Jalinson Rodrigues – poeta & jornalista
O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômicana geração de oportunidade de renda.
Jalinson Rodrigues – poeta & jornalista
O carnaval florianense mantém a tradição de crescimento e conquista importância econômicana geração de oportunidade de renda.
É com misto de nostalgia e saudade que me remonto a um passado em Floriano, a minha Princesa do Sul. Foi nesta cidade de encantos mil, que tive a felicidade de prematuramente vir ao mundo, de ver pela vez primeira a luz do astro-rei, através dos laços de amor que uniu para sempre duas pessoas iluminadas, que amo e devo-lhes tudo que sou, Gervásio e Lisete.
Pois bem! Foi no dia 19 de outubro (dia consagrado ao padroeiro da cidade, São Pedro de Alcântara) na Rua Silva Jardim, nº 521, que nasci. Ali cresci saudável, feliz, brincando nas ruas, tomando banho de chuva, subindo em árvores, indo ao Cine Natal, as missas aos domingos na Igreja Matriz, rodando na Praça Dr. Sebastião Martins, pagando promessas na “Guia”, passando Semana Santa banhando no açude Mario Bezerra,( a convite de Tia Jamila e Tio Hermes que tinham casa de campo próximo,) chupando picolé do bar do Bento ou do bar do Bruno ( bar esse que ficava na extensão da minha rua e nas proximidades do “Pau-num-cessa”, lugar das moças de vida fácil-difícil).
Na Praça Coronel Borges, jogava peteca, empinava papagaio, jogava futebol, brincava de boneca ou lá no Flutuante, da beira do cais, atravessava o rio Parnaíba (Velho Monge) de pontão, se não montada em talo de buriti, para a vizinha cidade: Barão de Grajaú (sem conhecimento dos meus pais, é claro!) e sempre em companhia de minha inseparável amiguinha, minha irmã de fé, Lucinha (Lúcia de Fátima Holanda Ribeiro Gonçalves).
Lembro-me do serviço de alto-falante na Praça do Mercado próximo a Quitanda do Cirilão, homem de porte avantajado que nos meus contos de fada via como herói. Nos finais de tarde, ouvia-se a Ave-Maria; confesso que na minha pouca idade, não entendia o que o locutor, o saudoso e inesquecível Defala Attem dizia, mas sei que o ouvíamos todos os dias com a mesma precisão e respeito.
Ainda criança, fui fadinha, pertenci ao movimento Bandeirante, onde tive como chefe a sempre admirada Laurinha, hoje conceituada médica. As primeiras letras aprendi pelas mãos maravilhosas de religiosas e educadoras do respeitado “Educandário Santa Joana Dárc” (que confirmem a Madre Maria dos Anjos, irmã Filomena...e a Professora Adelaide). Adolescente, fundei o clube Orbianas Mirins, juntamente com as sempre amigas: Lúcia Holanda, Sônia Melo, Jaira Trajano, Sandra Kalume, Socorrinho Costa, Maria José Ozório, Eulália, Leila Sepúlveda, Zulma Nunes, Lúcia Barquil, Vera dos Santos, Betinha Albuquerque, Lilian Ferreira, Tereza Tourinho, Rosália Sousa.. sob a orientação da formidável Giselda Borba. Foi um dos marcos na minha trajetória de vida. Como estudante do Ginásio Santa Teresina, já situado no bairro Pedreira, onde Sr. Genésio tinha sua venda próximo ao local, comprávamos bolo frito, nos intervalos das aulas acompanhado de Ki-suco; Também D. Mercê do Dr. Bessa, nos aturava na sua residência e nos oferecia gostosos lanches; deixei muitas marcas de travessuras, principalmente ao lado de Paula Bucar, Tânia Araújo, Lúcia Holanda, Márcia Reis, Virginia Lúcia Araújo, Mary e Goreth Maia, Raimundo Maia, Zé Demes (Ieié), Fátima Carvalho, Cleonice, Maria das Dores, Celsa, Odmércia Reis, Eliana, Luzanira, Eliziene, Josimar, Raimundo Capitão, o mesmo Raimundo Carvalho, Emiliana, Odimar Reis, Tital, Totó e tantos outros.
