São os votos do Portal de Floriano a todos os florianenses e usuários de nosso Portal extensivo à toda humanidade.
12/24/2018
12/23/2018
Morre o carnavalesco florianense Antonio Guarda.
Faleceu neste último sábado o grande craque e zagueiro do futebol romântico de Floriano do passado Antonio Guarda. Ele vinha se tratando de seu quadro de saúde, que se agravou e morreu em sua residência na Caixa D´água. Era aposentado Federal.
Antonio Guada |
Antonio Guarda também gostava de carnaval e era grande carnavalesco, participando intensamente dos velhos carnavais de Floriano e ganhou grande notoriedade pela sua vontade, inspiração e exemplo de cidadão para com a comunidade local.
Como sempre dizemos, faleceu uma grande pessoa, um cidadão de bem antes do combinado.
Abaixo, retratamos uma resenha editada pelo nosso amigo César de Antonio Sobrinho, quando exalta a história da grande dupla de zagueiro Bagana e ANTONIO GUARDA, que batia e jogava pesado, mas sempre respeitando seus adversários.
Juntos, foram grandes campeões dentro do contexto do futebol romântio de Floriano.
EM TEMPO:
BAGANA - ARREPIA, ANTONIO GUARDA! JÁ BATI!
- Como surgiu esse apelido tão interessante?
- Moço, era fumaça demais, não podia vê uma bituca, cigarro, era impressionante!
Raimundo Nonato de Sousa, “Bagana”, nasceu em 16 de outubro de 1942 na rua Hermano Brandão, 64 anos, casado com Dona Maria Helena Sousa, suas filhas, seu encanto! Fala orgulhoso: "consegui forma-las, todas": Célia Regina, pedagoga; Rosa Régia, enfermeira; Flávia Regina, Psicóloga do Detran; e Patrícia Régia, enfermeira; os(as) netos(as): Isabel Cristina, Hildener Carvalho, Laura Helena, Flávio Júnior, Vitória Régia, Bárbara Letícia e Marcos Vinicius. Raimundo Bagana, com 8 anos, já batia um bolão na zaga nos campos do Odorico, Campo do Artista...
- Sim, sou comentarista esportivo na Rádio Difusora de Floriano.
- Quais os times que você jogou?
- América de Demerval (Cascalho), Ferroviário, Palmeiras, Comércio e Grêmio.
- E o time que você mais gostou de jogar?
- Sinceramente, era o Palmeiras, principalmente o de 1966.
- Você lembra a formação do time do Palmeiras?
- Fácil, fácil: Bucar, Brahim (Reginaldo), Bagana, Antonio Guarda e Carlos Pechincha (jogador marcado por ele, sofria, era um carrapato, osso seco); Zilmar e Bitonho; Reginaldo, Sádica (tive sorte, só joguei do lado dele!), Antonio Luis Bolo Doce (tive mais sorte ainda, esse matava qualquer um!) e Perereca. Jogavam ainda: Petrônio e Osmar.
- Como era o comportamento da torcida do palmeiras?
- Vibrante, não perdia os jogos, estavam sempre do nosso lado, e uma coisa interessante, tinha uns torcedores, que no momento lembro de dois, eram fanáticos: Alcides (Del Bueno) e Cabo Salim, quando o Palmeira ia entrar em campo, eles gritavam! “LÁ VEM OS PIRIQUITOS”, homenagem as camisas verde do time, era um barato, demais!
- Qual o time que vocês tinham com rival?
A resposta foi na ponta da chuteira, com trava!
- Foi o ferroviário, a gente sentia prazer de ganhar deles, era como se fosse um título!
- Teve algum atacante que você tinha dificuldade marcar?
- Bom, como só joguei sempre do lado de Sádica e Antonio Luis Bolo doce, me considero um zagueiro de sorte, pois a dupla desequilibrava, desestruturava qualquer esquema de jogo! Mas Jolimar, irmão de Parnaibano, era difícil, ele escondia a bola, rapaz, quando lembro, me deu muito trabalho danado! Os zagueiros sofriam com ele!
- Bagana e Antonio Guarda eram uma dupla de zagueiros respeitados, e com relação a frase que existe por aí: “UM BATIA, OUTRO ARREPIAVA”, é mito ou é verdade?
- Meu amigo, era verdade, mas era só na bola, as vezes escorregava!
