1/10/2025

Retratos de FLORIANO

Bar TABU

O professor Luís Paulo conseguiu extrair essa bela fotografia do baú, para relembrarmos os bons tempos de Floriano.

Segundo o professor, " Somente para matar saudades: jovens florianenses no famoso Bar TABU, na Avenida Getúlio Vargas. 

Da esquerda para a direita: Tetê Attem, Leda Batista, Carlos Martins, José Anísio Ribeiro Gonçalves, Jofran Frejat e a inesquecível Vilma Pereira. 

Só lembranças, só saudades ... Isso era em 1953 ".

1/09/2025

Retratos de FLORIANO

 DEPOIMENTO 


Segundo Teodoro Sobral, "o prédio térreo ao lado  dos Demes era de uma das empresas de alguns dos irmãos Castro, Agripino e Cristino, depois foi vendido para a Casa  Inglesa (Estabelecimento James Frederick Clark S/A), cuja matriz era em Parnaíba, quando a mesma foi fechada na década de 1960.

Aqui em Floriano o farmacêutico Doutor Oaci Alves Pereira da Rocha comprou-o e lá abriu sua farmácia que funcionou até ele falecer. Hoje em uma das salas funciona o laboratório da filha dele Doutora Luiza Adelaide, onde era a Farmácia Santa Adelaide e está fechada com suas antigas prateleiras intactas.

A Casa Inglesa, onde o pai do Janclerques trabalhou, vendia os Jeep Whilys importados dos EUA e vinham embalados em caixões de madeira; lembro de quando adolescente os caixões sendo desmontados e em seguida eram entregues aos compradores" - relembra dentro de sua lembranças sobre Floriano antiga.

Retratos de FLORIANO

Hercília Barros Camarço

Brilhante professora e educadora por excelência, possuindo um colégio misto denominado "Santa Cecília". Quando da criação da Escola Normal de Floriano, foi sua Diretora por muitos anos até aposentar-se.

Exímia pianista, executava de cór mais de cem composições musicais. Foi em seu piano que o Tenente-Coronel revolucionário João Alberto Lins de Barros, quando de sua estada por Floriano, executou algumas peças musicais.

Muitos jovens, de ambos os sexos, devem a esta notável educadora os conhecimentos pré-primários e pré-ginasial. À ela, nossa homenagem!

Fonte: Delmar Mendes dos Reis

Retratos de FLORIANO

 Dados Sumários 



Colaboração - Delmar Mendes dos Reis/Novembro de 1993

PESSOAS E PERFÍS

Eleutério Rezende

Este notável e humilde alfaiate, maranhense de Barão de Grajaú, foi uma das poucas pessoas que contribuíram com a sua inteligência privilegiada, no desenvolvimento educacional de Floriano, especialmente como professor de música da Escola Normal local.

Não temos certeza se este brasileiro esquecido, estudante do antigo Colégio "24 de Fevereiro", concluiu o curso ginasial. Todavia, era um autodidata sem precedentes, entendendo de tudo, como: astronomia e música, especialmente. Foi poeta, escritor, dramaturgo e ator, e professor de música sem nunca ter tocado nenhum instrumento, quer de sopro, quer de cordas etc.

Cultor da arte presidida por Euterpe, são de sua própria autoria quase todos os hinos em honra de Santa Teresinha do Menino Jesus, os quais eram cantados pelo pocona data festiva da Santinha de Lisieux. Era Eleutério católico fervoroso praticante. E, por todos estes predicados, respeitosamente, consignamos-lhe - Honra ao Mérito.

Hercília Barros Camarço

Brilhante professora e educadora por excelência, possuindo um colégio misto denominado "Santa Cecília". Quando da criação da Escola Normal de Floriano, foi sua Diretora por muitos anos até aposentar-se.

Exímia pianista, executava de cór mais de cem composições musicais. Foi em seu piano que o Tenente-Coronel revolucionário João Alberto Lins de Barros, quando de sua estada por Floriano, executou algumas peças musicais.

Muitos jovens, de ambos os sexos, devem a esta notável educadora os conhecimentos pré-primários e pré-ginasial. À ela, nossa homenagem!

Vultos Populares

Perambulando pelas ruas e logradouros públicos eram encontradas pessoas que o vulgo dotou de apelidos jocosos, como: Maria Véia, Joana Véia, Derréia, João Cego, Manuel Garapa, João Pé de Bola etc. Havia também uma moça velha toda enfeitada de flores, andando com um crucifixo, dizendo-se Santa Teresinha. Se alguém a saudasse tomando-lhe a bênção, ela alegrava-se e até dançava de contentamento; porém, se a chamassem de vovó, ela esperneava-se xingando a pessoa.

O tal "garapa", não gostaca do apelido e ficava fulo de riva, quiando alguém o chamava assim. Muitos moleques gritavam: mel com água - e ele respondia: mistura, acompanhados de uma série de palavrões.

