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CAIS EM TRANSE

Foto extraída, provavelmente, de cima do bar do Raimundão ( in memorian ), quando a inspiração do nosso amigo Agamenon Pedrosa brotou sutilmente. Observamos algumas lavadeiras, como no passado e uma visão panorâmica do cais do porto em perfeita simbiose com os arcos naturais da paisagem. Beleza rara, pura, que fulmina nossa imaginação. A saudade transa meus pensamentos na vontade de voltar à velha terra, para dar o abraço e ficar em transe gutural com a nova paisagem que povoa outras e novas realidades. Foto: Agamenon Pedrosa

DEDICATÓRIA

( Poema dedicado ao seu Antonio de Melo Sobrinho, servidor da antiga Casa Inglesa, texto escrito pelo também funcionário da Casa o senhor Marreiros / Na foto ao lado, o seu Melo posa com a sua família em 1964 ao lado da Igreja Matriz ) Gosto do Melo mesmo assim Como ele é cheio de manha Roendo o seu magro pequi E comendo a velha castanha Com sua história de banho no Irapuá Não sei o que anda ele ali fazendo Só sei que não deixa de andar por lá Talvez alguma castanha esteja comendo Há quem considera isso normal Essa sua velha manha Sem saber que história é essa Essa história da castanha Considerando o seu belo nome E também a sua velha manha Tenho medo que aconteça Uma meladeira medonha

POR - DO - SOL

( poema desconhecido guardado na memória e lembranças de Antonio de Melo Sobrinho ) Para onde o corpo não vai projeta-se o olhar Onde para o olhar prossegue o pensamento Assim, neste constante e eterno caminhar Ascendemos do pó momento por momento Além da atmosfera, além do firmamento Aonde os astros, os sóis não cessam de girar Há de certo ali mais vida e muito mais alento Do que nesta prisão mefítica e sem ar Pois bem, se não me dado um vigoroso adejo Subir, subir aos mundos em que não vejo Mas que um não sei o quê ainda hei de ver Quero despedaçar os elos da matéria Subir, subir pelo azul da vastidão etérea E ser o que só é quem já deixou de ser Foto: Agamenon Pedrosa

JASMINA BUCAR, A MATRICARCA

Com o vestido sem decote azul até os pés e jóias de ouro adornando pescoço, orelhas e braços, a "matriarca da família Bucar" tocava os negócios de casa. "Nem ao banheiro a senhora vai sem ouro pendurado", dizia o filho. Ela respondia lacônica. "Não se meta, pois uso essas jóias quando e onde quiser." Assim era a Jasmina Bucar, filha de um dos primeiros árabes a pisar em São Luís, onde ela nasceu. Foi morar em Floriano (PI), seguindo a indústria de sapatos do pai. Chegou a fazer o curso para professora. Mas casou aos 17, com Arudá Bucar. Foi dela a decisão de comprar o laboratório que faria dos Bucar "uma das grandes famílias do Piauí". Que ela administrara sozinha, negócio e família, até 2007. "Só quem falava alto era ela". E ai dos 12 filhos, 29 netos e 48 bisnetos se a vissem sem pedir bênção. "Ela criou tudo na palmatória, seis bolos na mão." Mas esquecia quem era quem e tinha que checar na "relação", um papel co...

CINE NATAL

A fase romântica já passou, certamente, e hoje estamos pisando o futuro em asfalto quente, quando os carnavais exaltam atualmente os ingratos no resgate das antigas marchas. Outrora, a amplificadora do Cine natal, na voz do inconfundível Defala Attem, documentava os belos acontecimentos da cidade; e, lamentavelmente, agora, temos os carros de sons à toda altura, contribuindo, decisivamente, para o arrepio da poluição sonora. A busca pela sobrevivência e pelas migalhas embarga a nossa voz e o estrondo dos forrós tecnobregas, pelejando para destruir as artes da cidade e os talentos adormecidos, que não mais conseguem submergir na ponta dos arcos – íris de nossas ilusões perdidas.

FLUTUANTE

As águas baixaram, mas as chuvas ainda continuam a molhar o sertão. Após o enfrentamento que as enchentes nos impuseram , começa o retorno às nossas casas. Mas é bom vermos a imagem do rio, do cais do porto e do velho Flutuante numa bela manhã. O canoeiro em sua labuta, buscando os surubins nas profundezas do Parnaíba. Vamos agradecer e rezar para os melhores dias de fartura que virão, o trabalho compensa e a natureza pode reagir a nosso favor. Vamos aproveitar e plantar as abóboras nas hortas sedimentadas. Foto: Agamenon Pedrosa

BARAO DE GRAJAU

Barão de Grajau, cidade boa, dos festejos na praça da matriz no mês de junho, onde os florianenses também gostam de participar. No mês de julho, então, as praias do rio, atraindo muita gente para a diversão aos domingos, principalmente. Seus 98 anos de emancipação, comemorados recentemente, fortaleceu a esperança de galgar um futuro melhor para o seu povo, que merece o respeito de todos.