Caramba! É verdade!
ARQUIVO BAGANA!
FOTO RARÍSSIMA! VALE OURO!
PALMEIRAS - 1966 - ESTÁDIO MÁRIO BEZERRA
De pé: Reginaldo, Sádica, Antonio Luis Bolo Doce, Bitonho, Perereca e Osmar; Agachados: Zilmar, Carlos Pechicha, Bagana, Bucar, Antonio Guarda, Brahim e Petrônio.
Pesquisa: César de Antonio Sobrinho.
COMENTÁRIO:
Apesar de ser muito novo na epoca do palmeira conforme bagana falou, tive a sorte e prazer de ter jogado junto a dupla, bagana e antonio guarda no GREMIO DE DR. CALISTO E GALDINO(FUTEBOL AMADOR), ERA UM DUPLA DA PESADA, POREM GRANDES ZAQUEIROS, O TIME DA ÉPOCA E DA CRIAÇÃO DO GREMIO ERA FORMADO : JOQUIM JOSE(GOLEIRO) E AS VEZES JOGAVA COMO ZAGUEIRO, REGINALDO(FOTOGRAFO), BACANA, ANTONIO GUARDA E GEREMIAS(GONZAGA BRANCO-O BATEDOR), BAGO, PULUCA E PONCION, JANJÃO, GONZAGA PRETO(CRAQUE E COLEADOR),E CLEBER., ALEM DE CHEPEU, SELVU E OUTROS MAIS, GRANDE TIMAÇO.
Puluca (Craque do futebol de salão de Floriano das décadas de 19601970).
Reestruturação da Praça Coronel Borges é entregue à população em clima de festa
Um das obras mais esperadas deste fim de ano, em Floriano, foi entregue, pelo prefeito Joel Rodrigues, nesta sexta-feira (21). A obra marca mais uma etapa no processo de revitalização do Centro de Floriano, que se iniciou com a praça Dr. Sebastião Martins, depois Rua São Pedro, realocação de ambulantes das praças e avenidas do centro e agora com a entrega da reestruturação da Praça Dr. Coronel Borges.
O local ganhou nova imagem, com novo piso de blocos intertravados e piso tátil, 5 rampas de acesso devidamente distribuídas ao longo da praça, atendendo assim as exigências das normas de acessibilidade, bancos de madeira e ferro fundido, conjuntos de lixeiras para coleta seletiva e postes de iluminação com luminárias de LED, além do trabalho de rearborização e paisagismo. A praça tem agora um maior espaço de mobilidade e já não tem mais a presença dos vendedores ambulantes, que estão instalados em outros pontos, providenciados pela prefeitura.
O local ganhou nova imagem, com novo piso de blocos intertravados e piso tátil, 5 rampas de acesso devidamente distribuídas ao longo da praça, atendendo assim as exigências das normas de acessibilidade, bancos de madeira e ferro fundido, conjuntos de lixeiras para coleta seletiva e postes de iluminação com luminárias de LED, além do trabalho de rearborização e paisagismo. A praça tem agora um maior espaço de mobilidade e já não tem mais a presença dos vendedores ambulantes, que estão instalados em outros pontos, providenciados pela prefeitura.
A solenidade de entrega da obra teve apresentações de balé clássico infantil, pelo estúdio Kairós, em parceria com o projeto Cultura e Cidadania, e do grupo de capoeira Beira-Mar. Estiveram presentes, além do prefeito Joel Rodrigues e do vice-prefeito, Antônio Reis, a vice-governadora e deputada Federal Eleita, Margarete Coelho; deputado Estadual Eleito, Dr. Francisco Costa; secretários municipais.; vereadores, Maurício Bezerra, Manoel Simplício, Miguel, Dessim, Celso Cavalcante, Salomão Holanda, David Oka, Daguia e Akássio, que, inclusive, no seu pronunciamento, anunciou o retorno ao grupo de vereadores da situação, após o convite feito pelo prefeito Joel Rodrigues.
“O nosso trabalho de revitalização do centro mudou a imagem de Floriano e hoje a cidade tem sido elogiada pelos florianenses e turistas”, disse Joel Rodrigues.
(SECOM).
