10/17/2023

Retratos

 

Casarão dos Sobral

Casarão do Doutor Theodoro Ferreira Sobral

Quando éramos crianças, líamos, o "Castelo Dourado da Princesa", de Dominique Petit, livrinho de histórias infantis, comprado na livraria de Dona Neném Machado. A partir, daqueles contos, começávamos a compor fantasias, e erguer nossos castelos - alguns, até reais.Foi assim, que imaginamos ser, o grande casarão, da esquina, hoje Avenida Eurípedes de Aguiar e Rua Fernando Marques - a ampla residência do Dr. Theodoro Ferreira Sobral: Uma casa mágica e cheia de encantos. O escritor José Nunes Fernandes, diz:" Foi construída, em 1922, sendo a primeira casa, de Floriano, a ter jardim exterior. O partido da construção é amplo e apresenta vários estilos arquitetônicos, especialmente, nas duas fachadas: Principal e lateral"

Primitivamente, o gradil era todo de madeira torneada, formando um belo conjunto. Hoje está modificado, por medida de segurança. No passado, o jardim era bem composto, com roseiras,mulatinho contornando os canteiros, pés de rosa-chá e um grande caramanchão, arredondado,coberto com madresilvas. Na parte, do lado direito, a entrada principal, com terraço, e ornada de grandes colunas toscanas. Via-se jarros enormes, com palmeiras, e uma jardineira de cimento, cheia de lilázes míudas.. Se a memória não nos trai, mais adiante, dando para o quintal, dos fundos, um pé de cajá.Ornando a entrada principal,à direita, um grande jasmineiro; à esquerda,várias plantas, como: bugarís, alfinete, rabo-de-macaco, e, na parte dos fundos, uma grande toceira, de zínias (umbigo-de-viúva), formando uma cebe viva. Tudo, ali, ornava a mansão, com esquadrias retas, em madeira, venezianas e bandeiras e composição, em vidraça azul. Sonhávamos ali entrar, mas era impossível, esse sonho de criança. Víamos, passando pela calçada, feita com grandes ladrilhos de barro (ainda existem alguns retalhos ...), e, através das solenes janelas abertas, os móveis altos - móveis D"Áustria, e o ornato dos quebra-luzes, em porcelana, que balançavam, ao vento ... Ah! casa dos nossos sonhos! Viamos,  ainda, o velho patriarca Theodoro Sobral se embalando, na sua cadeira de embalo, toda em palinha, com seu colete cinza e gravata vinho, com fios dourados. Austero, nobre, elegante, a nós parecia figura de contos antigos. À porta, elegante, em seu vestido azul marinho, a grande dama Sra. Eurídice Sobral. Ficava, de pé, na soleira da sala, e era emoldurada pela luz mortiça, do grande abajour, que pendia do teto, formando meia-luz, e refletindo, no grande espelho de cristal, da sala, a imagem dos que entravam e saiam, Ali, naquela solar, grandes acontecimentos se realizaram: reuniões, festas, conversas políticas, roda familiar, para o cafezinho.

Passando, ali, hoje, vemos o grande casarão, que ainda guarda o antigo esplendor. Tudo, porém, está quieto. O velho patriarca e a nobre dama já não estão presentes. Tudo está entregue,ao tempo, e o tempo vai passando. "Fugit irreparabile tempus" Só conseguimos ouvir a voz do silêncio. A pintura azul da casa está esmaecida. O Jardim feneceu, em parte. o pé de madresilva ainda se enche de flores miúdas e multicoloridas, e se mostra para ninguém;  mesmo assim, enche, o ar, com seu perfume adocicado Já não há, ninguém, sob o caramanchão. Na entrada principal, o velho jasmineiro, de oitent'anos se veste de branco, como um noivo e, com seu perfume suave, suave ...enche, o trecho da Rua Fernando Marques, até à casa de Dona Teresa Sá e Kalume, de deliciosa fragância.

No calor da tarde, lagartixas sonolentas se refrescam, entre a hera e o muro. Pardais, em algazarra, fazem ninhos no topo das grandes colunas toscanas, da entrada principal ou adejam, por sobre os pináculos pontiagudos, do frontão do lado esquerdo, onde vemos, ainda, os altos relevos, em massa. Ai bate a saudade. Volta, no filme da mente, o passado e história de Dominique Pettit; nos sentimos impotentes, diante da ferocidade do tempo. Só nos resta, pois, enchermos os olhos d'água ... como agora.

 (O texto é de 1996. Acasa foi demolida. Ficou apenas a dor da saudade, dessa linda casa)

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FLAGRANTES DE UMA CIDADE

Crônica dos anos de 1990

(Luís Paulo de Oliveira Lopes)

Em seus belos escritos e flagrantes, o nosso culto e professor Luís Paulo, relembra em mais um momento, um histórico de nossa religiosidade:

"Floriano sempre teve grande religiosidade e entre os anos trinta até os anos de 1950 a veneração a Santa Teresinha foi intensa. Os fervorosos crentes festejavam com toda pompa o dia da Santa em 30 de setembro.

Eram realizadas novenas, missas e procissões que sempre culminava com uma grande percorrida pelas principais ruas da cidade e com peregrinações da Santa nos lares florianenses.

No flagrante (foto) observamos a imagem de Santa Teresinha - a Santinha de Lisieux, posta em andor e rodeada de anjos, um costume muito frequente entre as famílias em vestirem suas filhas de anjo para comparecerem as festividades e procissões.

