.
Gols: Rômulo (2) no 1º tempo e Anduiá no 2º.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.
Caiçara – Onésio; Napoleão, Mormaço, Cabo Dulce e Prego; Paulo da Banana e Raimundinho Fumaça; Vicentim, Anduiá, Índio e Escurinho.


11/10/1964
FERROVIÁRIO 1x1 AUTO ESPORTE

Local: José Meireles (Floriano)
Arbitragem: Valdimir Soares da Silva
Gols: Bicudo (Auto) e Cristóvão (Ferr)
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Antônio Guarda e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Claudemir e Rômulo.
Auto Esporte – Petrúcio; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Zé Maria e Wallace; Pestana (Ananias), Caboclo, Soares e Bicudo.


Jogo extra decidindo o rebaixamento


06/11/1964
AUTO ESPORTE 0x2 FERROVIÁRIO


Local: Lindolfo Monteiro (Teresina)
Arbitragem: José da Costa Araújo
Gols: Cristóvão no 1º tempo e Elder no 2º.
Auto Esporte – Antônio Luiz; Marcos, Amadeu, Deolindo e Quincas; Sabará e Wallace; Pestana, Capote, Ananias e Bicudo.
Ferroviário – Pompéia; Piqui, Valdivino, Sousa e Pepedro; Fernando e Valdimir; Reginaldo, Cristóvão, Elder e Rômulo.


RESUMO DA CAMPANHA


13 jogos
3 vitórias
4 empates
6 derrotas
10 pontos ganhos
17 gols marcados
25 gols sofridos
-8 gols de saldo


ARTILHEIROS

5 gols - Cristóvão.
4 gols - Rômulo e Reginaldo.
1 gol - Sinésio, Antônio Luiz, Paulo e Elder 1

JOGADORES UTILIZADOS


13 jogos – Pepedro e Valdimir.
12 jogos - Reginaldo e Cristóvão.
11 jogos - Pompéia (goleiro).
10 jogos - Piqui.
8 jogos - Antônio Guarda.
7 jogos - Rômulo.
6 jogos - Parnaibano e Valdivino.
5 jogos - Paulo, Sádica, Teles e Popó.
4 jogos - Fernando.
3 jogos - Antônio Ulisses, Claudemir, Zezeca e Antônio Luis.
2 jogos - Bucar (goleiro), Sinésio, Elder, Sousa, Dos Santos e Paulo II.
1 jogo - João Alfredo.
Fonte: site do buim

2/04/2021

O Silêncio de um homem

 

RETRATOS DO COTIDIANO DE FLORIANO
(Crônica dos Anos de 1990)
Extraído do livro: Flagrantes de uma Cidade (Luís Paulo de Oliveira Lopes.
Quem é esse homem? De onde veio? Qual é o seu nome? Ele vive ao léo, entre o Banco do Nordeste e o Café do Senhorzinho.
Sempre falando só, num monólogo sem fim, passa os dias e as noites recolhendo lixo e acondicionando tudo em caixas que vai formando grandes montes, cuidadosmente empilhadas, como vemos no flagrante (foto abaixo).
Geralmente, atende pelo nome de "Tenente", pois em anos passados vestia uma velha roupa militar com boné e tudo.
Nos aproximamos dele e tentamos conversar e, então, descobrimos que ele ainda guarda um pouco de sanidade, mesmo dentro da sua perturbação mental.
Como ainda não tem como quem falar, sua voz é um fio de voz; porém, ele sabe os dias da semana.
Nos pediu uma calça nova, sapatos e camisa, dizendo que pretendia viajar para Fortaleza, Ceará.Vive da caridade de um prato de comida e dos pastéis que lhe são dados pelo Senhorzinho.
Depois de algum tempo, ele já nos reconhecia, cumprimentava com um aperto de mão ou um sinal de "OK" e abria, na boca desdentada, um sorriso.
Encontramos nele uma lição de Deus e ainda os traços e valores da pessoa humana. Passamos a amá-lo, pois, descobrimos que ele é igual a nós, mesmo no seu infortúnio e na sua solidão.
É, "Tenente": o mundo não lhe abraça, mas nós o respeitamos, pois você também é a imagem e semelhança de DEUS.
Você é nosso IRMÃO!

1/22/2021

Retratos de Floriano

 


Que tal esta pelicula maravilhosa do Terminal Turistico, foto que desperta a saudade e o sensibilidade de quem gosta de Floriano.