12/20/2018
Obras do “Checão” são licitadas e Floriano terá mais asfalto nas ruas
Mais asfalto pra Floriano |
Segundo o secretário de Infraestrutura, Marcony Alisson, serão 10 quilômetros de asfalto, distribuídos em 19 ruas, espalhadas pelo centro e bairros da cidade, com o objetivo de garantir maior mobilidade urbana, facilitando o tráfego nas ruas do município, que receberão esta pavimentação.
O prefeito Joel Rodrigues agradeceu à toda a equipe de Infraestrutura, engenharia e licitação pelo empenho no desfecho desta importante ação para o município de Floriano. O recurso provém da assinatura do contrato de repasse assinada pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, em janeiro, para pavimentação asfáltica de Floriano, sendo fruto da capacidade de integração do governo municipal junto aos governos estadual e federal.
“Chegamos ao desfecho final do Checão. Parabéns a toda nossa equipe da Infraestrutura através do companheiro Marconi, equipe de engenharia através do Ian e Ane e ao nosso motivante, Secretário Júlio César e toda nossa estimada equipe da licitação, pelo empenho de todos!”, finalizou Joel. (SECOM).
Reflexões Poéticas
12/19/2018
OS BRAVOS - SURGE UM EXTRAORDINÁRIO CONJUNTO MUSICAL
Os Bravos 1968 - FlorianoPI |
Quando os garotos chegaram no Salão Paroquial, ficaram admirados com o comparecimento em peso do público; era tanta gente que não foi possível entrar pela porta principal, os quatro rapazes tiveram que pular o muro. O apresentador da Rádio Difusora de Floriano, Pedro de Alcântara Ramos, anunciou: “senhoras e senhores, com vocês - OS BRAVOS...”; foi de arrepiar, as cortinas se abriram e surgiram os quatros ídolos, com a faixa etária entre 14 e 16 anos, pulando e tocando a música de entrada, foi um delírio total. E, para abrilhantar o grande show, em seguida, entrou em cena o badalado Jerry Adriani.
Nessa mesma noite o conjunto seguiu para tocar no tradicional Floriano Clube, e outra surpresa, uma multidão os esperava, os organizadores da festa tiveram que fechar as portas do famoso clube, pois não havia mais espaço.
Os Bravos eram formados pelo baixista Irapuam Leal, o guitarrista solo Antonio Alberto (que tinha dois apelidos: pimentão e rádio globo), o guitarrista base Fábio de Jesus (mora hoje em Teresina) e pelo baterista Raimundo Neiva (Neivinha); depois, numa segunda etapa, o baterista passou a ser Levindo Sipaúba.
Tudo começou com a influência da jovem guarda. E Floriano, como uma cidade de vanguarda, também participou ativamente dessa fase romântica. Os jovens Irapuam, Marcone (filho de seu Florentino e irmão de Piruca), Pedro Bispo, Ozires (de Barão de Grajaú) e Zé Bruno Filho - “ficávamos horas e horas treinando e ensaiando os sucessos da época e quando um de nós conseguia imitar os acordes e os cantores dos conjuntos famosos, corríamos para casa de um e de outro para mostrar, era um barato, mora!” – conta, comovente, Irapuam.
Fatos pitorescos: com o intuito de buscar reconhecimento do público e ao mesmo tempo um padrinho forte para patrociná-los a turma, equipada com violões, fazia apresentações nas entidades como o Lions Club e Câmara Júnior. Os instrumentos musicais foram comprados pelo dinâmico Vicente Rodrigues (desportista), um entusiasta do grupo. Os ensaios eram realizados em dois locais, na rua Sete de Setembro, na residência do sogro de Antonio de Pádua, conhecido como Mata Sete (in memorian) e na rua Padre Uchôa, no quarto da esquina da casa de Neno Leonias (um grande incentivador do conjunto), filho de seu José Leonias; O adolescente José Demes (Ieié) era considerado o mascote, pois estava sempre por perto aprendendo os acordes, e pouco tempo depois passou a integrar o famoso grupo Viazul. Outros que acompanhavam, Dílson Barbosa, Genison (conhecido por priquito de ovelha). O nome da banda surgiu de uma longa lista, que teve entre vários nomes: THE BIRDS. Nos shows em Barão de Grajaú, os integrantes e os equipamentos do conjunto atravessavam de pontão (que fama, hein!).
