1/03/2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


Certa vez, Benedito Batista, um tio nosso, agricultor, que trabalhava como caixeiro na sua juventude, andava a cavalo divulgando seus produtos junto as comunidades rurais na região de Jerumenha. Naquele momento, por outro lado, Urbano Pacifico, que era ligado a nossa família, fazia inspeção das fazendas de seu grupo familiar de São Luis do Maranhão no rumo de Veados, hoje conhecida como Artur Passos, próximo a Guadalupe.

Urbano viajava em sua famosa Rural com os seus irmãos Arsênio e Antonio (proprietários da antigas lojas Arpaso Pop de São Luís/MA) em direção as suas fazendas, quando avistaram aquele cavaleiro vindo distante.

- Quem será, hein, Urbano! - perguntara Arsênio.

Com o seu senso de humor apurado e a sua presença de espírito, Urbano olhou bem para aquele homem vindo em seu cavalo baio e respondeu, literalmente.

- Rapaz, aquele ali é Benedito Batista!

- Será! – questionara seu irmão Arsênio.

Aguardando a sua aproximação, os irmãos Pacifico ficaram a espreita de Benedito, quando, finalmente, se encontraram, Urbano tomara a iniciativa.

- Benedito, rapaz, que quiá! Aqui é Urbano Pacifico! Ta conhecendo?

Benedito, cauteloso, meio cabreiro, olhara bem a todos, desconfiando e analisando todo o ambiente, procurando se situar. Depois, calmamente, percebendo de que realmente se tratavam de seus amigos e parentes, falou com toda a sua moral e categoria.

- Rapaz, sabe que é mermo!

1/02/2006

CARNAVAL DA PRINCESA

O carnaval da Princesa está chegando, mas já não é mais o mesmo. As marchinhas carnavalescas se perderam no tempo. Os tradicionais clubes da cidade já permancecem vazios e sombrios.

As avenidas dão lugar aos axés e forrós eletrônicos. Os blocos de sujo são só lembranças. Os tambores já não ecoam como d´antes.
Por onde andam os blocos de sociedade?

E as visitas dos blocos às casas tradicionais da cidade? Os corsos da avenida Getúlio Vargas? E as chiringas, os talcos, os óculos de plásticos, tradicionais suovenieres que se cultivam nos antigos carnavais?

Hoje temos que suportar estas novas demandas (foto/FLORIANONET) e esse consumo infernal. Restam, apenas, o reencontro de amigos e alguns lugares da velha Floriano, para contemplarmos uma época maravilhosa, que os anos não trazem mais.

A MATRIZ E A GALINHA

Bela fotografia (Florianonet) da nossa querida Matriz São Pedro de Alcântara de saudosas recordações.

Lembro, certa vez, que tínhamos ido fazer fazer a feira do domingo no antigo mercado velho da praça Coronel Borges nos anos sessenta. A meninada acompanhava a nossa tia, Dindinha, que coordenava o roteiro das compras.

Na volta para casa, cada menino trazia alguma coisa: melancia, galinha, abóbora e tal. Deixa que o nosso amigo Pinto, tinha deixado escapar a galinha que levava debaixo dos braços, logo próximo à igreja.

- Corre, diabo, pega a galinha, Pinto! - gritava Dindinha, nervosa.

A galinha entrou dentro da igreja e foi aquele alvoroço. Padre Pedro, espantado com tudo aquilo. Entramos todos na igreja correndo: péga, não péga... e cráu! Finalmente, Pinto tira um pulo e segura a galinha pelo rabo.

Alguns sorriam; outros comentavam o vexame. E Padre pedro pôde, enfim, dar continuidade à Santa Missa daquele domingo claro de sol.

12/28/2005

DE VOLTA PARA A SAUDADE


Voltando ao tempo, temos ao lado a famosa Sertã, Restaurante e Bar em seu mais belo estilo funcional, com dois pavimentos, época romântica e atração da sociedade florianense no final dos anos cinquenta, quando da administração do prefeito Chico Reis.
Hoje, o nosso patrimônio está sendo delapidado aos poucos, sem uma planilha de recuperação, sem uma revolução, sem uma maquete, para que possamos novamente sonhar com o futuro.
É claro que temos gente competente, com vontade de trabalhar, técnicos que podem sugerir, opinar, criar projetos para retratar e resgatar a beleza da nossa querida Princesa do Sul.
Ainda há tempo!

12/21/2005

CATEDRAL SAO PEDRO DE ALCANTARA



Foto dos anos cinquenta do Foto Farias que conseguimos através do acervo particular da professora Rosa Batista, hoje aposentada e morando em Floriano.
Apesar de um pouco distorcida, a paisagem retrata o início da construção da praça doutor Sebastião Martins. Ao fundo, à esquerda, vê-se o prédio de João Calisto Lobo, hoje um prédio feio e todo pintado, descaracterizando suas origens românticas.
Até quando a sensibilidade irá tocar no coração dos seguimentos mais tradicionais da cidade? Precisamos repensar Floriano com mais carinho, objetivando resgatar e reviver os bons tempos.
Chega de tanto consumo barato!
Parece, até, pirataria... ou será que é!
Te cuida, Floriano!

