7/17/2006

ALDENIO NUNES - A ENCICLOPEDIA DO RADIO FLORIANENSE


ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA,
NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE!


A radiodifusão de Floriano começou com o prefixo de uma emissora do Maranhão na década de 50 e, logo - Almir Reis e Antão Reis fundaram a Rádio Difusora de Floriano. Os primeiros anunciadores de programas, foram: Audir Dutman, Pedro de Alcântara Ramos, Alcebíades Costa, um revolucionário, que na época lançou o famoso BIG SHOW DOMINICAL, realizado aos domingos no Cine Natal.
Assim, Aldênio Nunes, filho de Floriano, iniciou nossa entrevista, descontraída, no caís da beira rio, com um visual deslumbrante, e como testemunha, à frente o velho Monge, com suas águas soturnas, em pequenas marolas, limpa a deslizar rumo ao mar, as chalanas, o flutuante, o farol e a co-irmã cidade Barão de Grajaú.
A mais antiga emissora de Rádio, a Difusora de Floriano, fundada 1957, uma quase cinquentona, mas com um corpinho de atlético, foi a sucessora da AMPLIFICADORA FLORIANENSE, que ficava no prédio do Cine Natal, quando Dafala Atem era o locutor oficial. À tarde/noite, mais precisamente às seis horas da tarde abriam-se os auto-falantes, onde anunciavam-se os filmes, artistas principais, bar do Binu e outros comerciais.
Segundo Aldênio Nunes, a evolução do rádio florianense, com a inauguração da Difusora, "foi algo extraordinário. Lembro-me que na época a cidade despertou, pois apareceram fenômenos que estavam em fase latente (oculto), pois o despertar da juventude foi imensurável e aí surgiu a segunda fase de apresentadores, os talentosos: Pedro de Alcântara, Nazaré Silva, Fran Nunes, Nice Lurdes, com sua crônica social – uma coisa inédita na época".
Surge, então, surpreendentemente, a figura do lourinho ALDÊNIO NUNES, apresentando vários programas com os nomes de arrebentar e criativos: Alegria, Alegria (homenagem à música de Caetano Veloso), que ia ao ar às cinco horas da tarde. Aos domingos, Nunes e os companheiros de rádio, surgiu com um programa diferente: BOSSA, BALANÇO E BROTOS, nome sugestivo, pois à época aparecia o ritmo da bossa nova, o balanço da jovem guarda e os jovens começaram a ser vistos de outra forma, com respeito.
O programa fazia gincanas na beira rio, com atividades educativas. No programa de domingo, por exemplo, Aldênio Nunes lançou também a participação dos ouvintes via telefone, as pessoas ficavam encantadas! Como a emissora era no edifício SAID, na rua São Pedro, e ao lado tinha a empresa telefônica, não foi difícil, o grande locutor resolveu fazer uma parceria.
Perguntamos ao Nunes sobre o teatro que existia na época, em Floriano, comente alguma coisa.
A emoção tomou conta do espaço:

- Foi uma época de ouro, o TEF – Teatro Experimental Florianense, dirigido pelo competente Pedro de Alcântara Guimarães Ramos, rapaz ele merece uma entrevista dessa, faça! O Pedro, estava à frente de todos, um detalhe, os ensaios eram realizados na casa de seu Antonio Leitão e Dona Socorro e tinha como participantes do TEF os artistas Pedro de Alcântara Ramos, Aldênio Nunes, Teresinha Nogueira, Raquel Bonasser, Lurdinha Borborema...

- E sobre a Rádio Novela, foi um mito ou existiu?

- Sim, existiu, veja a criatividade da moçada, a Rádio Novela, era produzida em cima das letras das músicas.

- Programas de esportes, quem participava e como eram feitos?

- O programa de esporte era feito por mim (Aldênio) e Fran Nunes, os jogos do campeonato de futebol, transmitíamos da cabine do estádio Mário Bezerra e dos torneios de salão inverno e verão, a transmissão era feita da quadra do Comércio Esporte Clube.