OS BRAVOS tiveram uma passagem meteórica. Sua primeira etapa durou apenas de outubro de 1968 a maio de 1969, porém, pelo pouco tempo em cartaz, todos os seus shows eram lotados, os garotos fizeram apresentações no Floriano Clube, Salão Paroquial, Bar Carnaúba, Brotolândia, inauguraram as Casas Daher e o Posto São Cristóvão. O conjunto acompanhou vários cantores famosos, tipo Jerry Adriani, Zé Roberto, Lindomar Castilho, George Fredman e outras feras da jovem guarda.
Com o sucesso do grupo surgiram convites para fazer shows em São João dos Patos, Sucupira do Riachão, Barão de Grajaú, Guadalupe, Itaueira e em outras paragens. Na cidade de Barão de Grajaú, por exemplo, aconteceu um fenômeno, conta Irapuam - “o clube, local do show, estava tão lotado, que a gente tocava uma música, parava para afastar a multidão, voltava a tocar, parava, afastava a multidão e tocava, foi assim durante toda a apresentação”.
Perguntamos, então, a Irapuam, um dos idealizadores e fundadores do grupo, sobre algum fato que lhe marcou. Irapuam, hoje professor na UNED – de Floriano, foi categórico:
“Foram articulados uns shows nas cidades de Guadalupe e São João dos Patos para arrecadar fundos para construção do Convento das Irmãs no Colégio Industrial; como era impossível convencer o pessoal de casa para liberar-me, tive que fazer uma traquinagem: na sexta-feira saí de casa fardado como aluno Ginásio 1º de Maio e, numa sacola, escondido, o uniforme do conjunto para tocar no final de semana, foi um sucesso total, tanto nas apresentações quanto em casa, meus pais não tiveram outra alternativa, mandou-me, de prima, para Fortaleza. Época boa e romântica, que os anos não trazem mais!”
LEGENDA DA FOTO - OS BRAVOS NA ANTIGA RESIDÊNCIA DO EX-SENADOR JOÃO LOBO NA AVENIDA JOÃO LUIZ FERREIRA E ONDE FINCIONOU O INPS NO ANO DE 1976
Colaboração: IRAPUAM, integrante e um dos fundadores do conjunto “Os Bravos”, hoje, professor da UNED de Floriano-PI; e César Augusto (filho de Antonio Sobrinho)
FIGURAS ILÚSTRES DE FLORIANO
PADRE ACELINO
Foi vigário de Floriano na décad de 20, oportunidade em que construiu o majestoso templo religioso que orna nossa cidade em honra a São pedro de Alcântara.
AFONSO NOGUEIRA
Natural do Ceará, comerciante, dono de embarcações a vapor construídas aqui mesmo em Floriano: ROSICLER, que antes se chamava NAZIRA (de propriedade do senhor Bucar Amado Bucar de Balsas - Maranhão) e AFONSO NOGUEIRA. Os motores vieram da Inglaterra.
ALBERTO DRUMOND
Cidadão de invejáveis dotes morais e chefe de família exemplar. Foi o primeiro titular do Cartório Civil e do Cartório de Primeiro Ofício. Verador.
ALFREDO ESTRELA
Comerciante com loja à rua que hoje tem o seu nome. Intendente Municipal, realizou algumas obras de interesse público.
ALUÍSIO RIBEIRO
Jovem, culto, poliglota, falava francês e árabe. De tradicional família piauiense.
Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira S. Neto
Foi vigário de Floriano na décad de 20, oportunidade em que construiu o majestoso templo religioso que orna nossa cidade em honra a São pedro de Alcântara.
AFONSO NOGUEIRA
Natural do Ceará, comerciante, dono de embarcações a vapor construídas aqui mesmo em Floriano: ROSICLER, que antes se chamava NAZIRA (de propriedade do senhor Bucar Amado Bucar de Balsas - Maranhão) e AFONSO NOGUEIRA. Os motores vieram da Inglaterra.
ALBERTO DRUMOND
Cidadão de invejáveis dotes morais e chefe de família exemplar. Foi o primeiro titular do Cartório Civil e do Cartório de Primeiro Ofício. Verador.
ALFREDO ESTRELA
Comerciante com loja à rua que hoje tem o seu nome. Intendente Municipal, realizou algumas obras de interesse público.
ALUÍSIO RIBEIRO
Jovem, culto, poliglota, falava francês e árabe. De tradicional família piauiense.
