4/16/2016

Coleção FLORIANENSES, Volume 5

Em primeira mão, a Fundação Floriano Clube nos adiatou que o Volume 5 da Coleção FLORIANENSES está previsto para ser lançado o dia 7 de julho deste ano, antecipandoas comemorações de aniversário da cidade.
Coleção FLORIANENSES


Serão homenageados, neste edição, Aluizio Ferreira, Mestre Walter, Fernando Marques, Doutor Raimundo ROCHA, Padre Djalma (que será o orador que falará em nome dos biografados), Bernardino Viana, Pindáro Castelo Branco (florianense, artista plástico de renome nacional), Antônio Anisio Ribeiro Gonçalves, Ailda Cunha, dentre outros. 

A Coleção FLORIANENSES terrá noite de autógrafos também em Teresina e Brasília.

Aguardem e compartilhem.

4/14/2016

As Rapa Cuias


Por - Dacio Borges de Melo (*)

Quem anunciava a chegada do inverno eram as rapa -cuias. Pequenas pererecas de olhos esbugalhados, ágeis no pular e muito simpáticas. Seu cantar parecia o raspar de uma cuia. Daí o nome. Era uma graça, vê-las pulando de parede a parede. Tinha por elas um enorme carinho. 

Aos primeiros cantos das rapa-cuias, todos diziam: ó, a chuva tá chegando. 
Dácio Borges de Melo

Um dia perguntei pra Mamãe: Como é que ela faz tanta zoada ?

E ela disse: É que elas tão raspando a cuia.

E pra que? - Perguntei, admirado.

É pra guardarem água da chuva.

Eu disse: e é?

É, pra depois, quando a chuva passar, elas ficarem tomando banho de cuia.

E quando a cuia secar? - Perguntei.

Aí ela torna a cantar pra chuva voltar.
E eu ali de olhos arregalados, admirado na minha inocência. 

Ainda procurei por um tempo, por entre telhas e paredes a cuia das rapa-cuias. Nunca encontrei nenhuma.


A meninada já se preparava para os primeiros banhos de chuva. Lá em casa havia um bequinho que recebia toda água do telhado e jogava a mesma quintal abaixo. A gente fazia fila pra tomar banho na bica do bequinho. 

Mas o bom mesmo era correr pelas ruas, todo mundo saudando a chuva gostosa que chegava. 

Todos disputando alguns instantes nas biqueiras das casas vizinhas.

Depois saíamos pulando e gritando de rua em rua feito um bando de doidos. 

Depois, passada a chuva, a meninada, batendo queixo,  abraçavam a si mesmos como a se protegerem do frio. 

E a água a escorrer pela rua, corríamos a fazer açudes. O melhor local pra se fazer os mesmos, era no canto da quinta do Pai  Vieira e, mais à frente, diante da casa de seu Benedito, ainda beirando a cerca da quinta.

Fazíamos eu, Divaldo, Danunzio e Antônio dos Reis, enfim, a turma toda, enormes açudes, todos com sangradouro que eram talos de mamão enfiados na barreira do açude pra não acumular água demais. 

Ali cada um confeccionava e botava seus barquinhos de papel e ficava empurrando-os  pra lá e pra cá. Era uma viagem! 

Quando tudo passava, que o sol se abria, passado o frio, íamos aguardar a quebra das barreiras daqueles enormes açudes. 

Só os mais velhos faziam isso. Cada um de olho em seus barquinhos. 

Rompido o açude todos saiam alegres acompanhando a trajetória de seus barcos. 

Aquela enorme enchurrada às vezes ia até a casa de seu João Guerra, às vezes menos, em frente ao curral de seu Benedito. 

Acabada a festa, era esperar outra vez, o cantar da Rapa cuias. 

(*) Dácio Borges de Melo é florianense, filho do saudoso Mestre Walter. Atualmente Dácio mora em São Luís.


4/10/2016

Cori-Sabbá e River-PI se enfrentam neste domingo em Floriano

Recreativo antes da partida
Fonte - florianonews.com

Neste domingo (10), o Cori-Sabbá enfrenta o time do River-PI, a partir das 16h00 no Estádio Tibério Nunes, em Floriano.

A equipe Alvinegra corre atrás do prejuízo, depois da péssima campanha do primeiro turno, onde sofreu dois empates e cinco derrotas.

Em entrevista, o Técnico Vanin falou dos últimos treinos antes de enfrentar o River, campeão do primeiro turno. Uma derrota pode decretar oficialmente o rebaixamento do Cori-Sabbá, que segundo Vanin, está focado na partida.

“A equipe está consciente, focada no que vai fazer e vamos em busca do nosso resultado positivo”, declarou.