Segundo algumas fontes, aí também foi um campo de futebol, onde se disputavam grandes jogos. Sao mais de cento e trinta anos de história que representa essa paisagem.

Ah, se pudessemos voltar no tempo!
 
Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997

1/02/2021

Retratos de Floriano

 

 
O professor Luís Paulo conseguiu extrair essa bela fotografia do baú, para relembrarmos os bons tempos de Floriano.

Segundo o professor, " Somente para matar saudades: jovens florianenses no famoso Bar TABU, na Avenida Getúlio Vargas. 

Da esquerda para a direita: Tetê Attem, Leda Batista, Carlos Martins, José Anísio Ribeiro Gonçalves, Jofran Frejat e a inesquecível Vilma Pereira. 

Só lembranças, só saudades ... Isso era em 1953 ".

Seria de suma importância recordar Floriano, através dos bons tempos. Quem teria, por exemplo, alguma foto com o Bar Carnaúba e do antigo Mercado Central da cidade?
 

11/15/2020

PARA O RESGATE DA MEMÓRIA DA CIDADE

 

DOS ANOS QUARENTA AOS DIAS ATUAIS

O Abastecimento D´água da Cidade

Por - Nelson Oliveira e Silva

Antes do aparecimento em nosso Estado, primeiro, com o título de IAE - Instituto de Águas e Esgotos e, posteriormente, com o de AGESPISA - Águas e Esgotos do Piauí S/A, Floriano já dispunha do seu próprio serviço de abastecimento d´água, como todas as outras localidades à margem do rio Parnaiba.


Antigo abastecimento d´água
da cidade

O instrumento principal para o serviço, era constituído por um jumento, uma cangalha, duas âncoretas com um furo na parte superior da dita e um, em cada uma, na parte que ficava para a parte de trás do jumento, um funil grande e uma lata de 20 litros com pedaço de madeira atravessado na abertura; no furo da parte de trás da ancoreta, em cada uma, era usada uma tampa feita de talo de buriti, omesmo acontecendo com os furos superiores da ancoreta. 

Colocado tudo isso no animal, dava-se início ao trabalho fazendo o jumento se aproximar do rio e com o passar do tempo ficavam acostumados e permaneciam dentro d´água. Feito isso, o condutor do jegue pegava a lata, enchia, colocava o funil no furo superior da ancoreta e por ele depositava a água da lata e aí estava pronto o produto para ser comercializado por aqueles que eram chamados de "cargueiro d´água" e que se transformou um meio de vida naquele tempo. Os abastados ( os ricos ) tinham os seus empregados para fazer o serviço, além de outros.

Ao chegar na casa que estava necessitando de água, a dona da residência colocava na boca do pote, um pano, que servia de filtro e era chamado de coador, onde ficavam depositados os detritos que existiam na água. Isso, comumente, acontecia na casa das pessoas mais pobres, porque na casa dos ricos existia um filtro lavrado na própria pedra (1), por onde penetrava a água e era depositado num pote colocado em baixo do referido filtro, aos pingos, em cujo vasilhame havia uma tampa com um pequeno buraco, para a passagem do líquido precioso. Om filtro tinha o seu próprio móvel que o sustentava. Apesar de se tratar de um produto totalmente artesanal, a água, por mais suja que fosse, era realmente filtrada e pura.

A bem da verdade, ao se ver o velho monge, morrendo asfixiado pelos detritos nele colocados por um povo sem o mínimo princípio de educação, sentimos vontade de chorar. Quem não se lembra daquele tempo em que suas águas límpidas e sua margem, mesmo na zona urbana, limpa, por onde caminhava para um banho puro e saudável. Infelizmente, isso tudo é uma verdade terrível e para combatê-la precisamos ser "livres e de bons costumes".

Mas voltando ao abastecimento propriamente dito a demanda do produto era tão grande à medida em que a cidade crescia, que havia, na época, tropas de jumentos com a té dez de um só dono.

Continuemos pedindo a Deus, para que a empresa responsável pelo serviço cumpra a sua difícil missão, pensando também no esgoto sanitário sem o que o velho rio não sobreviverá e certamente o acompanharemos.

NOTA EXPLICATIVA COMPLEMENTAR:

(1) A fábrica dos filtros aqui tratados ficava nas proximidades do Paracati.

Desenho: beloalvorecer.blogspot.com

Esporte: Prefeito Antônio Reis lança a Copa Floriano 2024

  A Prefeitura de Floriano, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, lançou, na manhã dessa terça-feira, 07 de maio, no Complexo C...