- Vocês lançaram algum artista?

- O Jonh Júnior, a criação foi nossa, era um galeguinho, bela voz, surgiu no Big Show Domincal, Zé Antão e Aldênio, foram com cantor fazer a gravação no Recife.

- E a Mais Bela Voz do Parnaíba, é da sua época?

- Foi a nossa equipe que criou, surgiram vários artistas, chegamos a fazer umas cinco edições nas cidades vizinhas, o objetivo era garimpar novos talentos, e deu certo.

- Essa revolução radiofônica, durou quanto tempo?
- De 1965 a 1972, inesquecível, vou pesquisar e mandar para o SITE FLORIANO EM DIA, um bom material para vocês documentarem. Muito obrigado por poder reviver um período tão rico, que estava oculto.
........................................................................................................................
Reportagem: César Sobrinho

7/15/2006

OS INGRATOS II

O nosso garimpeiro, pesquisador e historiador César Sobrinho, desta vez, vem com essa relíquia de fotografia, dentro do contexto carnavalesco da Princesa.
O famoso bloco - OS INGRATOS, em grande estilo, reunindo a velha guarda; inclusive, o famoso Carlos Pechincha, filho do senhor João Guerra, que jogou no Palmeiras de Bucar. Todos os anos, esse folião marca a sua presença na grande festa de momo, fazendo a marcação.
Os Ingratos, quando iniciou a sua trajetória, ali no Bar do Didi, irmão de Zeca Futuca, era uma zuada terrível: belos encontros, bate papo e uma saudável batucada.
Até a famosa Daguia Pelada, brincava por ali. E quando era incomodada, ela gritava:
- Menino, eu tô é beba setenta!

7/13/2006

ODORICO


Fachada principal de entrada do Colégio Odorico Castelo Branco na rua Gabriel Ferreira próximo da antiga quinta da Maria Prisulina e do famoso Possim. Foto tirada nos anos oitenta, quando ainda conservava-se suas características originais.

Hoje, já reformado e moderno, essa unidade dispõe de um ensino mais revolucionário, dinâmico e novos métodos.

Naquele tempo havia muita disciplina, oganização e muita recreação. Dona Lélia, Marizinha na frente como diretoras cuidavam bem de seus pupilos. Professoras como dona Mirian, dona Graça e dona Iracema também exaltavam sua experiência. E quem não se lembra de Minha Linda, a zeladora?

Tempos bons, aqueles. Havia a higiene bucal com o doutor Clementino, a merenda, a vacinação e as festividades de fim de ano.

Dos casos pitorescos, lembramos do nosso amigo Sebastião, irmão de Luiz Orlando: no quarto ano primário, ele pegou o número 24. Não tinha quem fizesse ele responder a chamada.
...........................................................................................
Na foto acima, observamos o meu primo Dácio (hoje, morando em São Luís), matando as saudades de quando estudava no Odorico

7/12/2006

DE VOLTA PARA A SAUDADE


Esta foto pertence a Beleu (esposa de José Antonio Sousa e Silva, pai de Painho). Foi tirada em agosto de 1952 na Praça Francisco Nunes (antiga Pedreira).
Segundo dona Beleuzinha, a foto é da família "BRAGA". Em pé, da esquerda para direita, observamos José antonio Sousa e Silva (pai de Painho), Antonio José Sousa e Silva, Maria José Sousa e Silva, Maria José Sousa (Zezé), Vitalina Sousa Rego (Dona), Maria das Mercês Sousa e Silva, Gesner (filho de Naninha), Jeaneth Soares (Desembargadora no Maranhão), Aloísio Soares e Mário Neto.
Sentados, temos dona Isabel Ferreira e Silva (Beleuzinha, mãe de Painho), Maria do Socorro Sousa Rego (Socorrinha), Josefa Maria de Sousa (Dona Didi), João Braga e Ana Soares (Naninha).
Como é bom relembrar os velhos tempos!
...............................................................................................
Pesquisa: César Augusto

7/11/2006

BOTA PRA QUEBRAR


OUTRO grande delírio da epopéia de nosso carnaval no início dos anos setenta: o famoso bloco carnavalesco - o BOTA PRA QUEBRAR em grande estilo em fevereiro de 1970.