A foto, feita na porta principal da Igreja São Pedro de Alcântara mostra a Santa sobre um globo terrestre e anjos. Temos em cima (braços cruzados) Conceição Almeida Silva, a diretora Erice Medeiros, à esquerda Gilsa Sobral e ainda à esquerda Ana Cristina Mendes e, logo abaixo, também, à esquerda, Iris Dalva  Medeiros. As duas de baixo, à direita não foram identificadas.

É um momento interessante da fé cristã de Floriano revivida agora neste saudoso flagrante".


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 CONVERSAS DA TARDE

Finalzinho da tarde

Estava toda a família ali na calçada conversando, como era de costume toda tardinha. Eu e o Baldo dormíamos na casa da Dindinha e quando era cerca de 6:00 a 6:30, boquinha da noite, a Dindinha chamava:

- Daço, Ubálido, vamo durmir que tá na hora! 

E muntava eu e Baldo cada  num lado dos quarto. Tio Melo e papai (Mestre Walter) olhavam praquela arrumação e ralhavam:

-  Mas siô, onde já se viu. Deixe de sê besta, dona Antonia, bote esses muleques pra andar!

E a Dindinha: 

- Deixe, que os quarto é meu.

Aí eu e Ubaldo deitávamos  a cabeça no ombro da Dindinha pra dizer que estávamos mortos de sono e que não nos aguentávamos em pé. 

Ah, tempinho bom!

Dácio Melo (filho de Mestre Walter)

Histórias do nosso futebol

 


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Qual seria o ano?

Na foto acima, no aeroporto velho, observamos o Sergio (Serjão), Carlos, Teodoro, Vicente e Paulinho, esses dois últimos falecidos. Uma pose para o tempo revitalizar a velha Floriano.

"Em nome da minha mãe, jaci sobral, (diz Teodoro), que me alfabetizou, presto minha homenagem a todos meus professores florianenses do Educandário Santa Joana Darc, Agrônomo Parentes, Odorico Castelo Branco e Ginasio Estadual Monsenhor  Lindolfo Uchoa",

Já o Waldir Camelo, cita "minha homenagem de Honra ao Mérito está dirigida à Professora Genuína, ela me incentivou a ir à luta e lutar, quando de nada eu tinha noção".

"Minha homenagem para  Dona Eliete, foi minha professora no exame de admissão. No Odorico Castelo Branco. Parabéns a todos os meus Professores de Floriano", diz o nosso amigo Carlos Sá.

Já o nosso colega e professor Djalminha, exalta as primeiras professoras de Floriano foram Dona Estefânia Conrado (veio de Amarante) e Dona Aleluia (veio de Oeiras), isto ainda  no final do século XIX. 

Viva os professores e professoras, por onde começa a vida profissional de todas as pessoas.

Concluindo, dona Neusa de Ciências, dona Efigênia (Maroquinha), dona Raimundinha, doan Maria do Carmo Drumond Martins, dona Janete, Josias Teixeira, Bacelar de História, José Leomar Soares Sérvio de Matemática, dona Alciona, Chico de Inglês, Emerenciana Bucar, Altino de Desenho, Maria do Carmo Gaze, Doutor Braulino e tantos outros que nos proporcionaram o bom caminho.

10/16/2023

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John Júnior

Devagar se vai ao longe

Segundo o nosso amigo Teodoro Sobral, somos fãs de John Júnior, estamos  relembrando quando ele lançou esses dois compactos com o apoio apoio da Rádio Difusora de Floriano e do seu Locutor Gaúcho Sidney Soares, que lançou também o jornal O Minuano, onde circulou somente com dois números (fatos do final década de 60).

Verso do seu 1o. Compacto.

John Júnior fez bastante sucesso junto à comunidade e fazia shows em vários cidades, dando a impressão que iria para o sul do País mostrar o seu trabalho, mas com o tempo houve problemas talvez de recuros, aí as oportunidades foram diminuindo.

2o. compacto.

O tempo se passou e o nosso ídolo por motivos pessoais abandonou a carreira para dedicar-se aos estudos e o trabalho na cidade de Brasília. Hoje, mora na Capital Federal, aposentado e não voltou mais a cantar.


10/14/2023

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 A Praça


Praça Dr. S Martins

Os anos de 1950, com o Doutor Sebastião Martins de Araújo Costa, na qualidade de Prefeito de Floriano, fez construir a antiga Praça João pessoa.

O Projeto do Engenheiro Luiz Ribeiro Gonçalves mostrava um traçado singular da Praça.

Vejam os canteiros, as bancadas, os jardins cuidados e os postes de iluminação com pequenos globos brancos.

Em torno da Praça a arborização com figueiras. Vê-se, ainda, a Farmácia Rocha, a Casa São Luiz de Luiz Meirelles e, do outro lado, a Farmácia Coelho de tão grande tradição. Onde é hoje o Bar Imperial, havia uma loja da família Neiva.

O flagrante rever é essa imagem, no momento em que fazemos 100 anos de Cidade e a paisagem é outra.

Fica, porém, o registro e a eternidade da fotografia.

Fonte: Flagrantes de uma cidade / 1997

ALDÊNIO NUNES - a enciclopédia do rádio florianense

  ALDÊNIO NUNES – A ENCICLOPÉDIA, NUMA ENTREVISTA INIMITÁVEL, MOSTROU POR QUE SEMPRE ESTEVE À FRENTE! Reportagem: César Sobrinho A radiodifu...