Pular para o conteúdo principal

Postagens

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

CAÇADORES DE GATOS Colaboração: Dácio Borges de Melo Parte I Nas primeiras chuvas de inverno, meu pai enumerava as goteiras, localizava suas posições e contratava um bom profissional para reajuntar telhas e substituir as que estivessem quebradas. Tudo isso causado pelas brigas pavorosas e namoros escandalosos da gataria vizinha. Dácio Melo Correria no telhado, gritaria e choradeira de felinos pra meninos que iam pra rede com imagens de monstros e assombrações das estórias contadas pela Dindinha. Era um caso muito sério. Nos cobríamos da cabeça aos pés. Ainda jogávamos uma banda da rede por cima pra nos escudar do medo. De manhã estava todo mundo mijado. Por tudo isso eu sentia uma certa conivência de nossos pais, quando formávamos patrulhas noturnas de caçadores de gatos. Certa noite reuniu-se uma turma de corajosos patrulheiros com paus e pedras nas mãos. O inverno se avizinhava e a lua encoberta pelas nuvens deixava a noite um puro breu. A escuridão e um silêncio profundo nos enchiam...

Carnavais de Época

  BOTA PRÁ QUEBRAR OUTRO grande delírio da epopéia de nosso carnaval no início dos anos setenta: o famoso bloco carnavalesco - o BOTA PRA QUEBRAR em grande estilo em fevereiro de 1970. Em pé da esquerda para a direita, observamos os foliões Paulo Carvalho (Paleca), Chico Borges Filho, Marivaldo, Nagib Demes Filho, Waldemar, Paulo Kalume, Antonio Augusto (Tontonho Carvalho), Sérgio Guimarães, Pedrinho, Dedé, Odimar Reis, Nilson Coelho, André, Hélio e Fábio (guitarrista d´OS BRAVOS). Sentados, Frederico albuquerque, Chico Paixão, Cristóvão Augusto Soares, Said Kalume, Lauro Antonio, Gervásio Júnior, João Holanda Neto (Holandinha), Borba Filho, Paulo Afonso Kalume (Petinha), Carlos Augusto Ribeiro e o nosso amigo Irapuan aquecendo os tamborins. Momento hilário, que nos transporta para os bons tempos do contexto romântico da Princesa do Sul.

Conversas da Tarde

Dácio Melo (filho de Mestre Walter) Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava: - Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora!  E muntava eu e Baldo cada  num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam: -  Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar! E a Dindinha:  - Deixe, que os quarto é meu. Aí eu e Ubaldo deitávamos  a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé.  Ah, tempinho bom!

RETRATOS

  A v enida Getúlio Vargas Carreata que partiu da antiga rua Álvaro Mendes ( atual avenida Getúlio Vargas ), para a inauguração do campo agrícola doutor Sampaio no rumo da rodovia Floriano/Oeiras. Dos sete automóveis, identificamos os proprietários de cinco deles: Juca Carvalho, José Guimarães, Leônidas Carneiro Leão, Afonso Nogueira e José Fonseca. A bela imagem retrata os anos trinta, quando havia uma simpática presença de público, o belo arvoredo e a poesia, que nos deixam com saudades da velha Floriano. Fonte: Floriano de ontem e de hoje / Teodoro Sobral

FELIZ NATAL!

  Feliz Natal No início do mês de dezembro o clima mudava, o tempo mudava, no ar a expectativa pelo aniversário de Jesus!  As pessoas tornavam- se mais fraternas e mais alegres. E a meninada ansiosas pelas festas, bolos, bombons, refrigerantes, q-sucos supercoloridos, mas os brinquedos, ah os brinquedos! Eram o motivo maior da ansiedade.  Nossos sonhos giravam em torno da chegada do Papai Noel. O que será que ele vai trazer pra mim..... nas rodas de conversas todos falavam de suas preferências.......ah se ele me desse uma bola, daquelas boas que duram bastante.....eu queria um revolver de espoleta..... já eu queria uma caçamba, que aguenta carregar barro, areia e pedra.....eu me contento com uma havaiana amarela.  No dia 25 todo mundo acordava bem cedo e virava a cabeça por baixo da rede com o coração disparado de emoção pra ver a surpresa que Papai Noel deixara para nós! Fosse o que fosse, todos saiam a mostrar uns para os outros o que o bom velinho tinha nos deixad...

RETRATOS de Floriano

  Clube do Rum José Carvalho A história da “Club do Rum” tá perfeita, foi uma fase áurea é q marcou o carnaval de Floriano , pela animação , irreverência , desorganização organizada, .Falo isdo na condição do criador do grupo. Ele foi criado numa jornada etílica num bar da Conde da Boa Vista (Recife) ,por mim , Totonho e Pedro Bigola, depois falamos pra ter acesso de outros q estavam no Piaui. queríamos um grupo sem regras , cada um vinha qdo quisesse , livre pra entrar e sair, não foi realmente uma dissidência do bota pra quebra mas uma “rebelião “ modo de comando do Borbinha, altamente disciplinador, não se podia colocar o pé fora do cordão ou dar um beijo na namorado que levava um baita de um “esporro’, principalmente, nos que éramos os mais novos, queríamos ( Borbinha, nada pessoal). O nome veio porq naquela época , a bebida  maus usada pelos os jovens era o rum com coca, saboroso e mais barato, então porque não não juntarmos o grupo de amigos e fazer a farra juntos? No pr...

SEBASTIÃO LIMA - da Jovem Guarda à inspiração autoral

  Naquela época de efervescência e grande tenacidade cultural de Floriano, nos anos de 1960 e 1970, muitos jovens dedicavam-se aos seus projetos na poesia, literatura e principalmente na música. À época, a grande movimentação da Jovem Guarda veio inspirar a juventude local florianense. Foto quando conquistou o 1o Festival da Música Florianense no Salão Paroquial, com a música de sua autoria - Fim de Férias A Rádio Difusora de Floriano, através de seu Diretor José Antão do Vale Reis, começou a fazer um trabalho de vanguarda, proporcionando para a juventude florianense um movimento cultural chamado BIG SHOW DOMIICAL,onde diversos meninos e meninas dedicavam-se a interpretar, cantar e até compor músicas que deixavam o povão em êxtase. Sidney Soares, Pedro de Alcântara e Nazaré Silva eram os locutores consagrados para editar semanalmente aqueles shows com bastante variedades. Foi quando começaram a aparecer nomes sugestivos, interpretativos e atraentes para aquele grande momento. Mu...