Fonte: Floriano de hoje e de ontem / Theodoro Ferreira S. Neto
12/15/2018
FOLCLORE ÁRABE FLORIANENSE
HONESTIDADE ACIMA DE TUDO
Por: Salomão Cury – Rad Oka
Viveram em Floriano dois irmãos originários da cidade de Khabab, Síria. Chamavam-se Moisés e José Knaer. Ambos vieram muito jovens, tentar a vida junto de patrícios já estabelecidos no Brasil. Moisés veio da Síria, casado com uma moça da família Lobo, chamada Carminha, mas José veio solteiro.
Em terras brasileiras, Moisés colocou um movimentado e luxuoso cassino num dos salões do Edifício Calisto Lobo Matos na esquina da Avenida Álvaro Mendes ( hoje, Getúlio Vargas ) com a rua Alfredo Estrela. Este é o último casarão de Floriano com pórtico escrito em árabe.
José era uma figura mais tímida. Começou a mascatear até se casar com uma jovem chamada Maroquinha Frejat, oriunda de uma família de personalidades inteligentes e de boa casta. Algum tempo depois da lua de mel, estabeleceu-se com uma pequena loja na movimentada rua São Pedro, fazendo-a prosperar e crescer razoavelmente.
No tempo em que mascateou, usou, para transporte das mercadorias, do auxílio de uma larga carroça de madeira, puxada por um jumento branco que tinha o sugestivo nome de “ Massári “ ( do árabe: dinheiro ). Iam com esse burrinho para várias regiões do meio norte, incluindo no itinerário cidades como Jerumenha, Guadalupe, Nova Iorque, São João dos Patos, Amarante, São Francisco e Flores.
Assim que se casou, José ainda chegou a levar a esposa em algumas dessas andanças. Apesar do sofrimento da viagem, a jovem Maroquinha adorava a companhia do marido carcamano como ela. Na última dessas viagens, acompanhado da esposa, a carroça ia abarrotada das mais diversas mercadorias e o pobre asinino já estava estafado. No limite de suas forças, subindo uma ladeira razoavelmente íngreme, o pobre massári meteu uma das patas num buraco fundo o suficiente para quebrá-la e o casal não teve outra alternativa, senão sacrificar o animal.
O desespero chegou na mente do laborioso Knaer. Como resolver aquela situação? No pé de uma ladeira, com a carroça cheia, sem jumento, longe de casa e acompanhado da esposa. Pensou em pedir ajuda ao irmão Moisés, mas naqueles tempos, não se dispunha de telefonia. Se pelo menos o seu Milad Kalume estivesse ali para consertar o pé do animal, não seria necessário sacrificá-lo. Ainda cogitou a hipótese de vendê-lo, mas não acharia comprador pra tanto charque.
A solução para um problema tão sério seria pedir emprestado um jumento para continuar a viagem. Acontece, porém, que o matuto típico daquelas paragens já estava ficando por demais sabido e ninguém se prontificou a “ emprestar “ um animal. A grande maioria só queria vender ou trocar pela mercadoria do carcamano. Ora, a mercadoria valia muito mais que 30 ou 40 burrinhos, e o carcamano, apesar de não ter dinheiro ainda, por estar no começo da viagem, achou por bem comprar um animal novo assim que fizesse suas primeiras vendas naquele lugarejo.
A notícia de que o árabe estava precisando de um jumento correu rápido na cidade e seus habitantes entraram em combinação de não comprarem nem mesmo uma agulha na mão do carcamano, para forçá-lo a um mau negócio. Das duas uma: ou ele trocaria a mercadoria inteira com alguém, ou faria um queima, vendendo tudo a preço de custo.
Não tendo alternativa, José Knaer já ia fazer uma liquidação, mas foi abordado pelo padre da cidade antes. O vigário lhe disse:
- É você o carcamano que está sem jumento?
- Sim, senhor padre, sou eu mesmo. Sua paróquia está se aproveitando da minha situação, me obrigando a vender minha mercadoria em condições que terei um prejuízo enorme! Sou recém casado e esta é minha esposa. Como poderei dar-lhe conforto se estou a ser explorado na sua cidade?