Enquanto o jogador Cleidson, que sofreu uma pancada na panturrilha, é dúvida no jogo de hoje, o time traz um novo nome para reforçar a equipe. O atacante Joãozinho, ex-Cruzeiro, foi apresentado pelo time alvinegro na última quinta-feira (7).

Com apenas cinco pontos no estadual em nove dos 14 jogos das fases classificatórias do turno e returno, Cori espera usar a experiência do jogador Joãozinho para melhorar a situação do time na tabela e escapar da zona da degola.

4/08/2016

IFPI abre seleção de professores para cursos do Pronatec em Teresina

O Instituto Federal do Piauí divulgou nesta quinta-feira (7) o edital de seleção para professores do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os candidatos aprovados vão atuar nas unidades remotas de Teresina e receber uma bolsa no valor de R$ 50 por hora de trabalho.

A inscrição dos candidatos às vagas de professor será gratuita, no período de 11 a 22 de abril, no horário das 08h às 11h e das 14h às 17h. Os candidatos devem procurar a sala do Pronatec, no prédio B, do Campus Teresina Central, localizado à Rua Quintino Bocaiúva, nº 94, centro da capital.

O processo seletivo será realizado em apenas uma etapa: análise de currículo, de caráter eliminatório e classificatório. Os profissionais convocados deverão possuir disponibilidade para trabalhar por até 16 horas semanais a serem executadas na Unidade Remota de sua classificação.

A data prevista para divulgação do resultado final está prevista para o dia 29 de abril, no site da instituição. O prazo de vigência do edital é de um, para efeito de convocação, podendo ser prorrogado por igual período.

Fonte: florianonews.com

4/04/2016

TORNEIOS DO CAMPO DOS ARTISTAS

 Por - Danúnzio Melo (1981)

ERAM, ainda, os idos dos saudosos anos sessenta. Como sempre tenho abordado, o Campo do Artista era o palco dos campeonatos amadores de Floriano, o qual tinha como pano de fundo um frondoso cajueiro, onde se agrupavam atletas, cartolas, enfim, todos aqueles que, de certa forma, ajudavam ou atrapalhavam os espetáculos futebolísticos.

Pois bem, chegara, então, o dia do torneio início daquela temporada, torneio esse que preambulava o campeonato de amadores. Campo do Artista - 1964.

Para a realização de tal evento, o Gusto, dono do time do Botafogo, e seu presidente, e também como membro da liga organizadora do campeonato, encomendara ao senhor Raimundo Beirão, renomado carpinteiro da cidade, as traves que seriam postadas no estádio.

Como combinado, tudo foi feito. Confeccionadas as traves, foram estas cuidadosamente fincadas nos extremos do campo, nos seus mínimos detalhes, como exigido nas regras do futebol.

O campo estava uma beleza e o dia maravilhoso para a prática do futebol, dado que até São Pedro mandara uma boa rajada de chuva par sedimentar o areão.

Dada a magnitude do evento, outro não poderia deixar de ser, o árbitro da partida, senão o famoso Vicente Xeba.

Tabela pronta, time equipados, disputariam a primeira partida o Santos de Pulu e o Botafogo de Gusto, sendo que todas as equipes, São Paulo de Carlos Sá, Caiçara, Flamengo de Tiberinho, Bangu do Bosque e outras, já encontravam-se equipadas e aquecidas para os embates.

Tudo bem, não fosse o incidente surgido naquela ocasião, em virtude de o dinheiro arrecadado pelo Gusto não ter sido suficiente para ocorrer como pagamento ao artífice Raimundo Beirão.

Ante esse fato, incontinenti, o seu Beirão, com a ajuda de seu auxiliar de serviços, arrancou as traves e levou-as de volta para a sua oficina, não obstante os apelos e as promessas de todos os que ali se encontravam de que a grana não demoraria.

Sem traves, restou aos cartolas a discussão sobre a realização, ou não, do torneio, muito embora soubessem que esta realização, em última instância, seria decidida pelo grande Xeba.

Assim sendo, dirigiram-se todos até o famoso rifiri, sendo que este, de dedo em riste, bradava:

“num quero nem saber; num quero choro; vai ter jogo; faz as trave de talo de coco; num precisa travessão; num precisa dizer que gol só vale rasteiro...”

Dito isso, apitando bem alto e forte, Vicente Xeba adentrou o campo, numa corrida cadenciada, em marcha a ré, concitando, com as mãos, alternadas, e cadenciadamente, a entrada dos alvinegros ao centro do belo areal.