Mergulho mais profundo na imensidade do mar das recordações e de repente me vem a mente um pedido de desculpa e uma homenagem póstuma ao Pe. Pedro de Oliveira (como lhe
dei trabalho e preocupação!)... Ah! A nossa fiel secretária do ginásio, Norma Waquim com sua elegância inegável, os professores: Teresa Chaib,(in memoriam) Teresinha Gonçalves, Mariquinha Pereira, Jovina, Rubenita, Lurdinha , Antonio Waquim... citar todos é impossível, entretanto recordar e falar de todos no momento oportuno é gratificante e pertinente, pois a saudade, o carinho que tenho por cada um é imensurável; as primeiras lições de vida que aprendi com o perfil e peculiaridade de cada um são bem vivas dentro de mim, mesmo tendo ficado tanto tempo ausente, por força das circunstâncias e da luta pela sobrevivência diária.
É com emoção e gratidão que também menciono duas pessoas que considero da minha família, não por laços sanguíneos, mas por laços de amor, refiro-me a Raimunda Cardoso e Francisca Alencar , minha Xica ( in memoriam) que me acompanharam desde a infância até a despedida da minha terra natal. Despedida esta que foi marcada com grande festa comemorativa dos meus quinze anos, no Comércio Esporte Clube.
Atesto-me uma mortal sensível, imperfeita, mas telúrica e hoje me rendo à saudade, reverencio a minha terra, meu berço natal, traço minha homenagem, meu reconhecimento, e também ressalto a satisfação e orgulho de ser sua “Lisetinha”, como aí costumava ser chamada por todos para diferenciar de minha inesquecível mãe de quem tenho o privilegio de herdar o nome.
Obrigada Floriano! Obrigada por ter me dado o privilégio de ter nascido no seu solo fértil e poder dizer que pertenço a um povo varonil. Obrigada Teodorinho, Christovão Augusto, Raimundo Neiva( Neivinha), Sérgio Guimarães, Marcelo Guimarães, Zé Horácio, Reginaldo Moreira, Edilberto Nolêto, Adelmar Rocha, Zé Alberto Sousa, Bruno, Tin, Ana Coely, Tiberinho (in memoriam) Ana Maria Nunes, Ana Maria Martins, Ana Maria Silva, Vitória Régia, Benjamim, Paulão (in memoriam) Goreth Reis, Rositinha, Tereza Emilia Albuquerque, Sílvio, Saidinho, João Holanda, Wilson (Grilo), Pivete..e tantos outros que também fizeram parte de meu show através de Juninhor, nego Junior, meu irmão.. Obrigada cidade luz!Obrigada minha Princesa do sul!
Cristóvão: Este é um conto emocionante da nossa Lisetinha que recorda Floriano e pessoas muita caras a todos nós.
Obrigado Lisetinha e meu beijo
*O Tempo*
*(Carlos Drummond de Andrade)*
"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente.
Para você, desejo o sonho realizado, o amor esperado,
a esperança renovada.
Para você, desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que puder sorrir,
todas as músicas que puder emocionar.
Para você, neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família seja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas...
Mas nada seria suficiente...
Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,
desejos grandes.
E que eles possam mover você a cada minuto
ao rumo da sua felicidade.”
Aproveitando o clima de carnaval, que já começa a nos proporcionar grande expectativa, conseguimos tirar do fundo do baú essa formação do reveillon da década de setenta tirada no Comércio Esporte clube.Conhecemos poucos, mas se algum desses badboys dos tempos românticos de Floriano se reconhecerem por aí, que identifiquem-se, correto?Provavelmente, segundo nossas lembranças, essa hilariedade é do ano de 1971, quando o Eulálio do Melo, o Jesus do Pierre, o João de Joãozinho Guarda e o Washington de Chico do Zuza já preparavam-se para as marchinhas nos salões do clube.Lembranças que merecem registro.
DEPOIMENTO
Segundo Teodoro Sobral, "o prédio térreo ao lado dos Demes era de uma das empresas de alguns dos irmãos Castro, Agripino e Cristino, depois foi vendido para a Casa Inglesa (Estabelecimento James Frederick Clark S/A), cuja matriz era em Parnaíba, quando a mesma foi fechada na década de 1960.
Aqui em Floriano o farmacêutico Doutor Oaci Alves Pereira da Rocha comprou-o e lá abriu sua farmácia que funcionou até ele falecer. Hoje em uma das salas funciona o laboratório da filha dele Doutora Luiza Adelaide, onde era a Farmácia Santa Adelaide e está fechada com suas antigas prateleiras intactas.
A Casa Inglesa, onde o pai do Janclerques trabalhou, vendia os Jeep Whilys importados dos EUA e vinham embalados em caixões de madeira; lembro de quando adolescente os caixões sendo desmontados e em seguida eram entregues aos compradores" - relembra dentro de sua lembranças sobre Floriano antiga.
ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...