E o padre respondeu:
- É realmente muito errado o que os fies da minha igreja estão fazendo com o senhor. Jesus nos deixou a parábola do bom samaritano, onde aprendemos que se deve ajudar até os inimigos, se estes necessitarem. Pois bem, carcamano: hoje você é meu próximo. Tenho um jumento que uso para alcançar as famílias que moram mais distantes da igreja. É um animal velhinho, mas que estimo muito e, certamente, vai poder lhe levar até um lugar onde você possa resolver o seu problema ou até mesmo de volta para casa. Mas fique sabendo que quero sua palavra de honra que em breve o terei de volta são e salvo.
- Logicamente o senhor a tem, padre. Palavra de honra! Juro pela cruz! – e puxou um crucifixo de ouro do pescoço e o beijou.
Pegou o burrinho pelo cabresto e o atrelou à carroça. Pôs a mulher encima e começou a tocar o animal, que ia, num esforço hercúleo, puxando a pesada carga.
No fim do caminho de volta para casa, porém, o casal foi atacado por um enxame das perigosas abelhas africanas, que começou a picar-lhes em todas as partes descobertas. José apressou-se em auxiliar o jumento em detrimento da mulher, que estava em verdadeiro desespero encima da carroça. A cara da carcamana estava literalmente preta de abelhas e ela gritava feito louca todo tipo de algaravia com a língua enrolada, enquanto José soltava o burrico do padre e dava-lhe umas chibatadas pra que pudesse correr livre.
Só então é que socorreu a mulher, que a essa altura, já estava desmaiada. O rosto estava irreconhecível, mas José pegou-a no colo, desceu carroça apressadamente gritando por alguém que pudesse acudir-lhes. Passava pela estrada um senhor com uma charrete que lhes rendeu os primeiros socorros e os conduziu para o Hospital Miguel Couto, onde foram devidamente recebidos. O tratamento da mulher foi difícil. Disseram a Kanaer que se tratava de uma doença chamada choque anafilático e que era grave sua condição. José gastou mundos e fundos para salvá-la, mas conseguiu.
Quando o susto passou e a mulher teve alta, o irmão de José, que se chamava Moisés foi visitá-los. Na oportunidade, disse ao irmão:
- Mas, José, como é que tu socorres primeiro o jumento e deixa tua mulher ser comida pelas abelhas? Tu ta doido? Repara, agora, a despesa que fizeste…
José nem titubeou. Arrematou o assunto com a seguinte máxima:
- Acontece, Moisés, que somos gente muito honesta! Fique sabendo que o jumento era emprestado e a mulher é minha!
Fonte: Jornal a Voz de Floriano
Em tempo:
Comentário(s):
Esta historia sobre o floclore árabe, me fez lembrar um "causo" atribuído ao velho Salamão Mazuad, grande comerciante do passado estabelecido na Princesa do Sul.
Na década de 60, Salomão estava ampliando suas instalações comerciais, daí que tinham muitos operários na construção da obra.
Um deles era Expedito, pedreiro morador do bairro manguinha, que carregava os seus instrumentos de trabalho em um cofo.
Certo dia, Expedito chegou para começar a sua jornada na construção de Sr. Salomão, e este desconfiado de poder ser furtado por Expedito, de forma diplomática, assim se pronunciou:
"amiga, tu é honesta, más cofa tua é ladrona, deixa cofa fora".
Como se observa, o velho carcamano era uma figura ímpar.
Fraterno abraço.
Gilberto Lima, São Luís-MA.
12/14/2018
Educação abre matrículas na rede Municipal de Ensino em Floriano
Educação abre matrículas
na rede Municipal de
Ensino em Floriano
|
O processo de
matrícula para os novos alunos vai até o dia 31 de janeiro. As aulas tem início
no dia 11 de fevereiro e vão até o dia 21 de dezembro de 2019, nas zonas urbana
e rural.
Ao comparecer na
escola desejada, para efetuar a matrícula, é necessário apresentar os
documentos pessoais do responsável, a certidão de nascimento e cartão SUS do
aluno.
Segundo o
secretário da pasta, Joab Curvina, são 50 escolas com matrículas abertas, sendo
30 na zona urbana e 20, na zona rural.
Os alunos que permanecerão nas mesmas
escolas, tem a matrícula realizada automaticamente, no entanto, os pais ou responsáveis,
devem comparecer à escola até o dia 21 se dezembro de 2018, para assinatura do
comprovante de matrícula. Para 2019, 8.600 vagas foram disponibilizadas
para toda a rede municipal.
