10/05/2007

A PRIMEIRA NOITE DE TRANQUILIDADE



Estávamos retornando à Princesa, no período do último carnaval, quando fui visitar o meu amigo João Alves Nogueira Filho, o João Filho em sua residência na rua São João. Quando criança, arrastava-se, mal conseguindo andar por problemas de paralisia.

Com o tempo, fez o tratamento e foi superando as adversidades. Hoje, fazendo faculdade, casado e já com um filho, João reúne boas amizades e tem projetos para o seu futuro, principalmente na área de cultura.

Certa vez, porém, nos anos setenta, época romântica, os nossos amigos pegaram João Filho e levaram ele lá nos quebras, para experimentar pela primeira vez as volúpias do amor. Nervoso, no entanto, ele disse que não era ainda o tempo certo: “deixa para depois, gente, pelo amor de Deus...” Uma loucura! E logo percebeu que já não podia fazer mais nada, tinha de ir mesmo para ao ninho de amor.

Jogaram o João Filho num quarto lá da Coelho Rodrigues, logo na cama de quem ( ? ) da nossa querida amiga Verona e tome “vara”. Muito tempo depois, percebendo que João Filho não queria mais sair do quarto, Luiz Banana foi dar uma olhada pelo buraco da fechadura e gritou:

- Vambora, João, que já é tarde, cara! Tu já terminou?

João Filho, de alma lavada e se sentido o cara mais feliz do mundo, não se fez de rogado e retrucou bem alto, emocionado, de tanta felicidade:

- CAAAAALMA, RAPAZ!

RETRATOS



Essa é tia Inhá ( in memorian ), esposa de tio Walter, lembram ( ? ). Tio Walter tinha uma oficina de bicicleta detrás da igreja matriz e foi maquinista no cais do porto nos anos cinqüenta.

Na foto, a nossa tia aparece na praça doutor Sebastião Martins, segurando seus dois filhos mais velhos, o Djalma e o Divaldo, época em que os retratos exaltavam ternura e poesia. Precisamos sempre relembrar esses bons tempos.

A família de tio Walter foi fixar moradia em São Luís do Maranhão, depois de passar uma temporada em Boa Esperança em Guadalupe nos anos sessenta. Lá em São Luís todos se formaram e constituíram famílias, aprendendo a superar as adversidades da vida.

10/02/2007

PRAÇA


Essa é uma tomada da antiga praça João Pessoa, a nossa principal praça nos anos cinqüenta. Idealizada na gestão do prefeito doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, através de um projeto do engenheiro Luiz Ribeiro Gonçalves, a praça depois recebeu o nome do prefeito Sebastião Martins.

Os arvoredos começavam a dar uma dinâmica em sua arborização. Ainda vê-se a antiga Farmácia Coelho, a Casa São Luiz, a Farmácia Rocha e uma loja da família Neiva. Época romântica, que nos proporcionou grandes emoções.

Hoje, temos aí um monumento arquitetônico moderno, sem os antigos arvoredos, mas que representa a nossa realidade atual. Mas é bom sempre estarmos de olho nas mudanças que poderão ocorrer, no sentido de evitarmos a ruína de nossas tradições.

Fonte: FLAGRANTES DE UMA CIDADE, Luiz Paulo Lopes

10/01/2007

UM PÉ DE CARNAÚBA


Eu já tinha visto vários carnaubais, mas nunca tinha visto um pé de carnúba na altura desses nossos campos formosos de Floriano.

Essa imagem, essa paisagem é estupenda, uma extração lírica, dinâmica e de uma pureza imensamente libertária.

A foto ao lado fica no bairro São Cristóvão e o nosso amigo Agamenon Pedrosa sabe como fazer o registro, que de repente logo estará iluminando as nossas páginas.

Pois é, eu nunca tinha visto, realmente, um pé de carnaúba; só carnaubais e, agora, temos à vista e de graça a beleza espontânea de nossos arvoredos.

9/27/2007

MATANDO A SAUDADE



Não tem jeito mesmo: a gente quando chega no cais do porto, a primeira intenção é tomar um drinque no restaurante Flutuante, rever os amigos e sentir a brisa dali, matar a saudade, mais precisamente falando.

O aconchego, as lembranças dos tempos d´outrora nos fazem sentirmos vaidosos e voltados para o saudosismo. De repente, a gente começa a rever a velha guarda e colocamos o papo em dias.

Precisamos, sempre, nos reportar aos bons tempos, voltar ao passado, recarregar as baterias para seguirmos em frente. Esses registros são deveras importantes, pois poderão ficar pautado no tempo.