Em pé da esquerda para a direita, observamos os foliões Paulo Carvalho (Paleca), Chico Borges Filho, Marivaldo, Nagib Demes Filho, Waldemar, Paulo Kalume, Antonio Augusto (Tontonho Carvalho), Sérgio Guimarães, Pedrinho, Dedé, Odimar Reis, Nilson Coelho, André, Hélio e Fábio (guitarrista d´OS BRAVOS).

Sentados, Frederico albuquerque, Chico Paixão, Cristóvão Augusto Soares, Said Kalume, Lauro Antonio, Gervásio Júnior, João Holanda Neto (Holandinha), Borba Filho, Paulo Afonso Kalume (Petinha), Carlos Augusto Ribeiro e o nosso amigo Irapuan aquecendo os tamborins.

Momento hilário, que nos transporta para os bons tempos do contexto romântico da Princesa do Sul.

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

NA CORDA BAMBA
O nosso amigo Antonio José de Sousa, mais conhecido como Gungadim (apelido dado pelo nosso primo Djalma, filho de mestre Walter), tinha ido jogar bola no Odorico escondido, mas só que sopraram nos ouvidos de dona Dora, mãe exemplar e disciplinadora. Justo quando ela mais precisava do filho para fazer umas compras no mercado velho da coronel Borges.
Piolho de bola, Gunga, como era chamado entre os mais íntimos, não estava nem aí, queria era dar uns melas e fazer gols nas peladas do campo do Odorico, próximo da quinta da dona Maria Prisulina (parenta de João Chico).
- Eita, Gunga, lá vem tua mãe te buscar! E é com corda de "cedem"! Corre, corre...
Antonio José, percebendo que realmente iria apanhar, correu, pulou o muro no rumo do Possim e foi esconder-se na casa de Benedito Batista (nosso tio).
- Aqui, não! Vá para sua casa! - falou tio Benedito, que não gostava nem um pouco de traquinagem.
Não houve jeito: Dunga pegou uma sova e foi fazer o mandado de dona Dora. No outro dia, mais precavido, para jogar bola, Antonio José tinha que pedir autorização direitinho a sua mãe, pois ela não abria nem pro trem.
Moral: a educação, naquele tempo, muitas vezes, "passava" por uma dose disciplinar autêntica, por um corretivo forte, para perdermos o medo de sermos realmente felizes no futuro.

7/10/2006

SEBASTIAO DA ROSA DE OURO


RÁPIDO NO GATILHO E NO TRABALHO
SEBASTIÃO PEREIRA LEITE nasceu em Floriano no dia 10 de junho de 1943 e fez 63 anos. Começou a trabalhar no antigo Cine Itapoã em julho de 1957, quando ainda o cinema era de propriedade do senhor Adala Attem.
Ficou nessa atividade no Cine Itapoã até o ano de 1961. À época, vendia revistas, figurinhas, balas, etc. Hoje, o nosso amigo Sebastião mora no bairro Matadouro na rua João Justino, 92 em sua terra a que tanto adora - Floriano.
Perguntado sobre o período do cine Itapuã, o que mais o deixa saudoso, Sebastião fora Rápido no gatilho, como Giulliano Gemma, e foi logo repondendo: "É inesquecível... era um período bom, sem violência, as pessoas eram mais amigas, a turma se reunia para compra e troca de revistas e figurinhas, além de jogar peteca ao lado da Igreja Matriz. Era um espetáculo".
Sebastião, que também trabalhou na antiga Rosa de Ouro, ficou agradecido e feliz pela lembrança.
.......................................................................................
Reportagem: César Augusto

37º Aniversário do Cine Natal 1974