Etnia e Raça

Em Floriano existia ou existe ainda uma raça de negros luzídios, que o povo apelidou-os de "zinidores", por serem pretos retintos e de cabelos ancarapinhados ou enroladinhos na cabeça.

Hoje, talvez, com o constante cruzamento de reaças - preta e branca - a população da cidade e município se constituem de pardos em sua maioria.

1/07/2025

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

CAÇADORES DE GATOS

Colaboração: Dácio Borges de Melo

Parte I

Nas primeiras chuvas de inverno, meu pai enumerava as goteiras, localizava suas posições e contratava um bom profissional para reajuntar telhas e substituir as que estivessem quebradas.

Tudo isso causado pelas brigas pavorosas e namoros escandalosos da gataria vizinha.
Dácio Melo

Correria no telhado, gritaria e choradeira de felinos pra meninos que iam pra rede com imagens de monstros e assombrações das estórias contadas pela Dindinha. Era um caso muito sério.

Nos cobríamos da cabeça aos pés. Ainda jogávamos uma banda da rede por cima pra nos escudar do medo. De manhã estava todo mundo mijado.

Por tudo isso eu sentia uma certa conivência de nossos pais, quando formávamos patrulhas noturnas de caçadores de gatos.

Certa noite reuniu-se uma turma de corajosos patrulheiros com paus e pedras nas mãos. O inverno se avizinhava e a lua encoberta pelas nuvens deixava a noite um puro breu.

A escuridão e um silêncio profundo nos enchiam de pavor, mas estávamos ali todos juntos, um dando força pro outro. Djalma, Divaldo, Danunzio, Waltinho indo e, às vezes, vinha; e eu pequeno ainda e o Gungadin.

Todos no quintal lá de casa.

Parte II

Silêncio e escuridão. Aqui é acolá ouvia-se o pio e o farfalhar das asas dos morcegos na juçareira ao lado, saboreando os frutos maduros.

De repente, como que saindo do nada, eis que surge do quintal de seu Firmino dois gatos brigando numa gritaria apavorante, percorrendo o muro e vindo em nossa direção. Desceram o muro numa velocidade assombrosa e se engalfinharam debaixo de nossos pés. 

Parte III

Ave Maria!  Foi um pandemônio dos diabos, porque nós, apavorados, voltamos correndo e gritando pra cozinha, um atropelando o outro no maior desespero. Acredito que os gatos também,  assustados com nossa gritaria, tomaram rumo contrário, pro fundo do quintal e num salto voaram por sobre o muro, desaparecendo na escuridão da noite.

Fechada a cancela da cozinha, ficamos ali todos juntos nos refazendo do susto. Respiração ofegante e corações a mil. Em meio ao silêncio só ouvia-se o baticum dos corações. Tum, tum. Tum, tum. Tum ... tum. ..tum. .. Refeito do susto, alguém quebrou o silêncio num misto de raiva e medo e disse : - Gato fidumaegua! Um outro falou! - Gato filho da puta. Ainda outro. - Amanhã ele vai ver, aquele miserave. E emendou: Vamos simbora ! No que foi prontamente atendido. E fomos todos pra rua, com o rabinho entre as pernas.

Depois dessa, nunca mais. Ufa!

1/03/2025

Carnavais de Época

 BOTA PRÁ QUEBRAR










OUTRO grande delírio da epopéia de nosso carnaval no início dos anos setenta: o famoso bloco carnavalesco - o BOTA PRA QUEBRAR em grande estilo em fevereiro de 1970.

Em pé da esquerda para a direita, observamos os foliões Paulo Carvalho (Paleca), Chico Borges Filho, Marivaldo, Nagib Demes Filho, Waldemar, Paulo Kalume, Antonio Augusto (Tontonho Carvalho), Sérgio Guimarães, Pedrinho, Dedé, Odimar Reis, Nilson Coelho, André, Hélio e Fábio (guitarrista d´OS BRAVOS).

Sentados, Frederico albuquerque, Chico Paixão, Cristóvão Augusto Soares, Said Kalume, Lauro Antonio, Gervásio Júnior, João Holanda Neto (Holandinha), Borba Filho, Paulo Afonso Kalume (Petinha), Carlos Augusto Ribeiro e o nosso amigo Irapuan aquecendo os tamborins.

Momento hilário, que nos transporta para os bons tempos do contexto romântico da Princesa do Sul.

1/02/2025

Conversas da Tarde

Dácio Melo (filho de Mestre Walter)

Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava:

- Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora! 

E muntava eu e Baldo cada  num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam:

-  Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar!

E a Dindinha: 

- Deixe, que os quarto é meu.

Aí eu e Ubaldo deitávamos  a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé. 

Ah, tempinho bom!

RETRATOS de Floriano

  Raimundo Carvalho  Raimundo Carvalho  Quem guarda, tem. O nosso amigo Raimundo Carvalho, um dos filhos de seu Joãozinho Guarda, hoje econo...