9/25/2007

FEIRA AGROPECUARIA



Um dos eventos mais concorridos de Floriano, atualmente é, sem dúvida, a nossa feira agropecuária, realizada todos os anos no mês de maio. Inúmeras atividades ali são realizadas, proporcionando à comunidade florianense muito lazer e, evidentemente, capacitando e melhorando a nossa demanda turística.

No passado essa feira era bastante romântica, tinha todo um ritual. Durante a realização primeira edição, no ano de 1970, o prefeito da época, doutor Tibério Barbosa Nunes, o Tiberão de Aço, botava todo mundo para trabalhar.

Na foto ao lado o prefeito está ladeado pelas senhoritas Maria Mazuad, Marília Lobo Matos, Sandra Attem, Nice Lourdes ( cronista social ), doutor Tibério, Maricildes Costa ( miss Piauí 1964 ), Dorotéa Ribeiro Gonçalves e Maria Adélia Attem, que recepcionavam a abertura da feira.

Como bem disse o professor Luiz Paulo Lopes, em seus flagrantes, “ com a fotografia o passado não morre, mas volta, como agora...”

DEBUTANTES DE 1971


Flagrante da festa das debutantes do ano de 1971 no nosso tradiconal Floriano Clube. Observamos a estudante do Ginásio Primeiro de Maio, à época, Lenka Elizabeth Batista de Melo ( hoje, morando no Rio de Janeiro ) e o nosso amigo Francisco Carvalho ( que trabalhou na antiga Marc Jacob ).

Havia muita tranquilidade em Floriano. As festas eram organizadas e tradicionais. Os principais clubes da cidade funcionavam com galhardia.

O tempo passou e, atualmente, observamos bastante demanda para o consumo e a velocidade para se ganhar muito dinheiro. A competição é tamanha e se não houver uma re-engenharia social, as nossas belas tradições tendem a sucumbir, definitivamente.

Mas ainda há tempo de repensar e resgatar nossos bons valores de época.

9/24/2007

ESCRITORIO DA COHEB



Esse é o antigo prédio onde funcionava o escritório da COHEB em Floriano no final da rua Francisco de Abreu Rocha já quase na subida do anel viário à esquerda. Funcionava as atividades administrativas da construção da barragem de Boa Esperança, onde o Djalma ( filho de mestre Walter ) trabalhava como um de seus gerentes administrativos.

Por aí havia, também, uma densa floresta, onde costumávamos brincar de caubóis, quemente e de filmes de tarzan nos anos sessenta. Tinha uma pequena caverna, onde poucos tinham coragem de adentrar. Era, tipo, um esconderijo para os mocinhos.

Hoje, tudo tá mudado. A cidade cresceu e o progresso chegou à região. É o futuro, que toma de conta de Floriano rumo ao desenvolvimento. Mas seria interessante tombar esse prédio, para impedir a sua ruína definitiva.

DE FORA



Como já disse o cronista, - “ futebol é coisa séria...” Foi o que aconteceu com a Sociedade Esportiva de Picos, que voltou com gosto de gás e com poder de superação: está de volta à primeira divisão do futebol piauiense.

Já os times de Floriano, o tradicional Cori – Sabbá e o novo Princesa do Sul de Zé Filho, mais uma vez causaram decepção junto aos piolhos de bola da cidade. Vão ter que suportar e amargar, novamente, a segundona de nosso futebol.

De qualquer forma, não podemos baixar a cabeça. Que sirva de lição, no sentido de resgatarmos a prata da casa. Devemos ter aí inúmeros talentos pelos campinhos a fora, que tão a fim de jogar futebol de poeira.

Certo?

Foto: www.noticiasdefloriano.com.br

9/22/2007

DIA DA ÁRVORE



Através do PANORÂMIO do fotógrafo Agamenon Pedrosa, descobrimos o quanto é de suma importancia preservar o nosso verde.

Esta foto desse ipê amarelo representa uma denúncia, clara e evidente, do descaso de nossas autoridades de não promover uma campanha mais efetiva de esclarecimento e preservação de nossas matas.

O terreno ao lado prova a falta de cuidados em que se encontram as nossas ruas e becos. Ainda bem que temos essa interessante imagem para promover e conscientizar a nossa população da sobre importância da recuperação de nossas árvores.

Em todo caso, esse ipê serve para se refletir bem mais. O calor tá grande e precisamos, com urgência, pensar mais nesse caso. Vamos contribuir, necessariamente, fazendo parcerias e plantando mais árvores na idade.

A propósito, o dia da árvore foi ontem, certo?

Foto: Agamenon Pedrosa

37º Aniversário do Cine Natal 1974