12/13/2018
Em recomeço, Sarah Menezes luta seletiva por vaga na seleção brasileira
Fotos:
Staff
Images / Flamengo
|
Quando
foi a melhor piauiense na seletiva da seleção brasileira de judô para os Jogos
Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, Sarah Menezes nem era maior de
idade. Ficou na reserva, atrás de Daniela Polzin. No ano seguinte, já foi
titular nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China. Quatro anos mais tarde, com o
ouro em Londres, se firmou na categoria ligeiro (até 48kg).
Além da concorrência com
Daniela Polzin no início de sua carreira na seleção, Sarah Menezes viu Nathalia
Brígida virar sua sombra no ciclo olímpico para a Rio 2016. Foi o máximo que se
chegou a ameaçar a titularidade da judoca piauiense com o quimono brasileiro em
uma década.
O jogo virou quando a própria
Sarah tentou mudar para a categoria meio-leve (até 52kg) em 2017, e desistiu da
mudança para voltar ao peso no qual se consagrou. Quando regressou, encontrou
outras adversárias no cenário nacional e internacional. E um caminho a
percorrer novamente.
Nesta quinta-feira (13), em
Lauro de Freitas (BA), Sarah Menezes terá de seguir o mesmo caminho que outras
judocas na tentativa de ser titular da seleção brasileira. Antes poupada da
seletiva por sua condição de campeã olímpica, ou sua posição no ranking
mundial, a judoca hoje não conta com resultados suficientes para ser agraciada
com a dispensa do torneio. Na frieza do regulamento, é apenas mais uma em busca
de um lugar ao sol.
O segundo e último dia de
seletiva começa as 10h (horário do Nordeste), com finais disputadas a partir
das 16h - estas com transmissão dos canais pagos ESPN e Sportv.
Com
1.224 pontos, Sarah Menezes é apenas a terceira brasileira no ranking mundial,
com o 34º lugar. A posição é resultado da ausência na categoria por um ano,
somada ao período fora dos tatames por uma cirurgia no cotovelo, e a pouca
presença no pódio nas competições internacionais que disputou - no mês passado,
no Grand Prix de Haia, na Holanda, acabou eliminada nas oitavas de final.
Hoje atleta do Flamengo (RJ),
Sarah Menezes representará seu clube e fará a estreia na seletiva contra Ana
Paula Nobre, que defende a Associação de Pais e Amigos do Judô e da Dança, de
Itajaí (SC).
Se vencer as duas primeiras
lutas, Sarah Menezes já estará na fase final, que terá outras três judocas se
enfrentando em rodízio. Das quatro finalistas, duas estarão na seleção brasileira
em 2019 - e consequentemente mais perto de uma vaga nos Jogos Olímpicos
de Tóquio, em 2020.
Para disputar a que pode ser
sua última Olimpíada, Sarah Menezes terá de voltar ao começo de tudo e provar,
no tatame, que está entre as melhores do país na atualidade.
Fonte: cidadeverde.com
12/12/2018
De volta para o passado
RETRATOS
Voltando ao tempo, nos encontramos no saudoso Floriano Clube, onde o Ginásio Primeiro de Maio organizava a colação de grau de seus alunos.
Na foto, do ano de 1979, observamos a nossa colega Meyre, agraciada com a sua colação ginasial pela professora Socorro Garcia, tendo como seu paraninfo, o nosso amigo Mota.
Belos tempos, quando Floriano vivia um momento lírico, entusiástico e sublime, numa época em que o romantismo era levado a sério. Precisamos revitalizar esses momentos, as escolas precisam realimentar esse antigo aprendizado, aliado com o moderno, claro, deixando o alunado viver seus sonhos de vitórias.
Na foto, do ano de 1979, observamos a nossa colega Meyre, agraciada com a sua colação ginasial pela professora Socorro Garcia, tendo como seu paraninfo, o nosso amigo Mota.
Belos tempos, quando Floriano vivia um momento lírico, entusiástico e sublime, numa época em que o romantismo era levado a sério. Precisamos revitalizar esses momentos, as escolas precisam realimentar esse antigo aprendizado, aliado com o moderno, claro, deixando o alunado viver seus sonhos de vitórias.
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