4/03/2016

Cori vence de virada e faz o dever de casa no Estádio Tiberão

Público muito pequeno
Fonte: piauinoticias.com

A equipe do Cori-Sabbá  faz o dever de casa e vence a representação do Parnahyba Sport Clube por 2 x 1 de virada.  O jogo, pela segunda rodada do segundo turno do Campeonato Piauiense de Futebol, foi no Estádio Tiberão em Floriano-PI e teve apoio de cerca de 150 torcedores pagantes  para uma renda de R$  2.245,00.

Os gols do Cori foram marcados por Kleber e Luan e para os adversários parnahybanos que saíram na frente no placar,  marcou o Charles Tchenco logo no início da partida.

A pequena torcida corisabana que esteve no Estádio deu total apoio ao time florianense  e um grupo se organiza para acompanhar o time florianense a Picos no meio da semana, quando a representação florianense estará mais uma vez em campo.

4/02/2016

RETRATOS

Ferroviário 1964
FERROVIÁRIO ATLETICO CLUBE

Fundado pelos desportistas Antonio Cloves Ramos (carnavalesco) e Adauto, em 1º de maio de 1950, o melhor time de Floriano de todos os tempos, o Ferroviário Atlético Clube estreou com uma fantástica vitória sobre o famoso Artístico por dois tentos a um. Época romântica.

A equipe jogava, nessa fase, com Adauto, Aceno, Nascimento, Carlos Barbeiro, Helio Castro (médico) e Euvaldo Angeline; Nelson, Zé Alves, Assis Bonitinho, Abdon Barguil e Neném Mão de Vaca.

Já o Ferroviário seguinte, em nova gestão - 1951 tinha os piolhos de bola Zé Pulu, Ferré, Chico Mateus,Guilherme Magarefe, Hugo Leal (da rua do Fogo), Balaio, Zezinho, Omar, Adauto e Américo.

No final dos anos cinqüenta, outros jogadores foram contratados na administração do doutor Nazareno Araújo, tipo: Sadica, Colega, Cassaco, Pepedro, Valdomiro e Mário Besta Brava.

Disputava, mais tarde, em 1964, o campeonato estadual, com a seguinte formação: Piqui, Valdemir, Valdevino (vive, hoje, em Teresina), Pompéia (o melhor goleiro que já vi jogar com as suas belas voadas), Zezeca, Pepedro, Cabeção (treinava muito no campo do Odorico), Rômulo, Tassu, Bitonho, Antonio Luís Moreira Nunes (in memorian/estaria na seleção brasileira se jogasse hoje), Veludo, Vicentinho e Zequinha.

O Ferroviário disputaria, também, os torneios estaduais de 1965 a 1966.

Outros jogadores que fizeram história no Ferroviário: Parnaibano (locutor), Poncion (estilista), Galo Mago, Sinésio, João Maio, Maranhão, Nico, Magro, Grilo, Chapéu, Domício (este veio do América de Petrolina e tinha um chute fortíssimo de esquerda), Reginaldo, Elder, Sostenes, Netinho (quarto zagueiro), Valdivino, Domingos, Liro, Lino (este último foi o jogador mais caro que o Ferrim teve: ganhou uma geladeira movida a querosene, causando grande inveja entre os demais atletas, já que naquele tempo era raro quem possuía este eletrodoméstico).

Com relação aos seus diretores, tivemos Deusdete Pereira, Francisco Delmiro de Araújo (Nilton das Casas das Roupas), Merval Lúcio da Silva, Nazareno Araújo, Tibério Nunes e José Meireles (nome dado ao estádio do Ferrim).

Outros jogadores que se sobressaíram durante o período romântico: Adauto, Arsênio, Nelson Oliveira (goleiraço), Vilmar Oliveira (professor Vilmar/melhor atacante do Piauí), Fenelon Brasileiro, Balduíno, João Batista Mendes, Chico Pereira e Binda.

Durante os anos sessenta, o Ferroviário teve outras formações, como: Cajazeira (aposentado do BNB), Fortaleza, Sinésio, Raimundo Fumaça (de Campo Maior), Pepedro, Popó (aposentado da TELEPISA), Dodó, Antonio Ulisses (vulgo Pelado), Carlos Augusto, Zezeca e Valter Moleza.

Detalhe: um goleiro que marcou época no Ferroviário foi Netinho. Faleceu há alguns anos atrás aqui em Floriano.

Hoje, nos resta o apático Cori-Sabbá e o curioso Princesa do Sul. O que será de nosso futuro?

Quem viver verá!
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CRÉDITO DA FOTO - Valdevino, Sostenes, Zequinha, Pequi, Pompéia, ____, Júlio Silva (técnico) em pé; Carrinho, Cabeção, Lino, Vicentinho e Valdemiro, agachados.

37º Aniversário do Cine Natal 1974