12/20/2005

SERTÃ


Vista completa da nossa tradicional Sertã no ano de 1966, quando ainda se via os grandes arvoredos que davam sombra e um clima agradabelíssimo à bela praça.
Com o passar dos anos, foram cortadas, derrubadas e podadas diversas árvores, assim como aconteceu nos anos quarenta com relação às nossas famosas árvores, os tradicionais jamelões da avenida Álvaro Mendes, hoje Getúlio Vargas na administração do nosso intendente Fernando Marques.
O que está faltando às nossas autoridades mais competentes, é um tanto de sensiblidade para com a coisa pública, ao patrimônio natural da cidade.
Até quando? Quem viver, verá!

FERROVIARIO ATLETICO CLUBE


Time do Ferroviário dos anos cinquenta. Época em que o doutor Nazareno Araújo era o dirigente responsável e comandava o grande apogeu da equipe.
Da foto, da esquerda para a direita, em pé, temos Cajazeira (aposentado do BNB, morando em Teresina e antigo funcionário da Casa Inglesa), Fortaleza, Sinésio (que veio de Campina Grande), Raimundo Fumaça (de Campo Maior), Pepedro e Mc Donald.
Agachados, o famoso Popó (de Teresina), o goleiro Dodó, Pelado, Augusto, Zezeca (aposentado do BB) e Walter Moleza, posando no estádio José Meireles no final dos anos cinquenta.
Quanto ao garoto propaganda, trata-se do advogado Jusmar Leitão, hoje morando em Floriano.

12/17/2005

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA


JOGO DO CAMPO DO ARTISTA

Contam que o piolho de bola Ubaldo (o quinto em pé da esquerda para a direita da foto ao lado), na sua fase amadora e defendendo o
Botafogo de Budim, tinha saído escondido de sua casa para jogar futebol de poeira, mais precisamente no Campo do Artista, onde se disputava um torneio amador, num domingo de sol quente.

Deixa que sua genitora, dona Lourdes, estava preocupada com o seu filho, pois já estava na hora de se assear e nada de Ubaldo aparecer; de repente, saiu na porta da rua e começou a gritar:

- Eh, Ubaaaaldo! Onde é que tu tá, criatura!

Com o cipó de tomarindo já na mão, dona Lourdes começou a procurar o rapaz; no entanto, dona Antonia, a nossa avó (Dindinha), que tinha um xodó muito forte pelo menino, entrou na jogada: foi buscar apressadamente Ubaldo lá no campo e foi logo dizendo:

- Eh, Ubaldo, vamos pra casa, infeliz, se não tua mãe te dar uma surra!

Correndo, preocupado, meio que chorando, Ubaldo voltou pra casa, mas quando dona Lourdes pegou-o pelo braço, para começar a dar aquela famosa pisa, a Dindinha entrou no meio e disse:

- Calma, Lourdes, deixa pelo menos o menino esfriar o sangue!

JOHN JUNIOR


Foto da Capa de um de
 seus discos

JOVEM GUARDA

Floriano, também, viveu o grande apogeu da Jovem Guarda: época revolucionária e libertária. O famoso show do cantor Jerry Adriany deu o que falar. Ficara hospedado na residência do empresário e ex-prefeito de Floriano Chico Reis. Muita gente, os fãs enlouquecidos.

E surgiu, paulatinamente, uma revelação em Floriano: o menino prodígio - John Júnior, filho do senhor João Freitas, deu uma de cantor e deu certo.

Com a sua voz belíssima, abafou em toda a região nordeste, fazendo sucesso. Se consagrou, definitivamente, em Floriano. Tanto que conseguiu gravar dois discos compactos, hoje raríssimos de se conseguir.

Segundo dizem, apesar do grande sucesso, o cantor se revoltou com alguns seguimentos empresariais locais e, tempos depois, deixou de cantar, profissionalmente.

John Júnior, hoje, mora em Brasília, mas deixou um legado fortíssimo na revolução cultural local.
Com a chegada da tecnologia, conseguimos, então, uma cópia de seus discos em CD-r.
 

12/16/2005

POR DO SOL


"O pôr do sol, é lá no cais, eu vejo a lua, surgindo atrás da torre, do cais..."
Esse é o trecho inicial da bela canção do grupo Viazul, numa homenagem à poesia do pôr do sol da nossa querida beira do rio.
A foto ao lado (Florianonet), numa linda tardinha, proporcionando um ótimo relax para quem desfruta o cais do porto.
Vamos salvar o nosso cais.

Um Passeio e a Nostalgia

  Interessantes, ficaram essas reformas no contorno da Igreja Matriz e da praça doutor Sebastião Martins, além do novo visual da bela Sertã....