12/29/2023

Antigos Reveilons

 

Aproveitando o clima de carnaval, que já começa a nos proporcionar grande expectativa, conseguimos tirar do fundo do baú essa formação do reveillon da década de setenta tirada no Comércio Esporte clube.
Conhecemos poucos, mas se algum desses badboys dos tempos românticos de Floriano se reconhecerem por aí, que identifiquem-se, correto?
Provavelmente, segundo nossas lembranças, essa hilariedade é do ano de 1971, quando o Eulálio do Melo, o Jesus do Pierre, o João de Joãozinho Guarda e o Washington de Chico do Zuza já preparavam-se para as marchinhas nos salões do clube.
Lembranças que merecem registro.

Prédios e Casarões

DEPOIMENTO 

Segundo Teodoro Sobral, "o prédio térreo ao lado  dos Demes era de uma das empresas de alguns dos irmãos Castro, Agripino e Cristino, depois foi vendido para a Casa  Inglesa (Estabelecimento James Frederick Clark S/A), cuja matriz era em Parnaíba, quando a mesma foi fechada na década de 1960.

Aqui em Floriano o farmacêutico Doutor Oaci Alves Pereira da Rocha comprou-o e lá abriu sua farmácia que funcionou até ele falecer. Hoje em uma das salas funciona o laboratório da filha dele Doutora Luiza Adelaide, onde era a Farmácia Santa Adelaide e está fechada com suas antigas prateleiras intactas.

A Casa Inglesa, onde o pai do Janclerques trabalhou, vendia os Jeep Whilys importados dos EUA e vinham embalados em caixões de madeira; lembro de quando adolescente os caixões sendo desmontados e em seguida eram entregues aos compradores" - relembra dentro de sua lembranças sobre Floriano antiga.

12/28/2023

FLORIANENSES - Somos o que queremos ser


Em tempo 
(matéria editada em Março de 2015)
Por - João Raimundo dos Santos (*)

 Penso que a população de Floriano, notadamente setores da sociedade civil organizada, encontra-se inerte, em disparada rumo à apatia – o pior dentre todos os males que permeiam a humanidade.

 Quando alguma reclamação emerge, em geral pelos meios de comunicação social, percebem-se de imediato a dissonância dos fatos reais e o elevado grau de interesse umbilical, aqueles mesmos interesses ligados aos privilégios tradicionais da burguesia. Daí, fico a me perguntar, até quando meu Deus? Até quando grande parte da população continuará dormindo em berço esplendido enquanto uma minoria vira a cidade pelo avesso?

Floriano já viveu momentos áureos na sua história, mas hoje “geme em dores de parto” pela ausência de políticas públicas adequadas ao desenvolvimento sustentável ou ainda pela ineficácia de “gestores” que se revezaram no poder, sem rumo, ao longo de décadas a fio.

Esses aspectos somados aos paradigmas gerados pelas elites tupiniquins, a mediocridade dos que se dizem “gestores” desta terra e a falta de visão de futuro nas organizações comunitárias e demais setores organizados da sociedade civil, simplesmente impedem qualquer atrativo que permita a inclusão de Floriano num cenário positivo nacional.

 Aqui quero fazer algumas considerações que, a meu ver, poderiam estar contribuindo com o fortalecimento da economia local enquanto geração de empregos, saúde preventiva, lazer e entretenimento, turismo etc., mas em vez disto, atitudes irresponsáveis de governantes paralisam obras sem quaisquer justificativas à população – que apenas paga a conta.

 Ainda por cima empresas que demonstram interesse em se instalar em Floriano são impedidas pela “justiça” de praticar preços mais baixos o que iria beneficiar enormemente as famílias de baixa renda. E aqui vai uma pergunta que não quer calar: por que será que a Farmácia Popular ainda não está funcionando em Floriano? Quem souber responda. Mas, vamos aos destaques os quais me referi acima.

São várias obras paralisadas em Floriano: o terminal rodoviário, o aeroporto, o esgotamento sanitário, a praça de eventos e a cidade. A indústria de Biodiesel também parou, parou por quê? Nem Sigmund Freud explica. Tudo isso acontecendo e os movimentos populares sem rumo e sem destino, “na praça dando milho aos pombos”. Isso talvez justifique o porquê de Floriano nem mesmo ser citada quando se fala em capital do futuro Estado do Gurguéia, pois a população local é pacata demais para entender a importância da participação social num processo de transformação onde o povo é protagonista dessa história.

 Para tanto, faz-se necessário um mutirão pela cidadania envolvendo a educação formal, não-formal e informal que seja capaz de ajudar as pessoas a pensarem e refletir criticamente a cidade que temos e a cidade que queremos para nós, mas também para as gerações futuras.

João Raimundo dos Santos é Educador Popular, diretor de ONG’ s como: Cáritas Diocesana de Floriano, Centro Educacional São Francisco – Cefas e ÁRIDAS NORDESTE

12/26/2023

Tempos de Natal




Fonte: Dácio Melo (filho de Mestre Walter)
 
Véspera de Natal. Os mais velhos sentados na porta, todos animados conversando e os meninos ao redor sentados na calçada. E o Papai falou bem alto pra " todos ouvirem":

- Ô, Inhá, é verdade que Papai Noel num visita minino  que dorme tarde na noite de Natal?

 - E mamãe disse "eu ouço isso desde que era pequena. É verdade".

Num demorou muito a molecada foi se levantando, passando as mãos  no fundo das calças e saindo de mansinho pra estebungar no fundo da rede.

De manhã cedinho, era todo mundo revirando a cabeça pra debaixo da rede. Todo mundo ansioso pra saber o que Papai Noel deixara pra gente! 

A rua amanhecia cheia de minino!

Uns chutando bolas zeradas, outros puxando carrinhos pelas calçadas, alguns sentados  na calçada estirando as pernas pra mostrar os chinelos novos e os tiros de revolver de espoletas. Tudo isto ao som das notas amalucadas do violão do Tete!

Ahhh, tempinho Bom!


12/21/2023

Linhas Aéreas da Cidade

 

No meio dos cajueiros e outras plantas, aí está uma casa que em nada sugere e o que foi anos passados.
Construída na década de 1940, essa casa era a estação de passageiros das linhas aéreas que serviam Floriano, a Aero - Norte e a Cruzeiro do Sul.
Além da cerca que observamos no flagrante, há uma distância de mais ou menos vinte metros, onde ficava a pista, mas ainda hoje encontramos uma parte feita em cimento, local onde os DC-3 estacionavam.
Atualmente, essa casa é ocupada pela filha do senhor Alzir Torres. Hoje já é de bastante idade e que era guarda do Aeroporto.
Fonte: Flagrantes de uma cidade 1997/Luis Paulo

Dona Mundiquinha

Raimunda de Matos Drumond (Mundiquinha) nasceu em Balsas-MA, filha de Presilino de Araujo Matos e Petronilha Barros de Matos.

Iniciou-se no magistério, profissão que assumiu como vocação e que a ela se ajustou como a luva se ajusta à mão. A escola tornou-se o espaço privilegiado da sua participação na vida e na história.

Casada com Honorato Drumond, transferiu-se para Floriano e a cidade passou a contar com ela como professora do Grupo Escolar “Odorico Castelo Branco”, professora e diretora da Escola Normal Regional, atual Escola Normal Mons. “Lindolfo Uchoa” e, mesmo depois de aposentada do magistério público, foi catequista e dedicou preciosos momento à preparação de crianças para a primeira comunhão eucarística.

Sua residência era ponto de encontro para decisões importantes da caminhada de Floriano, em atividades relacionadas com religião, arte e cultura. Foi membro da Academia de Letras e Belas-Artes de Floriano e Médio Parnaíba – ALBEARTES, o que muito a tornou feliz.

Da sua união matrimonial nasceram os filhos: Maria do Carmo, Antonio Henrique e Maria Genuína que lhe deram os netos: Dulce Virginia, Honorato Sergio, Carlos Henrique Maria Genuína, Sérgia Beatriz. Daniela, Gustavo Henrique Cosme, Paulo Roberto, Geraldo júnior, Antonio Helder e Ricardo.

Com desvelo de mãe e professora, acolheu os filhos do 1º casamento de Honorato: Alberto, Almerinda e Ceicinha.

Foi agraciada com o título de cidadã florianense o que a encheu de muita satisfação e alegria.

Recebeu também a medalha do mérito "Agrônomo Parentes" e outras homenagens ao longo de sua vida.

Tinha o santo orgulho de ser Ministra da Santa Eucaristia. E durante 80 anos foi zeladora do Apostolado da Oração, assumindo em Floriano a função de secretária por 40 anos.

Sócia fundadora da Pia União de Santo Antonio. Pertenceu a outras associações religiosas e enquanto pôde trabalhou pela Igreja de São Pedro de Alcântara.

Toda sua família era muito religiosa. Irmã do padre Luso Matos , que residiu em Goiás, mais precisamente em Porto Nacional (atual Estado do Tocantins).

Mundiquinha, faleceu no dia 19 de outubro de 2006, com 96 anos de plena lucidez. Teve uma morte santa, digna da vida de verdadeira cristã que sempre teve.
 Fonte: Mª Umbelina Marçal Gadêlha


Em tempo: Pouco tempo antes de falecer eu e o meu irmão Tibério (in memória) fomos visitá-la em sua aconchegante residência e perguntamos como ela estava, quando respondeu, serenamente: "tudo bem, meus queridos, estou aqui em casa no meu escritório da SAUDADE..."

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...